Estão abertas até o dia 16 de julho as inscrições para a 6ª edição do Prêmio Petrobras de Tecnologia Engenheiro Antônio Seabra Moggi. O objetivo é reconhecer a contribuição da comunidade acadêmica para o desenvolvimento tecnológico da Petrobras e da indústria nacional de petróleo. Estudantes de graduação, mestrado ou doutorado de qualquer instituição de ensino superior brasileira podem inscrever seus trabalhos em um dos nove temas tecnológicos ligados à indústria de petróleo, gás, energia e preservação ambiental.
Os temas do prêmio são: Tecnologia de Energia e Eficiência Energética; Tecnologia de Exploração; Tecnologia de Gás; Tecnologia de Logística e Transporte de Petróleo, Gás e Derivados; Tecnologia de Perfuração e de Produção; Tecnologia de Preservação Ambiental; Tecnologia de Bioprodutos; Tecnologia de Refino e Petroquímica e Tecnologia de Segurança de Processos.
Os autores dos trabalhos vencedores recebem R$ 20 mil na categoria doutorado, R$ 15 mil na categoria mestrado e R$ 10 mil na categoria graduação, além de uma bolsa de estudos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para elaboração de tese de mestrado, doutorado ou pós-doutorado em instituições de ensino superior nacionais, de acordo com sua formação acadêmica. Os professores orientadores dos trabalhos premiados de todos os temas e categorias recebem a mesma quantia que o aluno.
As inscrições podem ser realizadas no site www.petrobras.com.br/premiotecnologia , onde também é possível conhecer o regulamento, os desafios tecnológicos ligados a cada tema do prêmio e acessar os trabalhos vencedores de cada categoria das edições anteriores.
Em suas cinco primeiras edições, cerca de 2 mil trabalhos foram inscritos e 122 foram premiados. A relação de vencedores será divulgada em outubro de 2012 e a cerimônia de entrega da premiação será realizada em novembro de 2012.
Quem foi Antônio Seabra Moggi
Antônio Seabra Moggi foi o primeiro superintendente do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes). Químico industrial formado pela Universidade do Brasil (atual UFRJ) e engenheiro químico pela Valderbilt University, no Tennesse (EUA), trabalhou no Conselho Nacional de Petróleo (CNP) e na Petrobras, onde participou da fundação do Centro de Aperfeiçoamento e Pesquisa de Petróleo (Cenap), ponto de partida das atividades de pesquisa e desenvolvimento na companhia. Também participou da criação do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP).
Fonte: http://tecnopeg.blogspot.com.br/2
sábado, junho 09, 2012
Investimentos em O&G no RJ aumentam entre 2012 e 2014, diz Firjan
A indústria petrolífera na região fluminense receberá R$ 107,7 bilhões para o triênio
Rio de Janeiro (RJ) - A indústria de óleo e gás continua mostrando que o setor permanece como peso-pesado na economia fluminense. Com aportes da ordem de R$ 107,7 bilhões entre 2012 e 2014 - 50,9% do total de R$ 211,5 bilhões previstos para todo o Estado do Rio de Janeiro - este volume representa R$ 30,6 bilhões a mais do que foi destinado para o setor entre 2010 e 2012.
Contudo, apesar do crescimento em valores, a participação de óleo e gás na indústria do Rio teve queda, passando de 61% no período anterior para 50,9% para os próximos três anos. Os dados fazem parte do estudo Decisão Rio, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e divulgado hoje (5/6), na sede da instituição, no Centro do Rio.
Para o presidente da Firjan, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, o resultado foi positivo, pois, mesmo contando com grande participação do setor de óleo e gás, outros setores começam a se consolidar e estão ampliando investimentos em localidade onde anos atrás não conseguiam atrair recursos. “É claro que a nossa vocação continua e permanecerá no setor de óleo e gás. Mas a economia do Rio de Janeiro está amadurecendo em praticamente todas as regiões. O petróleo é a nossa vocação. Costumo brincar com os americanos, dizendo que o Rio é o Texas com mais charme”, disse Vieira.
Indústria naval e logística em ascensão
Durante a apresentação, o gerente de Competitividade Industrial e Investimentos da Firjan, Cristiano Prado, revelou, ainda, que o setor de logística e transportes, importante para o desenvolvimento do setor petrolífero, obteve crescimento de 80,3% em relação ao triênio anterior. O valor dos investimentos previstos é de R$ 21,3 bilhões, segundo o estudo.
Serão R$ 8,8 bilhões em empreendimentos para desenvolvimento dos portos. "Com isso, o Rio se consolidará como o estado com maior número de instalações portuárias no país, com uma média de uma instalação por 39,7 km de costa -, afirmou Prado. Também foram anunciados R$ 5,4 bilhões para rodovias e R$ 5,1 bilhões para ferrovias e metrô.
O desenvolvimento da indústria de transformação, que concentra R$ 40,5 bilhões (19,2%) em empreendimentos, foi outro ponto que mereceu destaque por parte do gerente da Firjan. Ele informou que o setor de construção naval irá receber R$ R$ 15,4 bilhões (38%), ficando em terceiro lugar como destino de investimentos, seguido pelos setores de Siderurgia (R$ 10,1 bilhões, 24,8%); Petroquímica (R$ 6,1 bilhões, 15,1%) e Automotivo (R$ 6,1 bilhões, 15,1%).
Desafios e crise mundial
Vieira destacou que o Rio continua recebendo investimentos em série, que estão se espalhando pelos diversos setores e regiões e transformando a economia e a realidade do estado. "O Rio continua vivendo um momento muito bom para a sua economia. Estamos gerando trabalho qualificado e renda, lembrando que a taxa de desemprego no nosso estado está abaixo da média nacional. Agora, temos é que modernizar e redesenhar um modelo de trabalho que permita com que consigamos nos desenvolver ainda mais e superar os obstáculos”, comentou o presidente da Firjan.
