segunda-feira, março 07, 2011

Petrobras repassa 21% mais royalties às prefeituras de municípios do Amazonas


Manaus - O volume dos royalties repassados para o Governo do Amazonas aumentou 16,3% no mês passado, em relação ao mesmo mês de 2010. De acordo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), a compensação financeira pela exploração de petróleo e gás natural paga aos municípios do Estado cresceu 21% no segundo mês do ano, em relação ao ano passado.

Em fevereiro desse ano, o governo estadual recebeu R$ 13,3 milhões em royalties e os 19 municípios beneficiários, R$ 6,05 milhões. No mesmo período do ano passado, foram repassados para o governo
R$ 11,48 milhões e R$ 4,99 milhões aos municípios. O pagamento de fevereiro refere-se à produção de petróleo e gás natural de dezembro de 2010.

As empresas concessionárias produtoras de petróleo e gás natural têm que pagar, no mínimo, 5% do valor da produção total dos poços terrestres localizados no Estado, sendo 70% para o Estado produtor (dos quais 25% devem ser distribuídos a todos os municípios), 20% aos municípios produtores e 10% aos municípios com instalações de embarque e desembarque.

A Lei do Petróleo aumentou para 10% a alíquota básica dos royalties, que poderá ser reduzida pela ANP até um mínimo de 5%, tendo em conta os riscos geológicos, as expectativas de produção entre outros fatores.

No caso das parcelas acima de 5%, a distribuição se dá de forma diferente, sendo 52,5% para o Estado produtor, 15% para o município produtor, 7,5% para os municípios afetados por instalações de embarque e desembarque e 25% para o Ministério de Ciência e Tecnologia.

Os royalties, que incidem sobre a produção mensal do campo produtor, são recolhidos mensalmente pelas empresas concessionárias, por meio de pagamentos efetuados para a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), até o último dia do mês seguinte àquele em que ocorreu a produção. A STN repassa os royalties aos beneficiários com base nos cálculos efetuados pela ANP, de acordo com o estabelecido na legislação.

Acumulado do ano

No acumulado deste ano, os repasses cresceram 9% para o governo do Estado e 17% para os municípios. Nos primeiros dois meses desse ano, o Estado recebeu R$ 25,18 milhões e os 19 municípios R$ 11,55 milhões.

Do total repassado aos municípios em 2011, 68% vai para Coari (363 quilômetros a oeste de Manaus), que é o principal produtor de petróleo e gás do Estado, 25,6% vai para Manaus, para onde a maior parte da produção é escoada. Tefé, que é o segundo município produtor do Estado, recebeu 4,7% dos royalties destinados aos municípios.Fonte: portal@d24am.comEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. /Beatriz Gomes

Fonte: http://www.portosenavios.com.br/

Petrobras começa a operar dia 13 o maior campo de gás do Brasil


A plataforma instalada em Mexilhão é a maior unidade fixa da Petrobras e uma das maiores do mundo

Entrará em operação no dia 13/03, com mais de dois anos de atraso, o grande campo de gás de Mexilhão, na bacia de Santos, que ajudará o Brasil a se tornar autosuficiente no combustível e, junto com outras descobertas na mesma bacia, alçará o país ao posto de exportador da commodity.

Mexilhão foi anunciado em 2003 como a maior descoberta brasileira de gás natural, com reservas de 70 bilhões de metros cúbicos, ou 30 por cento das reservas na época, de 234 bilhões de metros cúbicos. Atualmente, as reservas provadas de gás da Petrobras são de 377 bilhões.

Mexilhão vai superar a produção de campos como Roncador, Urucu e Manati, todos da Petrobras e até então os campeões em volumes no Brasil, com produção de cerca de 5 milhões de metros cúbicos cada.

"Manati é o maior campo de gás do Brasil... até o dia 13", deixou escapar o presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, em evento na terça-feira na Bahia, sem dar detalhes, mas sem esconder o entusiasmo com a notícia que ficou pela metade.

Na empresa o comentário é que apesar de ser um dos fatos mais importantes do ano para a Petrobras, não existe previsão de festa para a entrada em operação de Mexilhão, "sinal dos novos tempos de Dilma", opinou uma fonte próxima ao assunto. Outro motivo seria o fato de Gabrielli estar fora do país na data.

MAIOR RENTABILIDADE

A entrada em operação de Mexilhão significa aumento de rentabilidade para a Petrobras e maior oferta de gás no país, garantindo o crescimento econômico, avaliou o diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa.

"São 17 milhões (de metros cúbicos) a mais de oferta de gás, que equivalem a 100 mil barris por dia (de petróleo). É muito mais energia disponível e a possibilidade de maior crescimento para a indústria", disse Barbassa à Reuters, aumentando em 2 milhões a previsão inicial do campo.

Mudanças no projeto de Mexilhão adiaram em alguns anos a produção, que vai girar em torno dos 15 milhões de metros cúbicos por dia, ou metade do volume que é fornecido pela Bolívia atualmente ao Brasil.

Será a partir da estrutura montada em Mexilhão que o campo gigante Lula (ex-Tupi) terá garantia de escoamento de gás natural para terra, única maneira de viabilizar no curto prazo a produção expressiva do petróleo associado a esse gás.

O volume dos dois campos será escoado para terra por um gasoduto de 145 quilômetros de extensão e 34 polegadas de largura, que ligará a plataforma de Mexilhão à Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba (UTGCA), no Estado de São Paulo.

A plataforma instalada em Mexilhão é a maior unidade fixa da Petrobras e uma das maiores do mundo.

Uma estrutura mais sofisticada, que inclui planta de liquefação de gás natural flutuante, está sendo estudada para resolver a questão do escoamento do imenso volume de gás do pré-sal no longo prazo.

