domingo, março 25, 2012

Petrobras inicia construção de fábrica e busca mão-de-obra


Em reunião no auditório da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em Três Lagoas, a Petrobras anunciou a construção da maior fabrica de fertilizantes de uréia da America Latina naquela cidade, gerando mais de 21.800 empregos no Estado.

A cidade conta com um projeto chamado “Gerando o Futuro”, em parceria com a Missão Salesiana de Mato Grosso, para preparar jovens para os cursos do Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural), com inscrições abertas ate o dia 12 e abril deste ano para a região.

Em MS, para a cidade de Três Lagoas, são 708 vagas para o nível básico e médio, com bolsas para estudo entre R$ 300 e R$ 600 mensais durante o curso para capacitação de profissionais para trabalhar na fabrica da Petrobras.

Durante o evento, o gerente de capacitação da Petrobras, Jose Renato, explicou que foi feita uma pesquisa em todo o Pais para identificar onde falta capacitação.

Em Três Lagoas, para a obra são precisos para a UFN – III, a fábrica de fertilizantes, 5.419 profissionais. São R$ 2 milhões investidos em cursos executados pelo SENAI pra qualificação. A meta para os próximos anos, e qualificar 212.638 alunos, com investimento de mais de R$ 585 milhões de reais.

As taxas de inscrição são de R$25 para o nível básico e R$ 42 para nível médio, para vagas de caldeireiro, mecânico ajustador, eletricista montador, apoio administrativo, entre outras disponíveis em WWW.prominp.com.br

Mais vagas que candidatos

Em Mato Grosso do Sul, a quantidade de vagas por candidato e menor do que a quantidade de vagas, conforme ressaltou Jose Renato. “E o menor índice de participação no Brasil”.

A prefeita de Três Lagoas, Márcia Moura, ressaltou que o investimento da indústria feito na cidade e um presente para o Estado. A vice-governadora Simone Tebet, que confirmou presença no evento, não compareceu.

Márcia Moura chamou a atenção para os professores presentes inscreverem os alunos para participarem do evento, destacando a importância da qualificação profissional para o maior empreendimento da companhia de gás e petróleo no Brasil, cerca de R$ 9 bilhões.

Fonte: http://www.midiamax.com/

Especialistas: “caça às bruxas” no caso Chevron assusta investidores


A dimensão que o caso da Chevron ganhou no Brasil, e atuação de vários atores na investigação do vazamento de petróleo, produzem uma reação desarticulada e “desproporcional” que pode assustar investidores estrangeiros, avaliam especialistas. Segundo analistas estrangeiros do setor, implicações criminais contra as empresas americanas Chevron e Transocean e multas altas lavradas antes da conclusão das investigações podem alimentar a percepção de um ambiente protecionista com relação à indústria do petróleo no Brasil, e adverso para investidores estrangeiros.

De acordo com Christopher Garman, diretor para América Latina da consultoria Eurasia Group, baseada em Washington, a impressão no exterior para quem não conhece o Brasil a fundo é a de que há uma certa “demonização” de empresas estrangeiras na indústria do petróleo e uma tendência do governo a restringir o setor a um monopólio da Petrobras. “A visão que se tem de fora lendo a cobertura da imprensa internacional é que está tendo uma caça às bruxas contra a Chevron”, afirma.

Garman diz acompanhar de perto a indústria e as políticas de petróleo no Brasil e considera que a impressão de protecionismo no setor não procede, mas vem recebendo questionamentos de seus clientes nos últimos dias e tem precisado assegurá-los de que o governo não pretende restringir a participação de empresas estrangeiras no setor.

De igual para igual
Na semana passada, a Chevron confirmou a ocorrência de um novo vazamento na área do Campo de Frade, na Bacia de Campos, na costa do Rio de Janeiro, próximo ao local onde 2,4 mil barris de petróleo vazaram em novembro do ano passado. Desde então, autoridades investigam as causas das novas fissuras e se estão relacionadas ao primeiro acidente. Thomas Pyle, presidente do Instituto de Pesquisa em Energia (IER), nos Estados Unidos, considera que a reação brasileira tem sido “desproporcional”. Sobretudo a ação criminal contra ambas as empresas e 17 de seus executivos, oficializada na quarta-feira, pode assustar o mercado global, afirma.

