A TV Globo já começou a testar a TV em 3D - cenas da próxima novela das oito, Viver a vida e da cobertura do Carnaval 2009, filmadas com a tecnologia, foram mostradas a um grupo de jornalistas. Exibidas em um telão na parede, as imagens, que exigem o uso de óculos especial, impressionam: atores e sambistas se destacam, as alegorias dos carros parecem saltar da tela e a latinha de cerveja rodopia a centímetros do rosto do espectador. Por enquanto, como explicou Fernando Bittencourt, diretor da Central Globo de Engenharia, são apenas testes. "Nossa estratégia é ter conteúdo com o máximo de qualidade, sempre, e essa nova tecnologia se encaixa", explicou.
A emissora está avaliando a nova forma de transmissão e, de acordo com Bittencourt, no futuro um canal de TV 3D poderia ser oferecido via TV a cabo. Mas é um futuro ainda sem data definida, já que são necessários o uso dos óculos e televisores especiais preparados para a tecnologia.
Bittencourt destacou que a Globo tem duas câmeras duplas (usadas para a filmagem em 3D) mas a exibição, por enquanto só pode ser feita em salas de cinema em 3D - o Brasil tem atualmente cerca de cem destas salas, que são mais de 6,4 mil no mundo.
A TV 3D foi uma das novidades mostradas no evento organizado na última sexta-feira no Projac, conjunto de estúdios da emissora no Rio de Janeiro. Mas Bittencout também falou dos planos para a chegada da interatividade da TV digital.
A partir do final deste ano, destacou, devem chegar ao mercado set-top boxes (os conversores digitais) preparados de fábrica para a tecnologia. Dois modelos de interatividade foram mostrados: na novela, pode-se usar os controles na tela para saber mais - a sinopse do capítulo ou a biografia de determinado ator.
Uma das coisas mais aguardadas, entretanto - a possibilidade de comprar determinado objeto como a roupa ou os acessórios usados por um personagem - não estará disponível, pelo menos num primeiro momento. Outro modelo exibe, na parte inferior da tela, uma barra que oferece diversos conteúdos. "A experiência de ver TV ficará muito mais rica. E é um desafio, porque não pode atrapalhar a exibição do conteúdo, e sim ampliá-la". Segundo Bittencourt, 94% dos lares terão TV digital até 2012.
Cemtro de Pós-ProduçãoOs jornalistas puderam conhecer, também, as instalações ampliadas do Centro de Pós-Produção (CPP) da emissora. Com a área praticamente dobrada, o prédio vai concentrar, a partir de setembro, toda a pós-produção dos programas de entretenimento como minisséries, novelas, shows e outros especiais. Modernas ilhas de edição, o avançado sistema de correção de cores, sonorização, mixagem, videografismo e mais foram mostrados ao grupo.
Foi possível observar os profissionais (em grafismo, são cerca de 70, de acordo com o gerente de produção e engenharia Paulo Henrique) trabalhando com tablets Wacom e softwares como o Zbruhs e o TVPaint na modelagem de personagens e objetos em 3D - um dos designers aplicava texturas num modelo de um templo em Petra, na Jordânia, que será utilizado na próxima novela das oito. O software Zbrush foi utilizado em produções como Piratas do Caribe e O Senhor dos Anéis.
Para mostrar mais um pouco do trabalho desenvolvido no CPP, foram apresentadas cenas "cruas" (com som e luz originais) e como elas ficam após passar pela mão - e pelos computadores - dos técnicos. Os profissionais fazem de tudo: transformam tomadas diurnas em cenas noturnas, limpam ruídos, melhoram as cores, inserem elementos gráficos que o telespectador sequer percebe. Na cena do acidente que matou a cantora Maysa, na minissérie de mesmo nome, o único elemento "real" é a atriz, tudo o mais foi feito em computador: a ponte, os carros sobre ela e até mesmo o mar.
Bittencourt destacou que a Globo tem duas câmeras duplas (usadas para a filmagem em 3D) mas a exibição, por enquanto só pode ser feita em salas de cinema em 3D - o Brasil tem atualmente cerca de cem destas salas, que são mais de 6,4 mil no mundo.
A TV 3D foi uma das novidades mostradas no evento organizado na última sexta-feira no Projac, conjunto de estúdios da emissora no Rio de Janeiro. Mas Bittencout também falou dos planos para a chegada da interatividade da TV digital.
A partir do final deste ano, destacou, devem chegar ao mercado set-top boxes (os conversores digitais) preparados de fábrica para a tecnologia. Dois modelos de interatividade foram mostrados: na novela, pode-se usar os controles na tela para saber mais - a sinopse do capítulo ou a biografia de determinado ator.
Uma das coisas mais aguardadas, entretanto - a possibilidade de comprar determinado objeto como a roupa ou os acessórios usados por um personagem - não estará disponível, pelo menos num primeiro momento. Outro modelo exibe, na parte inferior da tela, uma barra que oferece diversos conteúdos. "A experiência de ver TV ficará muito mais rica. E é um desafio, porque não pode atrapalhar a exibição do conteúdo, e sim ampliá-la". Segundo Bittencourt, 94% dos lares terão TV digital até 2012.
Cemtro de Pós-ProduçãoOs jornalistas puderam conhecer, também, as instalações ampliadas do Centro de Pós-Produção (CPP) da emissora. Com a área praticamente dobrada, o prédio vai concentrar, a partir de setembro, toda a pós-produção dos programas de entretenimento como minisséries, novelas, shows e outros especiais. Modernas ilhas de edição, o avançado sistema de correção de cores, sonorização, mixagem, videografismo e mais foram mostrados ao grupo.
Foi possível observar os profissionais (em grafismo, são cerca de 70, de acordo com o gerente de produção e engenharia Paulo Henrique) trabalhando com tablets Wacom e softwares como o Zbruhs e o TVPaint na modelagem de personagens e objetos em 3D - um dos designers aplicava texturas num modelo de um templo em Petra, na Jordânia, que será utilizado na próxima novela das oito. O software Zbrush foi utilizado em produções como Piratas do Caribe e O Senhor dos Anéis.
Para mostrar mais um pouco do trabalho desenvolvido no CPP, foram apresentadas cenas "cruas" (com som e luz originais) e como elas ficam após passar pela mão - e pelos computadores - dos técnicos. Os profissionais fazem de tudo: transformam tomadas diurnas em cenas noturnas, limpam ruídos, melhoram as cores, inserem elementos gráficos que o telespectador sequer percebe. Na cena do acidente que matou a cantora Maysa, na minissérie de mesmo nome, o único elemento "real" é a atriz, tudo o mais foi feito em computador: a ponte, os carros sobre ela e até mesmo o mar.
Fonte: www.terra.com.br