terça-feira, julho 31, 2012

Petrobras obtém licença prévia para instalação de emissário do Comperj

O documento contém aproximadamente 50 condicionantes. Entre as principais, estão o aumento da extensão do emissário na parte submarina

Rio de Janeiro (RJ) - A Comissão Estadual de Controle Ambiental do Rio de Janeiro (Ceca) concedeu hoje a Licença Prévia (LP) à Petrobras para instalação de emissário terrestre e submarino de tratamento dos efluentes industriais do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).

Com relação à distância do emissário na parte submarina, a Ceca exigiu que a Petrobras dobre de dois para quatro quilômetros o tamanho da estrutura na parte marítima. Isso, na prática, reduz o risco que os efluentes lançados pelo emissário poluam a água próxima ao litoral.

No caso da alteração de padrão sobre qualidade de efluentes, a Petrobras terá que rever projeto apresentado. Isso porque exige que a quantidade de sulfeto, principal resíduo entre os efluentes do Comperj, seja reduzida, de 1 miligrama por litro (conforme plano da Petrobras) para 0,3 miligrama por litro.

No caso dos investimentos em saneamento básico, as áreas a serem beneficiadas são os municípios de Itaboraí e Maricá. No caso de Maricá, serão R$ 60 milhões em obras de saneamento básico; em Itaboraí, serão alocados R$ 100 milhões. A Petrobras terá três anos para realizar as obras de saneamento.

Segundo o presidente em exercício do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Luiz Firmino, não existe uma previsão de quando será concedida a Licença de Instalação (LI). Mas ele explicou que, após a Petrobras apresentar o pedido de licença com a mudança do projeto, o órgão deverá levar de um a dois meses para conceder a LI. “O projeto em si não tem muitas mudanças. Existem apenas estas condicionantes. Mas a obra não pode começar sem fazer as condicionantes”, disse Firmino.

Fonte: Valor Online

segunda-feira, julho 30, 2012

Jovens de olho nas 50 mil vagas no setor de petróleo e gás até 2015

Rio - Com a volta às aulas amanhã na maioria das instituições de Ensino Médio do Rio, é hora de os alunos planejarem o futuro. Os jovens devem ficar de olho nas chances que vão surgir nos próximos anos, como as mais de 50 mil vagas que, de acordo com a Petrobras, serão criadas até 2015 na indústria de petróleo, gás e energia. Para suprir essa necessidade, a estatal mantém o Profissões de Futuro: um portal de incentivo à formação técnica de jovens para que eles conquistem essas oportunidades.

O site (www.profissoesdefuturo.com.br) alcançou 143 mil visitantes únicos em todo o País desde o início deste ano, quando entrou no ar. Do total, quase 44 mil são do Rio — estado que mais acessa o endereço.

Segundo a Petrobras, muitos buscam orientação para os próximos anos no Profissões de Futuro. Os estudantes do Ensino Técnico lideram as visitas, com quase metade dos acessos (48%), seguidos de estudantes do Ensino Médio ou Fundamental (36%) e dos professores ou responsáveis (16%).

Demanda crescente

Atualmente, técnicos com Nível Médio já representam 63% dos empregados da petrolífera e estima-se que na cadeia de fornecedores essa proporção seja ainda maior. Há demanda crescente na empresa, e a oferta de profissionais precisa aumentar na mesma proporção.

O DIA preparou um guia para ajudar o jovem estudante a planejar melhor a carreira nos próximos anos e, assim, conquistar a grande chance de entrar para o quadro funcional da estatal.

Carreira na Petrobras rende salários de até R$ 20 mil

Quem pensa em ingressar na Petrobras ganha um bom motivo para começar a se preparar desde já: remuneração na empresa pode chegar a R$ 20 mil, dependendo do cargo. Jovens estudantes, com formação de níveis Técnico ou Superior, têm chances de construir carreira no setor de petróleo, gás e energia por meio da preparação para concursos da estatal.

No último processo seletivo da empresa, que teve edital publicado em março, para Nível Superior os salários iniciais variavam de R$4.097 a R$4.414, com garantia de remuneração mínima de até R$6.883. Para Nível Médio, a variação foi de R$ 1.279,11 a R$ 1.857, com garantia de remuneração mínima de até R$ 2.896. E é só o começo: profissões no setor podem ter salários de até R$ 20 mil, no caso de engenheiros.

