quarta-feira, julho 06, 2011

Vagas para tecnólogos na Petrobrás: uma conquista histórica



Pela primeira vez em sua história, a Petrobras abriu vagas para tecnólogos em um de seus editais que representam mais oportunidades para centenas de alunos formados pelo Instituto Federal Fluminense e outras instituições de ensino.

A estatal reconheceu a formação de tecnólogo para o cargo de Analista de Sistemas Júnior, nas áreas de Engenharia de Software, Infraestrutura e Processos de Negócio. Os candidatos poderão disputar as vagas de tecnólogos, com base no Catálogo Nacional dos Cursos Superiores de Tecnologia e na Tabela de Convergência.

Segundo a Reitora do Instituto, Cibele Daher, há muito tempo o IF Fluminense trabalha em prol desta conquista. “A luta pelo reconhecimento da profissão de tecnólogo em nosso país, e, em especial, no estado do Rio de Janeiro junto a PETROBRAS, teve uma parceria importante do IF Fluminense. “Há algum tempo lutamos por isso. É com alegria e satisfação que a Reitoria compartilha essa notícia com os alunos do curso Tecnólogo em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. A gestão sempre reconheceu a importância dos cursos, defendendo a sua existência e não a sua extinção no Instituto”, afirmou.

Desde a primeira turma de tecnólogos em Informática, egressos do instituto prestaram provas em concursos da PETROBRAS, tendo obtido êxito no concurso, mas quando da apresentação do título de graduação, o curso superior de tecnologia não era aceito. Cibele lembra que por inúmeras vezes, a instituição auxiliou os estudantes a buscarem seus direitos na justiça, declarando a validade destes cursos como cursos de graduação reconhecidos pelo MEC.

“Quando percebemos que nossas investidas de auxílio individual aos estudantes era restrita, propusemos, por meio de nossa Procuradoria Federal, uma ação na justiça, para garantir que os candidatos aos concursos para a PETROBRAS formados em cursos superiores de tecnologia e também nas licenciaturas tivessem a oportunidade de concorrer em situação de igualdade às demais graduações”, lembra a reitora

Além de possibilitar que o aluno conclua sua formação de nível superior em menos tempo, os cursos de tecnólogo proporcionam um especialização mais técnica, com ênfase na prática e visão mais específica para atender de pronto ao que o mercado de trabalho anseia.

O IFF lutou junto ao CREA e à própria PETROBRAS, apresentando documentos para que fosse reconhecida a profissão de tecnólogo na própria carreira de ensino superior dos profissionais daquela empresa. Para tanto, foram expedidas declarações esclarecendo o que era o curso e a sua validade como graduação, principalmente quando se tratava de prosseguimento de estudos em nível de pós-graduação.

Desde então muitos avanços aconteceram, porque, hoje, praticamente todas as universidades públicas e privadas aceitam os tecnólogos para prosseguimento de estudos em pós-graduação; a maioria das empresas nacionais e internacionais também reconhece e remunera, dignamente, estes profissionais, os concursos públicos em todos os institutos federais dão acesso a estes profissionais, o CREA reconhece o tecnólogo, e os homenageia, como aconteceu em cerimônia recente que reuniu a ALERJ e o CREA. Mas faltava a PETROBRAS.

“Nós educadores que cremos e lutamos pelo reconhecimento desta formação profissional queremos comemorar junto aos nossos estudantes e egressos esta conquista, que renova as esperanças de todos nós em um mundo do trabalho também mais justo e, que livre das idéias pré-concebidas, reconheça a magnitude destas formações específicas, que ao lado de outras formações profissionais desenha um futuro muito mais inclusivo, e por isso promissor para o país”, diz Cibele.

O Diretor de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC, Paulo Wollinger também comemorou a notícia. “Sempre acreditei na qualidade dos cursos das nossas instituições e acho que formação tecnológica é importantíssima hoje no Brasil. Esta é,sem dúvida, uma grande vitória para as instituições e alunos e vai possibilitar a inclusão de muitos profissionais no mercado de trabalho”, concluiu.

O Instituto Federal Fluminense conta hoje com 705 alunos matriculados nos cursos de Tecnologia. São 184 alunos de Tecnologia em Manutenção Industrial, 220 em Design Gráfico, 198 em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, 83 em Sistemas de Telecomunicações e 20 em Petróleo e Gás. No segundo semestre do ano passado, 73 alunos se formaram.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

Empresa brasileira fará automação das oito primeiras plataformas da Petrobras em campos do pré-sal



Uma empresa gaúcha de médio porte do setor de tecnologia, a Altus, assinou esta semana o maior contrato de sua história, no valor de R$ 115 milhões, para o fornecimento de sistemas de automação e controle das oito primeiras plataformas da Petrobras que irão operar nos campos do pré-sal, na Bacia de Santos.

O presidente da Altus, Luiz Gerbase, destacou que a empresa é a única fabricante brasileira de produtos e tecnologia de automação para produção de óleo e gás em águas profundas. Segundo ele, isso permitiu à Altus ultrapassar os requisitos de conteúdo local exigidos pela Petrobras para as plataformas.

O percentual previsto de conteúdo local variava de 20% na primeira plataforma a 80% na oitava. A Altus, entretanto, atingiu 80% de conteúdo local na primeira plataforma, de acordo com Gerbase. “O equipamento é desenvolvido no Brasil e fabricado no país. E somos a única empresa que faz isso no Brasil hoje”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Criada há 28 anos, a Altus tem 270 funcionários. O contrato firmado com a Petrobras vai ampliar o quadro de pessoal, segundo Gerbase. “A expectativa é contratar mais 80 funcionários de alto valor agregado. São engenheiros, técnicos, pessoal que agrega valor ao produto”.

O projeto prevê a automação e a instalação de sistemas integrados de controle das oito plataformas dos blocos exploratórios BMS-09 e BMS-11, na Bacia de Santos, incluindo os campos de Lula, Cernambi, Guará e Carioca. De acordo com a Altus, a integração dos sistemas permitirá a produção de 1,2 milhão de barris diários de petróleo quando as oito plataformas estiverem em operação, em 2017.

Esse sistema de automação é usado pela empresa gaúcha em outros setores, como usinas hidrelétricas. A Altus já fez automação em cerca de 15 plataformas antigas da Petrobras, na Bacia de Campos. Segundo Gerbase, o fornecimento de sistemas de automação para as novas plataformas tem um significado importante. “Elas são simbólicas por causa do pré-sal.”

Fonte: Agência Brasil