sexta-feira, novembro 30, 2012

Cientistas encontram petróleo no espaço

Descoberta de hidrocarbonetos em nebulosa confirma que a região é uma espécie de refinaria cósmica.

São Paulo – Um grupo de pesquisadores do Instituto Max Planck de Radioastronomia (Alemanha) encontrou indícios de vastas reservas de petróleo na Nebulosa Cabeça de Cavalo. A descoberta pode ajudar a entender se esse tipo de óleo é realmente um composto fóssil ou tem origem mineral.

A Nebulosa Cabeça de Cavalo fica na Constelação de Órion, a 1.300 anos-luz da Terra. Por causa da forma peculiar e de fácil reconhecimento, essa nebulosa é um dos objetos celestes mais fotografados pelos astrônomos.

Os cientistas observaram a nebulosa com um radiotelescópio de 30 metros do Instituto de Radioastronomia Milimétrica (IRAM), na Espanha. Então, eles descobriram moléculas de C3H+, ou seja, hidrocarbonetos interestelares.

Hidrocarbonetos são um dos elementos fundamentais na composição do petróleo e do gás natural. Isso significa que a molécula C3H+ faz parte da estrutura de umas das fontes de energia mais usadas atualmente na Terra. Segundo os pesquisadores, a descoberta confirma que a região é uma espécie de refinaria cósmica.

Esse petróleo espacial é resultado da fragmentação de moléculas carbonáceas gigantes, chamadas PAHs (hidrocarbonos policíclicos aromáticos). Essas moléculas recebem luz ultravioleta e ficam ainda menores do que os hidrocarbonetos encontrados.

O mecanismo é mais eficiente em regiões como a Nebulosa Cabeça de Cavalo, onde o gás interestelar está exposto à luz de uma estrela gigante muito próxima. Os astrônomos acreditam que a Nebulosa contém 200 vezes mais hidrocarbonos do que a quantidade total de água na Terra.

Fonte: Vanessa Daraya, de Info

Opep deverá manter meta de produção de petróleo inalterada

O número isolado sugere que o excedente de produção da Opep pode subir no próximo ano e pode indicar que modestos freios são necessários

Os altos estoques de petróleo, a desaceleração do crescimento da demanda e a frágil economia global normalmente dariam à Opep razões para considerar cortes na oferta em sua reunião no próximo mês, especialmente quando alguns acreditam que podem estar produzindo mais do que o suficiente para atender a demanda.

Mas, com os conflitos no Oriente Médio mantendo o preço do petróleo em três dígitos, os delegados da Opep dizem que o grupo de 12 membros deverá manter a meta de produção de 30 milhões de barris por dia (bpd), acordada há um ano.

Eles também esperam que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) contenha as tensões recentes entre Irã e Arábica Saudita, uma vez que com sanções ocidentais contra Teerã os sauditas e aliados do Golfo Árabe, Kuwait e Emirados Árabes Unidos, a aumentaram suas produções.

As indicações são de que o Irã, sob aperto das sanções dos EUA da Europa sobre seu programa nuclear, está resignado a exportações dramaticamente mais baixas e ficará fora do radar na reunião do dia 12 de dezembro, em Viena.

"A Opep está enfrentando um difícil ano pela frente. A economia mundial está fraca e a oferta ficará abaixo da demanda, o que pode justificar um corte de cerca de 500 mil barris por dia", disse um delegado sênior da Opep, de país produtor do Golfo.

"Os fatores políticos, no entanto, vão evitar que a Opep tome qualquer ação formal."

Com as mudanças no teto de produção sendo improváveis, o gerenciamento do mercado de petróleo será guiado pelo líder produtor da Opep, a Arábia Saudita --único membro com significante capacidade ociosa-- com suporte dos Emirados Árabes e o Kuwait.

Riade já recuou das taxas de máxima de 30 anos, de 10 milhões de barris diários, produzindo cerca de 9,7 milhões de bpd em outubro. Isso ajudou a reduzir a produção geral da Opep em cerca de 700 mil bpd ante o pico atingido mais cedo no ano, de quase 32 milhões de bpd.

Os estoques de petróleo em países industrializados aumentaram para 59,6 dias de demanda futura em setembro, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), significativamente acima da média de cinco anos, pela primeira vez em 2012.

A Opep está produzindo cerca de 1 milhão de bpd acima do teto de 30 milhões de bpd. A demanda por petróleo do grupo deve cair no próximo ano em mais de 400 mil bpd, com os Estados Unidos, aproveitando o boom de energia de xisto, e outros países de fora da Opep, ampliando suas ofertas.

Fonte: Portal R7

“Petrobras deverá dobrar de tamanho até 2020″, afirma Graça Foster

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, afirmou hoje que a empresa deverá dobrar de tamanho até 2020. Durante Almoço-Debate promovido hoje pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), ela apresentou o planejamento estratégico da empresa para os próximos anos.

- A prioridade para a Petrobras é o petróleo. Nós entendemos que no futuro, entre 2050 e 2060, quando as energias não fósseis devem prosperar, a indústria fóssil servirá de modelo para as futuras energias – sustentou Graça Foster para uma platéia de 357 empresários convidados de João Doria Jr. sobre as “Perspectivas do Pré-Sal e das Energias Limpas”.

Questionada sobre quem vence a queda de braço de preços com o governo, Foster disse não haver isto, que a Petrobras trabalha com margem de refino positiva e que há trabalho técnico com os controladores, finalizando que não há prazo estabelecido para aumento da gasolina.

Sobre desabastecimento, a presidente da Petrobras garantiu que não haverá falta de combustível, lembrando que a empresa responde pelo suprimento e pela BR Distribuidora. Para Graça Foster, “etanol é uma grande solução, tem a cara do Brasil e sou uma das defensoras dele”. A presidente completou dizendo que o etanol é prioridade e que a empresa está investindo em pesquisa.

Sobre a divisão dos royalties do pré-sal, Graça Foster afirmou que não comenta a manifestação agendada para hoje no Rio de Janeiro ou sobre veto e não-veto.

- Como executiva da área, quero que seja com o menor desentendimento, com marco regulatório definido e conhecido e que não traga passivo, ou seja, é uma equação que precisa ser definida.

Perguntada se é possuidora de ações da Petrobras, a presidente da empresa afirmou não ter ações porque assim se sente “mais confortável nas decisões”.

- Se não tivesse este cargo, compraria ações da companhia”, garantiu, lembrando que a empresa tem alcançado “resultados esplendorosos no refino, melhoria significativa na produção, embora não pressiono a produção se não tivermos cumprindo todas as paradas de manutenção.

Para ela, o petróleo é um “produto delicado e que precisa funcionar 100%, como um carro”. Graça Foster disse compreender o quão aborrecidos estão os acionistas minoritários e lembrou que a empresa trabalha forte para aumentar a produção.

Fonte: Monitor Mercantil