segunda-feira, janeiro 30, 2012

Pré-sal promete aquecer mercado de EPC em Óleo & Gás


As empresas de EPC devem crescer na parte de módulos, tanto para plataformas quanto para FPSOs

Grandes obras agregam, recorrentemente, um planejamento complexo, que vai desde a escolha e compra dos suprimentos até a construção, passando pela engenharia envolvida. No setor de Óleo & Gás, um mercado se destaca por conseguir centralizar as demandas dos projetos em uma só empresa. É o caso dos “EPCistas”, como são conhecidas as companhias que fornecem às operadoras, de forma integrada, os serviços de Engenharia (E), Suprimentos (Procurement, em inglês) e Construção (C).

Presentes em plantas petroquímicas e refinarias, entre outras áreas, as empresas de EPC devem crescer, mais acentuadamente, na parte de módulos, tanto para plataformas quanto para FPSOs (embarcações de produção e armazemamento de petróleo). É o que aposta o presidente do Centro de Excelência em EPC, Antonio Muller, se baseando nas demandas do pré-sal. “Vai ser um segmento muito grande. Com os orçamentos tanto das empresas estrangeiras quanto da Petrobras, a grande área hoje em dia é a offshore”, afirma.

Muller explica que pode ser feito EPC dentro de uma refinaria como a Regap (planta da Petrobras localizada em Minas Gerais), em uma carteira de gasolina, por exemplo. Outro caso citado pelo presidente são as unidades de coque do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), além dos sistemas de proteção contra incêndios do empreendimento fluminense.

“A vantagem é estar entregando (o serviço) a uma empresa que conhece bem a modalidade. A operadora conhece de operar o empreendimento”, justifica o presidente do CE-EPC. De acordo com Muller, dessa forma, a estrutura de Recursos Humanos diminui sensivelmente, já que as grandes companhias contratantes podem enxugar sua mão de obra, transferindo seu contingente de profissionais. “Os Epcistas têm a mão de obra intensa”, diz.

Fortalecimento
O CE-EPC trabalha baseado no tripé EPCistas, Operadores e Universidades, com foco no aumento da produtividade, melhoria e qualificação de pessoal. Muller destaca companhias como Odebrecht, Andrade Gutierrez, UTC, Promon, Tridimensional e Skanska; e Petrobras, Statoil e Shell – além do IBP, que representa o restante das operadoras – no escopo de trabalho do centro. “O futuro é tornar as empresas EPCistas internacionais, para competir fora do país”, conclui.

Fonte: NN

Maricá busca espaço na engrenagem do pré-sal



A cidade deve receber um porto de R$ 5,4 bilhões

Município litorâneo e que encontra-se dentro da área de influência do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), Maricá esta na trilha dos investimentos bilionários do setor petrolífero. A cidade deve receber um porto de R$ 5,4 bilhões, chamado, desde já, de Porto do Pré-sal. Na esteira desse desenvolvimento, a prefeitura já pensa também na concessão do aeroporto municipal.

No momento, a participação de Maricá na engrenagem da indústria de Óleo & Gás ainda é mínima, nas palavras do próprio prefeito da cidade, Washington Quaquá. Em entrevista ao NN, o político diz que a ideia é ter uma empresa privada operando o aeroporto local, como base de apoio às plataformas da Bacia de Campos. “Marica é o ponto mais próximo de terra que esse pessoal todo vai ter e queremos que os helicópteros usem essa base como ponto de partida”, explica.

Sobre o porto, divulgado com o nome de Terminal Ponta Negra (TPN), Quaquá afirma que a proposta é antiga e deriva das condições técnicas do local – região de Jaconé – e da posição estratégica em relação ao Comperj, a apenas 35 km. O TPN, projeto tocado pela DTA Engenharia, terá capacidade para 850 mil barris de petróleo por dia, infraestrutura portuária e terminais de armazenagem de combustíveis. O terminal vai contar também com um estaleiro de reparos offshore.

“Com o porto, surgirão mais e melhores oportunidades de trabalho, haverá mais qualificação e toda a cadeia econômica local será beneficiada”, comemora o prefeito de Maricá. Segundo dados da prefeitura, serão 9 mil empregos diretos ou indiretos na construção, e 12 mil com o terminal operando.

Compensação
O porto será erguido em uma área que serviria para um campo de golfe, onde, a princípio não há rios ou espécies protegidas, segundo a prefeitura de Maricá. Quaquá afirma que a região é pesqueira, mas acima de tudo veranista. “Vamos ter uma contrapartida ambiental que torne concreto o enorme potencial turístico de toda a nossa costa e das nossas praias além de Jaconé”, diz ele.

De acordo com o prefeito, as contrapartidas irão fomentar o potencial turístico da área. Em Ponta Negra, diz ele, ao lado da área do porto, serão construídos uma marina, hotéis e um resort, entre outros empreendimentos.

Fonte: NN

Angolana anuncia descoberta no pré-sal da bacia de Campos


O poço foi denominado Gaivota

A Sonangol Starfish, resultado da compra da brasileira Starfish pela angolana Sonangol, descobriu indícios de petróleo no pré-sal da bacia de Campos, no bloco C-M-622. Outro poço já havia sido perfurado anteriormente no mesmo bloco, em profundidade maior, mas sem sucesso.

A empresa informou à ANP (Agência Nacional do Petróleo) que encontrou indícios de petróleo em dois reservatórios com a perfuração de apenas um poço, o 6STAR24PRJS, nas profundidades de 4.700 metros e 5.200 metros, segundo informações da companhia. O poço foi denominado Gaivota.

A Sonangol Starfish é a sexta produtora de petróleo no Brasil, de acordo com ranking da ANP, com produção de 832 barris diários e 1,6 milhão de metros cúbicos de gás natural.

A Starfish originalmente era composta por ex-funcionários da Petrobras e produzia petróleo em blocos terrestres.

A empresa foi adquirida pela petrolífera angolana em 2010 por US$ 200 milhões.

Fonte: Folha de São Paulo