Segundo a gerente de planejamento e avaliação de Recursos Humanos da Petrobras, Mariângela Mundim, existem 36 carreiras para profissional de Nível Superior. No entanto, a especialista dá o passo a passo para os candidatos com formação técnica.

“Nas carreiras de Nível Médio é exigido diploma de qualificação técnica, conforme o cargo pretendido pelo candidato, exceto para o cargo de Técnico de Administração e Controle Júnior, que exige o diploma ou certificado de conclusão de curso de Nível Médio”, detalha.

Ela explica que, para todas as carreiras de Nível Médio, além de questões específicas para cada cargo, provas exigem conhecimento em português e matemática. Não é exigida qualificação em idiomas.

Segundo

Já para candidatos com Nível Superior, Mariângela observa que um segundo idioma é exigido. De acordo com a especialista, para todas as carreiras dessa formação é exigido, no processo seletivo público, o inglês, conforme descrito em edital, incluindo compreensão de texto escrito dessa língua e itens gramaticais relevantes para a compreensão de conteúdos.

Não é somente a Petrobras que está abrindo portas para os próximos anos, segundo Mariângela. “Essa é a hora de se preparar não só para vagas na estatal, mas para as que podem ser abertas na Indústria de Energia e toda sua cadeia de fornecedores”, destaca.

O setor de petróleo, gás e energia é promissor, mas há outro caminho que ganha cada vez mais força. A gerente de RH observa: “Espera-se que o setor naval, ligado ao segmento (com estaleiros, navios, plataformas), também cresça expressivamente”.

Endereço para planejar o futuro

GUIA ONLINE
Criado pela Petrobras, o site Profissões de Futuro (www.profissoesdefuturo.com.br) tem como foco incentivar jovens que estão concluindo o Ensino Fundamental a buscar especialização nas diversas áreas técnicas ligadas ao setor de petróleo, gás e energia. Para quem vai voltar ao estudos neste segundo semestre de 2012 e pretende pesquisar opções profissionais para os próximos anos, vale conferir o leque amplo de oportunidades que é apresentado no endereço da estatal.

CONTEÚDO
O conteúdo do Profissões de Futuro inclui o cenário da indústria de petróleo, gás e energia, notícias, informações sobre o mercado de profissões de Nível Técnico. Além disso, é possível encontrar informações úteis para a qualificação profissional, como links para as oportunidades oferecidas pelo Prominp (Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural), Programa Petrobras de Formação de Recursos Humanos (PFRH) e Pronatec (Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica).

NA WEB
De acordo com a Petrobras, as páginas de profissões mais acessadas no Profissões de Futuro são Técnico de Operação, Técnico de Segurança do Trabalho e Desenhista Projetista de Arquitetura. Já as páginas de cursos técnicos e graduação tecnológica mais acessadas são Petróleo e Gás, Mecânica e Edificações.

Com investimento de R$ 236 bi, aposta é em qualificação

A Petrobras prevê um investimentos da ordem de R$ 236,5 bilhões no período 2012-2016. Parte dessa aposta está no Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), criado em 2003.

Trata-se de um programa que qualifica mão de obra para suprir necessidade de pessoal capacitado no setor. Desde o primeiro processo seletivo, em 2006, até hoje, quase 90 mil concluíram cursos gratuitos do Prominp em 17 estados, dos quais cerca de 20 mil eram no Rio.

Atualmente, estão em curso as convocações dos aprovados no 6º ciclo de seleção do programa. Foram oferecidas 11.671 vagas, sendo 4.602 para o Rio de Janeiro. A expectativa é que, ainda neste ano, seja feito um novo processo seletivo.

domingo, julho 29, 2012

Qualificação técnica vira ‘atalho’ para os novos profissionais

Rio – Existe diferença salarial entre o jovem formado em Nível Técnico e o com o Superior, de acordo com Samuel Pinheiro, diretor da escola técnica de Petróleo e Gás, Petrocenter. No setor de Petróleo e Gás, o ganho médio de um funcionário com formação Técnica pode ser de aproximadamente R$ 3 mil. Já o de Superior, a partir de R$ 8 mil, como engenheiro. Apesar da diferença salarial, o volume de contratações dos profissionais do Ensino Técnico é maior, destaca Pinheiro.

