quarta-feira, junho 06, 2012

Clariant inaugura Centro Tecnológico para atuar no pré-sal

O pré-sal brasileiro atrai cada vez mais o interesse das grandes empresas suíças do setor de petróleo e gás. Líder mundial no fornecimento de serviços e especialidades químicas para a indústria petrolífera e presente há quatro décadas no mercado brasileiro, a Clariant AG acaba de anunciar a instalação do mais novo Centro Tecnológico de sua divisão Clariant Oil & Services, que começará a o operar plenamente dentro de um mês no Rio de Janeiro.

O principal foco do novo CT, segundo a empresa, será o pré-sal brasileiro e os demais cenários mundiais de produção e exploração de óleo e gás em águas profundas. O CT brasileiro atuará em permanente sintonia com outros centros de pesquisa da empresa localizados em Houston (Estados Unidos), Aberdeen (Escócia) e Frankfurt (Alemanha), além de outras unidades na América Latina.

- Houve um planejamento para que o CT pudesse atender não somente ao Brasil, mas a toda América Latina. Vivemos um momento de crescimento planejado bastante forte no Brasil e na Colômbia. Temos também bons momentos na Argentina com seu novo modelo para o setor de petróleo e na Venezuela com a faixa do rio Orinoco. O CT no Rio vai suportar todo esse crescimento continental e toda sua necessidade de tecnologia – diz Carlos Tooge, vice-presidente da Clariant Oil & Services para a América Latina.

Segundo o executivo, o CT brasileiro foi projetado “para trabalhar com as condições mais extremas possíveis (altíssima pressão, altíssima temperatura, óleos pesados) e com equipamentos de última geração”. Tooge destaca também sua importância em termos globais: “O CT não irá trabalhar só pela região, vai gerar tecnologia que será utilizada em outras regiões. Será responsável pela tecnologia em águas profundas para o mundo inteiro. A tecnologia daqui vai para o Golfo do México, para o Mar do Norte, para a costa Oeste da África e para a costa da Austrália”, enumera.

Tooge acrescenta que o CT já nasce com contratos firmados e trabalhos sendo desenvolvidos que, segundo ele, agora serão acelerados: “No pré-sal, temos solicitações para diversos tipos de produtos e especialidades químicas, como sequestrantes de H2S, inibidores de incrustação e desemulsificantes, todos específicos e desenvolvidos para as condições de produção na área do pré-sal”.

A Clariant tem por política não revelar seus investimentos e limita-se a dizer que 2,4% do valor das vendas do grupo são utilizados em pesquisa e desenvolvimento. Esse valor, segundo Tooge, se divide entre todos os centros: “Posso dizer que estamos investindo para cobrir todas as necessidades dos nossos clientes na área de operações para produção de petróleo”, diz.

Expansão

No Brasil, o maior cliente da Clariant é a Petrobras, mas a empresa suíça tem contratos também com grandes petrolíferas internacionais que atuam em solo brasileiro, como Chevron, Shell, Repsol, Ecopetrol, PDVSA e PMEX. A expectativa em relação ao país é de otimismo e crescimento: “No Brasil, nossa expectativa de crescimento acompanha a do mercado. Esperamos um crescimento de 200% até 2020 para a área de petróleo”, afirma o executivo.

O novo Centro Tecnológico da Clariant, localizado na Barra da Tijuca (Zona Oeste do Rio), começou a ser idealizado no fim de 2009, e sua construção teve início em julho de 2011. O prédio tem 600 metros quadrados, e foi projetado para sofrer expansão na medida em que o crescimento do mercado exigir: “Todos os equipamentos já estão no CT, e agora estamos fazendo os ajustes finais, uma fase de testes de cada um dos equipamentos, testes de segurança, etc”, revela Tooge, acrescentando que o trabalho de pesquisa da empresa continua sendo feito nas unidades de Suzano (SP) e Macaé (RJ).

Formação

A Clariant também se diz preocupada com a formação de mão-de-obra especializada para atuar no mercado brasileiro: “O mercado de óleo e gás cresce fortemente em toda a América Latina e não existe mão-de-obra treinada. Você não consegue contratar pessoas que tenham conhecimento, por isso estamos investindo em pessoal e em treinamento e criamos a OMS Academy, programa que atende desde técnicos de campo até doutores que precisam de treinamento diferenciado. Até o final de abril deste ano, capacitamos mais de 200 pessoas”, afirma Carlos Tooge.

No novo CT, quinze profissionais estarão permanentemente voltados para a área de pesquisa e desenvolvimento. Esse número, segundo Tooge, se multiplica por cinco graças ao contato da Clariant com as universidades brasileiras: “Temos no CT somente mestres e doutores, todos eles formados por universidades brasileiras. Temos acordos com universidades e trabalhamos com mestrandos e pós-graduandos que são mantidos pela Clariant”.