Quanto aos efeitos da crise mundial para a indústria fluminense, Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira disse que apesar da apreensão, acredita que os efeitos ainda não serão sentidos no médio prazo. “A preocupação com a crise existe, pois estamos no mundo. Mas o Brasil tem liquidez e este ano cresceremos acima da média mundial”, concluiu.
Mais sobre o Decisão Rio
O novo Decisão Rio mostra que o volume total de investimentos anunciados para o período 2012-2014 (R$ 211,5 bilhões) é 67,5% maior do que o previsto para o triênio de 2010-2012, quando foram anunciados R$ 126,3 bilhões em investimentos. O estudo reúne 234 empreendimentos previstos, sendo 61,5% deles já em andamento, ou seja, com obras iniciadas e licenças ambientais adquiridas.
Os setores que revelaram maior crescimento foram Infraestrutura, responsável por R$ 51 bilhões (24,1%) dos investimentos anunciados, enquanto Turismo soma R$ 1,8 bilhão (0,8%). Os investimentos diretos em instalações Olímpicas somam R$ 8,6 bilhões (4,1%), mas o valor chega a R$ 17,9 bilhões ao considerar empreendimentos indiretos relacionados a Copa e Olimpíadas, como investimentos em transporte e rede hoteleira.
O estudo também confirma o Rio como destino dos investimentos estrangeiros no País. O volume de empreendimentos de investidores de outros países mais do que triplicou, totalizando R$ 17,8 bilhões, sendo R$ 14,1 bilhões de origem europeia, contra R$ 5,8 bilhões de 2011 a 2013.
Norte Fluminense alavanca crescimento
O documento aponta também uma interiorização do crescimento. Embora a capital continue sendo responsável por atrair o maior volume de empreendimentos, R$ 34,4 bilhões, outras regiões do estado também se destacam. É o caso do Norte Fluminense, que soma R$ 26 bilhões em previsão de investimentos, seguido pelo Sul Fluminense (R$ 14,1 bilhões), Baixada Fluminense (R$ 13,5 bilhões) e Leste Fluminense (R$ 10 bilhões).
Elaborado desde 1995, o estudo Decisão Rio tem como principal objetivo mostrar as tendências de investimentos e apresentar oportunidades de negócios aos tomadores de decisão do setor público e da iniciativa privada, além de divulgar nacionalmente e internacionalmente as oportunidades existentes no Rio de Janeiro, atuando como instrumento de atração de novos investidores ao estado.
O estudo Decisão Rio pode ser encontrado no hotsite http://migre.me/9mTBW
Entre as grandes, a Petrobras é a que vem perdendo mais valor
Com recuo de 26,3% dos seus papéis em dólar, a estatal registra maior perda entre as grandes do setor
Rio de Janeiro (RJ) - Quinta maior petroleira do mundo, a brasileira Petrobras foi a mais punida pelos investidores globais nos últimos meses com a piora nos mercados, que derrubou os preços do petróleo.
Desde abril, os papéis recuaram 26,3% em dólar, a maior perda entre as gigantes do setor, refletindo o mau humor com o congelamento de preços dos seus principais produtos, gasolina e diesel, situação agravada pela alta da moeda dos EUA e pelo recuo do preço do petróleo. Na Exxon, a queda foi de 10,5%, na BP, de 18%, e na PetroChina, 11%. Ao contrário das outras gigantes, as ações da Petrobras deixaram de acompanhar de perto as cotações do petróleo.
À época da capitalização, no fim de setembro de 2010, eram necessários 2,5. Em 2007, a relação era de 1,5 ação para um barril. Segundo o CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), só neste ano a estatal já deixou de ganhar US$ 6,1 bilhões por não alinhar seus preços ao mercado internacional, que estão defasados em 28% no caso do diesel e em 26,5% no da gasolina.
Importação
A Petrobras tem sido obrigada a importar gasolina e diesel para atender o mercado interno devido ao grande aumento da demanda. Sem poder repassar os preços, os resultados da companhia têm decepcionado o mercado.
A presidente da Petrobras, Graça Foster, reconheceu o problema da defasagem, mas disse ontem que a queda do petróleo pode fazer, em curto prazo, o preço interno se alinhar ao internacional. "Sobre a defasagem, está havendo uma redução do preço do barril do petróleo. Como existe uma volatilidade muito grande, por muito pouco a gente volta a ter o combustível aqui com paridade ao do preço internacional." No ano, o petróleo acumula queda de 8,3% em Londres, onde o barril está cotado a US$ 98,43, e de 14,7% em Nova York (US$ 84,29).
Longo prazo
A Petrobras tem adotado política de longo prazo para ajustes dos combustíveis. O diretor financeiro, Almir Barbassa, tem apresentado ao Conselho de Administração da empresa que o cenário ainda é "confortável". Para o sócio e economista-chefe da Órama, Álvaro Bandeira, é preciso ter sangue-frio para comprar Petrobras.
Os grandes investidores, diante da crise econômica global, têm demonstrado aversão ao risco e preferem as rivais estrangeiras, que, diferentemente da brasileira, repassam imediatamente ao consumidor os aumentos e as quedas de preços. "As ações não têm tido bom desempenho porque são usadas de alguma forma como instrumento para segurar a pressão inflacionária."
Para o consultor David Zylbersztajn, quem perde com a falta de repasse de preços da Petrobras é a própria sociedade brasileira, já que com resultados mais fracos a empresa recolhe menos impostos e investe menos. "A Petrobras é a única petroleira que, quanto mais vende gasolina, mais prejuízo tem", diz o consultor Adriano Pires, diretor do CBIE.
Fonte: Folha de São Paulo
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