quinta-feira, agosto 18, 2011

'Risco exploratório no pré-sal é baixo', diz Gabrielli



O presidente da Petrobras destacou a importância da experiência adquirida pela empresa na Bacia de Campos

São Paulo. O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, ressaltou que o risco de desenvolvimento da produção no pré-sal existe, mas que o de exploração na nova fronteira de produção é pequeno. "O risco exploratório se mede por sucesso de poços pioneiros, que no pré-sal é de 87%. No mundo esse número é de 20% a 25%. Por isso, numericamente, o risco exploratório é baixo", disse Gabrielli em apresentação no Seminário Novos Desafios do Pré-sal, promovido pelo Grupo Estado, e que acontece em São Paulo.

Em seguida, ponderou: "Mas ninguém disse que pré-sal não tem risco de desenvolvimento", disse, após o tema ser abordado por outros palestrantes do evento. A barreira a ser superada pela companhia está no desenvolvimento de infraestrutura para escoar a produção do pré-sal, no fornecimento de equipamentos e no desenvolvimento de novos materiais para explorar a região, entre outros pontos.

Experiência

O presidente da Petrobras destacou a importância da experiência adquirida pela empresa no desenvolvimento da Bacia de Campos para poder agora se dedicar aos projetos do pré-sal. "O que foi maravilhoso é que quando a Bacia de Campos estava alcançando sua maturidade descobrimos o pré-sal. E já chegamos até aqui com a experiência, infraestrutura e tecnologia desenvolvidos ao longo do tempo em que trabalhamos na Bacia de Campos", disse.

"Muitos dizem ao ver a descoberta do pré-sal que Deus é brasileiro, mas eu costumo dizer que Deus só ajuda quem trabalha e nós estamos trabalhando bastante", comentou em apresentação no Seminário Novos Desafios do Pré-sal, promovido pelo Grupo Estado, e que está acontecendo neste momento em São Paulo.

Listando a série de investimentos que a companhia vai realizar até 2020, Gabrielli lembrou que o volume de petróleo que a Petrobrás estará produzindo ao final da década deverá ser superior ao que a companhia produz hoje. "Só no pré-sal estaremos produzindo 2,7 milhões de barris por dia, que equivalem ao que produzimos hoje. Ou seja, levamos 54 anos para produzir isso e agora vamos dobrar isso em nove anos."

Gabrielli lembrou a importância do desenvolvimento da indústria nacional de petróleo e gás, não para atender às demandas imediatas da estatal, mas principalmente para estar apta a ser contratada quando entrarem em processo de desenvolvimento os campos adquiridos já sob contratos que preveem elevado teor de conteúdo nacional. "É preciso preparar a indústria para quando vier esta exigência", disse, lembrando que existem seis estaleiros em projeto, que devem levar três a quatro anos para se instalar. "Ninguém faz tudo isso de um dia para o outro. A gravidez neste setor é longa e dura muito mais do que nove meses", disse.

Custos de perfuração

O presidente da estatal destacou que a companhia vem sistematicamente obtendo reduções de seu custo de perfuração na área do pré-sal, seja pelo maior conhecimento das áreas, seja por novas tecnologias e também redução do tempo de perfuração. Segundo ele, desde 2008 a empresa já conseguiu reduzir os custos em 45%, o que permitiu que o valor presente líquido (VPL) dos projetos aumentasse em 52% desde então.

"A maior parte dos custos do pré-sal, quase 60%, está nos sistemas submarinos. Reduzindo estes custos, temos uma performance melhor dos projetos, que nos permite chegar a um preço de equilíbrio, que garante todo o investimento feito, com VPL zero, inferior a US$ 45 por barril.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

Exploração do pré-sal deve gerar mais de 2 milhões de empregos até 2020, prevê estudo



São Paulo – A exploração do petróleo da camada do pré-sal deve estimular o crescimento de vários setores da indústria, gerando mais de 2 milhões de empregos até 2020. A estimativa consta de estudo apresentado pelo diretor-geral da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Eloi Fernández e Fernández.

Fernández foi um dos participantes de um debate sobre o pré-sal promovido em São Paulo. Ele disse que a cadeia do petróleo e gás será a maior responsável pelos investimentos no Brasil até 2014.

Segundo Fernández, dos R$ 611 bilhões previstos em investimentos pela indústria para os próximos quatro anos, R$ 378 bilhões (62%) serão aplicados por empresas do setor. Esse valor vai representar metade dos investimentos em infraestrutura do país até 2014.

De acordo com ele, a maior parte desse investimento virá da Petrobras. A estatal anunciou um plano de US$ 270 bilhões (cerca de R$ 430 bilhões) até 2015 e a contratação de mais funcionários. Para Fernández, se o governo federal trabalhar para que outras empresas do setor de petróleo também ampliem seus quadros de pessoal, a geração de empregos passará de 2 milhões.

“O MDIC [Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior] precisa assumir o papel de coordenação. Se tudo correr bem, podemos gerar mais de 2 milhões de empregos”, disse Fernández. “Se não correr, teremos um crescimento de 500 mil vagas.”

O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, também participou do debate e confirmou os planos da estatal. O governo federal, adiantou, prepara um plano de estímulo exclusivo à indústria de petróleo e gás para fortalecer o crescimento do setor no Brasil durante os próximos anos. “O país tem que desenvolver sua produção nacional.”

A diretora da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, disse que o órgão trabalha para o desenvolvimento da indústria nacional. A agência, segundo ela, exige de empresas do setor percentuais mínimos de utilização de produtos nacionais em suas operações e, com isso, colabora para a criação de vagas de trabalho.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/

Plataforma P-56 começa a produzir no campo de Marlim Sul



A Petrobras comunica que colocou em operação na segunda-feira, dia 15/8, a plataforma semissubmersível P-56, no campo de Marlim Sul, na Bacia de Campos (RJ). A unidade iniciou a produção por meio do poço 7-MLS-163HPRJS, que tem potencial de aproximadamente 16.000 barris por dia.

Instalada em profundidade de água de 1.670 metros, a plataforma está projetada para processar até 100 mil barris de petróleo por dia quando atingir a capacidade máxima, prevista para o primeiro trimestre de 2012. Além de petróleo pesado, de 18º API, a P-56 terá capacidade para processar e tratar até 6 milhões de m³ por dia de gás natural.

A P-56 será interligada a 21 poços, dos quais 10 serão produtores e 11 injetores de água. O petróleo produzido será enviado por oleoduto para a plataforma P-38, que é do tipo FSO (sistema flutuante de armazenamento e transferência de petróleo e gás), localizada a 20 km da plataforma. Da P-38, o petróleo será enviado para navios aliviadores e o gás natural seguirá por gasoduto até o terminal de Cabiúnas.

A P-56 tem 125m de comprimento, 110m de largura, 137m de altura e mais de 54 mil toneladas de peso total. A construção dos módulos integrados (topside) da P-56 alcançou elevado índice de conteúdo nacional. O casco foi construído integralmente no Brasil, o que demonstra capacidade da indústria local para atendimento das encomendas da Petrobras.

Fonte: http://www.clickmacae.com.br/