quarta-feira, outubro 19, 2011

OGX ganha da Petrobras na renda fixa após acordo com Shel


Empresa de Eike Batista está com o melhor retorno nos títulos da dívida entre as companhias de petróleo.


O acordo com a Shell está ajudando a reverter dois meses de queda nos títulos da OGX.
Rio de Janeiro – Os títulos da dívida da OGX Petróleo & Gás Participações SA estão com o melhor retorno entre as três maiores companhias do setor na América Latina após fechar seu primeiro contrato de venda de produto.

As taxas dos papéis com vencimento em 2018 da companhia controlada pelo bilionário Eike Batista despencaram 167 pontos- base, ou 1,67 ponto percentual, desde 5 de outubro, para 9,4 por cento. Em 6 de outubro, a OGX anunciou que a Royal Dutch Shell Plc acertou a compra dos dois primeiros carregamentos de petróleo da empresa, em transação avaliada em cerca de US$ 117 milhões. O rendimento dos papéis com vencimento semelhante da Petróleo Brasileiro SA caiu 63 pontos-base no mesmo período, para 4,72 por cento. As taxas dos títulos da Ecopetrol SA, estatal petrolífera colombiana, recuaram 44 pontos-base, para 4,73 por cento.

O acordo com a Shell está ajudando a reverter dois meses de queda nos títulos da OGX. Também tem elevado a confiança dos investidores na possibilidade de a empresa começar a obter lucro com as descobertas que fez desde 2009 na Bacia de Campos, fonte de mais de 80 por cento do petróleo produzido no Brasil. A OGX, que havia dito anteriormente que começaria a produzir petróleo em meados de 2011, recebeu sua primeira plataforma em 5 de outubro, após atrasos nas entregas. A companhia pretende começar a extrair petróleo até o final do ano, alimentando ainda mais a produção brasileira, que quase dobrou nos últimos dez anos.

“A cada dia eles estão mais perto do momento em que terão lucro”, disse Bevan Rosenbloom, estrategista de crédito do Citigroup Inc., em entrevista por telefone de Nova York. “A notícia da Shell foi muito boa.”

Nota de crédito

Os bônus da OGX rendem 609 pontos-base a mais do que os títulos do governo brasileiro com vencimento em 2019, comparado a uma diferença de 757 em 5 de outubro, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. O rendimento médio da dívida emitida por petrolíferas de mercados emergentes caiu 66 pontos-base no período para 5,34 por cento, segundo dados do JPMorgan Chase & Co.

A nota de crédito B da OGX na escala da Standard & Poor’s fica cinco níveis abaixo do grau de investimento e três níveis abaixo da nota da Petrobras, a maior petrolífera da América Latina por valor de mercado. A Ecopetrol tem nota BBB-, três níveis acima da classificação da OGX, sediada no Rio de Janeiro.

“A volatilidade está mais relacionada a fatores do mercado do que à OGX”, disse o diretor financeiro da empresa, Marcelo Faber Torres, em entrevista por telefone do Rio de Janeiro. “Os eventos recentes de nosso lado claro que ajudam, mas é difícil saber quanto disso tem impacto nos preços dos bônus.”

Fonte: Exame (Peter Millard, da Bloomberg)

Vende-se plataforma de petróleo com vista para o mar, 20 cômodos e sem vaga na garagem


OSLO — “Vende-se uma plataforma em bom estado. Vinte cômodos, vista panorâmica para o mar, amplo espaço para helicóptero”, afirma o anúncio que pretende vender a plataforma petroleira Huldra, em pleno coração do Mar do Norte, ao preço módico de uma coroa (13 centavos de euro).

Para se desfazer da instalação que em breve ficará sem uso, já que o poço de petróleo que explorava está seco, a empresa petroleira norueguesa Statoil colocou a Huldra à venda nesta terça-feira em um anúncio imobiliário dos mais tradicionais.

O anúncio acrescenta que a plataforma não dispõe de vaga de garagem.

“Para chegar, é preciso pegar um barco, a oeste de Bergen, em direção ao alto-mar”.

O preço cobrado é simbólico porque o futuro proprietário terá de assumir os custos do deslocamento.

Com um desenho bastante moderno, já que entrou em funcionamento em 2001, a Huldra poderá interessar outras empresas petroleiras, segundo a Statoil, que não descarta que as instalações podem ser utilizadas com outros fins.

O desmantelamento das imensas plataformas offshore representa uma dor de cabeça para a indústria petroleira devido às rígidas normas ambientais para estas operações.

Fonte: (AFP, Kjetil Alsvik)

Grupo italiano Navalmare deve construir quarto estaleiro em PE


O primeiro estaleiro pernambucano, o Atlântico Sul (EAS), ainda trabalha para entregar o seu primeiro navio, o petroleiro João Cândido. Mas o estado não para de atrair novos empreendimentos da indústria de petróleo, gás, offshore e naval. A bola da vez é o grupo italiano Navalmare, que na próxima quinta-feira (20) deve assinar um protocolo de intenções para construir sua primeira unidade no Brasil, avaliada inicialmente em R$ 200 milhões. A empresa pretende fabricar estruturas offshore, como plataformas e decks.

O termo para construção do empreendimento, segundo informou a assessoria de imprensa do governador Eduardo Campos, será assinado no último dia do Pernambuco Petroleum Business, que começa amanhã em Porto de Galinhas. No momento, Eduardo está reunido com empresários do grupo estrangeiro, membros da Fiepe (Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco) e do Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore).

A empresa deve operar no Complexo Industrial Portuário de Suape com uma previsão de consumo mensal de mil toneladas de aço, gerando cerca de mil empregos diretos, segundo cálculos da Fiepe. A Navalmare atua no setor de construção naval desde 1979 e, além de estruturas offshore, também opera nos segmentos de transporte de gás e usinas geradoras de energia.

Este é o quarto estaleiro anunciado para Pernambuco, que, além do EAS – único em operação até o momento -, deve sediar o Promar e o Estaleiro CMO. Outras duas empresas também já sinalizaram interesse em investir no segmento: a construtora Mendes Júnior e o grupo italiano Fincantieri.

Fonte: pernambuco.com