sexta-feira, julho 22, 2011

Reduzir dependência do petróleo e diamantes



O Executivo angolano está firmemente empenhado em reduzir a sua dependência do petróleo e dos diamantes e aposta, por essa razão, na diversificação da economia, na criação de empregos e no saneamento dos gastos públicos, procurando manter e mesmo acentuar a tendência para o crescimento económico constante destes últimos anos, disse Eduardo dos Santos.

Falando durante o almoço que ofereceu à Chanceler alemã, o Presidente da República garantiu que estão já previstos, ou em curso, grandes projectos no domínio da reconstrução ou criação de raiz de infra-estruturas.

O Presidente da República enumerou as infra-estruturas que estão a ser objecto de atenção do Executivo, entre as quais estradas e pontes, portos e caminhos-de-ferro, barragens hidroeléctricas, centros de produção de energia e água.

Na lista de prioridades constam ainda a melhoria do sistema de saneamento, a revitalização das unidades industriais e de agro-pecuária, assim como a construção de habitações, escolas, centros médicos e hospitais.

Salientou que estas obras necessitam de avultados recursos, que o Executivo pretende mobilizar no mercado interno e externo, e constituem um universo de oportunidades para todos aqueles que pretendam conceder créditos bancários ou realizar investimentos e negócios em geral, de forma transparente e mutuamente vantajosa.

Neste contexto, ganha todo o sentido a ampliação da nossa cooperação com uma potência económica como a Alemanha, de tecnologia avançada e voltada para investimentos de longo prazo, acrescentou.

“Essa cooperação será especialmente bem-vinda em domínios específicos como o mineiro e energético, incluindo o das energias renováveis, o da industrialização mecânica, o da mecanização agrícola e manutenção de equipamento, o dos transportes e telecomunicações, o da investigação científica e serviços de engenharia e o da formação de quadros em geral”.

Na óptica de José Eduardo dos Santos, não é por acaso que Angola é já o terceiro maior parceiro comercial da Alemanha na África Subsahariana No seu discurso, o chefe de Estado angolano enalteceu, por outro lado, a posição assumida pela Alemanha, enquanto membro da União Europeia e do G-8, de aumentar o financiamento da cooperação para o desenvolvimento, sendo metade desses recursos adicionais canalizados para África.

Fonte: http://www.opais.net/

Curso fácil pode significar emprego difícil



A proliferação de cursos profissionais das carreiras de trabalho offshore me fez escrever mais este artigo, para servir de orientação àqueles que queiram entrar no ramo do petróleo e gás.Inspirei-me em um excelente livro, de autoria de Hall Urban, chamado “As grandes lições da vida”. Este fantástico livro fala sobre os 20 princípios fundamentais para se viver bem. Eu busquei inspiração no princípio que diz: “A vida é dura”.

Muita gente está enriquecendo ao vender “facilidades” aos incautos que procuram cursos rápidos que prometem transformá-los em profissionais do petróleo do dia para a noite. Podemos compará-los aos produtos de dietas milagrosas, aparelhos de ginástica que fará o seu corpo ficar igual ao de um atleta em poucos dias, sem fazer força, cursos de inglês em que você aprende dormindo etc....

Ocorre que existe um princípio fundamental da sabedoria popular que diz que: “Quando a esmola é demais o santo desconfia”. Minha avó já dizia esse ditado, mas, infelizmente, em pleno século XXI, muitos proferem ignorá-lo e então se transformam em presa fácies na mão de espertalhões.

A descoberta do “pré-sal” fez com que muita gente passasse a querer trabalhar com petróleo, tanto offshore, como onshore, pois ouviram dizer que os salários são muito bons.

Até aí tudo bem, pois realmente haverá procura por muitos profissionais. Os salários já não são tão bons quanto era no passado mais ainda não está muito ruim.

Existe uma quantidade enorme de profissionais, das mais diversas especialidades que trabalham no setor de petróleo e gás. Esses profissionais estão distribuídos na pesquisa, exploração, produção, transporte, distribuição e transformação da indústria petroquímica.

