sábado, fevereiro 25, 2012

Queiroz Galvão recebe aval para operar bloco na bacia de Santos


RIO DE JANEIRO, 24 Fev (Reuters) – A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) autorizou a transferência à Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) de 30 por cento dos direitos de concessão e a operação do Bloco BS-4, na bacia de Santos, anunciou nesta sexta-feira a empresa.

“O Bloco BS-4 representa um aumento expressivo no nosso potencial de produção no médio prazo”, declarou o diretor de produção, Danilo Oliveira.

O bloco na bacia de Santos tem dois campos de óleo pesado, Atlanta e Oliva, que possuem volume total superior a 2 bilhões de barris de óleo in situ e apresenta potencial de descobertas nas camadas do pré-sal, estando próximo a importantes campos como Libra e Franco, segundo a Queiroz Galvão Participações.

A empresa assinou em outubro do ano passado contrato de compra e venda de direitos de 30 por cento do bloco com a Shell Brasil, por 157,5 milhões de dólares.

Os outros participantes do consórcio são a Petrobras, com 40 por cento, e Barra Energia, com 30 por cento.

Fonte: Reuters (Por Diogo Ferreira Gomes)

Petrobras tem 2a maior produção de petróleo no Brasil


RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO, (Reuters) – A produção de petróleo da Petrobras no Brasil em janeiro subiu 2 por cento ante o mesmo mês do ano passado e atingiu o segundo maior volume mensal da história da companhia no país, de acordo com dados divulgados pela empresa nesta sexta-feira.

A produção de petróleo no Brasil no mês passado atingiu 2,110 milhões de barris diários em média, contra 2,084 milhões de barris/dia em dezembro, alta de 1,2 por cento.

“Contribuíram para esses resultados a entrada em produção de novos poços nas plataformas P-57, no campo de Jubarte, na P-56, no campo de Marlim Sul, e do Teste de Longa Duração (TLD) de Aruanã, no pós-sal da porção sul da Bacia de Campos, operado pelo navio plataforma FPSO Cidade do Rio das Ostras”, explicou a Petrobras em nota.

Mas o volume de janeiro ainda fica abaixo do recorde mensal, de 2,121 milhões de barris diários obtidos em dezembro de 2010.

O volume de janeiro ficou acima da média registrada no ano passado, de 2,021 milhões de barris, quando a estatal ficou 3,7 por cento abaixo da meta, sofrendo com paradas não programadas nas plataformas, problemas técnicos e atrasos na entrega de plataformas.

A produção de gás natural dos campos brasileiros atingiu 60,4 milhões de metros cúbicos por dia em janeiro, crescimento de 7,6 por cento na comparação com o mesmo mês do ano passado e estável em relação a dezembro.

BRASIL E EXTERIOR

A Petrobras teve produção média de petróleo e gás natural no Brasil e no exterior de 2,73 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed) em janeiro.

Esse volume é 2,6 por cento maior do que o de janeiro de 2011 e 0,5 por cento superior ao de dezembro.

A produção média de petróleo e gás natural nos campos brasileiros chegou a 2,49 milhões de boed, 2,8 por cento a mais do que em janeiro e 1 por cento superior aos resultados de dezembro.

Fonte: Reuters Por (Diogo Ferreira Gomes e Roberto Samora)

Brasil estuda ampliar incentivo fiscal bilionário do petróleo


BRASÍLIA/RIO DE JANEIRO, (Reuters) – O governo está revendo o regime tributário especial para a área de petróleo e gás (Repetro) e deve anunciar ainda neste ano a extensão dessa política bilionária de incentivos fiscais para todos os elos da cadeia produtiva, revelou à Reuters o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges Lemos.

Hoje, o Repetro atende apenas ao primeiro elo da cadeia produtiva, principalmente as operadoras dos campos de petróleo e gás. Desde sua criação, em 1999, ele resultou em uma renúncia fiscal de aproximadamente 46 bilhões de reais, beneficiando principalmente a Petrobras.

“É um regime de grande importância para o setor de petróleo e gás e, particularmente, para a Petrobras. Ele opera no Brasil há muitos anos e nós estamos implementando uma revisão do Repetro”, disse o presidente da ABDI.

“Isso pode resultar numa desoneração maior do que ele faz hoje”, acrescentou Lemos, que comanda a agência do governo federal que atua na execução e na elaboração da política industrial.

A Petrobras, que opera mais de 90 por cento das concessões de exploração do país, é a principal beneficiada pelo regime, que concede isenções de impostos de importação (II), sobre produtos industrializados (IPI), PIS, Cofins, além da taxa para renovação da marinha mercante.

A ampliação do Repetro ajudaria a estatal a cumprir seus ambiciosos objetivos de produção de petróleo no pré-sal e a atingir os índices de nacionalização de peças e equipamentos exigidos em suas encomendas de plataformas e sondas.

Como atende apenas o primeiro nível da cadeia produtiva, a maior parte da desoneração feita até agora foi sobre as encomendas de plataformas e embarcações -cerca de 40 bilhões de reais deixaram de ser arrecadados pelo governo, segundo dados da Receita Federal fornecidos pela ABDI. Em 2010, a renúncia fiscal atingiu quase 10 bilhões de reais.

SEM PROJEÇÃO

Lemos disse que ainda não está definido se os incentivos fiscais dados pelo Repetro até agora serão ampliados por inteiro para os outros elos da cadeia produtiva.

“O que você pode fazer numa recalibragem é tirar alguns itens da lista de isenção do Imposto de Importação. Aqueles que já têm produção nacional desenvolvida”, exemplificou o presidente da ABDI.

Por conta disso, ele evita fazer uma projeção de quanto será a renúncia do governo para incentivar a desenvolvimento da cadeia produtiva, ajudando por consequência a Petrobras a cumprir seu plano de investimentos, que hoje supera 200 bilhões de dólares em cinco anos.

“A ideia é anunciar neste ano, com certeza. A renúncia é para o ano que vem”, afirmou, explicando que os efeitos das mudanças só deverão ser sentidos no caixa do governo em 2013.

A ADBI não sabe informar quantas empresas se beneficiam atualmente do Repetro, mas com base em um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a agência acredita que, com a expansão da política para todos os elos da cadeia, cerca de 3,4 mil empresas industriais e de serviços possam ser beneficiadas.

CRÍTICAS

Para Bruno Musso, superintendeste da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), o importante é que o governo consiga sanar assimetrias tributárias em uma eventual reformulação do Repetro.

“Preservar o conceito atual de incentivo à cadeia do petróleo e gás é benéfico. O regime foi eficiente em desonerar os investimentos, mas questões relativas à isonomia precisam ser analisadas com mais cuidado”, reivindicou Musso.

Mas outra fonte do setor, que preferiu não ser identificada, disse que o Repetro necessita de ajustes porque possui falhas e brechas que precisam de uma reavaliação por parte do governo.

Segundo essa fonte, atualmente empresas que não fazem parte do setor de petróleo e gás utilizam essas brechas na legislação para importar itens como roupas e outros objetos que não possuem nenhuma relação com o setor. Por isso, ele defende maior fiscalização aos incentivos.

Fonte: Reuters Por (Jeferson Ribeiro e Leila Coimbra)