domingo, maio 24, 2009

A popularidade da ferramenta de busca do Google

A popularidade da ferramenta de busca do Google não pára de crescer nos Estados Unidos. Nos últimos três anos, seus ganhos de participação de mercado aceleraram, fazendo pessoas se perguntarem se a companhia vai eliminar o que resta de seus competidores no futuro.Certamente, as acusações de antitruste são uma preocupação crescente no Googleplex. No ano passado, a companhia abandonou uma proposta de acordo publicitário com o Yahoo quando o Departamento de Justiça americano disse que entraria com um processo antitruste para bloquear o negócio. Na semana passada, um pequeno operador de sites, TradeComet.com, entrou com uma ação antitruste contra o Google, acusando o gigante das buscas de manipular injustamente seu sistema de anúncios para prejudicar um potencial concorrente.E quando pedi para falar com o economista-chefe do Google sobre o motivo dos ganhos de participação de mercado estarem acelerando, a assessoria de imprensa da companhia também marcou, sem eu ter pedido, um segundo encontro separado com Dana Wagner, sua "conselheira de concorrência" - ou seja, a responsável por questões antitruste.O Google sustenta que sua liderança no mercado de buscas na web é frágil, dizendo que, com um simples clique de mouse, a lealdade do usuário pode evaporar a qualquer momento.Mas consideremos isso: até julho de 2005, o Google estava à frente do Yahoo em participação de mercado por apenas seis pontos percentuais, 36,5% contra 30,5%, segundo dados da comScore, companhia de pesquisa de mercado. Hoje, no entanto, essa vantagem é muito mais ampla, 63% contra 21%."Quase sinto pena do Google", disse Danny Sullivan, editor-chefe da Search Engine Land. "Eles estão fazendo um ótimo trabalho e as pessoas estão recorrendo a eles. Mas quando eles ultrapassarem a parcela de 70%, as pessoas vão começar a ficar desconfortáveis com o monopólio do Google." O Google não registra ganhos todos os meses. Os números da comScore para janeiro indicam uma queda de 0,5% em relação a dezembro e um ganho de 0,5% para o Yahoo. Mas de acordo com a Hitwise, outro serviço de medição online, o Google já ultrapassou a fronteira dos 70%. A empresa estima que o Google tenha 73% do mercado americano e o Yahoo, 17,9%. Os dois serviços de busca da Microsoft, MSN e Live.com, constituem um terceiro lugar distante, juntos representando 5,4%.Sullivan disse que embora o serviço de buscas do Yahoo se beneficie do tráfego do Yahoo Mail e outros sites Yahoo, sua capacidade de atrair internautas de fora de suas próprias fronteiras é relativamente fraca.Muitos donos de websites que rastreiam a origem de seus visitantes anunciam que o serviço de buscas do Google direciona cerca de 80% a 90% de suas visitas. Por exemplo, quase todos os visitantes direcionados por ferramentas de busca à Stack Overflow - uma comunidade de desenvolvedores de software - vieram do Google. Em janeiro, a Stack Overflow recebeu mais de três milhões de visitantes direcionados de 22 serviços de busca. Desses, 99,34% vieram do Google.Jeff Atwood, um dos fundadores da Stack Overflow, disse: "Não tenho queixas em relação ao Google. Gosto do Google. Mas estou preocupado. Se você projetar essa tendência para daqui a quatro anos, é só seguir o gráfico. Um mundo sem competição não me parece saudável".No Google, Hal Varian, seu economista-chefe, e Wagner disseram que o público não tem uma lealdade cega a nenhum serviço de busca. Eles citaram uma pesquisa recente da Forrester Research na qual 55% dos adultos participantes usavam mais de um serviço de busca toda semana."Você compra um carro, usa por quatro anos e depois avalia suas escolhas", disse Varian. "Mas para buscas na web, nossa competição é na base do clique." Se mais internautas usam o Google, disse, é porque concluem que seu produto é superior.Sullivan, que estuda ferramentas de busca desde 1995, disse que pesquisas similares têm sido realizadas há muitos anos - e que sempre deixam de refletir que a maioria das pessoas tem uma ligação primária a apenas um serviço de busca. Quando os usuários experimentam uma alternativa, disse, "não entram em um real modo de teste"; depois disso, voltam a seu favorito. "O Google é um hábito", disse, "e hábitos são bem difíceis de mudar".Yahoo e Microsoft afirmam que os resultados de suas ferramentas de busca têm qualidade equivalente à do Google, baseados em medições estatísticas que não divulgam. Mas isso importa pouco."O fato de estarmos um pouco à frente ou um pouco atrás do Google em relevância não muda o que acontece nas buscas", disse Prabhakar Raghavan, estrategista-chefe de buscas do Yahoo.Segundo Raghavan, a melhor oportunidade do Yahoo é oferecer formas radicalmente novas de apresentar informação, algo que ajude os internautas a concluírem o que começaram antes da pesquisa, como encontrar um emprego ou comprar uma passagem de avião. "As pessoas não querem pesquisar; isso é uma digressão", afirmou. "Elas querem completar uma tarefa."O que o Yahoo e a Microsoft não conseguiram, porém, é equivalência com o nome Google, que é oficialmente um verbo em inglês desde 2002. Raghavan concordou que reconhece o Google como "sinônimo de busca".Perguntei a Sullivan se as pessoas deveriam deliberadamente diversificar suas pesquisas através de várias ferramentas de busca, com cada um fazendo sua parte para ajudar a manter viva a competição. Ele disse que tal campanha não seria sustentável. "Provavelmente, vou continuar usando aquilo com o qual tenho um bom relacionamento, que é o Google", disse. "Sugerir que alguém use a ferramenta de busca da Microsoft é como dizer que ele deveria arranjar 'um novo melhor amigo'."