Construção Civil é um dos cursos oferecidos pelo Senai Rio. Segundo especialistas, setor oferece oportunidades a quem tem Ensino Técnico

Para o presidente da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), o professor Celso Pansera, o Brasil descobriu uma grande demanda de mão de obra técnica, e com isso os profissionais são rapidamente absorvidos pelo mercado de trabalho. A dica dele é que o jovem use o Ensino Técnico como “atalho” para a profissão que vai seguir.

Segundo Pansera, as profissões de Ensino Superior ainda oferecem boa remuneração, mas a graduação exige um tempo maior. O desafio é fazer os jovens conhecerem as oportunidades do Ensino Técnico, que profissionaliza em menos tempo. “O Técnico é a porta de entrada da universidade. Com a vida mais estabilizada, por meio do salário de técnico, o jovem pode correr atrás do sonho de ingressar na universidade”, sugere.

É comum, ao sair da formação Técnica, se deparar com oportunidades de empregos. Algumas instituições até encaminham, afirma o profissional da Petrocenter. “O técnico atende a profissões específicas, encaminhando diretamente para o mercado de trabalho. É uma ótima escolha, pois atende à indústria”, diz.

Caminhos profissionais da formação

Afinal, quais são as profissões que mais contratam a mão de obra técnica? De acordo com o presidente da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), o professor Celso Pansera, são: Turismo, Construção Civil, Petróleo e Gás, Segurança e Saúde.

Segurança do Trabalho é uma das carreiras técnicas promissoras

“Atualmente, as profissões técnicas de maior destaque são o Técnico em Edificações, da área de Construção Civil, o Técnico em Segurança do Trabalho, da área de Segurança, e o Técnico em Enfermagem, da área de Saúde. O mercado dessas três profissões está muito aquecido”.

Ele acrescenta: “Área de Turismo, Hospitalidade e Lazer também recebe bem os técnicos. Outro curso que tem apontado boa procura é o Técnico em Petróleo e Gás”.

Segundo Samuel Pinheiro, da Petrocenter, a formação Técnica atinge novos mercados: “Nessa formação, há especialização em segmentos em expansão”.

Logo, os próximos anos podem ser decisivos para quem quer descobrir novos caminhos para essa formação.

Pansera confirma que essa é a tendência, uma vez que existe a necessidade por pessoal qualificado em Ensino Técnico. “É claro que não podemos descartar o Ensino Superior, mas o caminho é criar mais oportunidades para suprir a demanda de mão de obra técnica”, explica.

Onde procurar por educação técnica e chances no Rio

Segundo Alan Meira, fundador da Engarte.com — site de vagas para os setores Construção Civil e Engenharia —, “é muito comum encontrar um jovem de 25 anos com uma preparação técnica para o mercado”. Para isso, qualificação é vital. Vale conferir sites como a Engarte.com, além do endereço eletrônico do Senai (www.cursosenairio.com.br). Celso Pansera, presidente da Faetec (www.faetec.rj.gov.br), dá a dica: “Aqui, há uma preocupação em encaminhar esses alunos para estágios, apresentando a eles as possibilidades de exercício da profissão”.

Fonte: O Dia

Santos vai explodir com porto e pré-sal

Embora o pré-sal deva demorar mais tempo do que o previsto, seus efeitos já são sentidos no Grande Rio. A ex-capital nacional já vê seus estaleiros com pleno emprego e não poucas empresas internacionais transferiram suas sedes para o Rio ou aqui instalaram grandes centros de pesquisa – caso da GE e Schlumberger- ou instalaram fábricas e escritórios. Mas, logo após o Rio, Santos surge como grande beneficiada do pré-sal. E, ao longo do tempo, poderá até superar o Rio, uma vez que o pré-sal concentra mais reservatórios rumo ao Sul. A Petrobras tem grandes bases em Macaé (RJ) e Rio e se prepara para implantar forte estrutura na fluminense Itaguaí, mas nada irá impedir a expansão santista.

Os poços do pré-sal estão a 300 km da costa, o que obriga a estatal – e suas concorrentes – a fixarem bases bem próximas das áreas de exploração. Uma estimativa extra-oficial se refere a 212 mil empregos na cidade praiana paulista, somente com o pré-sal. A Petrobras está adquirindo imóveis e se mostra disposta a instalar amplas bases na região. Santos já é a 16ª. mais rica cidade do país e tem tudo para crescer. Com sua sensibilidade, os investidores imobiliários descobriram o potencial local e, em 12 meses, a valorização dos imóveis atingiu 30,8%.

