A Petrobras tem 224 bilhões de dólares para investir até 2014, diz o presidente Lula.
A Petrobras batizou no dia 07 de outubro (quinta-feira), no estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis (RJ), o navio-plataforma P-57, que irá operar no campo de Jubarte, na porção capixaba da Bacia de Campos, a 80 km da costa do Espírito Santo. Essa unidade inaugura uma nova geração de plataformas, concebidas e montadas a partir do conceito de engenharia que privilegia a simplificação de projetos e a padronização de equipamentos. Um modelo que será referência para as futuras plataformas da Petrobras, como a P-58 e P-62, e para as unidades que irão operar no pré-sal da Bacia de Santos.
A P-57 é uma plataforma do tipo FPSO (sigla em inglês que significa unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo) e integra a segunda fase de desenvolvimento do campo de Jubarte. Ancorada a uma profundidade d´água de 1.260 metros, produzirá petróleo de 17 graus API (medida de densidade do petróleo). Ela terá capacidade para processar, diariamente, até 180 mil barris de petróleo e 2 milhões de metros cúbicos de gás. Começará a operar ainda este ano, interligada a 22 poços, sendo 15 produtores e 7 injetores de água. Será a primeira unidade dessa complexidade a operar na costa do Espírito Santo.
A nova unidade de produção entrará em operação ainda em 2010 e o pico de produção deverá ser atingido até o início de 2012. O petróleo produzido será transferido por navios aliviadores para terra. E o gás será escoado por gasoduto submarino para a Unidade de Tratamento de Gás Sul Capixaba, localizada na região de Ubu, no município de Anchieta, a cerca de 100 km de Vitória. A cerimônia de batismo, em Angra dos Reis, contou com a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e outras autoridades do governo federal, do governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, além do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, e dos diretores Guilherme Estrella, de Exploração e Produção; Paulo Roberto Costa, de Abastecimento; Renato Duque, de Serviços, e Graça Foster, diretora de Gás e Energia, deputado federal Edmilson Valentim (PC do B), Ariovaldo Rocha, presidente do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), entre outras autoridades e centenas de trabalhadores.
Gabrielli afirmou que nos próximos anos serão construídas dezenas de plataformas e de barcos de apoio. “Nosso programa é um programa de crescimento acelerado, que aponta claramente para um futuro melhor com mais emprego, mais produção de combustível, mais capacidade de gerar emprego e renda em outras atividades da economia brasileira”. O presidente da estatal ressaltou também que, a capitalização da Petrobras, apoiada pelo governo e dos outros acionistas, viabilizaram a maior capitalização do mundo. “O que nós oferecemos foi: compre as ações da Petrobras, porque nós vamos crescer, vamos gerar emprego, vamos gerar renda e vamos gerar capacidade de produção maior ainda.”
Sérgio Cabral destacou o conjunto de investimento no estado, como o Complexo Petroquímico de Itaboraí (Comperj), que vai consumir perto de 20 bilhões de dólares, e refinarias gerando valor agregado. Ele citou também o Complexo Industrial do Porto do Açu, na região norte, que apesar de ser um investimento privado, depende da Petrobras e do crescimento brasileiro para ir em frente.
Fonte: http://www.revistafator.com.br/