O plano por um contrato futuro de petróleo é
defendido pelo chefe do órgão regulador de valores mobiliários da China, Guo
Shuqing, um oficial reformista tido como candidato para o papel de presidente do
Banco Central
Pequim (China) - Um plano de lançar um contrato de futuros do
petróleo na China, que permitiria investidores estrangeiros negociassem nos
mercados de commodities sem a necessidade de terem uma subsidiária local pela
primeira vez, está ganhando força e pode obter aprovação no início do próximo
ano, disseram funcionários e executivos.
A China é o maior consumidor global de matérias primas e tem um dos
mercados de maior crescimento e liquidez em seus mercados futuros de
commodities, mas restrições estatais para limitar o fluxo do capital
internacional impedem que os contratos ganhem destaque mundial.
O plano por um contrato futuro de petróleo é defendido pelo chefe do órgão
regulador de valores mobiliários da China, Guo Shuqing, um oficial reformista
tido como candidato para o papel de presidente do Banco Central. O projeto
ganhou o apoio de outros órgãos governamentais e gigantes petrolíferas estatais,
disseram funcionários do setor.
"Se der certo... nós estamos falando de um possível faturamento diário de
bilhões de dólares", disse um oficial sênior da indústria com conhecimento
direto sobre o plano.
A bolsa se futuros de Xangai (SHFE) sediaria o contrato e tentaria
estabelecê-lo como uma referência para a precificação regional de petróleo.
Oficiais de câmbio visitaram Londres, Nova York e Cingapura no início deste ano
em sessões itinerantes,e no mês passado foram a Riad.
"Eu apoio total e fortemente", disse Cai Xiyou, vice-presidente da Sinopec
Corp responsável por marketing e comercialização, à Reuters no mês passado. "A
chave é desenvolver o produto certo para atrair investidores de todo o mundo a
participar."
A SHFE está aguardando a aprovação final de Pequim para lançar o contrato
que pode sair após março, quando os novos líderes chineses assumem o
poder.
Um lançamento bem sucedido pode abrir caminhos para a abertura de outros
futuros de commodities chinesas a mais investimentos estrangeiros como o cobre e
o zinco.
Fonte: Reuters