Santos já concentra 40% dos contêineres movimentados no país e, a curto prazo, ganhará dois terminais especializados: Embraport e BTP-Brasil. O porto é responsável por 26% do comércio exterior do país e nenhum concorrente alcança 1/3 dessa importância. Em quinze anos, a operação, hoje próxima de 100 milhões de toneladas, deverá triplicar. Estima-se que a soja vá ser escoada pelo Norte do país, mas o porto paulista deverá manter-se líder em açúcar, café, sucos e outras cargas. A exemplo do argentino Puerto Madero e como o Rio – com o Porto Maravilha – se pretende criar, no maior porto do país, uma área cultural e turística.

Fonte: Monitor Mercantil (por Sérgio Barreto Motta)

sábado, julho 28, 2012

Rolls-Royce equipará navios-sonda de alta tecnologia

Encomenda por propulsores da britânica ultrapassa R$ 220 milhões

Rio de Janeiro (RJ) - A Rolls-Royce, empresa global de sistemas de energia, presente no Brasil há mais de 50 anos, recebeu encomendas de mais de R$ 220 milhões para fornecer grandes propulsores que irão equipar navios-sonda em operações offshore. Esses últimos pedidos, que incluem a opção de propulsores adicionais, vieram de um grupo de clientes que estão expandindo cada vez mais suas frotas de navios-sonda. Isso porque há uma crescente demanda na exploração de óleo e gás em águas profundas e condições severas.

A norueguesa Seadrill novamente escolheu os propulsores da Rolls-Royce para equipar três navios-sonda que serão construídos pela Samsung na Coreia do Sul. Cada embarcação terá seis sistemas azimuth, cada um com potência de 4.500 kW. A Pacific Drilling fez encomendas semelhantes para um navio-sonda, enquanto a Ensco pediu propulsores do mesmo modelo, só que mais poderosos, para uma de suas embarcações.

Esses últimos dois navios também serão construídos no estaleiro da Samsung. O vice-presidente sênior da divisão Offshore da Rolls-Royce, Helge Gjerde, destacou o papel da britânica no mercado:

“Nos últimos anos, diversos navios-sonda equipados com propulsores Rolls-Royce entraram em operação, fazendo da nossa empresa líder de mercado para esse tipo de equipamento. Estamos muito felizes em ver que os nossos clientes continuam confiando em nossa capacidade de apoiar os seus negócios com sistemas, produtos e serviços para missões críticas”, afirma o executivo.

Esses navios-sonda de alta especificação operam em modo de posicionamento dinâmico (sistema DP), com a utilização de tecnologia de satélite. Desse modo, as embarcações se mantêm estáveis sem a necessidade de ancorar. Por isso, os propulsores devem ter alto desempenho e confiabilidade e requerem características únicas. São elas a alta eficiência de impulsão durante a trajetória para os campos de perfuração e o controle do posicionamento durante as operações.

Os propulsores da Rolls-Royce serão utilizados, inclusive, em navios-sonda já contratados na Coreia do Sul pelas empresas Rowan, Noble e Fred Olsen, em Hyundai, e em Daewoo pelas companhias Attwood, Transocean (Aker) e Vantage.

Da Redação

OSX apresenta resultados do 2° trimestre de 2012

Petrobras aprovou a contratação da OSX para a integração de FPSOs para a produção de petróleo do pré-sal brasileiro

Rio de Janeiro (RJ) - A OSX, empresa do Grupo EBX que atua na indústria naval offshore, fechou o primeiro semestre de 2012 com lucro líquido de R$ 5,4 milhões. O caixa consolidado da companhia e de suas controladas em 30 de junho de 2012 era de R$ 1.9 bilhões.

Durante este trimestre, a empresa deu continuidade às suas principais frentes de ação: construção da UCN Açu e da frota de unidades offshore da OSX e de sua clientela; operação do OSX-1 e a contratação do financiamento de R$ 2,7 bilhões com repasse do FMM junto a BNDES e CEF, além das iniciativas de expansão da clientela.

"Nesse aspecto, recebemos com orgulho e responsabilidade a notícia de que a Petrobras aprovou a contratação da OSX para a integração de FPSOs para a produção de petróleo do pré-sal brasileiro”, comentou Carlos Bellot, diretor-presidente da OSX.

O início de treinamento do programa de capacitação profissional da parceria ITN e Senai-Firjan e as certificações ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001 para sistemas de gestão da operadora do FPSO OSX-1 também foram comemorados.

