quinta-feira, janeiro 24, 2013

Praia, biquíni e petróleo

A reportagem trata do aumento vertiginoso da procura de startups do setor petrolífero por firmas de investimentos estrangeiras para competir com produtores globais
 
Rio de Janeiro (RJ) - Brasil não consegue fugir a certos clichês quando visto por olhos estrangeiros. Até mesmo uma agência de notícias de prestígio internacional como a Bloomberg News recorreu à clássica imagem de uma mulher de biquíni na praia para ilustrar uma árida matéria sobre investimentos no setor petrolífero. A imagem mostra uma morena de corpo sinuoso tostando ao sol, enquanto dois navios petroleiros passeiam no horizonte.
A reportagem trata do aumento vertiginoso da procura de startups do setor petrolífero por firmas de investimentos estrangeiras para competir com produtores globais, como as petrolíferas Royal Dutch Shell e BP. A procura, diz a matéria, cresce à medida que o governo brasileiro se prepara para realizar novos leilões para a exploração de petróleo e gás no país, inclusive e sobretudo no pré-sul.
Os bilhões de dólares em operações que o setor petrolífero movimenta implicam um complexo modelo de financiamento e investimentos. São inúmeros agentes públicos e privados transitando numa intrincada estrutura financeira internacional.
Em meio a esse ambiente “hard” de negócios, não deixa de ser curiosa a escolha da cena bucólica praiana. Trata-se de um cenário revelador tanto dos “elementos naturais” que compõem um imenso país exótico, assentado sobre jazidas de óleo e gás, quanto do olhar desses que, de fora, nos observam sob certos estereótipos.
Fonte: Bloomberg

Casco da P-63 deve chegar em Rio Grande no final do mês

Ontem, quarta, dia 23, em reunião marcada para as 16h, a Praticagem da Barra de Rio Grande vai apresentar para a Quip S/A, Capitania dos Portos, Superintendência do Porto de Rio Grande (Suprg) e Conselho de Autoridade Portuária (CAP) do porto rio-grandino, entre outros, o plano para ingresso do casco da plataforma P-63 no porto. O casco dessa plataforma, já com seis módulos, saiu de Dalian (China), em 15 de novembro, e deve chegar na área de Rio Grande de 27 a 30 deste mês. O ingresso no porto está previsto para o próximo dia 31 e exigirá a execução de uma mega operação.

Quando entrar no porto, o casco da P-63 irá atracar no canteiro da Quip, empresa responsável pela construção dessa plataforma, localizado na avenida Honório Bicalho, na ponta sul do Porto Novo. Porém, para isso, será preciso tirar a plataforma P-58 do local e atracá-la no cais do Tecon. Essa operação será necessária porque as duas embarcações são grandes e com apêndices, o que impede a passagem de uma pela outra. Em função disso, no início da manhã do dia 31, a P-58 será rebocada para o cais do Tecon e, por volta do meio-dia, deve ter início a entrada do casco da P-63.

Concluída essa operação, às 6h, do dia 1º de fevereiro, a P-58 retorna ao cais da Quip. A base da P-63 irá atracar na área de cais, hoje ocupada pela P-58, e esta, depois, ficará no cais novo da empresa. Após a chegada no porto rio-grandino, o casco da P-63, resultante da conversão do navio tanque BW Nisa, receberá outros módulos, construídos em Rio Grande, e sua integração será completada.

A P-63, cujo custo total é de 1,3 bilhão de dólares, terá capacidade de produção de 140 mil barris de óleo por dia e de 1 milhão de m³ de gás. Será operada por uma Joint Venture entre a Quip e o Grupo BW Offshore, por um prazo de 36 meses antes de ser entregue, definitivamente, à Petrobras. Ela deve ficar pronta para operar, ainda, no primeiro semestre de 2013.

Fonte: Jornal Agora (RS)/Por Carmem Ziebell