quarta-feira, setembro 01, 2010

MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA PARA OPERAÇÕES OFFSHORE


O Brasil é pioneiro na extração de petróleo em alto-mar. Para o funcionamento de suas plataformas, conta com um sistema em que os funcionários ficam 14 dias seguidos embarcados e descansam 14 ou 21 dias em terra, dependendo da empresa. A possibilidade desse descanso prolongado atrai muitos trabalhadores, mas pode ser também fonte de estresse e grande causador de problemas particulares.
Faz parte das atribuições de um plataformista, conhecer os sistemas de uma sonda de perfuração, executando operações rotineiras, como manobra, circulação, DTM, executar operações especiais de perfuração (controle de kicks, pescaria, teste de formação), acompanhando operações específicas como (perfilagem, revestimento, cimentação), além de conhecer os padrões e os procedimentos de SMS Saúde, Meio Ambiente e Segurança na atividade.
Para o profissional interessado, é preciso fazer o curso de Plataformista para adquirir a capacitação em atuar com um conjunto de equipamentos e acessórios que possibilitem a perfuração de poços petrolíferos. Além disso, também deve ser capaz de gerenciar processos que permitam o fornecimento de energia, controle no uso dos recursos, a remoção de cascalho, a sustentação de cargas, a rotação de brocas, o bombeamento de líquidos, a segurança do poço e o monitoramento constante de diversas condições no processo de perfuração.
“As grandes formações estão concentradas mais no estado no Rio de Janeiro, deixando um déficit de mão de obra em todo o país”
De acordo com Patrícia Azevedo Duarte, coordenadora Geral do Instituto de Educação Unieduque, que oferece o curso de Plataformista desde 2005, a instituição tem o objetivo de formar mão de obra qualificada para atender o setor petroquímico. “Nos preocupamos em trabalhar com uma carga horária mínima de 48 horas para que seja dado todo o conteúdo com tal clareza”, explica Patrícia Azevedo, em entrevista ao Nicomex Notícias, acrescentando que o curso tem duração mínima de dois meses.
Segundo a coordenadora da Unieduque, a mão de obra nacional não está apta para atender a demanda do pré-sal. “As grandes formações estão concentradas mais no estado no Rio de Janeiro, deixando um déficit de mão de obra em todo o país, digo isso uma vez que recebemos muitas ligações de pessoas de outros estados a procura da formação da nossa escola”, ressaltou Patrícia. O Brasil conta com cerca de 20 mil empresas ligadas ao setor petrolífero e em crescimento exponencial, demandando uma mão de obra especializada, atualmente, escassa. A Petrobras tem uma previsão de investimentos da ordem de US$ 112 bilhões até 2012, ou seja, a demanda por qualificação também aumentará.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

EXPLORAÇÃO DO PRÉ-SAL SEM PREVENÇÃO AMBIENTAL


Após um mês do início da exploração comercial do petróleo localizado na região do pré-sal, no Campo de Baleia Franca, no Espírito Santo, medidas ambientais, como por exemplo, um sistema para neutralizar a emissão de gases de efeito estufa, superiores à verificada na exploração do pós-sal, não foram implantados. A medida preocupa não apenas ambientalistas, mas também especialistas e representantes da sociedade civil organizada, impressionados com o acidente da British Petroleum, no Golfo do México.

Especialistas do setor sinalizam que ninguém sabe como o Estado do Espírito Santo, por exemplo, está se preparando no caso de um eventual acidente em águas profundas capixabas. Vale lembrar que a licença de operação concedida pelo Ibama no fim de maio estabelece prazo até novembro para a Petrobras apresentar projeto de neutralização de carbono para compensar a emissão de gases de efeito estufa. Até lá, serão mais de três meses de operação sem freio nas emissões.

Procurada para falar sobre o assunto, a estatal informou que identifica "tecnologias disponíveis" para reinjeção de gás carbônico nos poços do pré-sal, porém ainda não se sabe se o mesmo foi colocado em prática. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que não poderia impor uma tecnologia à estatal. Em 2009, o então ministro Carlos Minc disse que só liberaria a exploração mediante uso de tecnologia de captura e armazenamento de carbono, o que acarreta aumento no custo de exploração.
Plataformas sem documentação
Pelo menos 26 plataformas estão operando com documentação vencida no País. O dado foi obtido através da última listagem de declarações de conformidade da Marinha, assinada em 15 de agosto e atualizada na última segunda-feira, dia 23. A maioria das plataformas com declaração de conformidade vencida, segundo a Marinha, está em processo de regularização, com perícias agendadas e em curso. O documento atesta a segurança da navegação, bem como sua capacidade de alojamento e prevenção de acidentes no meio aquaviário. As unidades com certificado fora do prazo encontram-se nas bacias de Sergipe-Alagoas, Potiguar, Campos e Santos, inclusive no pré-sal.

