Para o representante do BNDES, o banco está disposto a financiar toda a cadeia de energia solar no Brasil, que pode atrair grande volume de investimentos.
Rio de Janeiro (RJ) - O anúncio de uma fábrica no Brasil de purificação de silício, usado na fabricação de placas de energia solar fotovoltaica, pode ocorrer ainda neste ano, afirmou o chefe do departamento de Fontes Alternativas de Energia do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Antonio Tovar, a jornalistas nesta terça-feira (7).
"Uma planta de purificação de silício é um investimento de mais de US$ 1 bilhão", disse Tovar.
Atualmente, o BNDES já apoia projeto de pesquisa, com recursos de um fundo tecnológico, de transformação do silício do grau metalúrgico para o grau solar.
"Caminha-se para um anúncio, por exemplo, ainda neste ano, de uma fábrica de purificação de silício, integrada, no Brasil. Desde a purificação de silício até a fabricação de painéis", disse Tovar.
Segundo ele, vários empreendedores nos últimos dois anos vêm estruturando planos de negócios e conversando com distribuidoras e potenciais fornecedores de quartzo.
O executivo disse que há grupos interessados em montar uma unidade de purificação de silício e em projetos integrados --que incluem a purificação de silício e a fabricação de painéis-- ou apenas na fabricação das placas solares.
Para Tovar, a regulamentação da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) sobre implantação de microgeração de energia, que viabiliza a instalação de sistemas de geração próprios pelos consumidores de energia, foi importante para decisões sobre instalação de unidades de purificação de silício no país.
Fonte: Folha Online