terça-feira, outubro 05, 2010

PORTO DE ITAJAÍ RESURGE NO CENÁRIO NAVAL


No início de setembro, o gerente-geral de Exploração e Produção da Petrobras, Ricardo Albuquerque Araújo, anunciou que o município de Itajaí deverá ser contemplado, em 2016, com um porto da estatal para dar suporte logístico às operações do pré-sal. Segundo ele, a Petrobras planeja novos portos e aeroportos para entrarem em operação de 2014 a 2016. Para 2014, pretende inaugurar o porto de Ubu, no Espírito Santo, e aeroporto no Rio de Janeiro. Se a obra da estatal sair do papel, a região de Itajaí ganhará ainda mais força como polo portuário, já que sedia os portos de Itajaí e Navegantes, além de outros terminais privados.

"A perspectiva de crescimento da logística da Petrobras nos próximos cinco anos é de 100%", afirmou, destacando que a logística tem de acompanhar o ritmo de crescimento da produção, que vai passar dos atuais 2,7 milhões de barris por dia para 5,3 milhões em 2020, um aumento de 7,1% a cada ano. Araújo comentou ainda que para deslocar funcionários e equipamentos para as operações no pré-sal da Bacia de Santos - que está a 300 quilômetros da costa - a companhia vai apostar no uso de hubs logísticos, que funcionam como centros de distribuição.

A notícia do novo porto gerou grande expectativa na região, já que depois de um 2009 marcado pela ressaca da enchente de 2008, que destruiu parte do cais e dificultou as operações, o porto de Itajaí se recupera e cresce na movimentação de cargas. A perspectiva é de movimentar 800 mil TEU's (contêiner de 20 pés) contra 693 mil TEU's em 2008, ano que havia sido recorde. No dia 13 de setembro o governo federal inaugurou a recuperação do berço 1 de atracação do porto de Itajaí. Segundo Augusto Wagner Martins, secretário-executivo da Secretaria Especial de Portos, em outubro deve ser inaugurada a segunda etapa da obra. Ainda permanece em recuperação o berço 2, com entrega prevista para outubro.

No primeiro semestre deste ano, o porto de Itajaí movimentou 1.849.662 TEUS, um crescimento de 57% sobre os 789.983 TEUS movimentados no mesmo período de 2009. Apesar da recuperação, o volume ainda está abaixo dos 3.182.915 TEUS movimentados no primeiro semestre de 2008, antes da enchente. O valor investido pelo governo federal na recuperação do porto catarinense foi de aproximadamente R$ 276 milhões. Além da recuperação dos berços, destruídos pela força da água no desastre de novembro de 2008, foi necessário dragar o canal do Rio Itajaí-Açu. O calado que era de onze metros ficou em seis, em alguns pontos, em função do assoreamento do rio.

Dragagem de aprofundamento dos canais

Além da reconstrução programada, está em fase de licitação o projeto para a dragagem de aprofundamento dos canais interno e externo e a bacia de manobras. A expectativa é de que as obras a serem licitadas sejam concluídas até julho de 2011. Com recursos do Programa Nacional de Dragagem (PND), estão previstos R$ 55 milhões em investimentos oriundos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O projeto possibilitará a operação de navios maiores e mais modernos. A profundidade (calado) passará dos atuais nove para 14 metros. O Porto de Itajaí é responsável por 70% das exportações catarinenses.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

GOVERNO VAI COMPRAR OS DÓLARES DA PETROBRAS


O chefe do Departamento de Acompanhamento Econômico do BNDES, Fernando Puga, afirmou que os investimentos no país, entre 2010 e 2013, devem alcançar um total de R$ 2,9 trilhões, valor bem próximo do atual Produto Interno Bruto (PIB) Brasileiro. Sendo R$ 1,3 trilhão destinado a indústria de transformação, ao setor de petróleo e gás e à obras de infraestrutura, principalmente no setor de energia.

