segunda-feira, outubro 08, 2012

A Petrobras realiza oficina gratuita de elaboração de projetos sociais e ambientais em São Gonçalo e Macaé

Inscrições para patrocínio podem ser feitas até 18 de novembro no site da Petrobras


Nesta segunda e terça-feira, dias 8 e 9 de outubro, o município de Macaé receberá a Caravana Social e Ambiental da Petrobras, na base da Companhia, em Imbetiba. Nos dias 10 e 11, será a vez de São Gonçalo, no Centro de Integração do Comperj. Serão promovidas oficinas gratuitas e abertas ao público, entre 9h e 17h. O objetivo é capacitar e esclarecer dúvidas dos interessados na elaboração de projetos sociais e ambientais e apresentar o regulamento das Seleções Públicas do Programa Petrobras Ambiental (PPA) e do Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania (PPD&C). As inscrições para patrocínio estão abertas até 18 de novembro, no site www.petrobras.com.br.

No primeiro dia da caravana, será apresentado o roteiro de elaboração de projetos do Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania, destinado ao patrocínio de projetos de geração de renda e oportunidade de trabalho, educação para a qualificação profissional e garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes.

No dia seguinte, serão apresentadas as informações sobre o Programa Petrobras Ambiental. Com o tema Água e Clima: contribuições para o desenvolvimento sustentável, o Programa possui três linhas de atuação: gestão de corpos hídricos superficiais e subterrâneos; recuperação ou conservação de espécies e ambientes costeiros, marinhos e de água doce; e fixação de carbono e emissões evitadas.

A Companhia destinará, em dois anos, R$ 102 milhões para patrocínio a projetos ambientais e R$ 145 milhões para projetos sociais em todo o país, o maior investimento de todas as edições dos programas. Até o fim de outubro, a Petrobras promoverá as caravanas em todos os estados brasileiros para divulgar os programas e seus critérios, permitindo assim a igualdade de acesso aos interessados. A meta é promover duas oficinas em 29 cidades, totalizando 58 encontros. Mais informações sobre as seleções públicas e sobre as caravanas no site da Petrobras: www.petrobras.com.br .

Serviço Caravana Social e Ambiental da Petrobras:

Macaé

Data: 8 e 9 de outubro

Horário: 9h às 17h

Local: Petrobras - Base Geólogo Carlos Walter Marinho

Avenida Elias Agostinho, 665, Auditório Geofísico João de Oliveira Ferradaes - Imbetiba, Macaé (RJ).

São Gonçalo

Data: 10 e 11 de outubro

Horário: 9h às 17h

Local: Centro de Integração do Comperj

Avenida Presidente Kennedy, 765, Estrela do Norte - ao lado do Clube do Sesc, São Gonçalo (RJ)

Pré-sal da Bacia de Santos alavanca setor em São Paulo

Pelo menos R$ 40 milhões devem ser gerados em volume de negócio na 6ª edição da Santos Offshore Oil & Gas, que acontece entre os dias 16 e 19 de outubro, em Santos (SP). O valor é cerca de 5% maior que o resultado da edição de 2011, quando a Reed Exhibitions Alcantara Machado comprou o evento. A empresa é uma joint-venture entre a Reed Exhibitions e a Alcantara Machado.

A estimativa dos organizadores é conservadora, mas leva em conta o fato de o evento ser direcionado principalmente à cadeia do pré-sal da Bacia de Santos, um projeto mais de médio e longo prazo.

A produção diária de óleo em toda a Bacia de Santos é de 140 mil barris e de 10 milhões de metros cúbicos de gás. A estimativa é que a Bacia de Santos forneça 2,1 milhões de barris/dia até 2020, quando responderá pelo equivalente à metade do previsto a ser produzido pelo país no período. Hoje, contribui com 5% a 6%, segundo o gerente-geral da Petrobras em Santos, José Luiz Marcusso.

Dos 38 sistemas de produção programados para entrar em operação até 2020 pela Petrobras, 25 estarão na Bacia de Santos, sendo 24 deles no campo do pré-sal.

