terça-feira, outubro 23, 2012

CE pode ter R$ 41,8 mi para construir navios

O Estado está buscando garantir um dos 22 estaleiros previstos no Programa de Expansão da Marinha Mercante
 
Fortaleza (CE) - O Fundo da Marinha Mercante colocou como projeto prioritário para financiamento a construção de seis navios no Ceará, em um investimento total previsto de R$ 41,8 milhões. As embarcações deverão ser construídas na Indústria Naval do Ceará S.A. (Inace) e estão dentro da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).
De acordo com o Ministério do Planejamento, as embarcações serão de apoio marítimo à atividade offshore (fora da costa). O contrato para a construção dos navios, contudo, ainda não está fechado. O Ministério, de acordo com sua assessoria de imprensa, informou que este só será assinado quando a Inace conseguir viabilizar o empréstimo por meio da Caixa Econômica Federal ou do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O contrato deverá ser firmado com o Ministério dos Transportes, responsável pelos investimentos na área da indústria naval no País.
O Programa de Expansão e Modernização da Marinha Mercante já possui 233 empreendimentos contratados, entre embarcações de carga e de apoio à navegação e à plataforma. Além destes, há também a construção de sete estaleiros, sendo dois em Pernambuco, dois no Rio de Janeiro, um em São Paulo e dois no Rio Grande do Sul.
O Programa também já entregou 73 empreendimentos, dos quais, o Ceará teve três embarcações de apoio à plataforma e uma de apoio à navegação. Ainda estão previstos, segundo informa o relatório do PAC 2, a priorização de recursos para a contratação de 22 estaleiros no País. O Ceará ainda está em busca de garantir um empreendimento do tipo, mas, até o momento, nada ainda avançou.
Novo estaleiro
Um estudo realizado pela Transpetro, subsidiária de logística da Petrobras, já foi entregue ao governador Cid Gomes apontando cinco indicações de prováveis locais aptos a receber um novo estaleiro no Ceará. O presidente da Transpetro, Sérgio Machado, chegou a declarar, há dois meses, que está confiante na vinda de um equipamento do tipo para o Estado até o fim deste ano. Ele acredita que o estudo possa servir de subsídio para atrair investidores interessados.
"Estou muito esperançoso de que isso aconteça (estaleiro venha para o Ceará). O País precisa de plataformas, navios, barcos de apoio, etc. Vai depender do interesse dos investidores", afirmara. De acordo com ele, a indústria naval brasileira já possui a quarta carteira de clientes de navio do mundo.
Fonte: Diário do Nordeste

ANP aprova participação da Sinochem em blocos do ES

A compra, anunciada em janeiro, foi aprovada pela diretoria da ANP em 3 de outubro, segundo a ata da reunião divulgada pela agência
Rio de Janeiro (RJ), Espírito Santo (ES) - A Agência Nacional do Petróleo (ANP) aprovou a compra, pela estatal chinesa Sinochem, de uma participação de 10% em cinco blocos de petróleo offshore na Bacia do Espírito Santo pertencentes à francesa Perenco.
A Perenco continua sendo a operadora dos blocos, com uma fatia de 40%. A OGX Petróleo detém os 50% restantes.
A transação permite que a companhia francesa continue com seu programa de exploração no Brasil, após a Perenco ter desistido de realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Anteriormente, a Sinochem já tinha adquirido uma fatia de 40% no campo Peregrino, que pertence à Statoil, por US$ 3,07 bilhões.
Da Redação

Instituto da OSX capacita mão de obra e desenvolve tecnologias


Para cumprir metas do governo de conteúdo local, empresas veem necessidade de capacitar cadeia de fornecedores
 
Rio de Janeiro (RJ) - Em setores da economia que estão renascendo, como a indústria naval, a demanda vai além da mão de obra. A exigência do governo federal de cumprimento de metas de conteúdo local estende à cadeia de fornecedores a necessidade de qualificação.
Pensando nisso, a OSX, empresa do setor de construção naval do Grupo EBX, de Eike Batista, criou o seu Instituto Tecnológico Naval (ITN), que vai não apenas formar mão de obra, como também desenvolver tecnologias com selo verde-amarelo em parceria com instituições acadêmicas.
Na sua primeira fase de atuação, o instituto vai capacitar pessoal. As primeiras 21 turmas começaram em junho passado. Até 2013, serão formadas 3.100 pessoas, segundo o diretor de Construção Naval da OSX, Danilo Baptista.
Os cursos, gratuitos, são realizados com o Senai, em Campos, no Rio de Janeiro, e englobam assuntos como metalmecânica, automação, construção civil e gestão.
Na segunda fase, o ITN dará suporte técnico e supervisionará a operação do estaleiro do grupo, que está sendo construído no Porto do Açu, em São João da Barra (norte fluminense). Por cinco anos, 40 especialistas da sul-coreana Hyundai, sócia da OSX no estaleiro, permanecerão no Brasil trocando experiências com funcionários da empresa de Eike. Oito deles já chegaram. Está previsto ainda o envio de 80 colaboradores brasileiros a um estaleiro da Hyundai na Coreia do Sul. O estaleiro em Açu deve entrar em operação em 2014.
O ITN também vai mapear fornecedores com potencial de desenvolvimento de novos materiais e equipamentos, além de fazer parcerias com instituições de pesquisa brasileiras e internacionais, a fim de desenvolver novas tecnologias. Estes são dois pontos-chave do ITN, pois visam a tornar o setor naval mais competitiva.
"Focamos em produtividade. Mas nosso esforço vai além. Vamos desenvolver fornecedores, para, num primeiro momento, cumprir as metas de conteúdo local e, num segundo momento, nos tornar competitivos no mercado internacional, sem necessidade de proteção à indústria brasileira. Vamos desenvolver nossas tecnologias", diz Baptista.
Fonte: Estadão