quarta-feira, novembro 10, 2010

Rodada de negócios vai inserir MPE na cadeia de petróleo e gás


Sebrae e Petrobras dão oportunidade a empresários do Maranhão de operar como fornecedores da Refinaria Premium I, que está sendo construída no estado
Durante três dias desta semana – 10, 11 e 12 de novembro, no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana, em São Luís, o Sebrae e a Petrobrás dão oportunidade a empresários e representantes locais de se inserir na cadeia de petróleo, gás e energia do Maranhão, por meio de fornecimento de bens e serviços à Refinaria Premium I, em fase de terraplenagem no município de Bacabeira (MA) – a 60 km da capital.

É a primeira Rodada de Negócios do Consórcio GSF - Galvão Construtora, Serveng e Fidens Engenharia -, responsável pela construção da refinaria e contratação direta de profissionais, serviços e bens necessários para a obra.

O evento acontece a partir das 8h, com palestras e mesas de negociação que contarão com representantes do Consórcio GSF e das empresas proponentes de bens e serviços que atuam no Estado – podendo ser micro, pequenas, médias e grandes, desde que atendam às demandas solicitadas e apresentem o melhor preço.

“E o melhor preço não é necessariamente o menor”, alertou o gerente do Consórcio GSF, Ozanan Pessoa, no encontro preparatório com os fornecedores, que aconteceu na última sexta-feira, no auditório do Sebrae, em São Luís, reunindo mais de 120 empresários e representantes. “Para o Consórcio GSF, além do preço, a qualidade será um dos itens prioritários na negociação”, ressaltou o gerente.

Visibilidade
O encontro preparatório serviu para as empresas proponentes – chamadas de flutuantes – dirimirem suas dúvidas sobre o fornecimento de bens e serviços ao Consórcio. Considerado um grande sucesso, o evento aconteceu em dois momentos – no município de Imperatriz (região sul do Estado) e na capital São Luís – e reuniu mais 200 empresas no total.

“Acredito que esse encontro foi de suma importância para nós, fornecedores locais, nos informarmos sobre as demandas atuais e futuras que esse empreendimento traz e que, certamente, vai movimentar a economia maranhense pelas oportunidades que oferece”, acredita o gerente da Sempreverde Serviços e Construção Civil Ltda, Francisco Amaral.
Para o representante da Schuf Fetterolf do Brasil, Moacir Santos, o ponto mais importante do encontro preparatório foi dar oportunidade aos representantes de empresas que estão no anonimato no Maranhão de ganharem visibilidade frente ao Consórcio GSF. “O meu produto são válvulas para o processo de refino químico, petroquímico e de alumínio. Além disso, a gente possui uma recuperadora de válvulas para a linha de petróleo, água, gás e alumínio. Somos fornecedores da Petrobrás em outros estados, mas ainda não tínhamos tido a oportunidade de entrar em contato com o Consórcio GSF como agora”, revelou.

Intercâmbio
As empresas que queiram participar da primeira Rodada de Negócios para fornecimento de bens e serviços ao Consórcio GSF, devem se cadastrar e pré-agendar horário no site www.encontrodenegociospremium1.com.br. A taxa de inscrição é de R$ 20,00.

“Para quem tem um produto ou serviço competitivo no mercado e que esteja dentro da lista de demandas do Consórcio GSF, esta será uma grande chance de sentar-se à mesa, vender e negociar seu produto direto ao contratante. Na pior das hipóteses, que seria o fato de não fechar nenhum contrato, a rodada de negócios por si só servirá como um canal de divulgação, com possibilidade de parcerias e intercâmbio com outras empresas”, destaca o gerente executivo do Sebrae no Maranhão, Luis Genésio Portella.

Sebrae e Petrobrás assinaram, recentemente, convênio que vai permitir a sensibilização e mobilização de grandes empresas e/ou fornecedores para o engajamento de micro e pequenas empresas (MPEs) como sub-fornecedoras locais ao longo da cadeia de suprimentos.

O Projeto Adensamento da Cadeia Produtiva do Petróleo, Gás e Energia do Território de Influência da Refinaria Premium I é executado pela Unidade de Negócios do Sebrae em São Luís, e vai trabalhar a sustentabilidade e competitividade empresariais por maio de 21 ações, distribuídas em quatro focos estratégicos – Inteligência Competitiva, Desenvolvimento de Fornecedores e Inovação, Acesso a Mercado e Cultura da Cooperação.

A Refinaria
A Refinaria Premium I, que está sendo construída no município de Bacabeira (MA), numa área de 20km², será uma das quatro novas unidades de refino da Petrobras no Nordeste. O projeto, de R$ 711 milhões iniciais, vai aumentar a produção nacional e facilitar a distribuição regional de derivados combustíveis de alta qualidade, como óleo diesel, querosene de aviação (QAV), nafta petroquímica, gás liquefeito de petróleo (GLP), bunker (combustível para navios) e coque.

Com capacidade para processar 600 mil barris por dia, a Premium I irá refinar o equivalente a um terço de todo o petróleo nacional atualmente produzido pela Petrobras. “A Refinaria entrará em operação em duas fases - a primeira, com capacidade para 300 mil barris por dia, está prevista para setembro de 2013, e a segunda, para setembro de 2015. Ela terá faixa de dutos e terminal portuário, para receber petróleo e escoar derivados”, informa Kléber Aragão, gerente Petrobras para a Implantação da Premium I.
Estima-se que o empreendimento irá gerar, durante a fase de construção, 132 mil postos de trabalho, diretos, indiretos e por efeito renda, em todo o Brasil. No pico das obras, previsto para 2012, aproximadamente 26 mil pessoas estarão diretamente envolvidas na obra. Para a operação da refinaria, o efetivo estimado é de aproximadamente 1.500 trabalhadores. “Dos 600 trabalhadores que iremos contratar este ano, já estão na fase da limpeza da área e da terraplenagem cerca de 300”, informa o gerente do Consórcio GSF, Ozanan Pessoa.

