quarta-feira, novembro 24, 2010

Irã anuncia descoberta de nova jazida de petróleo no Golfo Pérsico


Reserva estimada é de aproximadamente 34 milhões de barris; especialistas ainda realizam de perfuração para conhecer sua riqueza
A Companhia Nacional iraniana de Petróleo e Gás, "Pars Oil", anunciou neste domingo o descobrimento de uma nova jazida de petróleo perto do litoral do Golfo Pérsico, que poderia ter uma reserva estimada de 34 bilhões de barris.

Segundo o diretor-geral, Ali Vakili, citado pela agência de notícias energéticas "Shana", as reservas se encontram em um campo denominado "Ferousi", onde os especialistas ainda realizam operações de perfuração para conhecer sua riqueza com exatidão.

Em outubro, o ministro iraniano de petróleo, Massoud Mir-Kazemi, já havia antecipado que o Irã estava disposto a fazer uma nova descoberta de petróleo no sul do país.

O ministro anunciou também que tinha encontrado uma nova jazida de gás natural na província de Hormozgan com uns "70 bilhões de metros cúbicos de gás". O Irã é um dos cinco maiores exportadores de petróleo do mundo, com aproximadamente 3,8 milhões de barris diários.

Fonte: http://economia.ig.com.br/

Teremos combustível suficiente


Há três anos, a era do petróleo abundante parecia estar no fim; hoje a percepção é de que o universo energético sofreu nova reviravolta
Há três anos, gigantescos navios procedentes do mundo todo cruzavam os oceanos tão velozes quanto possível para entregar sua carga nos mercados em expansão, cada vez mais sedentos de petróleo. Os americanos se queixavam por ter de pagar US$ 4 o galão (3,8 litros) de gasolina, porque o preço do petróleo bruto saltara para US$ 147 o barril. Os preços do gás natural também subiam, e as contas de eletricidade dos domicílios aumentavam vertiginosamente.


Um livro de sucesso na época, Crepúsculo no Deserto, de Matthew R. Simmons, resumia a visão convencional: a era do petróleo e do gás baratos e abundantes tinha acabado. "Mais cedo ou mais tarde, o emprego do petróleo deverá atingir o pico no mundo inteiro", concluía o livro, "porque o petróleo, como os outros dois combustíveis fósseis, o carvão e o gás natural, não é um recurso renovável."

Mas assim que a equação oferta-demanda se definiu, tornou-se algo mais aceitável e familiar. Quando parecia que o mundo consumia as próprias exalações, gigantescos poços petrolíferos foram descobertos ao largo da costa do Brasil e da África, e projetos para as areias betuminosas do Canadá cresceram tão rapidamente que agora fornecem à América do Norte mais petróleo do que a Arábia Saudita. E, além disso, pela primeira vez em uma geração, os EUA decidiram aumentar a produção nacional de petróleo.

Ao mesmo tempo, começou outra onda de exploração de gás natural em áreas de xisto em todos os EUA, e na Europa e na Ásia já começa a perfuração em busca de gás de xisto. Em todo o mundo, aumentaram as exportações de gás natural liquefeito nos terminais, ligando o gás, que outrora tinha de ser queimado, ao mercado mundial, provocando a queda dos preços do gás.

Especialistas em energia agora preveem que, nas próximas décadas, haverá abundante energia para uso residencial e comercial a preços razoáveis. Em suma, o universo energético sofreu, mais uma vez, uma reviravolta.

"O petróleo e o gás continuarão a ser os pilares do fornecimento global de energia por muitos e muitos anos", afirmou James Burkhard, diretor-gerente da IHS CERA, empresa de consultoria na área de energia.

Evidentemente, as consequências serão desagradáveis, mas previsíveis, conforme demonstrou o desastre do Golfo do México, meses atrás. Alguns ambientalistas afirmam que o gás de xisto depende de técnicas e de produtos químicos que podem comprometer os lençóis freáticos, e que o aumento da dependência das areias betuminosas canadenses é mais perigoso para o clima do que os óleos mais convencionais, porque a extração e o processamento das areias exigem muito mais energia e a perda de parte das florestas.

