quarta-feira, dezembro 22, 2010

Óleo de palma: O queridinho dos biocombustíveis


Classificada como uma das culturas mais produtivas do mundo, a palma ganha investimento de quase um bilhão no Brasil

As primeiras sementes de palma provavelmente chegaram ao Brasil na mão dos escravos séculos atrás. Por isso, quando se descobre que a palma, Elaeis guineensis para os cientistas, também pode ser chamada de dendê, tudo parece mais simples para muita gente. Dendê remete à Bahia e ao acarajé. E esse foi, por muitos anos, um dos principais destinos do óleo de palma no Brasil.


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Hoje, dados revelam que 80% da produção de óleo extraída do fruto da palma se transforma em alimentos como margarina, biscoitos e macarrão instantâneo. Os 20% restantes viram ativos para fabricar cosméticos, sabonetes e, recentemente, biodiesel.

Características como alta produtividade em um espaço pequeno, balanço energético favorável e semelhança com o óleo diesel convencional podem alavancar essa porcentagem. Somente um investimento da Petrobras Biocombustível,no interior do Pará e em Portugal,ultrapassa R$ 1 bilhão.

Para incentivar o desenvolvimento e, ao mesmo tempo, garantir que a produção não prejudique a Floresta Amazônica, o Ministério da Agricultura, em parceria com o Ministério do Meio Ambiente e com a Casa Civil, lançou, em maio deste ano, o Programa de Produção Sustentável da Palma de Óleo no Brasil.

Um dos destaques do material é o mapeamento das áreas que podem ser usadas para o cultivo e a restrição do desmatamento. Além disso, o programa também concede crédito, treinamento e possibilita o acesso dos produtores às novas tecnologias.

As vantagens do cultivo da palma, enumeradas por pesquisadores como Maria do Rosário Lobato Rodrigues, da Embrapa Amazônia Ocidental, são muitas.A rentabilidade é o grande destaque. Dados de 2000 mostram que a palma produz cerca de 30,57% de óleo em apenas 7,52% da área destinada para seu cultivo.Em comparação, a soja é responsável por 35,85% da produção total usando 63,48% da área total.

- Investir na produção de palma é uma grande escolha, pois trata-se de uma das culturas mais produtivas do mundo - reforça Maria do Rosário.

Para a pesquisadora, o óleo de palma pode ser considerado o mais adequado para a região amazônica pois é uma cultura perene, com longa permanência, cerca de 25 anos, e protetora do solo. Rosário ressalta ainda o processo mecânico, que não exige químicos para a extração, e a não produção de substâncias tóxicas, como ocorre com a mamona. Além disso, as características semelhantes ao diesel convencional e a baixa mecanização, que aumenta o número de empregos diretos, são impulsionadores.

Embora o investimento inicial seja alto, a expectativa é de que o preço do biocombustível, daqui a quatro anos, quando o polo da Petrobras estiver em funcionamento, seja inferior ao do diesel convencional.

Quanto às dúvidas sobre a integridade do projeto, Miguel Rossetto, presidente da Petrobras Biocombustível, é taxativo:

- Somos tão rigorosos com a sustentabilidade que ela chega a ser cláusula de veto

Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/

PETRÓLEO


A utilização do petróleo através dos tempos

A palavra petróleo vem do latim, petra e oleum, correspondendo à expressão “pedra de óleo”.
O petróleo ocorre na natureza ocupando vazios, existentes entre os grãos de areia na rocha, ou pequenas fendas com intercomunicação, ou mesmo cavidades também interligadas.
Estudos arqueológicos mostram que a utilização do petróleo iniciou-se 4000 anos antes de Cristo, sob diferentes denominações, tais como betume, asfalto, alcatrão, lama, resina, azeite, nafta, óleo de São Quirino, nafta da Pérsia, entre outras.
O petróleo é conhecido desde tempos remotos. A Bíblia já traz referências sobre a existência de lagos de asfalto e diversas ocasiões em que foi utilizado como impermeabilizante. O líquido foi utilizado por hebreus para acender fogueiras, nos altares onde eram realizados sacrifícios, por Nabucodonosor, que pavimentava estradas na Babilônia, pelos egípcios na construção de pirâmides e conservação de múmias, além do uso como combustível para iluminação por vários povos. Os gregos e romanos embebiam lanças incendiárias com betume, para atacar as muralhas inimigas.
Após o declínio do Império Romano, os árabes também empregaram-no com a mesma finalidade. Há relatos de que, quando os espanhóis chegaram na América, Pizarro deu conta da existência de uma destilaria que era operada por incas. Supõe-se que o líquido citado representava resíduo de petróleo encontrado em surgências na superfície.
A moderna era do petróleo teve início em meados do século XIX, quando um norteamericano conhecido como Coronel Drake encontrou petróleo a cerca de 20 metros de profundidade no oeste da Pensilvânia, utilizando uma máquina perfuratriz para a construção do poço. Os principais objetivos eram então a obtenção de querosene e lubrificantes. Nessa época, a gasolina resultante da destilação era lançada aos rios (prática comum na época) ou queimada, ou então misturada no querosene, por ser um explosivo perigoso. Entretanto, a grande revolução do petróleo ocorreu com a invenção dos motores de combustão interna e a produção de automóveis em grande escala, que deram à gasolina (obtida a partir do refino do petróleo) uma utilidade mais nobre.

Fonte: http://www.igc.usp.br/geologia/petroleo.php

ELETRO-RESISTIVIDADE


Os métodos elétricos, embora mais utilizados para pesquisa mineral, também têm um considerável uso na exploração de petróleo. As diferentes rochas e os fluidos contidos nos poros possuem diferentes características de resistividade elétrica. A medida destas diferenças, através do uso de correntes induzidas ou naturais, permite delinear o comportamento das camadas em subsuperfície. Embora muito usada na indústria do petróleo da antiga União Soviética, o método de Eletro-Resistividade desenvolveu-se pouco nos paísesocidentais devido, principalmente, ao seu fraco desempenho em comparação com outros métodos geofísicos.

Fonte: http://www.braintecnologia.com.br/