Rio de Janeiro- A Cámara Oficial Española de Comercio en Brasil em parceria com a PwC realizou, na manhã do dia 06 de dezembro (terça-feira), a palestra Oportunidades no Rio: como e onde investir. O evento teve o objetivo de expor as oportunidades de investimentos da capital carioca e do estado do Rio de Janeiro, focando, principalmente, os setores de infraestrutura, Petróleo, Gás e Naval. Atualmente o estado, que é o responsável por 80% da produção nacional de petróleo, está se preparando para receber nos próximos cinco anos quase U$$ 300 milhões em investimento no setor.
A ação, que ocorreu no Centro de Convenções da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, trouxe várias palestras, entre elas: “Atual Ambiente Econômico do Rio de Janeiro”, ministrada pelo Diretor Comercial da Agência de Promoção de Investimentos do Rio de Janeiro - RIO BUSINESS, Antonio Carlos Dias. Na ocasião, ele ressaltou que os principais investimentos que a cidade oferece estão focados nas áreas de eventos esportivos e em petróleo & gás. “Para se ter uma ideia, temos uma projeção de aumento, para os próximos quatro anos, nas áreas de Petróleo & Gás, de 13%; Petroquímica, de 12%; Aço, de 3,2% e Extração, de 0,9%. Lembrando que o interesse na área de gás e óleo é tão grande que a cada cinco dólares investidos no Brasil, quatro são direcionados a esses setores”, enfatizou.
Outro tema abordado foi “Aspectos Legais e Regulatórios - Visão dos investidores estrangeiros”, com a Presidenta e Conselheira Delegada da Companhia Española de Financiación del Desarollo, COFIDES S.A, D. Remedios Romeu. Na ocasião, a palestrante explicou sobre o papel da instituição, que desde 1988 vem apoiando projetos estrangeiros no país. “O governo espanhol tem o interesse em investir no Brasil, que vem tendo um crescimento econômico concreto nesses últimos anos. Temos um recurso superior a 900 milhões de euros para financiar de pequenas a grandes empresas, disponibilizando de 250 mil a 30 milhões de euros para cada projeto. Atualmente estamos com 36 projetos formalizados com recursos comprometidos de 195 milhões de euros. Como exemplos de sucesso temos os projetos da Enervento (área eólica), no Rio Grande do Sul, onde investimos 25 milhões, e o da Isolux Corsan (área de recuperação de rodovias e estradas), na Bahia, com um financiamento de 23 milhões de euros,” explicou.
Na explanação “Aspectos legais e regulatórios”, o advogado Tácito Ribeiro de Matos da Schmidt, Valois, Miranda, Ferreira & Agel Advogados relembrou que é preciso conhecer o sistema jurídico brasileiro e que é necessário saber os trâmites burocráticos trabalhistas, tributários, legislativos e a cultura do país que o estrangeiro investirá. “É preciso entender as formas como o empresário pode vir a atuar no Brasil e saber como estruturar seu investimento. Recomendamos um planejamento prévio para organizar sua empresa dentro da realidade brasileira para que possa regularizar seu empreendimento e, ainda, direcionar seu foco na questão do tipo de visto adequado para que possa atuar sem problemas no país. Destacando que os trâmites para que a companhia estrangeira possuir a habilitação para importar e exportar são diferenciados e mais complexos, mas não impossíveis”, enfatizou.
Dando continuidade ao evento, foi a vez do tema “Aspectos Estruturais - Desafios e soluções para o Estado do Rio de Janeiro” ministrada pelo representante da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços – SEDEIS, Jorge Cunha, que discorreu sobre o assunto e enfatizou os atrativos naturais da cidade e reforçou as potencialidades em infraestrutura e outras áreas enfatizadas anteriormente pelo Diretor Comercial da Agência de Promoção de Investimentos do Rio de Janeiro - RIO BUSINESS, Antonio Carlos Dias. “Estamos em um grande momento. Temos infraestrutura conveniente para atrair negócios e estamos entre as cidades mais atrativas do mundo”, complementou.
O diretor de Petróleo, Gás, Bioenergia e Petroquímica da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos – ABIMAQ, Alberto Machado Neto, discorreu sobre as atividades da instituição e destacou as oportunidades de investimento, como o pré-sal, a Copa de 2014, as Olimpíadas de 2016 e o PAC na geração de empregos para a cidade, ajudando, assim, na criação de renda e fortalecimento da economia local. “Já estamos com a previsão de U$$280 milhões em investimentos no setor de petróleo e derivados para os próximos cinco anos. Isso nos lembra que a cada vaga que surge para um trabalhador do setor, obrigatoriamente gera mais 15 empregos, multiplicando as possibilidades de trabalho. Investir no Brasil é muito fácil, porque o investidor estrangeiro pode criar parcerias e participação em clusters em locais estratégicos”, ressalvou.
Já o presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro, Antenor Barros Leal, chamou a atenção para necessidade de haver menos ufanismo na hora de permitir a entrada do estrangeiro e trazer investimentos para fazer o país crescer. “Temos que mostrar ao estrangeiro que aquele que oferece melhores condições de investimentos no Brasil lucrará. Mas, para isso, temos que fazer com que o governo brasileiro tenha menos normas de ordem trabalhista que permitam ao trabalhador permanecer na empresa e que essas tenham menos problemas com as legislações tendo, assim, seus negócios viabilizados”, observou.
Dando sequência ao evento, a diretora jurídica da Gás Natural Fenosa, Kátia Junqueira, apresentou a empresa e a mesma como case de sucesso. A corporação chegou ao país em 1997, atuando em apenas um município carioca. Atualmente, chega a 41 cidades. “Queremos continuar a investir no Rio de Janeiro porque estamos cientes de suas possibilidades de crescimento. Esse é um de nossos principais objetivos”, finaliza.
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