quarta-feira, outubro 12, 2011

Programa Progredir alcança R$ 604 milhões em financiamentos


O anuncio foi feito durante o seminário “O Pré-Sal: Mobilização da Cadeia de Fornecedores

O Programa Progredir, voltado para a cadeia de fornecedores da Petrobras, já alcançou 115 financiamentos, no total de R$ 604 milhões em empréstimos. A notícia foi dada pelo diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Petrobras, Almir Barbassa, durante o seminário “O Pré-Sal: Mobilização da Cadeia de Fornecedores”, realizado no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), em Curitiba. O coordenador do Prominp (Programa Nacional de Desenvolvimento da Indústria de Petróleo e Gás), José Renato de Almeida, também participou do evento e mostrou as oportunidades para fornecedores e profissionais brasileiros.

Ao apresentar o Programa Progredir aos empresários, o diretor Barbassa ressaltou o potencial de alcance da iniciativa. “Uma grande novidade é que este programa não só financia quem tem contrato direto com a Petrobras. Financia também o fornecedor do fornecedor até o quarto elo da cadeia”, explicou.

O Progredir resulta em um custo menor de financiamento de até 40% para os fornecedores e subfornecedores. “Disponibilizamos as melhores informações aos bancos para que eles façam a análise de crédito dos empresários”, disse, acrescentando que tem sido de apenas cinco dias o prazo para a conclusão do financiamento. “Essa rapidez é fundamental, pois quem tem contrato precisa de dinheiro para investir”, concluiu. Informações sobre o programa podem ser obtidas no site: www.progredir.petronect.com.br

Petrobras vai demandar 568 barcos de apoio até 2020

O diretor Barbassa também abordou a demanda gigantesca da Petrobras para os próximos anos. “Até 2020, a Petrobras vai precisar de 568 barcos de apoio. É preciso que a engenharia acompanhe isso, fazendo o projeto desses barcos. Quem determina as especificações é quem faz o projeto”. Atualmente, estão em construção 14 plataformas em estaleiros de Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

Barbassa também destacou os investimentos da Petrobras previstos até 2015. “Vamos investir US$ 45 bilhões por ano. Isso significa US$ 200 milhões por dia útil. Até pouco tempo atrás, esse montante era muito alto, inclusive para a Petrobras”, comparou, ressaltando que o maior desafio da empresa hoje é o desenvolvimento da cadeia brasileira de fornecedores para atender a demanda prevista do setor. “O investimento no Pré-Sal cresceu muito neste Plano de Negócios (2011-2015). No plano passado (2010-2014), eram previstos US$ 33 bilhões. Neste, são previstos US$ 53,4 bilhões só para o Pré-Sal”, disse.

O diretor deixou claro que a produção de petróleo nessa nova fronteira já é realidade. “Já estamos produzindo hoje no Pré-Sal 130 mil barris por dia, o que corresponde à produção total de uma empresa média de petróleo. É viável, e a Petrobras tem tecnologia para isso”, afirmou. Barbassa ressaltou que a Companhia está sempre em busca de novas tecnologias para diminuir custos e aumentar a produção. “Um grande exemplo de nova tecnologia é o equipamento que vai separar a água e o petróleo no fundo do mar. Se não trazemos água para a plataforma, reinjetando-a no mar, aumentamos muito a capacidade de produção. Na Bacia de Campos, isso vai ser fundamental”, avaliou.

Novo Ciclo de Qualificação do Prominp
O coordenador do Prominp, José Renato de Almeida, destacou que o programa está entrando em novo ciclo de qualificação. “Estamos agora focando no viés de fabricação. Precisamos fazer o mapeamento dessa demanda, que será consolidada através do Fórum Regional, e identificar as necessidades de profissionais para os próximos anos. Se houver compromisso dos empresários em empregar essas pessoas, podemos oferecer cursos de alta especialização aqui no Paraná”, disse.

Almeida ressaltou que o Pré-Sal dá sustentabilidade à demanda de longo prazo. “É uma oportunidade que nenhuma outra geração teve no nosso país. E é importante aproveitá-la para desenvolver empresas nacionais e trabalhadores brasileiros." A demanda prevista do setor de petróleo e gás está disponível no Portal de Oportunidades do Prominp, onde também são disponibilizados os currículos dos profissionais qualificados pelos cursos do programa. “Temos mapeadas 185 diferentes categorias profissionais relacionadas à cadeia de fornecimento. Vamos precisar treinar, até 2015, 211.238 profissionais. Hoje 79.802 pessoas já foram qualificadas pelo programa”, enumerou.