A feira terá duas rodadas de negócio, uma organizada pelo Sebrae-SP da Baixada Santista em parceria com a Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip); e outra pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na do Sebrae/Onip, serão 20 empresas-âncora, compradoras como a Petrobras, BG Brasil, OSX e Modec; e 184 empresas fornecedoras, o dobro da edição passada. Estão agendadas 368 reuniões de negócio, 90 a mais que em 2011.

Segundo Igor Tavares, diretor de energia da Reed Exhibitions Alcantara Machado, a Santos Offshore é a maior feira do Estado de São Paulo e a terceira do Brasil no segmento de óleo e gás. Fica atrás da Rio Oil & Gas e da Brasil Offshore. "Nosso interesse em Santos é tão grande quanto as oportunidades de negócio", disse o presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado, Juan Pablo de Vera.

As empresas fornecedoras da cadeia do petróleo e gás do Estado de São Paulo têm se profissionalizado nos últimos anos. Conforme o diretor do Comitê de Petróleo e Gás da Fiesp-Ciesp, Kalenin Pock Branco, mais de 5 mil empresas paulistas estão cadastradas no registro local da Petrobras; mais de 2 mil têm o Certificado de Registro de Classificação Cadastral (CRCC) da petrolífera, selo mais rigoroso; e mais de 4 mil estão em processo de avaliação pela Petrobras. "Há cinco anos, esses números eram mais modestos, faltava conhecimento sobre o assunto", diz Branco.

Fonte: Valor

Graça Foster fala dos desafios da Petrobras em evento da revista britânica The Economist

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, participou na manhã do dia 04 de outubro (quinta-feira), em São Paulo, do evento Ideas Economy: Brazil - The Next Level of Competition, promovido pelo The Economist Group, que edita a revista britânica The Economist. Grandes nomes dos setores público e privado reuniram-se em palestras e debates para discutir a competitividade brasileira e o desenvolvimento dos pilares de uma nova economia. Em painel nomeado View from the top: New lessons in leadership, Graça Foster conversou com Michael Reid, editor do veículo, sobre expectativas para o aumento da produção da Petrobras, política de conteúdo local, marco regulatório do setor e novas refinarias, entre outros temas.

A seguir os principais trechos da fala da presidente Graça Foster: curva de produção -O grande objetivo da Petrobras é alcançar o topo da curva de produção. O potencial de produção está mantido. Conforme já informado na divulgação do Plano de Negócios e Gestão 2012-2016, houve uma postergação de dois anos, justificado principalmente por atrasos de sondas de perfuração que precisavam chegar. Elas chegaram. Nós já temos todas as sondas de que precisaremos até 2020. A partir de 2016 começamos a receber as sondas construídas no Brasil, com conteúdo local entre 55% e 65%. Todos os recursos de que precisamos para essa campanha de poços estão na mão. E por isso a curva de produção está muito próxima.

Só na Bacia de Campos, nos próximos 16 meses, entram em produção a P-55, P-58, P-61, P-62, P-63. Todos esses sistemas de produção, em fase adiantada de construção, nos darão uma capacidade adicional de produção de 750 mil barris por dia. Com sondas de perfuração e unidades de produção, além dos barcos de lançamento de linhas, que também estão na mão, temos segurança de que estamos no caminho certo para colocar a produção em marcha como previsto.

Estamos exigindo muita disciplina com as paradas de manutenção das unidades de produção. Fazer o trabalho que tem que ser feito é uma condição muito importante. Parar de forma programada para ter uma produção sustentável.

Estamos confiantes no aumento de produção nos próximos anos.

Conteúdo local - Não é uma decisão da Petrobras flexibilizar ou não os índices de conteúdo local. Essa decisão é do governo brasileiro.

