segunda-feira, junho 22, 2009

Google que ninguém vê

Como a marca mais badalada da internet construiu no Brasil, a partir do zero, uma operação que se tornou referência mundial
Em cada um dos últimos quatro anos, a receita do Google Brasil cresceu três dígitos e hoje a participação de mercado é de 90%, o mais alto índice do mundo
Religiosamente, toda quinta-feira, no final de tarde, os funcionários do Googleplex, a sede brasileira do grupo, se dirigem a uma sala batizada de All Hands. Esse é um dos momentos mais aguardados na semana pela equipe de 250 funcionários da operação brasileira. A expectativa não tem a ver apenas com o clima de descontração da reunião, sempre regada a cerveja e coxinhas. É que desses encontros, em que a equipe compartilha resultados e ideias, costumam surgir os projetos que levaram a subsidiária brasileira ao topo do melhor desempenho do Google no mundo. Desde 2005, primeiro ano de operação por aqui, o Google Brasil aumentou a receita em mais de 18 vezes e sua participação de mercado atingiu um nível inédito - de 47% saltou para 90%, o maior índice do mundo. Diversas de suas práticas têm sido adotadas por outras subsidiárias e o "case" Brasil se tornou uma referência até para os fundadores da companhia, Sergey Brin e Larry Page. Foram também as tardes de integração, uma invenção do escritório brasileiro, que ajudaram a empresa a enfrentar os episódios mais constrangedores de sua trajetória, como a acusação de abrigar pedófilos no Orkut, sua rede social. A filial, que por conta desse evento chegou a ser apontada como uma fonte de problemas para a matriz, hoje ocupa uma posição de destaque por seu desempenho. Tanto que o escritório de São Paulo se tornou responsável pelas operações da companhia na América Latina. Antes a região era dirigida diretamente de Mountain View, no Estado americano da Califórnia, onde fica o quartel-general mundial. O grande responsável por essa virada foi Alexandre Hohagen, um brasileiro de 41 anos, formado em jornalismo, com passagens por corporações como Banco Real e UOL. À frente das operações no País desde o início, o executivo hoje ocupa o cargo de diretor-geral da América Latina. "A criação de uma cultura única, reconhecidamente colaborativa e com os maiores índices de satisfação em toda a corporação, nos fez chegar até aqui", afirmou Hohagen em entrevista à DINHEIRO.
O País passou a figurar entre as prioridades do Google quando a empresa decidiu que era o momento de diminuir a excessiva dependência do mercado norte-americano. Mas, diferentemente dos outros países escolhidos - China, Índia, México e Hong Kong -, o Brasil não inspirou, de cara, confiança aos fundadores Larry Page e Sergey Brin para receber uma estrutura completa. A ideia inicial era abrir apenas um escritório regional de vendas. "O potencial do mercado, a explosão do comércio eletrônico e a complexidade tributária pesaram na mudança de estratégia para o País", conta Hohagen. Empresa jovem, com apenas seis anos de existência na época, o Google não tinha experiência em comandar operações em países emergentes a distancia. Até então os clientes da América Latina eram atendidos por funcionários localizados em Dublin, na Irlanda. "A orientação que recebi foi: vai lá, monte uma operação e faça ela crescer", lembra Hohagen, quando foi convidado para assumir a companhia no Brasil. Dessa forma, ele cumpria um antigo projeto pessoal. Desde que era um assessor de imprensa na Dow Química, mais de 15 anos antes, ele já garantia que um dia seria presidente de uma multinacional. Hoje, o executivo segue os hábitos típicos dos comandantes de empresas ícones do mundo digital. Tem uma presença ativa na internet e costuma trocar ideias descontraídas com internautas em sua página no Twitter. "Encarei um prato de miojo agora à noite. Um pouco de carboidrato para aguentar o frio da corrida amanhã cedo!", foi uma de suas mensagens. Em quatro anos, se tornou uma referência no mundo da tecnologia no Brasil. Foi, por exemplo, convidado para participar de um almoço com o príncipe Charles no Palácio do Itamaraty, quando o sucessor do trono inglês visitou o Brasil. Também foi convocado para falar sobre novas tecnologias para o embaixador americano no Brasil.
Foi a facilidade de comunicação que fez o executivo enfrentar a ação do Ministério Público contra a empresa. O Google foi cobrado pela Justiça e pela Polícia Federal por não colaborar com investigações sobre pedofilia na internet. De acordo com os investigadores, a empresa se negava a divulgar o nome de internautas que mantinham um conteúdo de pedofilia no Orkut. O Ministério Público chegou a pedir o fechamento das operações no País. Até ameaças de prisão, Hohagen ouviu. "Ele foi extremamente hábil e assumiu uma postura contrária a uma recomendação errônea que vinha da matriz de manter os dados em sigilo", afirma Moacir Oliveira Júnior, professor de estratégia da FEA-USP. Para o executivo Roberto Grosman, que durante dois anos comandou a área de AdSense do Google para a América Latina, a capacidade de Hohagen de separar o problema das atividades da companhia "salvou a subsidiária do seu fechamento". "Ele mantinha a equipe informada do que estava acontecendo, mas não permitiu que a crise contaminasse os negócios internos", lembra Grosman. Hohagen conta que, assim que o assunto veio à tona, ele se colocou como o responsável pelo relacionamento com as autoridades. Não se trata de um ato heroico.

