sexta-feira, julho 26, 2013

Petrobras define este mês projeto de refinaria no CE

O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), se reuniu há um mês, no Rio, com a presidente da Petrobras, Graça Foster, para tratar do assunto

Fortaleza (CE) - Após reiteradas cobranças do governo cearense, a Petrobras deve apresentar este mês o projeto da refinaria Premium II, planejada para ser construída na Região Metropolitana de Fortaleza. Segundo uma fonte a par da situação, o projeto está sendo elaborado pela empresa americana Mustang Engineering e deverá ter como sócio um investidor sul-coreano.

Questionada ontem sobre o assunto, durante visita a Fortaleza, Dilma evitou se comprometer com prazos, mas garantiu que a unidade será construída. "Ela não fica pronta este ano, agora, ela iniciar-se-á este ano. É o que nós esperamos", disse a presidente.

O governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), se reuniu há um mês, no Rio, com a presidente da Petrobras, Graça Foster, para tratar do assunto. Recentemente, a pedido da presidente da estatal, ele procurou eventuais sócios para o empreendimento durante viagem à Ásia. A sul-coreana JS Energy estaria em negociações para entrar no projeto.

Conforme relatou a fonte, Graça disse ao governador que a refinaria vai manter a capacidade de processar 300 mil barris de óleo por dia, como anunciado originalmente. Porém, o porte do empreendimento seria reduzido, a fim de enxugar os custos. Prometida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a refinaria Premium II tem valor estimado em US$ 11 bilhões.

Em abril, durante outra visita da presidente Dilma Rousseff a Fortaleza, Cid entregou o terreno de 1,9 mil hectares para a refinaria, no município de São Gonçalo do Amarante. O empreendimento, no entanto, foi retirado do plano de investimentos da estatal, assim como a refinaria Premium I, prometida para o Maranhão. As cobranças no Ceará se intensificaram nos últimos meses. Em propaganda veiculada no horário nobre da TV local, a Assembleia Legislativa "exige" o cumprimento das promessas e início das obras da refinaria.

Procurada, a Petrobras informou que o projeto "está em avaliação para identificar oportunidades de otimização e enquadramento em métricas internacionais, com previsão de término no fim de julho".


Fonte: Valor

Pré-sal: Petrobras conclui perfuração e teste de formação do 4º poço de Iara

Os resultados obtidos com o poço 3-RJS-706 (3-BRSA-1132-RJS) reforçaram o potencial de óleo recuperável de Iara e comprovaram a descoberta de petróleo de boa qualidade 

Rio de Janeiro (RJ) -  A Petrobras anunciou, nesta quarta-feira (24/07) que concluiu a perfuração e o teste de formação do quarto poço exploratório da área de Iara, no bloco BM-S-11, no pré-sal da Bacia de Santos.

De acordo com a estatal, os resultados obtidos com o poço 3-RJS-706 (3-BRSA-1132-RJS) reforçaram o potencial de óleo recuperável de Iara e comprovaram a descoberta de petróleo de boa qualidade (28º API), conforme nota divulgada ao mercado no dia 5 de março.

"Os reservatórios carbonáticos, que ocorrem a partir de 5.260 metros de profundidade, apresentaram ótimas condições de porosidade e de permeabilidade, com características superiores às encontradas no poço descobridor (1-RJS-656, Iara). Os resultados do teste de formação confirmaram a excelente produtividade dos reservatórios", diz a empresa em comunicado.

O poço está localizado a 226 km da costa do Rio de Janeiro, a cerca de 6 km a oeste do poço descobridor, em profundidade de água de 2.197 metros.

A Petrobras informou, ainda,  que o consórcio dará continuidade às atividades previstas no Plano de Avaliação da Descoberta (PAD) aprovado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

No momento, está sendo perfurado o poço 3-RJS-715D (3-BRSA-1181D-RJS) na área central do PAD de Iara. A Petrobras é a operadora do consórcio (65%) em parceria com a BG E&P Brasil (25%) e Petrogal Brasil (10%).

Da Redação

Petrobras para parte da operação em terra

Sondas têm atividades suspensas na Bahia, no Rio Grande do Norte e em parte do Espírito Santo para cortar custo

Rio de Janeiro (RJ) - A Petrobras decidiu parar sondas terrestres e outras operações na Bahia, no norte do Espírito Santo e no Rio Grande do Norte dentro de seu Programa de Otimização de Custos Operacionais (Procop), que visa economizar R$ 32 bilhões de 2013 a 2016.
A empresa precisa aumentar o fluxo de caixa, que até 2016 deve ficar abaixo de sua necessidade de investimentos de US$ 236,5 bilhões (2013-2017). Hoje, a produção de petróleo em terra perfaz 10% de sua produção total, de 208 mil barris diários.

Na avaliação do ex-diretor de exploração e produção da Petrobras Wagner Freire, a decisão vem com atraso.

"Há campos que produzem cinco barris por dia --não é econômico para ela, mas pode ser para pequenos produtores que invistam na produção", diz, sugerindo a devolução dos campos à Agência Nacional do Petróleo.

A redução dessas operações pode significar 5.000 demissões, afirma José Maria Ferreira Rangel, do Conselho de Administração da empresa e coordenador do Sindipetro no Norte Fluminense.

"Não são apenas os terceirizados, há uma série de outras atividades que são ligadas ao petróleo", diz.

Segundo ele, 500 pessoas já foram demitidas na Bahia.

Na semana passada, Rangel se reuniu no Estado com a presidente da Petrobras, Graça Foster, e obteve a suspensão por 30 dias das demissões por firmas terceirizadas que operam as sondas, além da reversão da transferência de 430 empregados dos setores financeiro, contábil e tributário para a sede, no Rio.

"Na reunião, a presidente se comprometeu a conversar com as empresas para segurar as demissões", disse.

Ele acrescentou que há pressão de parlamentares para evitar a paralisação de operações. Na semana passada, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB-RN), reuniu-se com Foster no Rio acompanhado da bancada do seu Estado.

Outro lado

A Petrobras informou que em dezembro tinha 11 sondas de perfuração e 26 sondas de produção terrestre, que atualmente estão reduzidas, respectivamente, para 7 e 22.

Admitiu também a dispensa de 449 empregados.

A empresa nega, porém, que vá reduzir os investimentos na Bahia, onde promete aplicar em média de US$ 1,06 bilhão anual até 2017 --mais do que foi investido pela gestão anterior, US$ 697 milhões por ano, afirma.

A empresa diz ainda que a ampliação das instalações de superfície deve criar 2.300 empregos a mais em 2013 do que os gerados em 2012, 1.500 dos quais já foram efetivados.

 Fonte: Folha de SP