quarta-feira, janeiro 12, 2011

USINA DE ANGRA 3 VAI RECEBER FINANCIAMENTO DO BNDES


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou na semana passada, no dia 29, o financiamento de R$ 6,1 bilhões para e Eletrobrás Termonuclear S/A construir a Usina Nuclear Angra 3, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro. A construção da usina, que faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), vai gerar cerca de nove mil empregos diretos e mais 500 quando Angra 3 entrar em operação. O custo total de construção será de R$ 10,4 bilhões. De acordo com a Eletronuclear, os investimentos diretos ainda a realizar podem chegar a R$ 9,9 bilhões.

Segundo a companhia, desse total, 80% são moradores da região, em concordância com a política da empresa de priorização da mão de obra local. Quando entrar em operação, Angra 3 terá uma potência elétrica de 1.405 MW e poderá gerar mais de 10.000.000 MWh por ano , carga suficiente para abastecer as cidades de Brasília e Belo Horizonte durante o mesmo período. A previsão é que a usina entre em operação comercial em dezembro de 2015.

Alguns aspectos serão importantes na construção da usina de Angra 3 como questões ambientais, com a diminuição de emissão de gases e a não emissão de materiais particulados e metais cancerígenos. Outro setor de destaque será o ciclo do combustível nuclear que vai utilizar as reservas de urânio existente no país, sem a necessidade de importar suprimentos externos. Em nota, a estatal afirmou que o aumento da massa crítica de conhecimentos no setor nuclear brasileiro irá permitir futuras propostas de programas de centrais de menor porte para regiões que não disponham de potencial hidráulico competitivo.

Consumo no Brasil

Pelo Sistema Interligado Nacional (SIN), a energia de Angra 3 chegará aos principais centros consumidores do país. Em 2009, a energia gerada por Angra 1 e Angra 2 correspondeu a aproximadamente 3% da energia elétrica consumida no Brasil e a 40% no Estado do Rio de Janeiro, proporções que se ampliarão quando estiver concluída a terceira usina da Central. Como o parque elétrico brasileiro tem mais de 90% da sua geração de origem hidráulica, com longas linhas de transmissão até os grandes centros consumidores, a importância de Angra 1 e Angra 2 para a estabilização do sistema elétrico no eixo Rio-São Paulo é muito grande.

São 640 MW de Angra 1 e 1.350 MW de Angra 2, para a melhoria no fornecimento de energia elétrica para o sistema da Região Sudeste. De acordo com a Eletronuclear, Angra 3 acrescentará outro bloco de energia similar ao de Angra 2. Com as três usinas em operação, o complexo nuclear de Angra dos Reis terá uma capacidade semelhante ao potencial de geração total da CEMIG (aproximadamente 26 milhões de MWh por ano), sendo capaz de atender a cerca de 60% da demanda energética do Estado do Rio de Janeiro, se considerarmos os dados de 2009.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

JUSTIÇA LIBERA EXPLORAÇÃO NO ARQUIPÉLAGO DE ABROLHOS


Suspensa desde o início do ano de 2010, a exploração de petróleo na região do arquipélago de Abrolhos, no litoral baiano, foi liberada pela Justiça. Em decisão anunciada há duas semanas, o Tribunal Regional Federal (TRF) da 1.ª Região cassou liminar obtida pelo Ministério Público da Bahia contra a atividade da região. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), cinco empresas operam 16 concessões para atuar na área da liminar. A agência derrubou a decisão da Justiça Federal de Eunápolis, na Bahia, permitindo a exploração de 16 blocos nas bacias do Jequitinhonha e Espírito Santo. Onze delas são operadas pela Petrobras.

A suspensão da ação pública do Ministério Público Federal (MPF) para impedir a prospecção de petróleo no entorno do arquipélago de Abrolhos preocupa os ambientalistas que temem negativamente a exploração na região. Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de Oceanos do Greenpeace, em entrevista ao jornal Estado de São Paulo lamenta os riscos que a decisão acarreta. Abrolhos abriga o maior recife de corais do Atlântico Sul; é uma região de biodiversidade única. Além do desastroso impacto ambiental, um vazamento também teria impactos econômicos, uma vez que prejudicaria o turismo e todas as comunidades pesqueiras e marisqueiras da região.”

Para Fábio Scarano, diretor executivo da ONG Conservação Internacional, além dos riscos de vazamento, a movimentação de embarcações dedicadas à indústria petrolífera pode interferir na vida marinha do local, refúgio de baleias jubarte. A região de Abrolhos abrange as bacias do Espírito Santo, em sua porção norte, e do Mucuri. A primeira vem se tornando uma grande produtora de gás natural e a segunda ainda não tem grande atividade exploratória.

Abrolhos: Paraíso Nacional

Criado em 1983, o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos tem a maior biodiversidade do Atlântico Sul, com um mosaico de ambientes marinhos e costeiros margeados por remanescentes de Mata Atlântica, incluindo recifes de coral, fundos de algas, manguezais, praias e restingas. Isso sem falar em várias espécies endêmicas, incluindo o coral-cérebro, crustáceos e moluscos, além de tartarugas e mamíferos marinhos ameaçados, como as baleias jubarte.

Atributos da natureza, a região compreende todas as águas, ilhas e recifes ao sul do litoral baiano, em uma área de 95.000 quilômetros quadrados. De acordo com o decreto que instituiu o parque, o objetivo de criá-lo foi o de resguardar atributos excepcionais da natureza, conciliando a proteção integral da flora, da fauna e das belezas naturais com a utilização para objetivos educacionais, recreativos e científicos.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/

PETROBRAS ASSINA CONTRATOS PARA 1ª FASE DO COMPERJ


O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, assinou na última semana três contratos para a implementação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), referentes à unidade de hidrotratamento de nafta e duas unidades auxiliares. Segundo a companhia, são os últimos convênios para a construção da primeira fase da refinaria que deve entrar em operação no final de 2013.

Em nota oficial, a empresa divulgou, que o consórcio formado pelas empresas Delta Construções S.A., Projectus Consultoria Ltda e TKK Engenharia Ltda será responsável pela execução de dois contratos. O primeiro prevê serviços de projeto de detalhamento, fornecimento de equipamentos e materiais, construção e montagem da Unidade de Hidrotratamento (HDT) de Nafta e sua subestação. Essa unidade tem como principal objetivo reduzir o teor de enxofre e a percentagem de compostos instáveis da nafta.

O segundo contrato prevê serviços de projeto de detalhamento, fornecimento de equipamentos e materiais, construção e montagem das Unidades de Tratamento de Gás Combustível com Amina, de Recuperação de Enxofre, de Tratamento de Gás Residual, de Oxidação de Amônia, de Pastilhamento e Armazenamento de Enxofre e suas respectivas subestações. “Essas unidades são responsáveis por ajustar as emissões aos padrões exigidos pelos órgãos ambientais, reduzindo os compostos de enxofre e nitrogênio” - explica o comunicado.

Fórum Comperj

Além da geração de empregos e maior envolvimento de empresas do mercado petrolífero, a implantação do Comperj tem mobilizado o interesse de vários setores. Tanto que em 2007, por conta de um decreto estadual, foi criado o Fórum Comperj, grupo que tem como objetivo orientar e planejar o crescimento sustentável da região.

O grupo afirma em seu site que a instalação do empreendimento irá modificar profundamente o perfil socioeconômico da região e consolidará o Rio de Janeiro como grande concentrador de oportunidades de negócios no setor petroquímico. Segundo o Fórum, a instalação da unidade irá gerar cerca de 212 mil empregos diretos, indiretos e efeito renda, em âmbito nacional.

Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/