terça-feira, dezembro 20, 2011

Primeiro navio sonda do Brasil será construído em Aracruz



O primeiro navio sonda de perfuração de poços de petróleo para águas profundas construído no Brasil deverá ser capixaba. O anúncio foi feito durante o lançamento da pedra fundamental do Estaleiro Jurong Aracruz (EJA), nesta segunda-feira (19), em Barra do Sahy, Aracruz, local onde a sonda será fabricada. Há um acordo firmado entre a Jurong e a Sete Brasil, responsável por disponibilizar os serviços de afretamento de sondas para a Petrobras, e um contrato será assinado entre as empresas.

Segundo o diretor-presidente da Jurong Brasil, Martin Cheah Kok Choon, a construção dos navios sonda se dá na Coreia do Sul e em Cingapura. “O navio sonda é um produto complicado de ser feito. Até agora, os países que construíram um navio sonda são Coreia do Sul e Cingapura. Essa não será somente a primeira sonda do Brasil, mas a primeira da América Latina”, explicou.

A fabricação do navio sonda em Aracruz tem previsão para começar em 2013 e o custo estimado será de cerca de US$ 750 milhões (R$ 1,4 bilhão). O prazo para a entrega da sonda para a Sete Brasil, de acordo com Choon, é de 46 meses. Para o secretário de Estado de Desenvolvimento, Márcio Felix, o compromisso de conclusão do navio em aproximadamente 3,8 anos contribuirá para a aceleração das obras do estaleiro.

Fonte: A Gazeta (Vitória)/Samanta Nogueira

Estatal vai investir R$ 25 bilhões na baixada santista até 2015; saiba como abocanhar parte desse dinheiro


A Petrobrás quer dobrar o número de pequenas e microempresas fornecedoras de produtos e serviços para a cadeia de petróleo e gás. A estatal investiu nos últimos 12 meses, R$ 200 milhões em compras para atender às demandas da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Santos e a Refinaria Presidente Bernardes de Cubatão, mas, apenas 5% desse total ficou com pequenos negócios da Baixada Santista. A expectativa é de que, até 2015, a exploração do pré-sal movimente cerca de US$ 25 bilhões somente naquela bacia.

Para ajudar as pequenas e microempresas a abocanharem uma fatia desse montante, o Sebrae-SP fez um mapeamento da cadeia de petróleo e gás na Baixada Santista para identificar demandas que podem ser atendidas por pequenas e microempresas. Foram identificadas 87 demandas - 44 de bens e 43 de serviços - e 30 segmentos de pequenas e microempresas que podem aproveitar essas oportunidades. Entre elas estão a fabricação de esquadrias em aço e alumínio, comércio de brindes, serviços de publicidade, criação, design, entre outros. “É um mercado muito grande que as pequenas empresas podem atender. Não é só a Petrobrás. Existem outras empresas da cadeia de petróleo que também podem ser atendidas", diz o gerente do Sebrae-Santos, Paulo Sérgio Franvosi.
Entre as potenciais fornecedoras da cadeia de petróleo, 55% são do setor de serviços, 43% do comércio e 2% da indústria. Para não perder nenhuma oportunidade as pequenas precisam organizar uma estrutura interna para cuidar dos processos licitatórios, acompanhar com frequência os sistemas de compras e colocar a documentação em ordem. Esses são só alguns dos principais problemas que atrapalham hoje o fechamento de contratos entre os pequenos negócios e a estatal.

"Muitas empresas têm conhecimento técnico e tecnológico exemplar, mas na hora de preencher uma nota fiscal não sabem discriminar direito o imposto, não têm as certidões negativas em dia. Percebemos que existem dificuldades a sanar", diz Franvosi. Outro problema é a falta de profissionalização. “Algumas têm produto bom, mas não sabem se vender, não investigam o perfil do negócio de antemão.”

A empreendedora Tatiana de Oliveira, dona da empresa World Computer, fornece equipamentos de informática de suprimentos para a Petrobras há dois anos. A empresa também presta serviços para outros órgãos públicos, como a prefeitura de Santos. “Trabalhar com empresas grandes é bom para o portfólio e aumenta a possibilidade de fechamento de outros negócios”, diz. Mas antes de conquistar esses clientes, Tatiana precisou adequar a empresas às exigências das grandes corporações. “A primeira coisa a ser feita é criar uma estrutura para cuidar do cadastro e manter a documentação em dia. Depois é importante avaliar a necessidade de aumentar os estoques ou o número de empregados”, diz.

