O Estado está buscando garantir um dos 22
estaleiros previstos no Programa de Expansão da Marinha Mercante
Fortaleza (CE) - O Fundo da Marinha Mercante colocou como projeto
prioritário para financiamento a construção de seis navios no Ceará, em um
investimento total previsto de R$ 41,8 milhões. As embarcações deverão ser
construídas na Indústria Naval do Ceará S.A. (Inace) e estão dentro da segunda
etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2).
De acordo com o Ministério do Planejamento, as embarcações serão de apoio
marítimo à atividade offshore (fora da costa). O contrato para a construção dos
navios, contudo, ainda não está fechado. O Ministério, de acordo com sua
assessoria de imprensa, informou que este só será assinado quando a Inace
conseguir viabilizar o empréstimo por meio da Caixa Econômica Federal ou do
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O contrato deverá
ser firmado com o Ministério dos Transportes, responsável pelos investimentos na
área da indústria naval no País.
O Programa de Expansão e Modernização da Marinha Mercante já possui 233
empreendimentos contratados, entre embarcações de carga e de apoio à navegação e
à plataforma. Além destes, há também a construção de sete estaleiros, sendo dois
em Pernambuco, dois no Rio de Janeiro, um em São Paulo e dois no Rio Grande do
Sul.
O Programa também já entregou 73 empreendimentos, dos quais, o Ceará teve
três embarcações de apoio à plataforma e uma de apoio à navegação. Ainda estão
previstos, segundo informa o relatório do PAC 2, a priorização de recursos para
a contratação de 22 estaleiros no País. O Ceará ainda está em busca de garantir
um empreendimento do tipo, mas, até o momento, nada ainda avançou.
Novo estaleiro
Um estudo realizado pela Transpetro, subsidiária de logística da Petrobras,
já foi entregue ao governador Cid Gomes apontando cinco indicações de prováveis
locais aptos a receber um novo estaleiro no Ceará. O presidente da Transpetro,
Sérgio Machado, chegou a declarar, há dois meses, que está confiante na vinda de
um equipamento do tipo para o Estado até o fim deste ano. Ele acredita que o
estudo possa servir de subsídio para atrair investidores interessados.
"Estou muito esperançoso de que isso aconteça (estaleiro venha para o
Ceará). O País precisa de plataformas, navios, barcos de apoio, etc. Vai
depender do interesse dos investidores", afirmara. De acordo com ele, a
indústria naval brasileira já possui a quarta carteira de clientes de navio do
mundo.
Fonte: Diário do Nordeste