Fonte: www.terra.com.br

Sem ofertas de compra, Positivo quer manter liderança


A Positivo Informática está otimista com a retomada do mercado este ano e não pretende abrir mão de sua liderança no mercado brasileiro de PCs, apesar da chegada de novos rivais, afirmou o presidente da empresa, Hélio Rotenberg. A Positivo foi alvo de uma oferta de compra pela chinesa Lenovo no final do ano passado, recusada pelos acionistas majoritários.
Rotenberg disse que a empresa não recebeu outras propostas além dessa e os controladores sinalizam que enxergam a companhia de informática como um investimento que, "sem dúvida", eles querem manter. "Recusamos uma oferta (da Lenovo) de R$ 18 por ação, o dobro da atual cotação, o que é uma prova inequívoca de que o controlador confia na empresa", afirmou o executivo à Reuters no final da tarde de quarta-feira.
Em relação à recente valorização dos papéis, em parte pelos rumores de venda, Rotenberg entende que "o comprador (da ação) começou a entender melhor a nossa empresa". Curiosamente, a própria Lenovo anunciou sua chegada no varejo brasileiro nesta semana. Rotenberg estranhou as declarações de um diretor da subsidiária da empresa chinesa no Brasil, que disse que a companhia quer liderar as vendas no varejo do país até 2011, com uma participação entre 12% e 13%. "Eles esperam que a gente caia para 11%?", questionou Rotenberg.
"Respeito os concorrentes, mas acredito que a gente tem uma grande chance de manter a liderança, produzimos produtos voltados ao consumidor brasileiro, e não modelos trazidos de fora, temos relacionamento grande com os varejistas, entendemos o varejo", afirmou o presidente da Positivo. Ele ressaltou, no entanto, que isso não quer dizer que a Positivo possa se acomodar. "Claro que não é para deitar em berço esplêndido, não podemos nos acomodar", adicionou.
Enquanto o mercado brasileiro teve um recuo de 12% nas vendas em volumes no primeiro trimestre sobre igual período de 2008, segundo números da IT Data, a Positivo não sentiu a mesma queda. "A gente cresceu em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Foi pouco, menos de 1 por cento, mas não caímos", salientou Rotenberg. Ele admite que "o mercado de varejo não está nos mesmos patamares do que no ano passado", mas a companhia tem conquistado grandes projetos governamentais de compra de PCs e tem ampliado a participação de mercado no comércio, segundo dados da consultoria IDC citados pelo executivo.
No quarto trimestre de 2008, informou Rotenberg, a participação da Positivo teve um salto de 6,5 pontos percentuais sobre o trimestre anterior, para 29,8%. Nos três primeiros meses de 2009, a fatia subiu para 29,99% das vendas do varejo, de acordo com a apuração do IDC. O único problema que persiste no varejo, segundo o presidente da Positivo, é a oferta de crédito.
"Isso não melhorou. A boa notícia é que já atingiu o fundo do poço, já não está caindo", disse ele, que cita um aumento das restrições por parte das financeiras em aprovar os empréstimos. De qualquer forma, Rotenberg afirmou que vê reação do mercado. "Estamos otimistas, o mercado está reagindo, e nós estamos indo bem na medida em que estamos vendendo em todos os mercados em que possamos vender", afirmou.

Fonte: www.terra.com.br