- O mercado de petróleo é dinâmico e, muitas vezes, necessita de soluções rápidas para problemas inesperados. Nós tomamos a decisão de continuar investindo no Brasil e, além de investir em capacidade produtiva, vamos investir também no centro tecnológico e na formação de profissionais altamente qualificados – resume o vice-presidente da Clariant Oil & Services para a América Latina.

Fonte: Correio do Brasil

Construção Naval vai abrir mais 33 mil vagas até 2014

Setor ressurge com oportunidades e se consolida como mercado para o futuro no estado

POR PABLO VALLEJOS

Rio – O setor de Construção Naval prevê abrir mais de 33 mil oportunidades de emprego até 2014 no estado. Até 2020, um milhão de chances serão oferecidas. As funções para iniciantes podem ter remuneração a partir de R$ 1,8 mil ao mês, chegando a R$ 10 mil ao mês, conforme a especialização escolhida.

Trata-se da retomada de um setor que voltou a ter investimentos e deslanchara em 1979, quando o Brasil foi o maior do mundo nesse campo. Porém, com as crises do petróleo e desorganização econômica, o País ficou ‘apagado’, tanto em produção quanto em mão de obra capacitada.

Segundo o jornalista chileno Carlos Cornejo, autor do livro ‘Nau Brasilis’, que aborda a história da Construção Naval, o verde-amarelo recupera espaço no setor. “Em meados dos anos 1980, o Brasil chegou a ter somente um estaleiro, com 200 funcionários. Hoje, o segmento ressurge no País, que voltou a marcar presença como 4º maior mercado do mundo”, destaca.

Cornejo também observa que a posição no ranking se deve à volume e qualidade adequada na produção naval. O escritor também afirma: “Atualmente, esse mercado emprega 60 mil trabalhadores diretos por ano no Brasil. Na economia do Estado do Rio, Construção Naval é um dos principais estímulos”.

De acordo com ele, estaleiros brasileiros têm encomendas garantidas para os próximos quinze anos. Com isso, vai seguir captando mão de obra qualificada para o setor.

Qualificação é vital

VOLTA POR CIMA

Quando estudante, Rodrigo Longuinhos chegou a repetir o primeiro ano do Ensino Médio. Após sugestão de um amigo, procurou formação técnica em Construção Naval para conhecer mais sobre o mercado. Certificado pela Faetec e com diversas especializações em softwares, hoje Longuinhos é um dos três sócios que integram a PHD Soft, empresa de tecnologia que gera soluções para setor de petróleo e gás. Tudo isso, aos 25 anos.

ESTUDO CONTÍNUO

Segundo ele, nada disso teria acontecido se não fosse pela especialização técnica: “Além da formação em Construção Naval, reforcei meu conhecimento com diversas especializações em tecnologia e gerenciamento”.

Qualificação na área pode levar a ganho de R$ 10 mil

Na Faetec, a qualificação em Construção Naval é levada a sério e já formou profissionais: desde 2011, 141 alunos concluíram o curso e foram encaminhados a estágio. As aulas têm duração de quatro anos para quem está no Ensino Médio junto com o Técnico. E um ano e meio para os que fizerem somente a parte Técnica e já possuírem o Ensino Médio.

A formação técnica é a sugestão de diversos profissionais. De acordo com o diretor da Escola Técnica em Petróleo e Gás Petrocenter, Samuel Pinheiro, o melhor caminho para entrar no setor é por meio de cursos técnicos.

“Quando falamos em Naval, falamos também de petróleo e gás, que é um segmento que tem ‘apagão’ de mão de obra qualificada”, analisa.

A fórmula para deslanchar em Construção Naval é apostar em diversas especializações, segundo Rodrigo Longuinhos, de 25 anos, um dos sócios da PHD Soft. Após formação técnica no setor, na Faetec, buscou diferenciais com cursos em modelagem tridimensional, no software AutoCad. Isso garantiu bons resultados para ele.

“Isso chamou alguma atenção e fui chamado para processo seletivo na PHD Soft, que trabalha com tecnologia para soluções no setor de petróleo e gás”, conta Longuinhos. O jovem afirma que a experiência na empresa fez com que ele desenvolvesse habilidades gerenciais e aprendesse ainda mais sobre modelos tridimensionais de plataformas navais.

O esforço fez com que Longuinhos fosse chamado para ser um dos sócios da empresa. Ali, ele percebeu a falta de pessoal capacitado para trabalhar em Construção Naval e, por isso, criou um curso que ensina a fazer modelos em 3D de plataformas.

“Alguns alunos vieram de escola técnica e já tinham uma base. Outros vieram até de outros setores. Já formamos até pessoas que foram encaminhados para outras empresas”, destaca o jovem.

Ele ressalta, mais uma vez, que o aprendizado na formação tem um peso significativo nos anos como profissional formado: “O que me faz ser ‘precoce’, como meus colegas brincam comigo, pela minha idade, é pelo fato de correr atrás de qualificação. É preciso traçar bem os objetivos e, assim, se acaba definindo os caminhos no mercado”.

