sexta-feira, maio 15, 2009

TI: setor cresce mas perde participação na economia

Embora tenha perdido espaço no conjunto da economia, entre 2003 e 2006, o setor de tecnologia da informação (TI) cresceu no período. Avançou no faturamento, no número de empresas e de empregados. Os dados são do estudo O Setor de Tecnologia da Informação e Comunicação no Brasil, divulgado hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a pesquisa, o número de empresas do setor cresceu 18,3%, o contingente de trabalhadores avançou 40,7%, somando 673 mil pessoas, e o faturamento passou de R$ 139 bilhões para R$ 205 bilhões, em 2006. No entanto, as tecnologias da informação e comunicação (TIC) perderam participação na economia com recuo de 8,9% para 8,3%. O crescimento nominal de 37,6% ficou abaixo da média de outros setores (47,6%).
A redução da participação não significa recessão do setor, afirma o pesquisador do IBGE Roberto Saldanha. Segundo ele, após as privatizações, entre 1998 e 2002, a procura por produtos e serviços de telecomunicações, um dos principais segmentos do setor de TIC, se estabilizou, embora tenha condições de crescer, com a expansão da tecnologia de internet banda larga, por exemplo.
"As telecomunicações experimentaram expansão acelerada no período pós-privatização, com a explosão da internet e da forte demanda pela telefonia celular. A tendência agora é crescer menos, em relação a outros setores econômicos".
Com um percentual inferior, mas alto valor agregado, as telecomunicações (3,7%) estão atrás da informática (90%), na composição do setor de serviços, em tecnologia da informação. Os segmentos concentram quase todo o valor agregado do setor de serviços, além dos postos de trabalho. As indústrias respondem por 3%, e o comércio por 1,5%.
Sobre a concentração da produção no país, o estudo do IBGE mostra que no Sudeste está a maior parte do empregados e das empresas responsáveis pelos produtos de maior valor agregado. Em termos de atividade industrial, a Região Norte aparece em seguida, devidos aos eletrônicos produzidos em Manaus (AM).
O estudo também mostrou que a remuneração média no setor de TIC se mostrou mais atrativa que os demais ramos da economia. No período pesquisado, o salário médio era de R$ 2.025 mil contra R$ 937 das atividades industrial, comercial e de serviços. O destaque é a renda média do serviço de telecomunicações, de R$ 3.315 mil.

Fonte: www.terra.com.br

CEO da Microsoft: área de TI é estratégica para driblar crise

Em uma conferência para empregados na Índia, Steve Balmer, atual CEO da Microsoft, apostou suas fichas na importância da TI para a superação da crise econômica. Ele afirma que a inovação, seguida por maior produtividade, vai ajudar as empresas a recobrarem suas receitas. O encontro ocorreu em Hyderabad, na Índia, na versão local do evento Tech Ed, promovido pela empresa. Segundo conta o site CIO.com, Ballmer afirmou que a recuperação virá da maior capacidade de produção e proliferação de novas idéias. Suas palavras foram transmitidas diretamente em webconferência para os presentes.
Ele enfatizou que os aumentos de produção obtidos pelas indústrias em sua maioria são devidos a melhorias provindas da área de TI. De acordo com uma publicação local, o India Times, o CEO reafirma estar esperançoso para com o desempenho da área nos próximos meses.
Embora tenha se esquivado quando o assunto foi o Windows Vista, o executivo mencionou ao final a "computação nas nuvens" (ou cloud computing), conta o PC World. Em sua opinião, a tecnologia vai ajudar a reduzir os custos das corporações.
Outros assuntos no evento incluíram o rumor (não desmentido) de que a empresa estaria para adquirir a SAP e também o anúncio, em janeiro, de um corte de 5 mil funcionários.
Para finalizar, Ballmer afirma crer que haverá, nos próximos 10 anos, mais inovação do que presenciamos na ultima década. "A interface de usuário sofreu poucas alterações", comenta ele. "Os mecanismos de busca mantém a mesma cara. Aquele (mecanismo) que não é o líder de mercado pode se dar ao luxo de ousar mais", finalizou, sem dar nomes aos concorrentes específicos.

Fonte: www.terra.com.br

Recuperação no setor de tecnologia: miragem ou realidade?

As companhias de tecnologia estão detectando sinais de melhora em seus setores, e isso está gerando alta nos preços de suas ações, mas a demanda dos consumidores e empresas continua incerta.
As fábricas estão começando a elevar produção, à medida que o varejo repõe estoques esgotados, e os fabricantes de eletrônicos voltaram a adquirir componentes.
As ações asiáticas subiram 45% desde o começo de março, excluído o Japão, e os investidores estão antecipando um interesse renovado dos consumidores por toda espécie de produto, de televisores de tela plana a celulares inteligentes e computadores portáteis compactos.
Dada a fraqueza da economia, porém, não existem garantias de pleno retorno da atividade. "Caso o canal de estoques esteja plenamente reabastecido e não exista demanda final, creio que o segundo semestre possa ser realmente feio para a Ásia", disse Markus Rosgen, estrategista do Citigroup para a região Ásia-Pacífico.
Paul Otellini, o presidente-executivo da Intel, maior fabricante mundial de chips, disse nesta semana que as encomendas e os padrões de faturamento do trimestre foram ligeiramente melhores que o esperado, até agora, o que animou os investidores em todo o setor.
E Leo Apotheker, co-presidente executivo da produtora de software empresarial SAP, disse que os próximos meses podem trazer "vislumbres de esperança" para a economia mundial. "Provavelmente começaremos a ver estabilização", disse.
Há muita esperança de que os pacotes governamentais de estímulo, especialmente na China, convençam os consumidores a recomeçar a gastar, o que geraria uma recuperação real na demanda quando o período de reposição de estoques estiver concluído, daqui a alguns meses.
O segundo semestre do ano é sazonalmente mais forte que o primeiro, no setor de tecnologia. O próximo teste de demanda para os consumidores chegará em agosto e setembro, a temporada de volta às aulas na Europa e América do Norte.
Desafio para as telesPara as operadoras de telecomunicações, as questões são mais sobre lucro do que sobre receita. Grandes operadoras internacionais, incluindo a Deutsche Telekom, reduziram recentemente suas expectativas de lucro, e a France Telecom anunciou uma queda de 7% no lucro operacional do primeiro trimestre.
Os consumidores estão mantendo seus aparelhos por tempos cada vez maiores e com isso as vendas de celulares devem recuar cerca de 10% este ano, depois de uma queda recorde de 13% no primeiro trimestre. Por conta desse período maior dos aparelhos nas mãos dos clientes, as operadoras têm que oferecer serviços de valor agregado de modo a manter os usuários em suas bases.
Algumas operadoras e fabricantes de celulares responderam a isso com aberturas de lojas online de aplicativos, tentando replicar o sucesso de iniciativa semelhante da Apple, da qual consumidores fizeram downloads de mais de 1 bilhão de programas para seus aparelhos.
Entretanto, a eficácia comercial de tais lojas online ainda precisa ser provada e alguns analistas se mostram céticos, especialmente se muitos aplicativos são oferecidos gratuitamente.