Fonte: www.terra.com.br

Saiba tudo sobre o novo leitor eletrônico Kindle



O Kindle DX é o verdadeiro herdeiro do trono Kindle, mas o reino do leitor eletrônico da Amazon crescer ou encolher depende da próxima leva de livros ¿ livros didáticos. Enquanto isso, o novo modelo tem tela maior e recursos bacanas.
O DX soluciona problemas reais da primeira geração. Internamente, ele possui suporte a PDF, o que permite a leitura do enorme volume de leitura formal de negócios, isso sem falar nas várias obras fáceis de se baixar e livres de copyright da literatura.
Externamente, a tela maior de 10" do DX o torna mais apropriado para lidar com qualquer conteúdo, não apenas PDFs, mas também livros didáticos, cujas páginas de formatação pesada teriam aparência vergonhosa na tela menor de 6" do Kindle original.

EUA testam conceito de "jornal do futuro"

Um hotel no centro de Denver e um bairro no noroeste da cidade são os campos de teste para um dos conceitos de jornal do futuro. O I-News, ou "jornal individualizado", é um novo método de distribuição de mídia desenvolvido pelo MediaNews Group, que controla o Denver Post.
Oferece notícias personalizadas para leitores individuais, impressas em um hotel ou em casa, ou enviadas a um celular e computador.
A empresa planeja conduzir um teste em larga escala no Los Angeles Daily News, outro de seus jornais, dentro de algumas semanas.
"Queremos conduzir a ideia passo a passo", disse Peter Vandevanter, vice-presidente de produtos dirigidos do MediaNews. "É assim que tudo deve ser lançado".
Em domicílios na região noroeste de Denver, o lançamento envolve impressoras avançadas capazes de trabalhar como máquinas de fax, copiadoras e scanners.
"Estamos testando uma tecnologia com a qual uma emissora se transforma em aparelho que imprime automaticamente o conteúdo que é instruída a imprimir", disse Vandevanter.
As famílias testarão as impressoras por três meses e ficam com o equipamento como brinde ao final do teste.
"Mas precisaremos de muita informação vinda deles", disse Vandevanter.
O teste no Marriott Residence Inn, no centro de Denver, envolveu 11 hóspedes com estadias superiores a uma semana.
Quando se registraram, informaram sua cidade de origem e lhes foi oferecida a entrega de um sumário das notícias de Denver, às 6h.
Os hóspedes que aceitaram a oferta passaram a receber um boletim de notícias que incluía informações sobre suas cidades de origem e Denver, impresso no hotel. Aqueles que apreciaram a primeira edição eram convidados a ir além e escolher entre 197 categorias de notícias oferecidas pela Associated Press, e com isso notícias sobre tópicos como "livros", "ginástica" ou "arquitetura" eram incorporadas ao boletim.
O MediaNews também testou publicidade de empresas em raio de dois quarteirões do hotel - uma lanchonete oferecia cerveja grátis, um restaurante ofereceu um cálice de vinho como brinde e uma empresa ofereceu engraxar sapatos de graça.
Pesquisas posteriores com os hóspedes mostraram "reações muito positivas", disse Vandevanter.
Em 5 de julho, começa um novo teste com 60 hóspedes no hotel. E daqui a algumas semanas, o Media News planeja iniciar teste semelhante envolvendo 300 domicílios em Los Angeles.
"Queremos testar pessoas, locais e grupos demográficos diferentes", disse Vandevanter. "Estamos tentando compreender que cara esse mercado pode ter no futuro".

Fonte: www.terra.com.br

China reforça controle sobre redes com segredos de Estado

O comitê permanente do Legislativo chinês revisou nesta segunda-feira pela primeira vez a Lei de Proteção de Segredos de Estado, a fim de evitar as filtragens através da internet, como informa a agência oficial de notícias chinesa Xinhua.
A minuta está sendo revisada depois que o Conselho de Estado (órgão executivo) discutiu e aprovou a modificação, em abril passado.
O documento revisado inclui medidas técnicas para proteger das conexões públicas as redes que contêm segredos de Estado e para isolar computadores e outros meios de armazenamento de dados que contenham esse tipo de informação.
A lista de segredos de Estado na China é tão longa que sua ambiguidade em termos de aplicação permite condenar desde um ativista que fale com a imprensa estrangeira e um estudante que cole na prova, até a pessoa que divulgue números de mortos em desastres naturais.
A sessão semanal do Comitê Permanente da Assembleia Nacional Popular (ANP) revisará também outras leis conflituosas, como a de direitos sobre a terra dos camponeses, a de estatísticas, compensações do Estado e a legislação sobre os agentes diplomáticos.