Onde se qualificar

SENAI RIO

No Senai Rio, do sistema Firjan, há qualificação profissional para Construção Naval, em cursos de Metalurgia e Mecânica. Há também 11 cursos de aperfeiçoamento nesses mesmos segmentos. Para mais informações sobre os cursos, basta entrar em contato pelo telefone 0800-0231231 ou no site www.firjan.org.br/cursosenai.

PETROCENTER

A Petrocenter também conta com cursos para Técnico de Petróleo e Gás e Técnico em Segurança do Trabalho. Para se inscrever, é preciso ter concluído o Ensino Médio. Para fazer matrícula, é preciso ligar para: (21) 2224-1000.

PHD SOFT

A PHD Soft ensina modelagem tridimensional de plataformas navais. Acompanhe a abertura de turmas por meio do telefone (21) 2213-2921 ou pelo site: www.phdsoft.com.

FRATEC

A Fratec, localizada no Rio, conta com formação técnica em Construção Naval. Para conferir agenda de cursos, é preciso entrar em contato pelo telefone: (21) 2569-1910.

FAETEC

A Faetec oferece nível superior em Gestão em Construção Naval e Offshore. Vale ficar de olho no site, para inscrição: http://www.faetec.rj.gov.br.

Prepare-se para o mercado

PERFIL

Coordenador do curso de Construção Naval da Faetec, Antônio Carlos de Oliveira De Jorge destaca a principal característica do Técnico Naval: “Tem que estar preparado para os novos desafios que a tecnologia incorporou à área”.

Antigamente, segundo De Jorge, o profissional utilizava uma enorme sala com piso em madeira envernizada para riscar os modelos navais. Hoje em dia, a tecnologia é aliada dessa profissão e, através de diversos softwares, é possível gerar projetos navais rápida e tridimensionalmente.

CAMINHOS DA PROFISSÃO

Segundo Rodrigo Longuinhos, da PHD Soft, existem três caminhos de atuação em Construção Naval: trabalhar a campo, em escritório, ou misto. São qualificações quase semelhantes. No escritório, são conhecimentos diferentes, voltados para softwares, atendimentos e gerenciamentos. A campo, também é bom ficar de olho nessas ferramentas, mas lá são cursos voltados para a parte estrutural e segurança da Construção Naval.

INGLÊS

O diretor da escola técnica em petróleo e gás Petrocenter, Samuel Pinheiro, avisa: “Inglês é importante para algumas funções. É bom procurar alguma formação nesse idioma”. De acordo com ele, para aprender a conduzir certos equipamentos adequadamente é preciso saber inglês. Do nível operacional a gerencial, sempre vai haver algo nesse idioma. “O setor naval trabalha bastante com inglês”, diz Samuel.

MULHERES NO SETOR

O professor e coordenador De Jorge ressalta o interesse de mulheres na formação em Construção Naval no curso da Faetec. Ele conta, inclusive, que já lecionou para uma turma cuja maioria era composta pelo sexo feminino.

“Em um trabalho no ano passado, pude encontrar com inúmeros ex-alunos já desenvolvendo grandes trabalhos, sendo boa parte destes ex-alunos do sexo feminino”, afirma. “Outro fato importante é que poucos não estão atualmente cursando uma faculdade de engenharia”.

FUTURO

De Jorge ressalta o futuro desse mercado: “A cada dia descobre-se um novo poço de petróleo em nosso mar, percebe-se a necessidade de construir novas unidades de refino e tratamento de petróleo e descobre-se que para que tudo isso possa funcionar, necessita-se de plataformas e navios de transporte e apoio. Ainda teremos muito trabalho nos próximos 20 anos neste setor”.

Chances por toda a semana

A Gold RH convoca candidatos à emprego para cadastro no banco de currículos. A recrutadora, que fica no Rio, orienta: basta se inscrever e, assim que surgem as vagas, de acordo com o currículo, a empresa indica o interessado. Depois, fica a critério do cliente empregador se o candidato será chamado para contratação.

Atualmente, a Gold RH conta com oportunidades para as funções de vendedores e motoboys. Para tentar uma das chances, é preciso fazer contato por telefone e obter informações sobre a vaga. Basta ligar (21) 3029-1324 ou (21) 3123-2255.

Em seguida, é preciso ir até as instalações da Gold RH: Avenida das Américas 15.700, loja 130, no Recreio dos Bandeirantes, no Centro Comercial Time Center.

Surgem vagas com muita frequência, logo, vale cadastrar o currículo com a empresa e esperar a oportunidade surgir. Para mais informações sobre a empresa, basta acessar o endereço eletrônico: http://www.agenciagoldempregos.com.br.

Entre as chances mais oferecidas pela Gold RH, estão funções como babás,domésticas, técnicos em enfermagem, cuidadores de idosos, serviços gerais, porteiros, jardineiros, motoristas e seguranças.

Fonte: O Dia Online