sexta-feira, maio 13, 2011

Forship anuncia contrato com Odebrecht Óleo e Gás para comissionamento de Peregrino


Rio de Janeiro – Referência mundial na área de comissionamento, a Forship Engenharia anunciou a assinatura de contrato para fornecimento de serviços especializados para a Odebrecht Óleo e Gás (OOG) no Campo de Peregrino, na Bacia de Campos.

Além do comissionamento, o contrato contempla ainda atividades de manutenção e preservação das obras da Odebrecht Óleo e Gás realizadas em regime onshore e offshore.

A OOG é responsável pela Montagem e Manutenção do Campo de Peregrino, atendendo duas empresas, a Statoil Brasil e Maersk FPSO’s Brasil.

“Esse contrato é de grande importância para a carteira da Forship e reforça a estratégia do Grupo na busca contínua da ampliação do portfólio de clientes para a prestação de serviços de comissionamento no Brasil e mundo”, afirma Roberto Rocha, diretor de projetos da Forship.

Sobre o Grupo Forship – Com sede no Rio de Janeiro, o Grupo Forship oferece soluções e serviços de engenharia para plantas industriais dos setores de óleo e gás, petroquímico, indústria naval, energia e mineração. Referência em Comissionamento, a empresa destaca-se também pelo desenvolvimento e implantação de tecnologia de ponta, atuando nas Américas, Europa, África e Ásia.

O sucesso do Grupo Forship é atestado pelo reconhecimento de mais de 50 clientes – nacionais e internacionais. Petrobras, Statoil, OSX, Noble, Braskem, Maersk, Odebrecht, Queiroz Galvão, Samarco e Vale estão entre os clientes do Grupo.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

Indústria naval quer formar técnicos e criar um parque científico


Com a retomada de negócios graças a investimentos no mercado de óleo e gás, a indústria naval brasileira aposta em pesquisa e desenvolvimento

O setor lançou no ano passado a Rede de Inovação para Competitividade da Indústria Naval e Offshore (Ricino), que pretende criar, nos próximos quatro anos, um centro de tecnologia e uma unidade de formação de técnicos em construção naval no Rio de Janeiro (RJ).

"O objetivo é articular ações de P&D na indústria e em instituições da área", diz Floriano Pires, vice-coordenador do comitê gestor da rede, que articula um parque científico do mar e centros avançados de tecnologias de solda no Rio Grande do Sul. "Por meio de agências de fomento, órgãos do governo e empresas, estamos trabalhando para viabilizar projetos avaliados em R$ 60 milhões", afirma.

Segundo Pires, que é professor de engenharia oceânica da Coppe-UFRJ e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Engenharia Naval (Sobena), a rede pretende trabalhar com as demandas da indústria e disseminar informações tecnológicas: um portal na internet, financiado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), deve estar pronto nos próximos dois meses.

As iniciativas chegam em boa hora. De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), o setor emprega mais de 80 mil pessoas. Com a expansão do número de estaleiros e encomendas, outros 15 mil empregos devem ser gerados nos próximos três anos – e a capacitação de pessoal será decisiva para acompanhar o ritmo dos negócios.

A indústria naval é considerada prioridade para o governo federal. Não só pela rapidez de gerar trabalho e renda, mas pela chegada de investidores robustos atraídos pelo pré-sal. Por conta disso, a demanda por embarcações de transporte de óleo e gás, graneleiros, sondas e plataformas de petróleo promete gerar um crescimento garantido ao setor. "Precisamos alcançar padrões de produtividade competitivos em curto prazo e, para isso, é necessário um forte investimento em P&D e inovação."

Além da Sobena e do Sinaval, as instituições integrantes da Ricino são o Sindicato das Empresas de Navegação Marítima (Syndarma) e o Centro de Excelência em Engenharia Naval e Oceânica (Ceeno), formado pela Coppe, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Universidade de São Paulo (USP), Transpetro e Cenpes, o centro de pesquisas da Petrobras.

