quarta-feira, agosto 10, 2011

Estaleiros abrem mercado bilionário a fornecedores


O presidente do Sindicato da Construção Naval (Sinaval), Ariovaldo Rocha, na véspera do I Fórum de Conteúdo Local, que será realizado nesta sexta-feira, no Rio, com a presença de importantes representantes do Governo Federal, faz um chamamento aos fornecedores nacionais.

"Há um enorme mercado a ser preenchido pela indústria local, mas muitos desses empresários não acordaram para essa realidade. Há encomendas bilionárias à disposição e que crescerão ainda mais com a exploração do pré-sal", diz Rocha.

Ele salienta que a atual carteira dos estaleiros beira US$ 7 bilhões, mas, nos próximos anos, as encomendas podem chegar à astronômica cifra de US$ 140 bilhões. Contudo, adverte: "Os fornecedores locais têm de se qualificar e lutar por esse espaço, da mesma maneira que os estaleiros mostraram ao governo a importância de reter essas ordens na construção naval brasileira".

De acordo com Rocha, nos navios da Transpetro, a participação nacional chega a 70%, mas, em barcos de apoio é bem menor, porque há mais equipamentos sofisticados que precisam ser importados, em razão de serem feitos por poucos grupos internacionais. Segundo o presidente do Sinaval, as expectativas positivas estão sempre crescendo. Os últimos dados indicam que, para o futuro próximo, a Petrobras e outras empresas de petróleo deverão encomendar, no país, 105 plataformas, 550 barcos de apoio e 70 petroleiros (navios aliviadores).

"Isso representará milhões de parafusos, escadas, geladeiras, tubos, fios, lâmpadas, a serem fornecidos pela indústria nacional, mas, para isso, os fornecedores têm de mostrar interesse real em participar", argumenta Rocha.

O dirigente ressalta que, para 2011, uma das prioridades do Sinaval é justamente o aumento de conteúdo local. "Queremos mais sistemas e equipamentos brasileiros em nossos navios e plataformas", conclui Rocha.

Fonte: Monitor Mercantil http://www.monitormercantil.com.br/

Crise não afeta investimentos em petróleo, diz Lobão


O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse hoje que a crise financeira internacional não deve afetar os investimentos previstos para a cadeia de petróleo e gás nos próximos anos no Brasil. "Este é um setor em que o investimento se dará sempre porque o consumo estará presente em qualquer situação econômica do mundo", afirmou, ao participar de seminário "Pré-Sal: Uma Transformação da Cadeia Produtiva de Petróleo e Gás", promovido pela revista CartaCapital em São Paulo.

De acordo com o ministro, o que pode ocorrer é uma queda do consumo de petróleo per capita, mas dificilmente haverá diminuição do consumo de cada país. "Nos Estados Unidos, por exemplo, está havendo uma queda no consumo per capita, mas ao mesmo tempo novos consumidores são agregados a cada ano. Os Estados Unidos consomem 22% de todo o petróleo produzido no mundo e este número deverá se manter. Além disso haverá elevação do consumo na China, Índia, África do Sul, Brasil, Rússia e outros países."

Na avaliação do ministro, os investimentos do País no setor de exploração não serão afetados nem as empresas terão dificuldade para captar dinheiro em razão da crise. "Não estamos trabalhando com esta hipótese", afirmou. "O pré-sal não sofrerá nenhuma crise na exploração nem o petróleo de forma geral."

Lobão negou que as denúncias de corrupção envolvendo integrantes do governo possam afetar esses investimentos. "Crise? Não há crise política", afirmou. 'São episódios que acontecem em todos os governos."

Fonte: http://www.parana-online.com.br/