Atualmente, a OSX está gerindo uma carteira de 21 unidades destinadas à produção de petróleo e gás no Brasil, sendo cinco FPSOs e quatro WHPs para a OGX (empresa do grupo EBX), um navio PLSV para a Sapura e 11 navios-tanque MR para a Kingfish. Ao longo do trimestre, a OSX manteve a sua estratégia de expansão e diversificação de sua clientela.

As obras da Unidade de Construção Naval do Açu no Complexo Industrial do Superporto do Açu em São João da Barra, no norte do Estado do Rio de Janeiro, iniciadas em julho de 2011, seguem no ritmo previsto, para início de operação parcial no primeiro trimestre de 2013 e conclusão no segundo trimestre de 2014.

Da redação, com informações assessoria OSX

sexta-feira, julho 27, 2012

Cientistas russos criam nova tecnologia de prospeção de petróleo

Empresa Geonod diz que sistema é mais eficaz e economicamente vantajosa tanto em terra, quanto no mar, a grandes profundidades

Rússia - Para encontrar os tão almejados poços de petróleo é necessário um grande trabalho preparatório. Uma das etapas iniciais é a prospeção sísmica. A empresa Geonod propõe um método inovador de procura de hidrocarbonetos, sem análogos no mundo, conforme diz à Voz da Rússia o representante da companhia, Evgueni Borissov.

"A nossa tecnologia pode ser aplicada praticamente em quaisquer condições geológicas, incluindo zonas onde as atuais tecnologias não são suficientemente eficazes ou até impotentes, bem como nos casos em que não são vantajosas economicamente. A nossa tecnologia pode ser utilizada a qualquer profundidade: fazemos prospeção sísmica desde a superfície até as profundidades máximas nas quais é feita a extração", explica.

Os pesquisadores da empresa, integrada ao centro de inovação Skolkovo, afirmam que esta é a forma mais eficaz e economicamente vantajosa de fazer a prospeção de hidrocarbonetos quer em terra quer no leito marinho, a grandes profundidades.

Hoje em dia, a prospeção é feita através de dois métodos tradicionais. O primeiro é a prospeção sísmica, com a utilização de “cabos rebocados”. Se trata de cabos com vários quilómetros de comprimento munidos de sensores, que são rebocados pelos navios. Eles recebem os sinais refletidos, que são transmitidos para terra a partir do navio.

Uma outra tecnologia utiliza cabos instalados no fundo do mar. Os cabos são colocados nas profundidades e depois são feitos os respetivos cálculos em função dos dados obtidos. Os dois métodos têm os seus pontos negativos. No primeiro caso, não há grande rigor dos dados, uma vez que são registrados sinais provenientes não só da plataforma mas também do mar em si. O segundo método é mais rigoroso mas implica grandes despesas e muito tempo.

A tecnologia da Geonod não tem nenhum destes inconvenientes, ela é mais simples, mais eficaz e mais segura: a taxa de acidentes e avarias nos equipamentos não supera os 0,01%, sendo consequentemente mais barata do que as tradicionais.

O conjunto de equipamentos da Geonod integra dispositivos de registro autónomos instalados no fundo do mar e que imergem automaticamente. Para além disso, existe ainda um sistema de comando do equipamento, utilizado para resolver várias questões geológicas, bem como equipamentos facilmente instaláveis para colocação dos dispositivos de registro e sua recolha do mar.

Uma outra característica não menos importante é que estes equipamentos podem ser transportados a bordo de qualquer tipo de navio e não apenas de navios de investigação. Isso permite reduzir os custos dezenas de vezes e economizar recursos. No centro de investigação e inovação de Skolkovo, os especialistas da Geonod consideram que "no fundo teve início uma nova era na prospeção de hidrocarbonetos".

O Centro de Skolkovo possui atualmente mais de 500 empresas ligadas à inovação em cinco áreas diferentes: tecnologias IT, biomédicas, eletrotécnicas, espaciais e nucleares. Cientistas russos inventaram uma tecnologia completamente nova de prospeção de petróleo e gás natural no fundo do mar.