ओ ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que entre as medidas que o governo pretende tomar para evitar a supervalorização do real, está a compra de dólares que entrarem no país com a capitalização da Petrobras. “Queremos que todos saiam da crise, mas não às nossas custas”, disse o ministro. Como medidas para evitar uma volatilidade maior na cotação de dólar no Brasil, ele citou as compras já realizadas com freqüência pelo Banco Central.

“Queremos que todos saiam da crise, mas não às nossas custas”No que diz respeito à capitalização da Petrobras, marcada para 30 de setembro e que pode chegar a R$ 150 bilhões, o ministro já mandou recado ao mercado financeiro. “Vamos enxugar qualquer excesso de dólar que possa entrar com a operação da Petrobras. Vamos comprar tudo, já estou avisando”. Segundo o ministro, o poder de fogo para as compras está nas mãos do Banco Central e do Fundo Soberano, um fundo de reservas que pode ser usado em situações como essa.

Mantega explicou que o Fundo Soberano, um colchão de segurança para o país, poderá ser acionado para conter a valorização do real. Apesar da enfática promessa de evitar que a cotação do dólar caia mais no país, o ministro garantiu que o governo não trabalha com um preço base para a moeda norte-americana. “Não há piso. Mantemos o câmbio flutuante, apesar de outros países não fazerem o mesmo”.

Com forte resultado em agosto, a arrecadação de impostos e contribuições federais no acumulado de janeiro a agosto aparece com crescimento de R$ 78,09 bilhões em reação ao mesmo período do ano passado. Esse volume representa uma expansão real, descontada a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 12,6% e já equivale a quase o dobro da extinta Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

BRASKEM PLANEJA EXPANSÃO DO PLÁSTICO VERDE PARA O EXTERIOR


No dia 24 de setembro, a Braskem inaugurou sua primeira fábrica de “plástico verde”, após muita expectativa em torno da usina que utiliza o etanol, em vez do petróleo, como matéria-prima. A solenidade contou com a presença do presidente Lula e o pontapé inicial da planta já chama a atenção internacional, ao ponto de quatro países já terem demonstrado a intenção de investir em projetos semelhantes, que prometem impulsionar os eforços contra gases do efeito estufa.

Embora os números da fábrica sejam representativos para o setor, a produção de 200 mil toneladas de polietileno verde por ano e os R$ 500 milhões investidos no projeto já foram celebrados por executivos e especialistas. A novidade agora, uma vez inaugurada a fábrica, é a possibilidade de a Braskem expandir sua atuação sustentável para o exterior. Essa intenção foi inclusive garantida pelo presidente da companhia, Bernardo Gradin.

Segundo Gradin, os destinos da expansão da Braskem estão localizados na Europa, América e Ásia e poderão ser atendidos mesmo que a matéria-prima de abastecimento das fábricas seja fornecido do Brasil. Assim, a cana-de-açúcar poderá gerar o etanol que será transformado em eteno, polietileno, plástico e, por fim, sacolas de supermercados, frascos de produtos de higiene e beleza, embalagens de alimentos e até tanques de combustível.
Pacto
A estratégia sustentável da Braskem encontra ressonância no Pacto Nacional da Indústria Química, publicado em junho deste ano, pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim). O documento apresenta oportunidades de investimentos que foram aproveitadas pela petroquímica nessa empreitada do “plástico verde”. De acordo com o documento, “o objetivo estratégico é posicionar a indústria química brasileira entre as cinco maiores do mundo, tornando o país superavitário em produtos químicos e líder em química verde.”

Para concretizar essa proposta, o Pacto Nacional da Indústria Química elabora alicerces baseados em quatro vertentes que constituem “requisitos imprescindíveis para o êxito do processo e para o estabelecimento de condições favoráveis aos investimentos e ao desenvolvimento econômico e social do País”: Insumos básicos e infraestrutura; Comércio exterior; Inovação e tecnologia (que abriga a parte de Foco no desenvolvimento da química verde) e Fortalecimento da cadeia de valor.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/