Fonte: Agência Petrobras

Parcela dos royalties da União no pré-sal é reduzida para 40%


A votação do projeto está inicialmente marcada para quarta-feira (dia 19) no Senado

O relator do projeto que trata da distribuição dos royalties do pré-sal, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), reduziu ainda mais a participação especial a que a União tem direito, passando de 46% para 40%. Hoje, esse percentual 50% e o governo já havia aceitado reduzir em 4 pontos percentuais.

“Houve ajuste nos valores da União. O Congresso Nacional concorda com esse ajuste”, disse Vital do Rêgo, depois de reunião com os parlamentares que fazem parte da comissão especial criada para definir o texto do projeto.

O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), representante dos estados produtores de petróleo, disse que o problema “estará resolvido”, caso o governo aceite a proposta de reduzir para 40% o percentual da participação especial do governo. Segundo ele, essa medida permite equacionar a conta para chegar aos R$ 8,5 bilhões reivindicados pelos estados não produtores.

Na próxima segunda-feira (dia 17/10), Vital do Rego deverá receber as últimas sugestões ao projeto antes da apresentação final do texto. O senador disse que conseguiu distribuir percentualmente as partes correspondentes aos estados produtores e não produtores e à União. O problema agora, assinalou, é quanto à evolução da receita.

“Serão R$ 12 bilhões para estados e municípios produtores, R$ 8,5 bilhões para estados e municípios não produtores e R$ 8 bilhões para a União”, disse Vital do Rego. “A evolução da receita é que está trazendo o principal núcleo da discórdia.”

Constará no relatório os royalties e a participação especial relativa às áreas não licitadas e às áreas já licitadas. Esse ponto causa divergência entre parlamentares de estados produtores de petróleo. “Não aceitamos discutir o que já foi licitado. Semana que vem vamos apresentar uma proposta nesse sentido”, disse o deputado Alessandro Molon (PT-RJ).

A votação do projeto está inicialmente marcada para quarta-feira (dia 19) no Senado. Se for aprovado, o texto seguirá para a Câmara.

Fonte: Agência Brasil

Cientistas e parlamentares defendem aplicação de recursos do pré-sal em educação e ciência


Em ato público realizado na Câmara dos Deputados, parlamentares e representantes da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciências (ABC) defenderam a destinação de parte expressiva dos royalties do pré-sal para investimentos em educação, ciência, tecnologia e inovação.

Participaram do evento a presidente da SBPC, Helena Nader; o presidente da ABC, Jacob Palis Júnior; o ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante; o presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), João Luiz Martins; além dos senadores Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Eduardo Suplicy (PT-SP), Aloysio Nunes (PSDB-SP) e vários deputados federais.

Durante a reunião, Rodrigo Rollemberg disse que se deve considerar as riquezas do pré-sal como um patrimônio “transgeracional” do povo brasileiro, que deve ser utilizado estrategicamente na melhoria do sistema público de educação e no fomento da ciência e tecnologia.

- A descoberta do pré-sal foi fruto dos esforços de desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil, que permitiu a nosso país se tornar vanguarda na extração de petróleo em águas profundas – argumentou.

No mesmo sentido, Aloysio Nunes enfatizou a necessidade de o Brasil “não perder a oportunidade de fazer bom uso dos recursos do pré-sal”, aplicando-os maciçamente em educação e desenvolvimento científico, de modo a transformar a “riqueza finita do petróleo em patrimônio perene dos brasileiros”.

Aloysio Nunes é coautor, com o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), de projeto (PLS 594/11) com objetivo de destinar recursos do pré-sal para a educação e a tecnologia. Pelo texto, seria criado o Fundo do Petróleo para Formação de Poupança, Educação Básica e Inovação (Funpei), com recursos arrecadados com a exploração do petróleo, gás e hidrocarbonetos fluidos extraídos sob o regime de partilha, ou sob o regime de concessão na área do pré-sal e em áreas ainda não contratadas. De acordo com a proposta, dois terços dos rendimentos dos recursos do fundo devem ser investidos em educação básica e um terço em inovação tecnológica.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br