Fonte: Portal Terra / Voz da Rússia

Petrobras prioriza exploração e produção no Plano de Negócios e Gestão 2012-2016

No segmento de biocombustíveis, 90% do aporte de US$ 1,2 bilhão previsto para projetos em implantação irão para investimentos na expansão da produção de etanol. A expectativa é aumentar em 700 mil m3 por ano a produção atual de etanol, que é de 1 milhão de m3 por ano, considerando a capacidade instalada de usinas nas quais a Petrobras tem participação. Constam ainda do Plano, a implantação de usina de biodiesel no Pará, a operação de planta de etanol de segunda geração e outra de bioQAV (biocombustível de aviação).

Do total de 236,5 bilhões de dólares a serem investidos pela Petrobras no período entre 2012 e 2016, 141,8 bilhões serão destinados ao segmento de exploração e produção da Companhia. O valor a ser aplicado, que inclui os investimentos em exploração e produção no exterior, representa 60% do montante total do plano e resultará no alcance, em 2016, de produção de petróleo e gás de 3,3 milhões de barris de óleo equivalente por dia, sendo três milhões por dia no Brasil.

Para o Plano atual, a área de Exploração e Produção da Petrobras reavaliou o cronograma de projetos e estabeleceu uma nova curva “realista” de produção para o período 2012-2016. Para 2020, o Plano anterior havia estabelecido a meta de produção de 4,9 milhões de barris por dia. Neste Plano, a meta foi revista para 4,2 milhões de barris por dia, uma redução de 710 mil barris por dia em 2020.

“A área de exploração e produção revisitou o cronograma dos seus projetos durante três meses e durante esses meses, sistematicamente, eu estive com o diretor José Formigli, trabalhando intensamente na revisão da nossa capacidade de produção de petróleo, considerando a infraestrutura que nós dispomos e uma visão pragmática”, disse a presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, em evento de detalhamento do Plano de Negócios e Gestão 2012-2016 para investidores e imprensa, realizado no dia 25 de junho (segunda-feira), pela manhã, na sede da empresa, no Rio de Janeiro.

Projetos -O novo Plano divide os 980 projetos em dois grupos: projetos em implantação e projetos em avaliação. Estão no primeiro grupo todos os projetos de Exploração e Produção no Brasil e os das demais áreas que se encontram em execução (Fase IV). Para estes 833 projetos, estão destinados US$ 208,7 bilhões do total a ser investido no período.

Para os demais 147 projetos, enquadrados na categoria “em avaliação”, estão reservados US$ 27,8 bilhões. Estes empreendimentos terão, no entanto, de concorrer internamente por recursos, considerando sua viabilidade econômica e a agregação de valor ao portfólio da Companhia. Os valores envolvidos na execução destes projetos serão incorporados ao planejamento financeiro da Companhia conforme forem aprovados em suas fases.

O Plano apresenta três programas estruturantes: o Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Bacia de Campos, que objetiva a melhoria dos níveis de eficiência operacional dos sistemas de produção desta Bacia; o Programa de Otimização de Custos Operacionais, que identificará as oportunidades de redução de custos com impacto relevante e perene; e o Programa de Gestão de Conteúdo Local, que busca aproveitar ao máximo a capacidade competitiva da indústria nacional, com prazos e custos adequados às melhores práticas de mercado.

Financiabilidade -O planejamento financeiro do Plano de Negócios 2012-2016 segue duas premissas principais: a não captação de recursos por emissão de ações, justificada pela previsão de geração positiva de caixa a partir de 2016, e a manutenção do grau de investimento da Companhia. “Sem o grau de investimento, nós não teríamos acesso aos volumes de recursos que precisamos para implementar o plano”, explicou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Almir Barbassa.

A paridade internacional dos preços de derivados no Brasil, ajustados de médio a longo prazo, também é uma das premissas financeiras do PN 2012-2016. Contribui ainda para a financiabilidade do plano, um programa de desinvestimento e reestruturação financeira, que contempla US$ 14,8 bilhões, com foco em ativos no exterior. A maior parte do programa será executada ainda em 2012.

Segundo Barbassa, a necessidade anual de captação será de US$ 16 bilhões por ano, valor inferior à média de captação da Petrobras nos últimos anos.

Exploração e Produção - Além da contribuição dos novos sistemas, o incremento na produção de petróleo e gás no país virá, em parte, dos resultados a serem alcançados pelo Programa de Aumento de Eficiência Operacional da Bacia de Campos (Proef). “Esta unidade representa 25% do nosso potencial de produção. Portanto, temos que trabalhar para que ela recupere sua produção, dentro de metas que possam ser atingidas, com todo o suporte da organização da Petrobras ao time da Bacia de Campos”, falou o diretor de Exploração e Produção, José Miranda Formigli.

