terça-feira, setembro 13, 2011

Shell fortalece planos de perfuração nas áreas do pré-sal



Nos próximos dois anos, a Shell planeja perfurar de sete a dez novos poços no País, incluindo áreas do pré-sal, afirma o presidente da companhia no Brasil, André Araujo. O executivo detalha que o ritmo de investimentos deverá se acelerar, e que o Brasil é hoje um dos seis países chave para Shell mundial.

“A Shell tem um robusto programa de perfuração no Brasil, o que vai colaborar para nos manter na liderança entre as petroleiras internacionais que atuam aqui.” A prioridade atual para a empresa é a exploração da Bacia de Santos. De acordo com Araujo, a companhia vai retirar gás “não convencional” do território. A commodity está concentrada em reservatório com baixa permeabilidade na rocha, criando um desafio tecnológico para a companhia.

“Isso torna a extração mais difícil, vários poços serão necessários para conseguir uma descoberta comercialmente viável.” A análise do executivo, no entanto, é de que se trata de uma fonte de valor, além de limpa. “A empresa tem uma grande experiência neste tipo de exploração”, ressalva.

Recentemente a empresa antecipou a exploração de cinco blocos on-shore na Bacia de São Francisco. O objetivo, segundo Araujo, é identificar a presença de gás em escala comercial. “A iniciativa faz parte da perspectiva da Shell de que, em 2012, a produção de gás natural ultrapasse a de petróleo pela primeira vez na história da companhia.” O presidente da Shell no Brasil explica que a prioridade dada ao gás está em linha com a tendência de menor uso do petróleo mundialmente e consequente adoção de combustíveis menos poluentes, como gás e biocombustíveis.

ENERGIA RENOVÁVEL - Enquanto na América do Norte o foco da companhia na área de energias renováveis é a geração por meio de usinas eólicas, no Brasil Araujo destaca a importância dos programas na área de biocombustíveis. Para o executivo, o etanol produzido a partir da cana de açúcar caminha para se tornar uma commodity global. A aposta da companhia no setor é alta. Neste ano, a empresa firmou join venture com a produtora de açúcar e etanol Cosan, para criar a Raízen.

“No ano passado, o etanol foi o principal responsável no aumento do mercado de combustíveis. O crescimento na venda de carros flexfuel é um exemplo. Para acompanhar essa demanda, é necessário investir nesse mercado”, afirma Araujo. O executivo afirma ainda que a empresa está direcionando recursos para o desenvolvimento de lubrificantes que ajudem a aumentar a economia de combustível.

As iniciativas da Shell no País incluem cerca de R$ 20 milhões em investimentos em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) para construir centros de tecnologia especializados em biocombustíveis avançados e modelagem estratigráfica. Além disso, neste ano, a companhia vai iniciar dez novos programas sociais, além dos tradicionais investimentos, totalizando recursos de R$ 6 milhões – mais do dobro do aplicado em 2010.

FUTURO - O presidente da Shell no Brasil aposta em demanda crescente por energia no mundo. “No ritmo de desenvolvimento em que estamos, a demanda global deve dobrar até meados deste século, em relação aos níveis do ano 2000”, estima Araujo.

Ele ressalta que o número pode triplicar, caso a maneira de se fazer negócios no mundo continue a mesma. “Nesse cenário de mudanças, a Shell preferiu aumentar os investimentos em gás natural, por exemplo, porque acredita que essa fonte será importante componente do sistema de energia de baixo carbono em 2030.”

Fonte: J.Commercio

OGX recebe Licença Prévia para TLD e Waimea na Bacia de Campos


O FPSO OSX- 1será utilizada no prospecto de Waimea

A OGX, empresa brasileira de óleo e gás natural responsável pela maior campanha exploratória privada no Brasil, recebeu do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) Licença Prévia (LP) relativa à atividade do Teste de Longa Duração (TLD) e Desenvolvimento da Produção de Waimea, no bloco BM-C-41, na bacia de Campos. A OGX detém 100% de participação nesse bloco.

