segunda-feira, maio 07, 2012

Japão desliga seu último reator nuclear


Centenas de pessoas participaram de passeata pelas ruas de Tóquio

Tóquio (Japão) - O Japão fechou no sábado (5) seu último reator nuclear em funcionamento, o que deixa o país sem nenhuma energia atômica pela primeira vez em mais de quatro décadas. O terceiro reator da Usina de Tomari, na região de Hokkaido, é o último de mais de 50 que tiveram as operações suspensas para manutenção, desde que o terremoto, seguido de tsunami, de março de 2011, causou o desastre em Fukushima.
Até o ano passado, 30% da energia do país eram nucleares, mas agora cada um dos reatores precisa passar por testes para demonstrar que é capaz de suportar terremotos e tsunamis. Centenas de pessoas participaram de passeata pelas ruas de Tóquio. Eles esperam que o fechamento do último reator seja o fim da energia nuclear no país.
Há tantas usinas nucleares, mas nenhuma funcionará hoje, graças a nossos esforços', disse o ativista Masashi Ishikawa à multidão.
O governo japonês vem fazendo alertas de que o país enfrentará falta de energia durante o verão e defende a reabertura de reatores que já passaram pelos testes e foram considerados seguros - como dois na Usina de Ohi, no Oeste do Japão. Para que isso ocorra, no entanto, é necessária a permissão das autoridades locais, que ainda não foi concedida.
Empresas já foram avisadas de que pode haver consequências para a indústria, caso nenhuma usina nuclear volte a funcionar. Para suprir a demanda por energia, o Japão vem aumentando a importação de combustíveis fósseis, e companhias de eletricidade estão colocando antigas usinas em funcionamento. Se o país conseguir passar pelo calor do verão sem apagões, analistas dizem que aumentará ainda mais a pressão pelo fim permanente do uso de energia nuclear.
Em volta de Fukushima, usina que foi seriamente danificada pelo terremoto e tsunami de 2011, uma zona de exclusão de 20 quilômetros continua em vigor. Explosões ocorreram em quatro dos seis reatores depois dos desastres naturais, devido a uma falha no sistema de resfriamento, o que levou a vazamentos radioativos e à evacuação forçada de milhares de pessoas.
Fonte: Redação com Agência Brasil

YPF será mais competitiva e profissional, afirma novo gerente-geral

O engenheiro petroquímico Miguel Galuccio assume o comando da companhia nesta segunda

Buenos Aires (ARG) - Nomeado gerente-geral da petrolífera YPF, expropriada recentemente pelo governo da Argentina, o engenheiro da área petroquímica Miguel Galuccio, de 44 anos, disse que se sente “muito orgulhoso” por ter sido escolhido para comandar a nova etapa da empresa. "Tenho certeza de que poderemos ter uma empresa moderna, competitiva e profissional", disse.
Galuccio contou que ao começar sua carreira, há 20 anos, o primeiro emprego que teve foi na YPF, que na época era pública. Depois, foi para o exterior, onde permaneceu nos últimos anos. Em seu discurso, a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, disse que Galuccio é uma espécie de “símbolo” de profissionais competentes e modernos na área de petróleo no país.
O novo gerente-geral da YPF é formado pelo Instituto Tecnológico de Buenos Aires (ITBA), um dos mais respeitados da Argentina, e assume a nova função a partir de amanhã (7). A primeira ação dele deverá ser nomear a nova equipe de diretores da empresa.
Com mais de duas décadas de experiência, Galuccio trabalhou em multinacionais norte-americanas, asiáticas, russas e chinesas. De acordo com analistas da área, o gerente-geral se caracteriza pela visão estratégica e a experiência internacional.
A expropriação da YPF, administrada pela espanhola Repsol, gerou reações negativas e positivas na Argentina e no mundo. Em geral, os argentinos apoiaram a medida, acreditando que é a alternativa para valorizar a soberania nacional no setor de petróleo e gás. Mas os europeus e norte-americanos condenaram a ação, alegando que ela desrespeita as regras internacionais de comércio.
Fonte: Redação com Agências