Temos conseguido, sim, atender o índice de conteúdo local, que foi estabelecido depois de um trabalho exaustivo da Petrobras, da ANP e dos fornecedores. Os números vieram de nossas memórias de cálculo, de nossas experiências acumuladas em mais de 50 anos construindo a Companhia. Trabalhamos muito forte com o fornecedor, e com o fornecedor do fornecedor, para identificar gargalos.

A Petrobras tem que seguir métricas internacionais de preço, prazo e qualidade de performance.

Os índices de conteúdo local tem flexibilidade. Nem todos os equipamentos e unidades estão atrelados às exigências do conteúdo local, porque vieram de leilões anteriores. Mas temos total interesse no conteúdo local. É muito conveniente para a Petrobras ter essa indústria de bens e serviços aqui no Brasil. Quando temos um estaleiro no Brasil construindo uma sonda, uma unidade de produção, ou temos grandes companhias operando no Brasil, todo o trabalho de pós-venda é extremamente facilitado, e o custo é reduzido.

Temos flexibilidade e buscamos usá-la sempre que nos convém, sempre a favor da curva de produção.

Refinarias do Nordeste -A demanda no Norte/Nordeste, em 2020, será de 1,23 milhão de barris de derivados por dia. Considerando a Refinaria Abreu e Lima pronta, a capacidade será de 550 mil barris por dia. Teremos um déficit no Norte/Nordeste, em 2020, em torno de 700 mil barris/dia. Fazer essas refinarias no Nordeste é uma questão de atendimento da demanda de mercado.

Construir mais refinarias no Sudeste seria uma dificuldade gigantesca do ponto de vista ambiental. Já estamos construindo o Comperj, e temos a Reduc, toda a parte petroquímica e uma série de atividades na região Sudeste.

Quando construirmos as três refinarias no Nordeste - Pernambuco, Ceará e Maranhão - teremos uma disponibilidade adicional à demanda do mercado de 200 mil barris/dia, que tanto poderão descer para o Sudeste, quanto poderão, dentro de uma exportação vantajosa para a Companhia, serem destinados para fora do Brasil.

Se eu tivesse uma varinha mágica eu faria qualquer coisa para essas refinarias ficarem prontas, pelo menos, em 5 anos, porque o mercado está extremamente demandado, nós temos margens positivas de refino no Brasil, independentemente da paridade de preço internacional, e se tivéssemos todas elas hoje certamente estaríamos fazendo um excelente resultado para os nossos acionistas.

Resultados e preços -A grande razão do resultado negativo no segundo trimestre de 2012 foi a depreciação do real, porque 74% de nossa dívida é contratada em dólar. Além disso, tivemos a baixa de poços secos ou subcomerciais; uma produção de petróleo menor, por isso uma exportação menor; e uma redução de margem por conta de uma importação de derivados maior. E essa importação maior, sem o repasse para os preços, nos trouxe, junto com essas outras variáveis, um resultado negativo. Nós não acreditamos que tudo isso possa acontecer de novo, com a mesma magnitude, tudo ao mesmo tempo.

Sem dúvida é importante a convergência de preços. A paridade internacional em tempo real passada ao preço dos combustíveis no Brasil não é política da Petrobras. Nós precisamos desse mercado grande, e a paridade de preços online é nociva para um país que tem recuperado o crescimento econômico.

Marco regulatório -O fato de sermos operadores únicos do pré-sal traz uma vantagem muito grande para o governo, porque quem opera é que conhece os fatos e dados do reservatório. Entendo o interesse do governo de ter a Petrobras como operadora.

O governo é o grande maestro da indústria de petróleo e gás no Brasil, é ele que define a abrangência e a periodicidade dos leilões. Certamente ele vai olhar para a relação reserva/produção; a economicidade; a forma como os reservatórios tem produzido, evitando que sejam exauridos inadequadamente. Vai olhar para a indústria local, para a capacidade de entrada de investimentos no País pelas companhias estrangeiras, e certamente vai olhar para a performance (no leilão) da Petrobras. Tenho certeza de que o governo vai saber administrar essas variáveis para poder dar o dinamismo que a indústria do petróleo precisa ter num dado momento.