Fonte: www.terra.com.br

Sites e redes sociais traduzem conteúdo para a língua do Irã

A revolução 2.0 que está ocorrendo no Irã é notícia diária em todo mundo, além dos updates constantes no Twitter, Facebook e blogs espalhados pelo mundo. Para ajudar nessa batalha, grandes sites e redes sociais estão anunciando a tradução de seu conteúdo para o persa, língua natal do país em conflito.
Não há muito que as empresas na internet possam fazer para apoiar o grupo pró-democracia no Irã. O Twitter adiou uma manutenção em seu sistema para que os microblogs que cospem notícias sem parar possam continuar funcionando. Assim, tudo o que podem fazer é adaptar seus sistemas para beneficiar os iranianos.
Por isso, o Google anunciou em seu blog que a partir de agora seu serviço de tradução também possui o persa como opção. "Sentimos que colocar o persa é particularmente importante agora, dado os eventos que acontecem no Irã. Assim como o YouTube e outros serviços, o Google Tradutor é mais uma ferramenta que os oradores persas poderão utilizar para se comunicar diretamente com o mundo, e vice-versa ¿ aumentando a oportunidade de acesso a informação de todos", diz Franz Och, cientista da empresa.
Por enquanto, apenas a opção persa-inglês, inglês-persa está disponível. "Estamos trabalhando duro para que a tradução do persa para os outros 40 idiomas estejam disponíveis no Google Tradutor. Se você observar algo traduzido de forma incorreta, convidamos a clicar em 'contribua com uma tradução melhor' e aprenderemos com sua correção.", informa o post.
Segundo o blog Danger Room, da Wired, assim que a ferramenta ficou disponível, apoiadores do opositor iraniano Moussavi começaram a utilizá-la para começar a traduzir seu site oficial para o inglês.
No embalo está o Facebook, que mesmo após ter seu domínio bloqueado no país na semana passada, declarou em seu blog oficial que passará a oferecer o site em persa, ainda em versão beta. "Não poderíamos ter feito isso tão rapidamente sem os mais de 400 oradores persas que submeteram milhares de traduções individuais ao site. Obrigada a todos que contribuíram de algum modo. Se você fala persa ou qualquer outro idioma ainda não completamente traduzido, você pode ajudar usando nosso aplicativo de tradução", relata o post escrito por Eric Kwan, engenheiro do Facebook.
Ambos os posts em seus respectivos blogs oficiais mostram que as medidas foram tomadas por causa do conflito, e também por causa de pessoas residentes nesse país que não só pediram por essas atualizações como ajudaram em sua concretização, enviando correções e traduções às empresas.

Fonte: www.terra.com.br

Web cria 1,2 mi de empregos diretos em um ano nos EUA

De um ano para cá, a internet gerou 1,2 milhão de empregos, todos diretos. Os dados, de acordo com o site BusinessWire, são oriundos de um estudo realizado pelo Hamilton Consultants para o Internet Advertising Bureau (IAB), e declara também que os empregos gerados pela internet representam 2,1% - ou US$ 300 milhões - do PIB norte americano.
O estudo foi concebido para fornecer uma análise imparcial e abrangente de toda a economia da internet e responder a perguntas sobre a sua dimensão, o que a compreende e os benefícios econômicos e sociais que os cidadãos americanos retiram disso. Os resultados serão utilizados pelo Buerau para autorregulação em questões como a privacidade.
Segundo John Deighton, um dos autores do estudo e professor de administração de negócios de Harvard, a receita publicitária na internet cresceu em mais de US$ 20 bilhões nesse mesmo período. Cerca de 10% das compras são feitas em lojas virtuais, agora.
"Este é o primeiro estudo rigoroso e de olhar abrangente sobre o tamanho do alcance e impacto do ecossistema da publicidade interativa", declara Randall Rothenberg, presidente e CEO da IAB, que representa uma série de empresas de mídia e internet.
Os empregos contabilizados incluem tanto pessoas que trabalham diretamente para manter a infraestrutura da internet como aquelas que tem algo a ver com anúncios ou comércio eletrônico, noticiou o site The Inquirer. Se a esse número forem somados também os empregos indiretos, mais 1,9 milhão, o total sobe para mais de 3 milhões.

Fonte: www.terra.com.br