“Se o Brasil adotar uma mão pesada em relação a este episódio, pode mandar uma mensagem confusa para o mercado internacional e deixar a impressão de que está tratando a Chevron, uma empresa estrangeira, de forma diferente que a Petrobras, que é estatal”, considera. Para ele, isso poderia inibir a participação estrangeira em investimentos no pré-sal. Ele ressalta a importância de que as regras sejam aplicadas de maneira uniforme e consistente. “É preciso encontrar um equilíbrio em relação à regulação, ter segurança na resposta e assegurar que as empresas (estrangeiras) estão jogando de igual para a igual com a Petrobras”, diz.

A denúncia criminal veio depois de a Justiça Federal proibir, no fim de semana, 17 executivos e funcionários das empresas de deixar o país sem autorização judicial. Na segunda-feira, o Ministério Público Federal e a Polícia Federal acusaram a Chevron de ter adotado pressão superior à tolerada para perfurar o solo, causando o acidente. A hipótese está sendo investigada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

No Rio de Janeiro para a posse da nova diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, a presidente Dilma Rousseff disse que todas as empresas que exploram petróleo devem atuar com responsabilidade e segurança operacional. “As empresas que aqui vierem se instalar e as que já estão instaladas devem saber que protocolos de segurança existem para ser cumpridos. É necessário ficar dentro dos limites de segurança e, algumas vezes, até abaixo, mas nunca pressionados e jamais ultrapassados”, afirmou, sem citar diretamente a Chevron.

Ação desarticulada
Coordenador do Laboratório Interdisciplinar de Meio Ambiente da Coppe/UFRJ, La Rovere diz que o fato de o Brasil não ter, ainda, um Plano Nacional de Contingência impede a articulação necessária para responder ao vazamento. “Hoje o que vemos é uma ação muito desarticulada, porque não há uma clara atribuição de responsabilidade de quem faz o quê. Então todo mundo tenta resolver o problema ao seu modo, com os instrumentos que tem à mão”, afirma Emílio La Rovere.

Assim, enumera, o Ibama aplicou multas, a Justiça Federal determinou o confisco de passaportes de executivos das empresas e o MPF entrou com uma ação criminal. “Cada um usa a sua arma, mas para proteger o meio ambiente e dar uma resposta eficaz à sociedade, é preciso uma ação coordenada”, cobra ele. O advogado Guilherme Barbosa Vinhas, especialista no setor petrolífero, considera que “falta serenidade” na reação ao episódio.

“Acho que essa ansiedade dos órgãos de dar uma resposta e atender, ainda que de forma atabalhoada, aos anseios da sociedade, produz notícias erradas e ruins”, afirma. Ele acredita que a maioria das ações judiciais e processos administrativos não irão condenar as empresas “por absoluto equívoco técnico”, já que estariam lastreadas em informações imprecisas.

Confusão
Na tarde de quarta-feira, o Ministério Público Federal (MPF) formalizou a denúncia criminal contra as empresas americanas Chevron e Transocean e 17 de seus executivos por crime ambiental e dano ao patrimônio público. A Chevron classificou de “ultrajante” e “sem mérito” as acusações. Em comunicado, a empresa afirmou que vai defender “vigorosamente” seus funcionários e negou que tenha sido negligente ou imprudente no episódio.

A denúncia do MPF pode ser confundida com uma política de governo no exterior, considera Christopher Garman. Enquanto no Brasil o Ministério Público é um órgão independente, em muitos países, procuradores federais são ligados ao poder executivo. “Muitas vezes os investidores não reconhecem que o Brasil tem um sistema democrático complexo com vários atores independentes, cada um com sua própria agenda. A ação do Ministério Público não teve apoio ou simpatia do governo federal, mas o estrangeiro não reconhece que não é vontade do governo”, afirma.

“Acho que as pessoas no Brasil têm que se dar conta de que a leitura externa que está sendo feita de tudo isso é negativa, ainda que não condiga com a realidade”, afirma. Ele não acredita que a situação vá afugentar investimentos no Brasil, mas acha que pode passar uma impressão negativa também para empresas de outras áreas.

Da BP à Baía de Guanabara
Garman considera que, no contexto atual, qualquer acidente geraria um debate nacional, após o vazamento de quase 5 milhões de barris de petróleo em plataforma da BP, no Golfo do México, em 2010; e diante dos desafios da exploração do pré-sal. “O país está desenvolvendo uma nova fronteira de petróleo, com uma nova tecnologia em que ainda não há os padrões de segurança, e isso gera uma ansiedade no público. Toda essa ansiedade gerou esse ambiente”, afirma.