A própria World Computer passou por mudanças. O volume do estoque aumentou para que a empresa consiga cumprir com a agilidade os pedidos da estatal. “É importante ter um padrão de qualidade e agilidade, que é justamente o motivo pelo qual a Petrobras procura empresas da Baixada Santista”, diz.

Capacitação. Para sanar deficiências das pequenas e microempresas, o Sebrae lançou o Programa da Cadeia Produtiva de Petróleo, Gás e Energia, que por meio de palestras, workshops e eventos, vai abordar temas como processos licitatórios, compras governamentais, gestão de qualidade, inovação, marketing, tecnologia e análise financeira serão abordados em encontros com representantes de MPEs. “As grandes empresas enfrentam a mesma burocracia que as pequenas e conseguem fechar contratos. O que a pequena precisa entender é se ela tem competência para ofertar o produto ou serviço e depois buscar as ferramentas de qualidade para melhorar ainda mais o produto e atender as exigências do setor de petróleo e gás”, diz Fravosi. O estudo detalhado assim como a ficha de inscrição para participar do programa estão no site do Sebrae-SP.

Fonte: http://www.jornaldiadia.com.br/

BA: Salvador ganha Laboratório de Estudos do Petróleo


Foi inaugurado em Salvador, o Laboratório de Estudos do Petróleo (Lepetro), fruto da parceria entre a Petrobras e a UFBA. O Lepetro é o primeiro laboratório na Região Nordeste capacitado para atuar na avaliação e remediação de áreas de manguezais impactadas por atividades antrópicas. O laboratório integra a Rede de Conservação e Recuperação de Ecossistemas e Remediação de Áreas Impactadas (Ecoai), tendo sido investidos R$3 milhões na ampliação da sua infraestrutura.

Para a química do Cenpes Adriana Ururahy Soriano, que representou a Petrobras no evento, o Laboratório coroa uma parceria de 10 anos. “O Lepetro laboratório além de ajudar na capacitação de profissionais, vai contribuir para alavancar conhecimento em outros estados do Nordeste”. Com as técnicas analíticas implantadas no Laboratório, é possível avaliar, de maneira integrada, a qualidade ambiental de áreas sob influência de atividades humanas, sendo uma infraestrutura científica muito importante para suportar as instalações da Petrobras na Baía de Todos os Santos. Além da caracterização de áreas afetadas, a expectativa é que estudos comparativos com áreas não afetadas permitam avaliar e definir formas e metas de recuperação para sedimentos e água.

O diferencial do Lepetro é desenvolver e aplicar protocolos de caracterização geoquímica, associando aspectos de petróleo e de meio ambiente. As pesquisas conduzidas pelo grupo também envolvem inovação tecnológica para a recuperação de ecossistemas costeiros. Adriana Soriano acredita que “o desafio do Lepetro será desenvolver para a sociedade soluções para o meio ambiente”.

Desde 2000, a Companhia investe em medidas de tratamento e recuperação de manguezais encontrados no Brasil, desde o Estado do Amapá até Santa Catarina. Ao manifestar o desejo de manter a parceria que considera frutífera com a Petrobras,o vice-reitor da UFBa, Luis Rogério Leal, afirmou que os valores humanos são o grande diferencial do Instituto de Geociências e que o espaço físico era um limitador.

Redes Temáticas

O modelo das Redes Temáticas foi criado pela Petrobras em 2006, voltado para o relacionamento com as universidades e institutos de pesquisas brasileiros. Hoje já há 50 redes operando em parceria com mais de 100 universidades e instituições de pesquisas de todo o Brasil. Nas redes, as instituições desenvolvem pesquisas em temas estratégicos para o negócio da Petrobras e para a indústria brasileira de energia. A Petrobras vem investindo cerca de R$ 460 milhões anuais, em média, possibilitando às instituições conveniadas a implantação de infraestrutura, aquisição de modernos equipamentos, criação de laboratórios de padrão mundial de excelência, capacitação de pesquisadores/recursos humanos e desenvolvimento de projetos de Pesquisa & Desenvolvimento nas áreas de interesse, como petróleo e gás, biocombustíveis e preservação ambiental.

Fonte: Agência Petrobras