domingo, janeiro 06, 2013

Estão abertas as inscrições para intercâmbio estudantil na França

O universitário contemplado receberá uma bolsa no valor de € 870 (cerca de R$ 2,3 mil) por mês, auxílios para instalação, deslocamento, compra de material didático, seguro saúde e taxa de matrícula
 
Estão abertas até o dia 14 as inscrições para intercâmbio estudantil na França, na modalidade sanduíche, pelo programa Ciência sem Fronteiras (CsF). No total, estudantes de 18 áreas podem pleitear vagas. O universitário contemplado receberá uma bolsa no valor de € 870 (cerca de R$ 2,3 mil) por mês, auxílios para instalação, deslocamento, compra de material didático, seguro saúde e taxa de matrícula. O início das atividades nas universidades francesas está previsto para setembro.

As áreas que podem concorrer a vagas são: engenharias; ciências exatas e da terra; biologia, ciências biomédicas e da saúde; computação e tecnologias da informação; tecnologia aeroespacial; fármacos; produção agrícola sustentável; petróleo, gás e carvão mineral; energias renováveis; tecnologia mineral; biotecnologia; nanotecnologia e novos materiais; tecnologias de prevenção e mitigação de desastres naturais; biodiversidade e bioprospecção; ciências do mar; indústria criativa; novas tecnologias de engenharia construtiva; e formação de tecnólogos.
Os graduandos brasileiros matriculados em universidades da França poderão permanecer por 12 meses para conclusão dos estudos em tempo integral. Há ainda a possibilidade da extensão da bolsa por até seis meses, para estudo do idioma francês, caso necessário. Parte deste período poderá ser dedicado a estágio de pesquisa ou inovação tecnológica, em instituições ou centros de pesquisa.

Quem pode concorrer

O candidato deverá obrigatoriamente estar matriculado em algum dos cursos de graduação citados, ter frequentado no mínimo 20% e no máximo 90% do currículo definido para seu curso no momento do início previsto da viagem de estudos; apresentar perfil de aluno de excelência baseado no bom desempenho acadêmico, segundo critérios da instituição de ensino superior, e apresentar teste de proficiência no idioma francês. Acesse a chamada aqui.

Prazos

O resultado do teste de proficiência deverá ser enviado pelos candidatos até 10 de fevereiro. Já o período previsto para o início do aperfeiçoamento do idioma no exterior são os meses de julho e agosto deste ano. A divulgação do resultado final com os selecionados para o intercâmbio será publicado no Diário Oficial da União (DOU) e na página do programa Ciência sem Fronteiras, entre os dias 14 e 18 de fevereiro.

Benefícios

Além da bolsa, os estudantes terão direito a cinco benefícios: os auxílios instalação, pago em parcela única para despesas iniciais de acomodação, e deslocamento, para passagens aéreas de ida e volta; a compra de material didático, o que inclui a possibilidade da aquisição de um computador portátil ou tablete; o pagamento do seguro saúde e o da taxa de matrícula.
Os candidatos que já estiverem no exterior não terão direito ao auxílio instalação e à passagem de ida, caso sejam contemplados com a bolsa de intercâmbio.
 

Pré-sal deve trazer para Alagoas investimentos de US$ 1,55 bilhão

Módulos para plataformas serão construídos no Porto de Maceió.

Com as obras, estado vai fazer parte da cadeia produtiva do petróleo.
Paralelo às discussões referentes à distribuição dos royalties para os estados, a movimentação entorno do Pré-sal já impacta na economia alagoana.
Com o consórcio firmado entre as empresas Tomé Engenharia e Ferrostaal Industrieanlagen GmbH – contratado pela Petrobras – para construção das primeiras seis plataformas tipo FPSO (Unidades Flutuantes de Produção, Armazenamento e Descarga) o estado deverá receber investimentos na ordem de US$ 1,55 bilhão.
O montante, que será aplicado através da linha de produção de módulos dentro do Porto de Maceió, vai gerar no pico da obra, segundo as empresas envolvidas, 1.750 empregos diretos. Podendo chegar após essa fase a contratação de até 6 mil trabalhadores na etapa da construção dos módulos replicantes. Com isso, o treinamento e aproveitamento da mão de obra local estima-se que chegará a 60%. As obras já estão em andamento.
Segundo os contratos assinados em agosto de 2012 entre as empresas de engenharia e o Porto de Maceió, a área portuária que foi arrendada por cinco anos receberá, só para melhoria do espaço físico, investimentos na ordem de R$ 80 milhões.
Após este prazo, o que foi investido permanecerá como patrimônio do Porto e, caso seja necessário à renovação de contrato, o processo deverá acontecer a partir de uma nova licitação.
As empresas consorciadas que farão uso do espaço físico do Porto de Maceió foram beneficiadas pela Resolução N° 2.240 da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que aprovada em 2011, permite o uso temporário dos espaços dos portos brasileiros por empresas privadas.
Em Maceió, o consórcio irá construir o Pacote IV de Módulos para os seis primeiros FPSOs (P-66, P-67, P-68, P-69, P-70 e P71). Para isso, serão empregados as mais modernas tecnologias em transportes especiais, levantamento de cargas, construção de estruturas metálicas, tubulações, montagem de equipamentos, montagem elétrica e de instrumentação, preservação e testes.
“É um projeto de grande importância, não só para a Tomé e sua parceira Ferrostaal, mas também para a Petrobras e, consequentemente, para o Brasil, já que ao final desse empreendimento a produção brasileira estará num patamar digno dos grandes exportadores mundiais”, expôs em nota encaminhada ao G1, Wides Schiavo, superintendente de Contratos da Divisão Óleo & Gás da Tomé Engenharia.
Projeção
Diante da inserção de Alagoas na cadeia produtiva do petróleo, impulsionada pelo movimento do Pré-sal, o economista Alexandre Manoel avalia que o cenário é positivo para dinamizar a economia do estado, que vive em um patamar de estagnação sem grandes probabilidades de crescimento.
Segundo ele, esse investimento na capital alagoana é uma oportunidade também para alavancar o setor de serviços. “O simples fato de o estaleiro entrar em operação tende a gerar ganhos de produtividade na economia alagoana. Além disso, um estaleiro tende a gerar aglomerações de outras atividades em seu entorno, principalmente atividades ligadas ao setor de serviços, o que também pode induzir mudanças importantes na economia do estado de Alagoas, aumentando, inclusive, a produtividade do trabalho”, avalia.
O economista ainda destaca como um dos grandes problema da economia de Alagoas e, em particular, da economia de Maceió, a dificuldade em atrair e em manter atividades de alta produtividade. Este investimento além de dar suporte ao setor de serviço, vai interferir também na melhoria de arrecadação de tributos para o Estado.
 
Fonte: G1