Ocorre, porém, que a formação desses profissionais não pode ser feita de uma hora para outra, através de cursos rápidos. É preciso investimento em uma carreira de base sólida, de longa duração e excelente qualidade.

O ser humano tende a buscar solução para seus problemas pela via mais fácil possível. Assim busca cursos profissionais de alguns meses de duração, pensando que isso lhes garantirá o tão sonhado emprego offshore.

Por outro lado temos os espertalhões vendendo a facilidade de cursos rápidos, com emprego garantido, para atender a essa massa de desempregados e que não querem, ou não podem, gastar muito tempo e dinheiro em sua formação.

Temos aí a receita certa para um indivíduo perder tempo e dinheiro e, na outra ponta da linha, o dono do curso ganhar um bocado de dinheiro. Estão montando cursos de todo o tipo, de curta duração e que cabe no seu bolso.
Se parássemos para analisar friamente e com calma, veríamos que as coisas não poderiam ser tão fáceis assim. Senão vejamos: Um soldador precisa de vários anos de experiência e um curso de qualificação para poder se tornar um soldador qualificado para trabalhar com equipamentos de petróleo. Você acha que, com um curso de alguns meses, um cara que nunca soldou nem o portão da sua casa, estaria qualificado para inspecionar a solda desse profissional? Parece brincadeira, mas tem gente que acredita que pode fazer um curso de inspetor de solda e arranjar um emprego nessa área, sem nunca ter feito uma solda.
“Á vida é dura”, só que aquele que acredita que, apenas com um cursinho de alguns meses, se tornará um profissional requisitado pelas grandes empresas, não sabe disso.

Os equipamentos voltados para o setor petrolífero são caríssimos. Tudo que envolve petróleo e gás custa pequenas fortunas e, portanto nenhuma empresa entregará a operação de seus equipamentos a profissionais que não tenham a adequada qualificação ou experiência.

O texto que escrevi sobre o curso de petróleo e gás pode ajudá-lo a entender melhor o que estou a dizer. O Engenheiro de Petróleo é o encarregado por todas as operações realizadas na plataforma ou navio de pesquisa, exploração ou produção. A responsabilidade desse profissional é muito grande e altas cifras estão envolvidas nas suas decisões. Sendo assim um profissional recém formado terá poucas chances de conseguir uma vaga. Na maioria das vezes esses profissionais são engenheiros mecânicos, elétricos, civis etc., que tem muita experiência no setor de petróleo, adquiridos através do trabalho nas sondas, além de formação em excelentes faculdades.

Tem pessoas se matriculando em cursos de plataformista sem, ao menos, saber o que esse profissional faz em uma plataforma. Tem pessoas pagando por cursos de sobrevivência no mar, quando as próprias empresas é que pagariam por esses cursos ao contratá-lo.

Para ser contratado como trabalhador offshore o profissional deve ter uma formação sólida adquirida através de bons cursos técnicos ou de engenharia. Não se forma esses profissionais da noite pra o dia em cursos rápidos, de alguns meses. As especializações no setor de petróleo são conseguidas, na maioria das vezes, pela prática e não nos bancos das escolas.

Se o indivíduo já tem uma boa formação, é provável que uma especialização em petróleo lhe seja útil, mas o petróleo não deve ser a sua formação principal. Entendo como “boa formação”, um curso técnico, ou de Engenharia tradicional, nas áreas de mecânica, eletricidade, eletrônica, automação, química, Segurança do trabalho e meio ambiente, geologia etc.. Cursos com duração de quatro ou cinco anos.

Como conclusão venho lembrar que o livro de Hall Urban diz que “A vida é dura”. Sendo assim se você buscar atalhos poderá perder tempo e dinheiro enquanto está enriquecendo alguém mais esperto que você.

Um abraço e boa sorte.


Marcos Valério Silva.

Fonte: http://www.webartigos.com/articles/54820/1/CURSOS-RAPIDOS-PARA-CARREIRA-DE-PETROLEO/pagina1.html#ixzz18qNYrEGh