Fonte: www.terra.com.br

Quanto maior a experiência menor a oportunidade de emprego

Embora a TI seja responsável por cerca de 11% das vagas disponíveis no mercado, empresas optam por contratar funcionários pouco capacitados e que possam desempenhar funções operacionais sem aumentar custos

Profissionais de TI com mais de cinco anos de experiência em um determinado cargo têm mais dificuldade em se recolocar no mercado de trabalho. Esta informação faz parte de um levantamento realizado pela companhia norte-americana de gerenciamento de carreiras, Beyond.com, que consultou mais de 15 mil comunidades globais virtuais durante o primeiro trimestre de 2009.
O estudo aponta que, entre todas as áreas de atuação, a TI é uma das que mais oferece vagas atualmente. De janeiro a março deste ano, o segmento foi responsável por 11,32% de todos as oportunidades anunciadas, perdendo só para a área médica, que contribuiu com 23% das vagas no período.
Quanto à questão da experiência, essa dificuldade de recolocar profissionais mais experientes no mercado está relacionada à necessidade de reduzir custos. Na área de TI, de forma geral, os CIOs buscam pessoas menos qualificadas, que possam desempenhar funções operacionais e não representem um centro de custos muito alto à companhia. “As empresas ainda estão focadas em continuar operando e, por isso, não querem compromissos trabalhistas com colaboradores muito qualificados”, explica Rich Milgram, CEO da Beyond.com.
Para ele, a melhora na situação econômica mundial, até o fim de 2009, deve aumentar a demanda das organizações por executivos experientes e qualificados. “Porém, até lá o cenário para os profissionais em nível gerencial e de liderança ainda será crítico”, conclui Milgram.

Fonte: www.uol.com.br

Os indícios de que um projeto está fadado ao fracasso

Mesmo depois de avaliado e aprovado pelo board, um plano pode apresentar falhas em seu desenvolvimento e implementação que comprometerão seu resultado. Entre esses erros, estão a falta de alinhamento da área que gerencia o programa aos objetivos do negócio e a liderança inconsistente da iniciativa

Toda equipe percebe que um projeto na qual está envolvida deu errado quando recebem a notificação de que o orçamento estourou ou percebem que deixaram de cumprir as metas pré-estabelecidas. Porém, no caso do CIO ele precisa estar apto a identificar os indícios de um possível fracasso antes que ele aconteça, para evitar desperdício de dinheiro e de tempo.
Em vez de tentar justificar a falha responsabilizando fatores externos – como a economia mundial, mudanças políticas, incertezas mercadológicas – pelo cancelamento de projetos, os gestores devem utilizar fatores mais palpáveis para evitar que os mesmos erros sejam repetidos.
Assim, seguem cinco dicas que podem ajudar a mapear se o projeto caminha para um sucesso ou fracasso:
1. Falta de direcionamento por parte do gestor: o CIO pode perceber que sua liderança é ou está inconsistente quando se vê mudando constantemente as orientações para equipe ou, ainda, tem dificuldades em sustentar sua posição perante questionamentos do time;
2. Pouco alinhamento entre o projeto e as metas do negócio: além de prejudicar a iniciativa em si, quando um líder de TI gerencia uma iniciativa cujos objetivos não os mesmos que os da organização perde a credibilidade e passa a ser visto pelo board como um profissional técnico, cujo conteúdo e atuação não estão relacionados à estratégia corporativa;
3. Comunicação ineficaz entre gestor e sua equipe: sem mensagens claras e, muitas vezes, até óbvias, o CIO não poderá garantir que suas orientações foram plenamente absorvidas pelos membros da equipe ou pelos envolvidos no projeto. Além de metas objetivas, os líderes têm de estar disponíveis para conversas e discussões sobre a iniciativa;
4. Pouco entendimento entre os membros do time: mesmo que sejam profissionais preparados e qualificados para o desempenho das funções relacionadas ao projeto, os elementos da equipe devem respeitar e, acima de tudo, ouvir e considerar as opiniões uns dos outros;
5. Muita competição entre o departamento: é natural que em todas as equipes haja uma certa competição entre seus membros, porém, em alguns casos, essa postura atrapalha a realização das tarefas em grupo e, consequentemente, o desempenho do time em relação ao projeto.