O campo de Mexilhão está localizado no litoral de São Paulo, a cerca de 160 quilômetros da costa e a uma lâmina d'água (profundidade entre a superfície e o leito do mar) entre 320 e 550 metros.

Para o gerente executivo de Contabilidade da Petrobras, Marcos Menezes, a expectativa com Mexilhão é de aumento de rentabilidade para a empresa.

"Vai entrar em produção e vai trazer mais receitas, com menores custos, e vai melhorar o nível de lucratividade da empresa. É isso que nós esperamos", declarou.

Para o especialista em energia e diretor da Coppe/UFRJ, Luiz Pinguelli Rosa, Mexilhão é apenas "um degrau de uma longa escada" que o Brasil vai subir na área de gás natural.

"Há poucos anos estávamos atrapalhados com o gás pelos problemas políticos da Bolívia e há uns 3, 4 anos não tinha gás para atender as termelétricas. Com Mexilhão, que é só a ponta de um iceberg de gás na bacia de Santos, estamos com uma posição confortável", avaliou.

Ele disse, porém, que a produção deverá ser totalmente absorvida no mercado interno. "Não vai sobrar nada para exportar, tem uma demanda crescente", opinou.

EXPORTAÇÃO

Mas, segundo uma fonte da Petrobras que pediu para não ser identificada, os planos da empresa são bem mais ambiciosos do que se pode supor e envolvem exportação para a América do Sul e outros mercados em forma de Gás Natural Liquefeito (GNL), já que uma planta de conversão será instalada em alto-mar.

"Com a entrada do gás do pré-sal o volume vai ser tão imenso que o Brasil provavelmente vai ter que exportar parte dele, em forma de gás ou GNL, e a América do Sul, principalmente a Bolívia, que já tem o gasoduto e não tem investido em aumento de produção, deverá ser um dos destinos", informou a fonte.

Dessa maneira, o Gasoduto Bolívia-Brasil seria usado no sentido inverso do que é hoje e a Bolívia poderia atender com gás brasileiro os demais mercados vizinhos, como a Argentina.

Outro uso que a Petrobras dará para o gás será a fabricação de compostos de fertilizantes como amônia e uréia, uma forma de "estocar" o gás produzido.

Já o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, lembrou que Mexilhão foi cercado de polêmica na época de sua descoberta.

"Na época se falava de 400 bilhões em reservas e a coisa foi caindo, caindo e hoje nem sei quanto está", afirmou.

Para o especialista, o setor elétrico, principalmente na Amazônia, deveria ser o foco de fornecimento da Petrobras.

"Acho que o grande mercado vai ser o setor elétrico, porque com essas hidrelétricas a fio d'água na Amazônia, o gás natural seria a fonte mais própria para firmar essa energia com as térmicas", explicou o consultor referindo-se ao fato das novas hidrelétricas que estão construídas não terem reservatórios e por isso precisarem de uma outra fonte de segurança energética para os períodos de estiagem.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

Novo estaleiro Promar junto ao governo Pernambucao vão qualificar 400 trabalhadores


O Estaleiro Promar S.A e o governo de Pernambuco vão montar uma espécie de força-tarefa para qualificar mão de obra para o empreendimento, que será o segundo a se instalar no polo naval do Complexo de Suape. A proposta é formalizar um convênio entre a Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia (Sectec), a Secretaria de Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo, a Universidade de Pernambuco (UPE), o Instituto Tecnológico de Pernambuco (Itep) e a empresa para capacitar, inicialmente, 400 profissionais para a indústria naval.

O titular da Sectec, Marcelino Granja, diz que o convênio deverá ser assinado dentro de um mês, depois que a equipe técnica do Promar repassar a demanda de mão de obra. “Só depois disso vamos definir os termos do convênio, mas a ideia inicial é capacitar pelo menos 200 profissionais de nível técnico e outros 200 de nível superior”, adianta. O secretário explica que a Sectec foi convocada a participar do processo porque é a pasta que cuida do ensino superior e de tecnologia dentro do governo.

No projeto de qualificação para o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) - primeiro a se instalar em Suape - o governo de Pernambuco também participou, com o apoio das secretarias de Educação e Juventude e Emprego. Cerca de 5 mil trabalhadores dos cinco municípios do entorno de Suape (Ipojuca, Cabo de Santo Agostinho, Moreno, Jaboatão dos Guararapes e Escada) participaram de um programa de reforço escolar. Desde que iniciou seu processo de qualificação, o EAS já investiu R$ 16 milhões, sendo R$ 3,5 milhões na construção de um centro de treinamento. Além do reforço, os alunos também passaram com um curso no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e no CT do estaleiro antes de pisar no chão de fábrica. Pelos cálculos do Atlântico Sul, que capacitou 3.700 profissionais, o custo médio mensal para qualificar um aluno é de R$ 3.748.

O Promar ainda não desenhou seu modelo de qualificação, mas o diretor de Novos Negócios do Promar, Dail Cardoso, adianta que a ideia é qualificar 70% dos profissionais e contratar os demais 30% já com experiência no mercado. O executivo acredita que a parceria com o governo do Estado vai permitir reduzir custos e contribuir para o desenvolvimento local.

“Queremos montar um estaleiro com um bom corpo técnico. Já temos parcerias com prefeituras locais para capacitar mão de obra direta primária, de nível fundamental. A parceria com o Governo do Estado vai se somar a isso, no sentido de formar vetores necessários para multiplicar conhecimento na formação de recursos humanos de níveis técnico e superior”, destaca. O Promar aguarda a liberação da licença ambiental pela CPRH, em abril, para iniciar as obras do estaleiro em Suape.

Fonte: Jornal do Commercio (PE)