sábado, outubro 02, 2010

Setor de petróleo é dos que causam preocupação


Depois do vazamento da BP, no Golfo México, empresas do setor de petróleo que operam no Brasil começaram a se preocupar com o que estão chamando de "risco Petrobras". Não se trata do risco de um vazamento semelhante na costa brasileira. Mas de um temor de que Brasília siga o exemplo do presidente americano, Barack Obama. Após o acidente, Obama declarou uma suspensão de novas atividades petroleiras no Golfo durante seis meses. Para evitar perdas que poderiam ser causadas por uma moratória como a de Obama, as empresas estrangeiras com operações no Brasil já estão tentando fazer um seguro para o risco Petrobras. "Essa é uma preocupação que os estrangeiros do setor passaram a ter no Brasil depois do caso da BP", diz Keith Martin, da Aon.
A Aon no Brasil, diz Martin, já fez uma cotação para uma empresa do setor petrolífero. "Pediram uma apólice bastante alta, de US$ 200 milhões, para o caso de um eventual rompimento de contrato por parte da Petrobras. O prêmio ficou em 1% desse valor", disse. O negócio não foi fechado ainda. Martin crê que coberturas assim estejam sendo negociadas no mercado de seguro europeu.
Outro risco associado ao Brasil é a violência. "Há dois anos, uma empresa do norte da Europa nos procurou dizendo que tinha planos de se instalar no Brasil", lembra Geert Aalbers, da Control Risks. Em geral, os europeus são muito cautelosos quando se trata de riscos de segurança. A empresa, que Aalbers preferiu não identificar, fabrica bens de consumo bastante visados e o medo era em relação ao roubo de carga e à exposição de seus funcionários. "Treinamos o pessoal deles, criamos procedimentos internos para o transporte das mercadorias, orientamos o emprego de dispositivos contra roubo nos caminhões", diz. "Eles acharam os riscos gerenciáveis e estão instalados aqui."
Quanto ao risco político, essa não é mais uma preocupação de multinacionais e investidores que consultam empresas de risco quando falam de Brasil.

Fonte: http://www.santosoffshore.com.br/

Consumo de GLP no País deve crescer 2,5% este ano


O consumo de gás liquefeito de petróleo (GLP) deverá crescer 2,5% no fechamento deste ano em relação aos 6,8 milhões de toneladas em 2009, informou ontem o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás). O porcentual é menor do que os 4% de crescimento no primeiro semestre.

Segundo o presidente do sindicato, Sergio Bandeira de Mello, a crise econômica contribuiu para distorcer o porcentual do primeiro semestre para cima, por causa da baixa taxa de comparação no ano anterior. Já sobre a base de comparação do segundo semestre, a tendência é de manutenção do mesmo porcentual dos anos anteriores. A participação do GLP na matriz energética brasileira está em 3,6%.
"O nosso crescimento médio está ligado exclusivamente ao crescimento populacional", comentou o executivo. O Sindigás aposta em duas frentes de atuação para ampliar a margem de vendas: substituir parte do consumo de eletricidade em chuveiros elétricos e no programa de universalização do consumo de gás, implementado com o Ministério de Minas e Energia.
Vendas clandestinas. Ontem, o Sindigás também assinou convênio com a Agência Nacional do Petróleo (ANP) para combater as vendas clandestinas de GLP. Segundo Bandeira de Mello, há entre 70 mil e 100 mil pontos clandestinos de venda de botijões no País, ante 37 mil oficiais. "Há um risco em relação ao armazenamento inadequado desses botijões em supermercados e lojas de pequeno porte."
Apesar do alto número de pontos de venda clandestinos, o mercado está mais concentrado na atividade oficial. Apenas um quarto dos cerca de 33 milhões de botijões vendidos mensalmente vêm desses pontos. Bandeira de Mello também acredita que o combate à clandestinidade poderia reduzir o preço ao consumidor. "Há vários atravessadores até o produto chegar da distribuidora para a casa do consumidor." O Sindigás acredita que as empresas do setor deixem de ganhar R$ 60 milhões por mês por causa das fraudes.

Fonte: http://www।santosoffshore.com.br/

Iraque e Síria construirão 2 oleodutos e 1 gasoduto


AMÃ, JORDÂNIA - Os governos do Iraque e da Síria chegaram a um acordo inicial para a construção de dois oleodutos e um gasoduto para transportar petróleo e gás natural do Iraque para o porto sírio de Banias, no Mar Mediterrâneo. Ali al-Dabbagh, porta-voz do governo iraquiano, disse que um oleoduto terá a capacidade de transportar 1,5 milhão de barris de petróleo por dia, enquanto o segundo poderá transportar 1,25 milhão de barris. Ele não deu uma capacidade estimada para o gasoduto, mas afirmou que ela será considerável.

O comunicado informa que o gabinete do governo iraquiano já aprovou a construção dos oleodutos e do gasoduto. Funcionários do Ministério do Petróleo do país disseram que a licitação para as obras será publicada nos próximos meses.
Os acordos com a Síria ocorrem no momento em que o Iraque, que possui a terceira maior reserva de petróleo do mundo, procura quadruplicar sua atual produção de 2,4 milhões de barris diários. O Iraque assinou no ano passado e neste ano 11 acordos para desenvolver sua produção.
Os oleodutos entre o Iraque e a Síria não serão os primeiros a serem construídos. Um antigo oleoduto, que ligava Kirkuk, no norte do Iraque, a Banias, transportava 250 mil barris de petróleo por dia até a guerra Irã-Iraque (1980-1988). Em 2003, o oleoduto foi destruído quando ocorreu a invasão norte-americana do Iraque.
TURQUIA
Também hoje, o Iraque e a Turquia assinaram um acordo que estende por mais 15 anos a operação de um grande oleoduto que transporta petróleo dos campos iraquianos de Kirkuk, no Curdistão iraquiano (norte do país), ao porto turco de Ceyhan, no Mediterrâneo, informaram funcionários do ministério do Petróleo do Iraque. O acordo venceu em março deste ano e os governos desejavam estendê-lo.
O Ministério do Petróleo do Iraque informou à imprensa, na cerimônia de assinatura do acordo, que o oleoduto conseguirá exportar 1 milhão de barris por dia nos próximos anos. Atualmente, o canal de 970 quilômetros, inaugurado no começo dos anos 1980, exporta 450 mil barris de petróleo por dia, ou um quarto das exportações iraquianas de petróleo. As informações são da Dow Jones.

Fonte: http://www.santosoffshore.com.br/