domingo, agosto 05, 2012

50 mil vagas no setor de petróleo e gás até 2015 para jovens

Para suprir essa necessidade, a estatal mantém o Profissões de Futuro: um portal de incentivo à formação técnica de jovens para que eles conquistem essas oportunidades.

Rio de Janeiro (RJ) - Na maioria das instituições de Ensino Médio do Rio, é hora de os alunos planejarem o futuro. Os jovens devem ficar de olho nas chances que vão surgir nos próximos anos, como as mais de 50 mil vagas que, de acordo com a Petrobras, serão criadas até 2015 na indústria de petróleo, gás e energia.

O site (www.profissoesdefuturo.com.br) alcançou 143 mil visitantes únicos em todo o País desde o início deste ano, quando entrou no ar. Do total, quase 44 mil são do Rio — estado que mais acessa o endereço. Segundo a Petrobras, muitos buscam orientação para os próximos anos no Profissões de Futuro. Os estudantes do Ensino Técnico lideram as visitas, com quase metade dos acessos (48%), seguidos de estudantes do Ensino Médio ou Fundamental (36%) e dos professores ou responsáveis (16%).

Carreira na Petrobras rende salários de até R$ 20 mil

Quem pensa em ingressar na Petrobras ganha um bom motivo para começar a se preparar desde já: remuneração na empresa pode chegar a R$ 20 mil, dependendo do cargo. Jovens estudantes, com formação de níveis Técnico ou Superior, têm chances de construir carreira no setor de petróleo, gás e energia por meio da preparação para concursos da estatal.

No último processo seletivo da empresa, que teve edital publicado em março, para Nível Superior os salários iniciais variavam de R$4.097 a R$4.414, com garantia de remuneração mínima de até R$6.883. Para Nível Médio, a variação foi de R$ 1.279,11 a R$ 1.857, com garantia de remuneração mínima de até R$ 2.896. E é só o começo: profissões no setor podem ter salários de até R$ 20 mil, no caso de engenheiros.

Segundo a gerente de planejamento e avaliação de Recursos Humanos da Petrobras, Mariângela Mundim, existem 36 carreiras para profissional de Nível Superior. No entanto, a especialista dá o passo a passo para os candidatos com formação técnica.

“Nas carreiras de Nível Médio é exigido diploma de qualificação técnica, conforme o cargo pretendido pelo candidato, exceto para o cargo de Técnico de Administração e Controle Júnior, que exige o diploma ou certificado de conclusão de curso de Nível Médio”, detalha.

Ela explica que, para todas as carreiras de Nível Médio, além de questões específicas para cada cargo, provas exigem conhecimento em português e matemática. Não é exigida qualificação em idiomas.

Já para candidatos com Nível Superior, Mariângela observa que um segundo idioma é exigido. De acordo com a especialista, para todas as carreiras dessa formação é exigido, no processo seletivo público, o inglês, conforme descrito em edital, incluindo compreensão de texto escrito dessa língua e itens gramaticais relevantes para a compreensão de conteúdos.

Não é somente a Petrobras que está abrindo portas para os próximos anos, segundo Mariângela. “Essa é a hora de se preparar não só para vagas na estatal, mas para as que podem ser abertas na Indústria de Energia e toda sua cadeia de fornecedores”, destaca.

O setor de petróleo, gás e energia é promissor, mas há outro caminho que ganha cada vez mais força. A gerente de RH observa: “Espera-se que o setor naval, ligado ao segmento (com estaleiros, navios, plataformas), também cresça expressivamente”.

Na web

De acordo com a Petrobras, as páginas de profissões mais acessadas no Profissões de Futuro são Técnico de Operação, Técnico de Segurança do Trabalho e Desenhista Projetista de Arquitetura. Já as páginas de cursos técnicos e graduação tecnológica mais acessadas são Petróleo e Gás, Mecânica e Edificações.

Com investimento de R$ 236 bi, aposta é em qualificação

A Petrobras prevê um investimentos da ordem de R$ 236,5 bilhões no período 2012-2016. Parte dessa aposta está no Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), criado em 2003.

Trata-se de um programa que qualifica mão de obra para suprir necessidade de pessoal capacitado no setor. Desde o primeiro processo seletivo, em 2006, até hoje, quase 90 mil concluíram cursos gratuitos do Prominp em 17 estados, dos quais cerca de 20 mil eram no Rio.

Atualmente, estão em curso as convocações dos aprovados no 6º ciclo de seleção do programa. Foram oferecidas 11.671 vagas, sendo 4.602 para o Rio de Janeiro. A expectativa é que, ainda neste ano, seja feito um novo processo seletivo.