“A obtenção dessa LP representa mais um passo dado pela OGX em direção à produção de seu primeiro óleo na bacia de Campos e, nos próximos dias, com a obtenção da Licença de Instalação, iniciaremos o processo de ancoragem e instalação dos equipamentos que serão utilizados nesse TLD de Waimea”, comentou Paulo Mendonça, Diretor Geral e de Exploração da OGX.

A acumulação de Waimea, que está em águas rasas da bacia de Campos e foi descoberta pelo poço pioneiro OGX-3 em 18 de dezembro de 2009, tem seu TLD previsto para iniciar no prazo excepcional de cerca de dois anos da descoberta, através do poço horizontal OGX-26HP, que já se encontra pronto para esse teste.

Segundo informações no Estudo de Impacto Ambiental (EIA) realizado pelo órgão, o volume recuperável estimado para a descoberta Waimea é de aproximadamente 14 milhões de metros cúbicos de óleo. O pico de produção será de cerca de 40 mil barris de óleo por dia e está previsto para ocorrer em 2012.

O FPSO OSX-1, unidade flutuante de produção que será utilizada no prospecto de Waimea, tem capacidade de processo em torno de 40 mil barris/dia e armazenamento de 950 mil barris. A empresa agora terá de cumprir as condicionantes estipuladas na licença prévia para conseguir a licença de instalação, que autoriza o início das atividades no campo.

Fonte: NN

Suape insere Pernambuco na cadeia produtiva do petróleo



Inserir PE nesse mercado é a oportunidade de impulsionar o PIB estadual

Carro-chefe dos projetos estruturadores em Pernambuco, Suape é a entrada do Estado na cadeia nacional de petróleo, que já representa 60% dos investimentos industriais no País. Com o pré-sal, o Brasil está entre os maiores produtores mundiais de petróleo. Inserir Pernambuco nesse mercado é a oportunidade de impulsionar o PIB estadual, que deve triplicar nos próximos 25 anos.

E a Refinaria do Nordeste Abreu e Lima (Rnest), maior empreendimento do Complexo de Suape, é um exemplo dessa inserção. Na última sexta-feira (dia 09/09), finalmente foi anunciado o acordo estabelecido entre o Brasil e a Venezuela. Além da Petrobras, agora a estatal venezuelana PDVSA vai entrar com investimentos na construção da refinaria, que está com 35% das obras concluídas.

“Mesmo sem ter poços de petróleo, Pernambuco atrelou sua economia a essa matriz energética com a refinaria e a petroquímica”, destaca o consultor Francisco Cunha, da Consultoria TGI. De acordo com a Consultoria IHS Cera, o Brasil lidera o ranking mundial das maiores descobertas de petróleo, que deve se manter entre as principais matrizes energéticas do mundo nos próximos 50 anos.

Pelas projeções do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o País deve crescer a um ritmo de 5,8% ao ano até 2015, enquanto o crescimento da economia mundial deve ser de 3,5%.

Com um investimento estimado em mais de R$ 21 bilhões, a Rnest deve ficar pronta em 2013. Pelo acordo firmado em 2005 entre a Petrobras e a PDVAS, a estatal brasileira entraria com 60% dos investimentos para a construção da fábrica, enquanto a estatal venezuelana investiria 40%.

Entretanto, até agora apenas a Petrobras entrou com recursos, tendo feito um empréstimo de R$ 10 bilhões no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A expectativa agora é que até a data-limite de 30 de novembro a PDVSA realize o depósito.

A refinaria deve começar processando 65 mil barris de petróleo por dia, sendo que metade de sua produção deve ser destinada à Venezuela. Além de coque, nafta e gás liquefeito de petróleo (gás de cozinha), a Rnest vai processar óleo diesel com baixo teor de enxofre, que vai representar 20% do consumo do País.

“A refinaria será a primeira unidade da Petrobras a adotar o sistema Snox, que retém o enxofre e o nitrogênio emitidos nos processos de refino”, enumera Marcelino Guedes, presidente da Rnest.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)