segunda-feira, janeiro 21, 2013

Funções de uma Equipe de Perfuração

Encarregado de Sonda (Tool Pusher)
É o misto de gerente com amplas atribuições e torna-se operador em situações delicadas ou de emergência, o encarregado de sonda é elemento vital para a qualidade e segurança dos trabalhos. Tem por principais funções o planejamento operacional, a priorização de recursos, o treinamento de sua equipe e uma constante atuação na prevenção há acidentes. Os bons encarregados orientam e alertam seus subordinados quando aos inúmeros e sempre presentes riscos de acidentes. O menor descuido e lá se vai um dedo, esmaga-se um pé, sofre-se em forte impacto, cai uma ferramenta dentro do poço, perde-se o controle de um poço, etc.<
 
Sondador (Driller):
É o trabalhador que permanece todo o tempo na plataforma de trabalho, em uma cabine onde manipula alavancas, botões, chaves, monitora múltiplos parâmetros (peso, vazão, pressão, temperatura, níveis de tanques, inclinações do poço, etc) e orienta sua equipe composta de: assistente de sondador, torrista, 4 plataformista e auxiliares eventuais. Alguns destes trabalhadores estão em seu campo de visão direta, outros são comandados por telefone, intercomunicadores e rádios walk talk. O trabalho do sondador possui alta carga mental e cognitiva contemplando cálculos, monitoração de painéis, manipulação de instrumentos que exige grande perícia, além de requerer forte e imprescindível liderança sobre a equipe. Na cabine do sondador da unidade existem 12 painéis de informação e controle.

Assistente de Sondador (Driller Assistant)
A complexidade dos trabalhos nas UPMs modernas exige a atuação de dois sondadores (1° e 2° sondadores) ou de um sondador e um assistente. Cumpre ao assistente orientar, lado a lado, os plataformistas e torrista em suas atividades e auxiliar o sondador durante certas manobras. Um bom assistente de sondador é capaz de realizar quase todas as operações que o sondador realiza.

Torrista (Derrick Man)
Durante as manobras (descidas ou retiradas de coluna) o torrista fica no alto (daí a denominação torrista), na plataforma do torrista (monkey board) a mais ou menos 30m de altura, onde arranja as seções de tubos nos garfos dos estaleiros. Neste período trabalha solitário e dispõe de recurso frágil e arriscado para fugir no caso de alguns acidentes graves como fluxo descontrolado do poço ou incêndio. Quando a sonda não está em manobras de tubos o torrista é reponsável pelo sistema de fluidos (confeccionar e tratar o fluido que é de grande importância ao sucesso das operações), além de realizar manuntenção nos tanques de lama.

Plataformista (Roughnecks)
É o início de carreira na equipe de sonda, os plataformistas, em número de quatro, executam os trabalhos mais pesados e se expõem aos maiores riscos. Trata-se de trabalho que exige habilidade, força e resistência física uma vez que manipulam ferramentas complexas e pesadas, efetuam trabalhos em grandes alturas, suspensos em cadeiras que lembram trapézios, conectam e ajustam equipamentos para descida no poço, onde pequenos descuidos podem levar à grandes prejuízos, etc. Em algumas sondas, plataformista que não conseguir fazer carreira nem obter outra opção de trabalho, enfrentam o desafio de um trabalho penoso aos 50 anos de idade ou mais.

Guindasteiros (Crane Operators)
O trabalho dos Guindasteiros é bastante difícil, posto que estes movimentam cargas entre as plataformas e rebocadores sob condições dinâmicas do mar e em espaços bastante reduzidos, exigindo grande concentração e perícia, além de grandes cuidados com a segurança.

Homens de Área (Roustabouts)
Os Homens de Área cuja aspiração profissional é muitas vezes tornarem-se plataformistas, guindasteiros ou mecânicos, trabalham na movimentação de cargas junto ao guindasteiro e sob o comando do contramestre de movimentação de cargas; efetuam serviços de limpeza e manutenção geral do convés principal e auxiliam, eventualmente trabalhos na sonda de perfuração. Trata-se de atividades fatigantes e muito perigosas, exigindo grande atenção e conhecimento de inúmeros procedimentos de segurança.

O termo roustabout foi pejorativamente abrasileirado para arrasta baldes, uma vez que lavar o convés é parte do trabalho dos homens de área.
Fonte: http://www.universodopetroleo.com.br

Leilões só vão elevar produção de petróleo após 2020

O governo federal admite que a licitação, tão desejada pelas empresas do setor, como a Petrobras, só deve gerar resultados práticos depois de 2020
Segundo uma fonte qualificada da área energética do governo, o avanço do consumo dos combustíveis neste ano deve ser de 5%
Brasília - A nova rodada de leilões de blocos para exploração de petróleo, prevista para maio, não deve provocar aumento de produção até o fim da década.
Mesmo diante de uma explosão no ritmo de importação de combustíveis, de 70% entre 2011 e 2012, para fazer frente à crescente demanda interna, o governo garante que a demora de pelo menos sete anos entre os leilões e o início efetivo da comercialização do petróleo que será extraído dos novos campos não será um problema.
Segundo uma fonte qualificada da área energética do governo, o avanço do consumo dos combustíveis neste ano deve ser de 5%, próximo à projeção de crescimento da economia feita pelo Ministério da Fazenda.
Esse aumento é inferior ao avanço de 6,3% do consumo em 2012, quando a economia cresceu em torno de 1%. Ao mesmo tempo, a oferta dos blocos já em exploração pelas empresas deve aumentar.
"O que está afetando nossa produção são atrasos na chegada de sondas importadas, demora para produção de novas plataformas, em parte por causa da dificuldade para testar novos estaleiros", disse a fonte.
Para o governo, a 11.ª rodada de leilões para exploração de petróleo, que vai envolver 172 blocos exploratórios, servirá para aumentar o conhecimento das bacias geológicas brasileiras e para "movimentar" a cadeia produtiva do setor.
"Não é nosso objetivo aumentar a produção de combustíveis. Isso é consequência, mas antes da exploração não podemos determinar se isso será relevante ou não", disse uma fonte.
 
Fonte: Exame.