Fonte: O Dia

Indústria naval brasileira terá100 mil vagas de trabalho em 2016

Índice, revelado durante a Navalshore 2012, poderá ser quatro vezes maior se a projeção incluir as oportunidades geradas nos setores subsidiários de equipamentos e serviços

Rio de Janeiro (RJ) - A consolidação e crescimento da indústria naval provocarão grande impacto na geração de vagas de trabalho no País. Segundo dados da Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore), divulgados durante a Navalshore, o segmento terá, em 2016, 100 mil oportunidades de emprego, número de que pode até quadruplicar se a projeção incluir os postos gerados nos setores subsidiários de equipamentos e serviços. "Para cada trabalhador empregado por um estaleiro, há três ou quatro que são contratados por empresas que estão no elo da cadeia", explicou Sergio Luiz Camacho Leal, secretário-executivo do sindicato.

Atualmente há 62 mil trabalhadores atuando diretamente em estaleiros nacionais. Outro índice que merece destaque, segundo Leal, e o número de postos gerados pela indústria naval náutica mais voltada ao lazer: 30 mil. A divulgação destes dados positivos para o segmento foi um dos destaques do primeiro dia da feira promovida pela UBM Brasil que reúne até sexta (3/8), no Centro de Convenções SulAmérica, no Rio de Janeiro, 350 expositores nacionais e internacionais de 17 delegações estrangeiras. O evento é um dos maiores encontros do setor naval e offshore da América Latina e deve reunir 15 mil pessoas ao longo dos três dias, em um ambiente de oportunidades de negócios e networking para profissionais vindos de mais de 40 países.

O impulso na geração de empregos é reflexo da retomada da indústria naval. Há no País 26 estaleiros em operação e 11 em implantação, além de 385 obras em andamento no segmento. Atualmente há 570 mil toneladas de aço sendo processadas nestas unidades em funcionamento, número que chegará a 1,2 milhão em 2016, quando os 37 complexos estarão em operação integral. Além disso, serão necessários 287 barcos especiais e de apoio para atender o plano de negócios da Petrobras. Tudo isso soma um montante de R$ 180 bilhões em investimentos no setor até 2020.

Para Milena Barcelos Soares, assistente de Marketing dos estaleiros Mauá, Eisa e Eisa-Alagoas, este cenário positivo está refletindo diretamente na Navalshore. "Este primeiro dia de feira surpreendeu pela quantidade de executivos com poder de decisão com quem estivemos reunidos em encontros de negócios", destacou.

Organizada pela UBM Brazil, a Navalshore reúne, no Centro de Conveções Sul América, no Rio de Janeiro, 350 expositores nacionais e internacionais -- sendo que 50 estão participando pela primeira vez --, de 17 delegações estrangeiras oferecendo oportunidades de negócios e networking para profissionais vindos de mais de 40 países. A expectativa é que, ao longo dos três dias, mais de 15 mil pessoas passem pelos pavilhões. Na edição de 2011, de acordo com o levantamento realizado pela organização, 80% dos estaleiros do Brasil, oriundos de 10 estados diferentes, participaram da feira.

Atuando como media partner da feira, a MACAÉ OFFSHORE ficará num estande montado especialmente para o evento. No local, serão distribuídas as últimas edições da revista, uma das mais completas e atualizadas do setor de petróleo e gás e indústria offshore do Brasil. A nova edição, de número 65, traz um amplo diagnóstico sobre o setor naval offshore brasileiro.

Greve para construção de Abreu e Lima, em Pernambuco

Trabalhadores rejeitam acordo e param à revelia do sindicato

Recife (PE) - A construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, que já tem um cronograma atrasado — as obras avançaram 57,5% ante uma previsão inicial de que 94,5% estivessem concluídas em 2005 —, sofreu mais um revés: cerca de 44 mil operários paralisaram suas atividades nesta quinta-feira, à revelia do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem de Pernambuco.

Na semana passada, o Sintepav-PE havia fechado um acordo com o Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon) prevendo aumento de 10,5% para os trabalhadores. Mas eles não concordaram com o resultado da convenção.

O Sintepav convocou outra assembleia para hoje com os trabalhadores, que permanecem de braços cruzados. De acordo com operários da construção, muitos foram obrigados a parar sob ameaça de porretes e canos de ferro, nas mãos dos próprios colegas.

O Sinicon anunciou que já estuda adotar medidas legais e demissões. A refinaria fica no complexo industrial portuário de Suape (PE) e teve a maior parte construída pelo consórcio Conest (de Odebrecht Engenharia e OAS). Ela deveria ter entrado em operação em 2012, mas, de acordo com a Petrobras, isso só deve ocorrer em 2014.

A refinaria estourou seu orçamento, e a anunciada parceria com a PDVSA (estatal venezuelana de petróleo) ainda não se concretizou.

Fonte: O Globo