E, se por um lado, petróleo e gás a preços moderados podem aliviar a economia, por outro lado tornam as fontes renováveis de energia, como a eólica e a solar, relativamente caras e menos atraentes para os investidores, a não ser que os governos imponham um preço às emissões de carbono.

Expoentes do setor de petróleo e gás afirmam que fornecem uma ponte energética necessária: como o petróleo e o gás queimam uma fração do carbono queimado pelo carvão, faz sentido utilizá-los enquanto a energia eólica, solar, geotérmica e as outras não se tornarem comercialmente viáveis. "Deveríamos comemorar por podermos dispor de petróleo e gás em quantidades suficientes enquanto uma nova tecnologia energética não os substituir", disse Robert N. Ryan Jr., vice-presidente da Chevron para exploração global.

O que aconteceu para mudar o panorama energético tão drasticamente nos últimos anos? A mudança poderá ser revertida quando a economia se recuperar? A recessão reduziu a demanda mundial de energia, particularmente nos EUA e na Europa, mas esta é apenas uma parte da história. Choques periódicos, como os embargos petrolíferos árabes nos anos 60 e 70, provavelmente voltarão a ocorrer no mundo enquanto houver atores imprevisíveis como o Irã. O acesso ao petróleo e ao gás sempre poderá ser limitado pela geopolítica, principalmente em regiões como o Oriente Médio.

Recentemente, a queda do dólar provocou uma nova alta dos preços do petróleo e de outras commodities. Entretanto, a perspectiva, baseada em tendências a longo prazo, pouco visíveis há cinco anos, agora parece prometer uma enorme oferta de petróleo e gás de novas fontes para as próximas décadas.

Fonte: http://www.estadao.com.br/

Mercado competitivo requer profissional mais capacitado


A quebra do monopólio do petróleo pela lei 9.478, de 6 de agosto de 1997, trouxe como exigência a ampliação do mercado de trabalho. Num país em que o desemprego ronda todas as profissões, as pessoas com conhecimento no setor de petróleo, seja em nível técnico ou superior, encontram uma área em plena expansão após a abertura econômica, responsável pela entrada de empresas estrangeiras no Brasil.

Quando a Petrobras surgiu, em 1953, no governo de Getúlio Vargas, havia a dificuldade de contratar pessoal preparado para atuar no setor. A alternativa foi buscar profissionais em outros países e, por um tempo, enviar empregados da companhia para fazer cursos de pós-graduação - mestrado e doutorado - em outros países. No começo, a Europa era a referência e, mais tarde, com o crescimento e o fortalecimento da indústria norte-americana, os estudos eram realizados mais nos Estados Unidos, o que gerava um custo excessivo pela quantidade de pessoas mandadas para o exterior.

A criação de dois centros internos de treinamento, um no Rio de Janeiro e outro na Bahia, solucionou em parte o problema de formação de mão-de-obra especializada. Iniciou-se, nessa época, o processo de preparação de um quadro de funcionários e o público-alvo eram engenheiros de áreas diversas e geólogos. Eles chegavam à companhia e, de um ano a um ano e meio tornavam-se engenheiros de petróleo. Depois, periodicamente, faziam cursos de reciclagem, que ainda hoje são oferecidos aos empregados sem formação acadêmica.

Os centros de treinamento internos foram os embriões da Universidade Corporativa Petrobras, que tem como objetivo, por meio da execução de programas de educação continuada, formar o funcionário segundo uma perspectiva humano-empresarial, de forma que ele conheça os valores internos e sinta-se parte do processo de desenvolvimento da companhia. O trabalho de ensino e capacitação é realizado em parceria com empresas, universidades e consultorias.

Parcerias que deram certo
O grupo Petrobras possui, aproximadamente, 34 mil funcionários em atividade. Oito mil têm nível superior, a maior parte na área de engenharia, e os demais cargos são ocupados por pessoas de nível médio, entre elas operadores, mecânicos, eletricistas e técnicos. Na década de 1980, a empresa começou a fazer convênios com universidades brasileiras e promover o fortalecimento de centros de excelência, que receberiam verbas orçamentárias da Petrobras e, com o tempo, caminhariam com as próprias pernas. Nasceram cursos de pós-graduação em diversas universidades, entre elas a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Fonte: http://www.comciencia.br/