sábado, setembro 03, 2011

Escassez de mão de obra qualificada torna mercado de petróleo e gás um dos mais atraentes para profissionais


Com vagas sobrando e altos salários, demanda por trabalhadores na área deve continuar em alta pelo menos até 2020, tanto no Brasil quanto no exterior

No furor do bom momento vivido pela economia brasileira (e sendo, inclusive, um dos responsáveis por ele), o setor de petróleo e gás tem se posicionado como um dos mais promissores, principalmente após as descobertas do pré-sal. Como consequência imediata, a demanda por profissionais para as diversas áreas que envolvem seus processos – da exploração à comercialização nos mercados internacionais – cresceu bastante e deve permanecer em alta, pelo menos, até 2020. Em contrapartida, o número de pessoas qualificadas para esse tipo de trabalho ainda é bastante inferior à necessidade das companhias, o que – em um primeiro momento – gera pelo menos dois fatores aos quais os interessados em atuar nessa área devem ficar atentos: vagas sobrando e salários cada vez mais altos.

"As perspectivas são promissoras, visto que a previsão de investimentos no setor é grande para os próximos anos. Só o montante anunciado pela Petrobras já indica a ordem de grandeza da abertura de novas vagas: serão US$ 224,7 bilhões de 2011 a 2015", explica Goret Pereira Paulo, diretora adjunta e coordenadora do Núcleo de Energia do FGV in company.

O crescimento do setor tem ainda reflexos diretos em outras áreas com as quais está relacionado, gerando paralelamente o aumento da demanda por profissionais também nesses segmentos. "Se levarmos em conta que os projetos vão movimentar também a indústria de novos equipamentos, de ferro e aço e o fornecimento de uma série de serviços, podemos multiplicar esse investimento por quatro ou cinco", afirma Goret.

Formação urgente e necessária

Pelo menos 173.686 pessoas já se deram conta do bom momento que o mercado de petróleo e gás vive hoje. Esse foi o número de inscritos no último concurso da Petrobras para cargos de níveis médio e superior cujos salários ultrapassavam os R$ 6 mil.

Ter vagas no mercado não significa, entretanto, que elas estão lá para serem preenchidas pelo primeiro que chegar. O grande calo enfrentado hoje pelo setor de petróleo e gás é a falta de profissionais capacitados, e para isso só existe uma solução: capacitá-los.

"Várias cursos de faculdades já estão se adaptando na especialização e formação de profissionais para o setor de óleo e gás. Contudo, não há no mercado hoje mão de obra especializada para algumas áreas como o pré-sal, por exemplo", afirma Gabriel Jacintho, especialista em assuntos relacionados a petróleo e gás.

"O pré-sal, por enquanto, ainda é uma promessa de um grande negócio ― digo "promessa", pois as estimativas precisam ser confirmadas ―, mas a sua exploração envolve uma tecnologia muito sofisticada que ainda nem foi completamente desenvolvida", complementa Goret.

A coordenadora do Núcleo de Energia da FGV in company ressalta ainda algumas áreas em que a demanda é maior. "O setor precisa de profissionais qualificados em diversos segmentos, mas destaco quatro, devido à natureza do negócio: análise de risco, finanças, logística e planejamento. De uma maneira geral, faltam engenheiros e mais ainda: engenheiros com conhecimento de gestão, uma das principais reclamações das empresas. O setor também está carente de mão de obra especializada em gestão de projetos, regulação, meio ambiente, apoio offshore, processamento e refino, distribuição e revenda", detalha Goret.

Apesar das dificuldades, entretanto, o especialista Gabriel Jacintho se mostra otimista. "A intenção é de que o setor e a economia brasileira não tenham seu crescimento travado por falta de profissionais qualificados. As faculdades devem responder de forma efetiva aos desafios e as complexidades do setor", afirma.

Onde estão as oportunidades

Todo o Brasil, no final das contas, deve se beneficiar com o bom desempenho do setor de petróleo e gás. Mas algumas regiões específicas concentram as principais atividades e é nelas onde está grande parte das vagas. "São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro são estados fortes no setor e sempre precisarão de mão de obra qualificada. Nos últimos anos, o setor de extração e refino de petróleo também vem sendo responsável, direta ou indiretamente, por novas vagas na Região Nordeste, que deverá sediar novas refinarias", explica Goret Pereira Paulo.

Fonte: http://www.administradores.com.br/

Novas vagas para cursos em Macaé nas áreas de petróleo e gás


Industrial Welding Course (IWC) está com novas oportunidades para os profissionais interessados nas áreas de petróleo e gás. Para o curso de Inspetor de Soldagem N1 há turmas com início nos dias 10, 12 e 19 de setembro e 10 de outubro. As aulas serão nos períodos diurno, noturno ou nos fins de semana. Esse cargo é para aqueles que desejam se inserir nesse segmento. As vagas estão disponíveis nas unidades da Penha/RJ, Macaé/RJ e em Aracaju/SE.

Para os que preferem o curso de Inspetor por Ensaio Visual de Soldagem há turmas nos dias 3 e 19 de setembro. Para Inspetor por Líquido Penetrante, o início está previsto para 12 e 19 de setembro. Nos casos de Inspetor de Dutos Terrestres e de Soldador Eletrodo Revestido (ER) as aulas começam no próximo dia 12, na unidade da Penha/RJ.

De acordo com o diretor-executivo do IWC, André Lincoln, também há oportunidade para o cargo de Inspetor por Líquido Penetrante em Paulo Afonso/BA, com turma para o dia 12 de setembro. Em Maceió há vaga para Inspetor de Soldagem N1, com início em 19 de setembro. “Trata-se do programa IWC Viagem, em que oferecemos o curso de acordo com a demanda das cidades interessadas”, explica.

Fonte: NN Petróleo

Rolls-Royce investe US$ 60 mi em treinamento no Rio de Janeiro


Preparada para enfrentar o gargalo da falta de mão de obra qualificada no Brasil para atender a demanda crescente da indústria de óleo e gás natural, a britânica Rolls-Royce quer construir no País seu quinto centro de treinamento de trabalhadores com excelência mundial. A ideia é que o investimento de cerca de US$ 60 milhões seja feito em local anexo à unidade que a empresa vai construir em Santa Cruz (RJ).

Segundo Francisco Itzaina, presidente da empresa para América do Sul, o objetivo não é só capacitar os próprios funcionários, mas também seus clientes e fornecedores, além de usar o local como polo para atender a outros países. "Há uma enorme necessidade de capacitar profissionais neste País", afirmou hoje em encontro com a imprensa após a assinatura de contrato entre a Rolls-Royce e a Companhia de Desenvolvimento Industrial (Codin) para a aquisição do terreno onde será construída a nova fábrica de turbogeradores da empresa. As obras começam no fim de setembro e a previsão é de que sejam concluídas em um ano.

De acordo com Itzaina, a decisão sobre a instalação do centro de excelência e treinamento deverá ser tomada em seis meses. Atualmente, a Rolls-Royce tem quatro outros centros de treinamento semelhantes, sendo dois na Inglaterra, um nos Estados Unidos e o outro em Cingapura. O executivo também afirmou que no local poderão ser oferecidos até quatro mil cursos por ano. O centro será equipado com máquinas e simuladores de última geração, e contará até com simuladores de alta tecnologia para os equipamentos.

Fonte: AE