As ações da rede são divididas em cinco núcleos: projetos de embarcações, cadeia produtiva e tecnologia da construção, além dos regionais Nordeste-Norte, em Pernambuco, e Sul, no Rio Grande do Sul, Estados que abrigam os polos navais de Suape e da cidade de Rio Grande, respectivamente. "As unidades promovem a articulação e a elaboração de projetos em suas respectivas áreas", diz Pires. Empresas como a Usiminas e o Estaleiro Atlântico Sul também fazem parte dos núcleos.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

Pré-Sal


Na onda do pré-sal, a Petrobrás vai expandindo em passos galopantes, construindo dois novos prédios no Rio de Janeiro, onde os funcionários estão distribuídos em 12 edifícios, e outra torre em Santos para acomodar as novas contratações e funções. Ainda tenta superar um hiato demográfico nos próprios quadros. Segundo Gabrielli, "40% de nossos funcionários têm menos de nove anos de Petrobrás e outros 60% têm mais de 19 anos e estão próximos da aposentadoria. Nos dez anos entre essas duas faixas, não temos quase ninguém em razão de um encolhimento que aconteceu na indústria internacional de petróleo, por causa dos baixos preços nas décadas de 80 e 90".

Muitos técnicos aposentaram-se cedo por trabalhar em áreas de risco e outros receberam benefícios financeiros para sair, muitas vezes com 45 ou 50 anos de idade. "Aposentamos nossa base de conhecimentos e depois contratamos consultores," diz um ex-diretor de recursos humanos.

Essa mudança de estrutura de pessoal provocou uma amarga controvérsia sobre padrões de terceirização. A Petrobrás admite empregar 291 mil pessoas terceirizadas, ante 80 mil funcionários regulares, dos quais 29 mil foram contratadas a partir de 2001. Pretende contratar mais 6 mil funcionários até 2013. Numa prática muito difundida no setor privado, a Petrobrás ganha flexibilidade com a terceirização e tenta conter o pagamento de pesados benefícios sociais outorgados a seus funcionários.

O Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro alegou num litígio que Bureau Veritas, empresa estrangeira que faz inspeções e certificações em 140 países, contratou um engenheiro aposentado da Petrobrás para selecionar e treinar os engenheiros terceirizados para fiscalizar operações em plataformas e barcos especializados que, por exemplo, lançam dutos no alto-mar e usam robôs para inspecionar equipamentos submarinos. A controvérsia sobre a terceirização se insere nas polêmicas envolvendo as regras de conteúdo nacional para equipamentos encomendados pela Petrobrás para exploração e produção em águas profundas.

Consultado sobre essas práticas, o professor Tyler Priest da Universidade de Houston, historiador da indústria do petróleo, observou: "A terceirização dos serviços na indústria de petróleo no mar é o padrão do negócio desde o começo da indústria nas décadas de 40 e 50. Progressivamente, os operadores terceirizam mais e mais. Por exemplo, as empresas inicialmente conduziam as próprias provas sísmicas, terceirizando-as eventualmente. No começo da década de 90, os operadores terceirizavam mais nas áreas de pesquisa e desenvolvimento. Hoje, quase tudo é terceirizado: provas sísmicas, perfuração, fabricação, transporte, instalação de equipamentos no leito do mar, manutenção dos poços, hotelaria nas plataformas. Os operadores mantêm para eles mesmos atividades que lhes dão vantagem competitiva, como interpretação sísmica, ou que são necessárias para administrar riscos, como desenho e engenharia dos poços. Parece que a Petrobrás terceiriza muito menos que os operadores que são empresas privadas".

Até que os brasileiros se empenhem num esforço coerente e de longo prazo pela melhoria na qualidade do ensino público, vão ficar com a fatia menor do valor agregado nos serviços e nos equipamentos demandados no desenvolvimento das descobertas do petróleo em águas profundas e em outras atividades industriais complexas. Por exemplo, a empresa norueguesa Subsea 7 acaba de ganhar uma encomenda de US$1 bilhão para fornecer quatro boias de 1.900 toneladas cada, que serão instaladas 250 metros abaixo da superfície do mar nos Campos Lula e Guará, mais 27 tubos flexíveis (catenary risers) com extensão total de 3,9 km para alimentar as plataformas. E a multinacional FMC ganhou outro contrato de US$ 130 milhões para fornecer sistemas para separação de óleo e gás no leito do mar, operados por robôs. Ainda que esses sistemas fossem montados no Brasil, a criatividade e o valor seriam gerados fora. A curva de aprendizagem fica para nós, para ser abordada com seriedade.

Norman Gall é diretor executivo do Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/