Depois do acidente da BP, a discussão de um Plano Nacional de Contingência para acidentes no setor voltou a ser discutida no Brasil. Mas Emilio La Rovere lembra que o mesmo ocorrera 10 anos antes, após o vazamento de petróleo na Baía da Guanabara, em 2000. Desde então, o Brasil discute, e adia, a aprovação de um plano de contingência. “Estamos com um cenário em que a produção de petróleo deve ser triplicada nos próximos 10 anos. Obviamente, isso triplica também a probabilidade de acidentes, que ocorrem com certa frequência no mundo todo. Não é risco zero. Por isso, é preciso estar muita alerta ao que vai acontecer no Brasil nessa área”, frisa.

Fonte: BBC Brasil (Júlia Dias Carneiro )

Workshop apresenta negócios gerados pela Cadeia Produtiva de Petróleo, Gás e Energia


Prefeita Márcia Moura prestigiou o evento e reforçou a parceria da Administração Municipal com a Petrobras e Sebrae

A prefeita Márcia Moura (PMDB) participou, na sede do Sebrae Regional Bolsão, do workshop “Oportunidades de Negócios em Três Lagoas e Brasilândia” para empresários, micro e pequenos empresários de Três Lagoas e Região.
O evento teve como objetivo apresentar as oportunidades de negócios geradas pela Cadeia Produtiva de Petróleo, Gás e Energia em Três Lagoas e Brasilândia. Para tanto, foi realizada uma pesquisa junto à população dos dois municípios e profissionais hospedados em hotéis de Três Lagoas. Além da população pesquisada, as unidades da Petrobras instaladas em Três Lagoas também identificaram segmentos da cadeia produtiva com possibilidades de fornecimento.

O diretor técnico do Sebrae/MS, Tito Estanqueiro, ressaltou a parceria Sebrae/Petrobras e a participação dos gestores e empresários municipais no projeto. “Não adianta o Sebrae e a Petrobras terem esse projeto se as lideranças não estiverem engajadas e não perceberem que essa parceria é fundamental para o desenvolvimento dos municípios”, destacou Tito.

O convênio entre as duas instituições também foi citado pelo gerente setorial administrativo da Usina Termelétrica Luis Carlos Prestes, Roberto Fedel. “Esse primeiro fruto é resultado de um estudo realizado com a população com o objetivo de incentivar o mercado local de fornecedores para que eles conheçam além das exigências técnicas as oportunidades oferecidas pelo setor. Dentro dessa filosofia é que foi assinado esse convênio que irá até 2014”, disse Fedel.

Representando o prefeito de Brasilândia, Antônio de Pádua Thiago, a chefe de Gabinete, Priscila Barbosa Gomes da Silva, destacou o desenvolvimento que a região vem passando nos últimos anos. “Brasilândia é um município que vem sentindo esse crescimento e a população está se capacitando cada vez mais, buscando aperfeiçoamento profissional e novas oportunidades”, enfatizou Priscila.

Em sua fala, a prefeita Márcia Moura reforçou a parceria da Administração Municipal com a Petrobras e Sebrae para um crescimento de qualidade e sustentável. “Esta é uma noite muito significativa que traz a oportunidade para quem quer crescer. No ano de 2011 foram mais de mil pequenas e micro empresas abertas e novos investimentos estão chegando com pessoas preparadas e que querem saber mais sobre as exigências sociais, ambientais, educacionais e legais. Parabéns a todos pela iniciativa, pois tudo que se inicia com planejamento já tem sucesso garantido”, concluiu a prefeita.

Também participaram do evento o presidente da Associação Comercial e Empresarial (ACE) de Três Lagoas, Vanderlei Ramos Duarte; a presidente da Associação Comercial de Brasilândia, Mildredi Kobayashi; o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Marco Garcia de Souza, e os vereadores, Tonhão (PMDB) e Idevaldo Claudino (PT).

Após a abertura do evento, o consultor do Sebrae, Rogério Allegretti, ministrou uma palestra sobre as oportunidades de negócios identificadas no diagnóstico da demanda e oferta de bens e serviços das Unidades da Petrobras em Três Lagoas.

Saiba mais sobre o Programa da Cadeia Produtiva de Petróleo, Gás e Energia

O Sebrae e a Petrobras firmaram uma parceria para promover o desenvolvimento da Cadeia Produtiva de Petróleo, Gás e Energia do Território de Influência da Unidade Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III) e da Usina Termelétrica Luis Carlos Prestes em Três Lagoas.

Por meio dessa parceria pretende-se aumentar o número de micro e pequenas empresas fornecedoras do Estado de Mato Grosso do Sul, gerar mais empregos, melhorar o volume de vendas das participantes, capacitando e orientando empresários para o desenvolvimento empresarial e sustentável da região por meio de consultorias e treinamentos.

Fonte: http://www.jornaldiadia.com.br/