A maioria das plataformas são operadas pela Petrobras. Entre as maiores unidades citadas com documento vencido está a plataforma Cidade São Vicente, a primeira a realizar testes de produção no pré-sal de Santos, no campo de Tupi. A Marinha destaca que nenhuma plataforma pode iniciar sua atividade "sem ter antes obtido este documento". A empresa responsável pela embarcação deve solicitar à Marinha a realização de uma perícia, para a obtenção da declaração de conformidade. Quando a Marinha não observa nenhuma discrepância, após uma ou mais inspeções, concede o documento permanente, válido por um ano. Mas quando considera que ainda há pendências na embarcação, não impeditivas de operação, emite uma declaração provisória, válida por 90 dias. A maioria das plataformas opera no País com documento provisório.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

DESCARTE INDEVIDO DO ÓLEO DE COZINHA CAUSA PREJUÍZOS


Grande parte da população, por falta de informação ou de vontade, não descarta o óleo de cozinha utilizado de maneira correta. O despejo de óleo vegetal – seja de soja, girassol ou canola – dificulta a passagem do esgoto pelas tubulações domiciliares e causa sérios danos ambientais em rios, lagoas, e mares. Visando acabar com os problemas causados, a Secretaria do Ambiente e o Inea (Instituto Estadual de Ambiente) estão trabalhando para garantir que mais condomínios, pessoas e empresas se conscientizem da importância do descarte correto do óleo de cozinha no Estado do Rio.
Criado no final de 2007 para incentivar a coleta do óleo vegetal para a fabricação de biodiesel, o Prove (Programa de Reaproveitamento de Óleos Vegetais) do Inea, trabalha hoje com cerca de 40 cooperativas no Grande Rio. Além disso, mais 40 municípios participam do programa no estado fluminense. No primeiro semestre de 2010 o programa de reciclagem coletou dois milhões de litros de óleo. A coleta e a reciclagem do material são direcionadas atualmente, na maioria dos casos, para a fabricação de sabão de cozinha.
De acordo com especialistas, a pessoa que deseja descartar o óleo de qualquer maneira, acaba jogando o material diretamente no solo, o que é considerada a pior das opções. Isso porque existe uma dificuldade do óleo ser absorvido pelas plantas, animais ou pelo sistema, formando uma película na água que impede a entrada de oxigênio e luz. Com isso, diminui a capacidade dos seres metabolizarem bem esses poluentes. O acúmulo de gordura em passagens de esgoto pode causar entupimento, refluxo ou mesmo o rompimento de redes. Em rios, lagoas e mares, o despejo de gordura sem nenhum tratamento pode matar espécies aquáticas ao prejudicar a oxigenação destes ecossistemas, entre outros danos.
Além do descarte incorreto realizado por moradores de condomínios, restaurantes, bares e pastelarias também estão na lista dos que agem sem conscientização. Para informar estabelecimentos comerciais sobre os danos causados pelo óleo de cozinha, a Secretaria do Ambiente realizou uma ação no dia 1° de agosto.
Óleo transformado em biodiesel
A coordenadora do departamento de química da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Claudia Bejan, destacou que 20 usinas autorizadas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) já utilizam o óleo de cozinha na produção do biodiesel। A pesquisadora destacou que o reaproveitamento do óleo proporciona dois grandes benefícios ao reduzir a quantidade de CO2 na atmosfera (gás carbônico emitido pelo diesel) e retirar o metano do meio ambiente (pelo aproveitamento do óleo de cozinha). A decomposição do óleo que chega aos rios ou fica em tubulações produz gás metano que é até quatro vezes mais poluente do que o CO2, ressaltou.

Micróbios aceleram biodegradação de petróleo no mar, diz estudo

WASHINGTON — Espécies de micróbios descobertas recentemente devoram mais rapidamente do que o esperado, a mais de 1000 metros de profundidade, o petróleo da maré negra no Golfo do México, segundo um estudo americano publicado nesta terça-feira na edição eletrônica da revista Science.

De acordo com pesquisadores, o processo acelera a biodegradação do petróleo sem afetar consideravelmente o nível de oxigênio dissolvido na água.
"Esta descoberta, que fornece os primeiros dados científicos da atividade microbiana na dispersão de uma pluma de petróleo no fundo marinho, indica que existe um grande potencial de degradação natural de hidrocarbonetos nas grandes profundezas oceânicas", explicou Terry Hazen, ecologista microbiano do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley, na Califórnia, principal autor do estudo.
"A pesquisa mostra, também, que estas populações microbianas psicrófilos - capazes de viver em profundidades marinhas com temperaturas de 5 graus Celsius - e outros microorganismos próximos desempenham um importante papel no destino e nas consequências ambientais das plumas de petróleo submarinas no Golfo do México", acrescentou.

Este ecologista e uma equipe de trinta cientistas fizeram a pesquisa no fim de maio sobre o hábitat microbiano nas águas profundas do Golfo do México, até agora relativamente inexploradas, e caracterizadas por ter águas muito frias, grande pressão e um pouco de carbono em estado natural.

O estudo parece contradizer as conclusões de uma pesquisa publicada na edição de 20 de agosto da Science, realizada pelo instituto privado Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI), segundo o qual esta biodegradação poderia ser mais lenta do que se pensava em virtude das baixas temperaturas no local.

Fonte: http://www।google.com/