Devido à falta de informações sobre os campos em desenvolvimento ainda é muito cedo para se ter uma estimativa concreta dos investimentos necessários para transformar o país em uma potencia petrolífera. No entanto, alguns estudos já dão uma idéia do tamanho deste desafio. Especialistas do mercado estimam que seriam necessários 600 bilhões de dólares (45% do produto interno bruto brasileiro) para extrair os 50 bilhões de barris estimados para os blocos de exploração de Tupi, Júpiter e Pão de Açúcar, sendo estes (apenas 13% da área do pré-sal. A Petrobras já é mais modesta em suas previsões. Para a companhia, o custo até se aproxima dos 600 bilhões de dólares, mas engloba as seis áreas já licitadas em que é a operadora: Tupi e Iara, Bem-Te-Vi, Carioca e Guará, Parati, Júpiter e Carambá.
Estimativas da Petrobras indicam que a estatal terá que investir na área do pré-sal cerca de 111,4 bilhões de dólares até 2020 para produzir 1,8 milhão de barris diários de petróleo e gás natural. Na avaliação do presidente da empresa, José Sergio Gabrielli, esse volume de investimento é viável, com o preço do petróleo no mercado externo abaixo dos 45 dólares o barril.
Para Gabrielli,, no entanto, somente os testes de longa duração, que estão em andamento tanto no Parque das Baleias (ES) quanto em Tupi, na Bacia de Santos, é que fornecerão as informações suficientes e precisas sobre a quantidade de poços que serão necessários por unidade flutuante de produção.
É claro que nós esperamos que, com o conhecimento que será adquirido ao longo da realização desses testes, consigamos reduzir o número de postos e, conseqüentemente, até mesmo reduzir estes investimentos em bilhões de dólares, disse.
Ele lembrou ainda que somente um poço hoje para ser perfurado custa em torno de 60 milhões de dólares e, para completar, o valor salta para 100 milhões de dólares. Então, se eu consigo reduzir 200 poços isso significa 20 bilhões de dólares de economia, explicou.
As projeções da Petrobras indicam que a estatal deve produzir, em 2013, 219 mil barris dia de petróleo na área do pré-sal, volume que saltará para 528 mil barris por dia já em 2016, para chegar a 2020 com uma produção diária estimada de 1,8 milhão de barris diários.
Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/