domingo, novembro 07, 2010

UOP fará projetos de refinarias premium da Petrobras


RIO - A Petrobras assinou com a empresa americana UOP, tradicional fornecedora de tecnologia na área de refino de petróleo, contrato para fornecimento dos projetos básicos e de pré-detalhamento da Refinaria Premium I, a ser construída no Maranhão, e da Refinaria Premium II, que será instalada no Ceará. Ambas as unidades têm investimentos previstos na casa dos US$ 30 bilhões e terão sua produção de derivados destinada principalmente para a exportação.
Os projetos que serão elaborados pela UOP contemplam dois trens de refino para a Premium I e um trem de refino para a Premium II, cada um com capacidade de processamento de 300 mil barris por dia de petróleo nacional. Como os trens de refino serão iguais, isso proporcionará uma redução de custos de projeto e de instalação, além de diminuir os prazos de execução dos projetos, como informa a Petrobras em comunicado.

Segundo a estatal, a UOP foi selecionada a partir de uma competição entre projetistas internacionais. O principal critério de escolha foi o resultado econômico global das refinarias, considerando custos de instalação, operação e receita proporcionada pelos derivados produzidos. Os principais pontos desenvolvidos pela proponente foram: a otimização do investimento (capex), maximização de derivados médios e a melhor eficiência energética, com excelentes resultados em todas estas dimensões. Os projetos também terão como premissas fundamentais critérios de segurança, meio ambiente e saúde.

A Petrobras estabeleceu que os projetos deverão seguir padrões e normas internacionais, também respeitando as normas legais brasileiras. Os projetos de pré-detalhamento (FEED - Front End Engineering Design), apesar de responsabilidade da UOP, serão executados por empresas de engenharia brasileiras, garantindo a utilização de mão de obra nacional.

Essa modalidade de contratação de projeto, centralizada em uma só empresa, segundo a Petrobras poderá garantir a integração das múltiplas tecnologias e processos que envolvem uma refinaria, com alta qualidade, menores prazos e custos globais.

Fonte: http://economia.estadao.com.br/

Empresas incubadas da Coppe-UFRJ faturaram R$ 46 mi em 2009


Rio de Janeiro - O Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ) é uma das instituições científicas brasileiras que dispõem de uma incubadora de empresas para apoiar o nascimento de negócios sustentáveis e criativos
A Coppe surgiu em 1994. Desde aquele ano, já foram criados em sua incubadora 90 serviços e produtos inovadores, com 15 pedidos de patentes. As 19 empresas residentes e as mais de 40 graduadas geraram 356 empregos diretos e obtiveram faturamento de R$ 46 milhões em 2009.

As áreas de Petróleo e Gás, Energia, Meio Ambiente e Tecnologia da Informação são os focos principais da incubadora da Coppe, contando com pesquisadores próprios, laboratórios e proximidade com o Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes).

A Eneltec – Energia Elétrica e Tecnologia é um exemplo do valor do trabalho desenvolvido pela incubadora. Nos quatro anos e meio em que esteve na Coppe, a empresa passou de um faturamento de R$ 150 mil para R$ 1,6 milhão em 2009, o que representa um crescimento de mais de 550%. Graduada há dois anos, a empresa tem como sócios Rodrigo Martins, Gílson Santos Junior e Fábio Domingues de Jesus. Eles afirmam que hoje têm um negócio consolidado e promissor e que estão à frente de uma equipe de 14 funcionários, sendo oito engenheiros.
“Com a troca de ideias e experiências com especialistas, aprendemos a antecipar problemas e a visualizar soluções. O apoio de instituições como o Sebrae também foi fundamental para dominar questões como formação do preço de venda. A incubadora é uma etapa fundamental para que uma boa ideia se transforme num negócio viável”, avalia Rodrigo Martins.

Chancela de qualidade
Para a empresa recém-chegada à Coppe AquaFluxus, especializada em drenagem e modelagem de sistemas hídricos, a incubadora representa uma chancela de qualidade do trabalho desenvolvido e o apoio acelera o crescimento dos negócios. "A incubadora representa um ponto inicial extremamente favorável. Sem este tipo de suporte o processo seria muito mais árduo”, reconhece o engenheiro e um dos sócios da empresa, Gustavo Spiegelberg.

Para a gerente de Operações da Coppe, Lucimar Dantas, a incubadora preenche uma lacuna entre o pesquisador e o empresário. "A maioria dos responsáveis por empresas incubadas é formada por doutores, mestres e graduados, que podem dominar 100% a tecnologia que propõem, mas muitas vezes desconhecem o mundo dos negócios", observa. “O sucesso de uma empresa depende de um conjunto de quesitos que vão além de um bom produto. O que oferecemos é assessoria, treinamento, acompanhamento, capacitação e consultoria para ajudar o pesquisador a se tranformar num homem de negócio”, afirma Lucimar.

Fonte: http://exame.abril.com.br/