Fonte: http://revistapegn.globo.com/

A Atividade Offshore no Brasil


Histórico da atividade offshore no Brasil

As primeiras atividades: Bacias do Nordeste

A exploração de petróleo em reservatórios situados na área offshore no Brasil iniciou-se em 1968, na Bacia de Sergipe, campo de Guaricema, situado em lâmina d’água de cerca de 30 metros na costa do estado de Sergipe, na região Nordeste.
Para o desenvolvimento na bacia de Sergipe aplicaram-se as técnicas convencionais da época para campos de médio portes: plataformas fixas de aço, cravadas através de estacas, projetadas somente para produção e teste de poços, interligados por uma rede de dutos multifásicos. Todo o complexo era ligado, também, por duto multifásico, a uma estação de separação e tratamento de fluidos produzidos localizada em terra.
As primeiras plataformas, principalmente as instaladas nos campos de Guaricema, Caioba, Camorim e Dourado, eram, com pequenas variações, do tipo padrão de quatro pernas, convés duplo, guias para até seis poços, sistema de teste de poços e de segurança. A perfuração e a completação dos poços eram executadas por plataformas auto-elevatórias posicionadas junto à plataforma fixa. Posteriormente os projetos foram implementados e a perfuração dos poços passou a ser feita, também, por sondas moduladas instaladas diretamente no convés superior das plataformas e assistidas por navios tender.
Nos anos seguintes, com o aumento da atividade, não só na costa de Sergipe, mas também nas de Alagoas, Rio Grande do Norte e Ceará, a Petrobras decidiu desenvolver projetos próprios de plataformas que atendessem às características de desenvolvimento dos campos. Este esforço resultou em 3 projetos de plataformas fixas distintos, conhecidas como plataformas de 1a., 2a. e 3a. famílias.
A plataforma de 1a. família era similar às plataformas fixas iniciais desenhada para ter até 6 poços de produção e podiam ser instaladas em lâmina d’água de até 60 m; se necessário com um pequeno módulo para acomodação de pessoal.
A plataforma de 2a. família comportava a produção de até 9 poços, permitia a separação primária de fluidos produzidos, sistema de transferência de óleo, sistema de teste de poços, sistema de segurança e um sistema de utilidades. Era uma com acomodações de pessoal.
As plataformas de 3a. família tinham a concepção mais complexa. Permitiam a perfuração e completação de até 15 poços e as facilidades de produção podiam conter uma planta de processo completa (teste, separação, tratamento e transferência de fluidos), sistema de compressão de gás, sistema de recuperação secundária, sistemas de segurança e de utilidades e acomodação de pessoal. As plataformas de 3a. família tinham concepção apropriada para atuarem como plataformas centrais.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

O refino do petróleo


Um barril de petróleo bruto é composto por diversos tipos de hidrocarbonetos. O refino de petróleo separa tudo isso em várias substâncias úteis. Para isso, os químicos seguem algumas etapas.
A maneira mais antiga e comum de separar os vários componentes (chamados de frações) é usar as diferenças entre as temperaturas de ebulição. Isso é chamado de destilação fracionada. Basicamente, esquenta-se o petróleo bruto deixando-o evaporar e depois condensa-se este vapor.
Técnicas mais novas usam o processamento químico, térmico ou catalítico em algumas das frações para criar outras, em um processo chamado de conversão. O processamento químico, por exemplo, pode quebrar cadeias longas em outras menores. Isso permite que uma refinaria transforme óleo diesel em gasolina, de acordo com a demanda por gasolina.

As refinarias devem tratar as frações para remover as impurezas.

As refinarias combinam as várias frações (processadas e não processadas) em misturas para fabricar os produtos desejados. Por exemplo, as diferentes misturas de cadeias podem criar gasolinas com diferentes índices de octanagem.

Os produtos são armazenados no local até que sejam entregues aos diferentes compradores, como postos de gasolina, aeroportos e fábricas de produtos químicos. Além de fazer produtos baseados no petróleo, as refinarias também devem tratar os dejetos envolvidos nos processos para minimizar a poluição do ar e da água.

Apesar da separação da água, óleo, gás e sólidos produzidos, ocorrer em estações ou na própria unidade de produção, é necessário o processamento e refino da mistura de hidrocarbonetos proveniente da rocha reservatório, para a obtenção dos componentes que serão utilizados nas mais diversas aplicações (combustíveis, lubrificantes, plásticos, fertilizantes, medicamentos, tintas, tecidos, etc..). As técnicas mais utilizadas de refino são:I) destilação, II) craqueamento térmico, III) alquilação e IV) craqueamento catalítico.
A primeira etapa do refino, consiste na destilação fracionada que é feita na Unidade de Destilação Atmosférica, por onde passa todo o óleo cru a ser refinado. O óleo préaquecido penetra na coluna ou torre de fracionamento que possui uma série de pratos. O petróleo aquecido sobe pela coluna e à medida que vai passando pelos pratos sofre condensação, separando-se em diversas frações.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/