segunda-feira, novembro 28, 2011

Petrobras anuncia nova acumulação de óleo na bacia de Campos


Petrobras anunciou nesta sexta-feira que comprovou a presença de óleo em um poço localizado na bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro, na área conhecida como Complexo de Marlim.
O poço 4-VD-18-RJS (4-BRSA-994-RJS), informalmente conhecido como Tucura, está entre os campos de produção de Voador e Marlim, a uma profundidade de 523 metros de lâmina d”água.

“A descoberta confirma o potencial remanescente de petróleo em áreas já consideradas em estágio maduro de exploração e produção”, afirmou a Petrobras em comunicado ao mercado.

Segundo a estatal, a descoberta foi comprovada através de amostragens de petróleo em rochas do pós-sal, em reservatório situado a 2.694 metros de profundidade. Não havia informações sobre volume.

“Análises preliminares indicam que este óleo possui a mesma qualidade daquele encontrado nos campos adjacentes de Marlim e Voador, com cerca de 20o API”, informou a estatal.

A Petrobras afirmou ainda que o poço fica a 98 quilômetros da costa fluminense, a 3 quilômetros do campo de Marlim e a 2,3 quilômetros da plataforma P-20.

“A confirmação dessa acumulação irá contribuir para a revitalização da produção nas concessões de Marlim e Voador.”

Fonte: Reuters (Por Bruno Marfinati)

Chevron: impacto ético é maior que ambiental



Para especialista, ecossistema local será recuperado em pouco tempo, mas caso expõe irresponsabilidade das companhias petrolíferas.

O vazamento de petróleo na Bacia de Campos, no litoral do Rio de Janeiro, provoca mais danos éticos do que ecológicos. A declaração é do professor André Felipe Simões, coordenador do curso de gestão ambiental da EACH (Escola de Artes, Ciências e Humanidades) da USP (Universidade de São Paulo). Para ele, as falhas cometidas pela Chevron, companhia norte-americana que administra a plataforma onde houve o acidente, são grandes.

“A Chevron não investiu o necessário para impedir que acontecesse um desastre ambiental. Além disso, mentiu para as autoridades brasileiras ao alegar que tomou as precauções devidas e ao tentar responsabilizar a Petrobras. Houve uma falha moral e ética muito grande”.

Segundo dados da Chevron, durante pouco mais de 10 dias foram derramados no Atlântico 2.400 barris de petróleo. Segundo a ONG SkyTruth, foram cerca de 15 mil barris.

De acordo com Simões, não houve apenas falha humana no vazamento de petróleo, mas também problemas nos equipamentos. “A plataforma que eles utilizavam está totalmente defasada”.

Meio ambiente

Segundo o professor da USP, o vazamento ocorrido no litoral brasileiro não é grave como o registrado em abril do ano passado, no Golfo do México, quando uma plataforma da British Petroleum explodiu, matando 11 pessoas e lançando no mar cerca de 4 milhões de barris de petróleo. Por isso, a recuperação do ecossistema é questão de tempo.

“A regeneração é viável, não se trata de uma catástrofe absurda. Foi um incidente de média proporção”. No entanto, ele faz uma ressalva. “Serão necessários ao menos dois dias para avaliarmos o real impacto. Se algum berçário de espécies for atingido pelo óleo, vai piorar a situação”.

Um fato que chamou a atenção do especialista é a grande repercussão do incidente entre a população. “Há 15, 20 anos a repercussão seria bem menor. O caso não teria toda essa visibilidade. Hoje, as pessoas discutem isso nas ruas, nos bares. A questão ambiental passou a ganhar importância e isso é um bom sinal. Temos um paradigma para as novas gerações”.

Fiscalização

A partir de agora, a preocupação se concentra na regulamentação das empresas que exploram petróleo nas bacias brasileiras. “O problema é que falta o cumprimento de leis. A Chevron cometeu várias falhas e agora vai ter de agir para reverter o impacto ambiental e também os danos à sua própria imagem.

Ele espera que, após o vazamento, aumente a pressão por maiores investimentos em segurança. “A tecnologia para exploração em águas profundas é complexa, mas segura. Não um foi problema de tecnologia, foi um problema ético. Trata-se de algo totalmente evitável”.

Pré-sal

Atualmente, 80% do petróleo mundial é extraído em terra, mas a exploração marítima tem crescido significativamente. De acordo com informações do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), o Brasil já é o país onde a produção marítima é mais elevada (95% do total). Com a futura exploração do pré-sal, este índice deve crescer ainda mais.

No entanto, a exploração no pré-sal passou a ser questionada por causa do acidente em Campos. Para Simões, o vazamento não intimidará os investimentos nestes poços de petróleo em regiões ultra profundas.

“Acidentes não vão abalar a busca, porque os lucros serão sempre muito grandes. Os únicos empecilhos são técnicos. Quando a tecnologia para extração estiver totalmente desenvolvida, ela será realizada”.

O professor da USP não vê problemas na extração do pré-sal, mas cobra uma fiscalização ainda maior. “O governo cogitou impedir a Chevron de realizar extração no pré-sal, por causa do incidente no Rio de Janeiro. Isso deve servir como exemplo e as autoridades brasileiras devem estar atentas, porque um acidente como esse no pré-sal seria dramático”

Fonte: band.com.br (Fábio Mendes)

Vazamento de gás inflamável paralisa



A produção da plataforma P-40, da Petrobras, na bacia de Campos, está paralisada parcialmente, por causa de um vazamento de condensado de gás combustível. A informação é do Sindipetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte do Estado do Rio de Janeiro).

De acordo com o diretor do sindicato, Marcos Breda, o gás começou a vazar na madrugada de sexta-feira (25) e o reparo começou às 19h30 do mesmo dia. Até a conclusão do trabalho a plataforma vai operar parcialmente.

Por meio de nota, a Petrobras informou que o vazamento de gás “é de quantidade mínima, em local isolado da plataforma”. A empresa informou ainda que a situação está sendo monitorada por sensores.

Breda disse que não há risco de contaminação, mas que o gás é inflamável e pode explodir.

- O vazamento foi do condensado do gás combustível produzido na plataforma e enviado para a terra. Ele é altamente inflamável.

De acordo com o sindicato, a P-40 tem capacidade para até 200 petroleiros.

Na bacia de Campos ficam cerca de 50 plataformas de petróleo. No último dia 8 um vazamento de óleo no Campo do Frade contaminou o mar com cerca de 400 mil l da substância.

Fonte: R7