Os investimentos em exploração totalizam US$ 25, 4 bilhões e têm ênfase em novas fronteiras, nas margens Leste e Equatorial do país. “Nossa relação reserva/produção precisa se manter em um nível seguro, acima de 15 anos. Isso nos obriga a investir muito em exploração e em agregação de reservas provadas que suportem o crescimento de produção futuro”, disse Formigli. Segundo o diretor, a relação reserva/produção da Petrobras hoje é de 19 anos.

Internacional - Com recursos de US$ 6 bilhões para projetos em implantação, de um total de US$ 10,7 bilhões, a área Internacional da Companhia manterá o foco em exploração e produção, para o qual serão destinados 85% dos recursos. A área irá buscar projetos autofinanciáveis, que não onerem o caixa da Companhia. “Estamos buscando parceiros e sócios que vislumbrem o valor de nossos ativos no exterior e estejam dispostos a aportar os recursos necessários para o pleno desenvolvimento dos nossos projetos”, explicou o diretor interino da área Internacional, José Carlos Vilar Amigo.

Refino -Na área de Abastecimento, 45% dos US$ 55,8 bilhões destinados aos projetos em implantação serão investidos no aumento da capacidade de refino nacional e correspondem às obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e do primeiro trem do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Juntas, as duas unidades aumentarão a capacidade de refino da Petrobras em 400 mil barris por dia, chegando a 2,4 milhões de barris por dia. Segundo o diretor de Abastecimento, José Carlos Cosenza, a Rnest será a unidade operacional da Petrobras com a maior taxa de conversão de petróleo cru em diesel, de 70%.

Estão em fase de avaliação as refinarias Premium I e II e o segundo trem do Comperj. Estes projetos estão mantidos no plano, mas não serão concluídos antes de 2017. “Não houve corte nos investimentos nas novas refinarias. Estamos colocando recursos compatíveis com as fases em que os projetos se encontram, dentro de uma realidade de métricas internacionais, custos adequados e rentabilidade crescente”, disse o diretor.

Gás e Energia -Na área de Gás e Energia têm prioridade os projetos de transformação química do gás natural para produção de fertilizantes. No total, a área investirá US$ 13,5 bilhões, sendo US$ 7,7 bilhões para projetos já em implantação, como a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN III), em Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. “Com esta unidade, a expectativa é dobrar a produção de ureia no país”, falou o diretor da área, Alcides Santoro.

Com conclusão prevista para setembro de 2014, a UFN III irá produzir 1,2 milhão de tonelada de ureia por ano, além de 70 mil toneladas de amônia.

Biocombustíveis -No segmento de biocombustíveis, 90% do aporte de US$ 1,2 bilhão previsto para projetos em implantação irão para investimentos na expansão da produção de etanol. “Isso reflete a prioridade absoluta para a ampliação da produção de etanol no país”, falou o diretor Alcides Santoro.

A expectativa é aumentar em 700 mil m3 por ano a produção atual de etanol, que é de 1 milhão de m3 por ano, considerando a capacidade instalada de usinas nas quais a Petrobras tem participação. Constam ainda do Plano, a implantação de usina de biodiesel no Pará, a operação de planta de etanol de segunda geração e outra de bioQAV (biocombustível de aviação).

O montante total aprovado para a empresa Petrobras Biocombustível é US$ 2,5 bilhões, valor mantido em relação ao Plano anterior. Já o investimento total da Petrobras no segmento é da ordem de US$ 3,8 bilhões. Incluem, além do US$ 2,5 bilhões, mais US$ 1 bilhão para aportes em logística (etanolduto e terminais) e US$ 300 milhões para pesquisa e desenvolvimento.

quarta-feira, julho 25, 2012

P2 investe R$ 670 mi em estaleiro em SC

Caso a expectativa se confirme, o início da operação deve ocorrer em 2013. A entrega das primeiras embarcações está prevista para 2015

Santa Catarina (SC) - Sem alarde, o Pátria Investimentos e o grupo Promon estão se preparando para iniciar investimentos de R$ 670 milhões em um novo estaleiro para atender a indústria do pré-sal. Batizada com o nome fantasia de Oceana, a nova empresa será responsável pela fabricação de pelo menos quatro embarcações que serão oferecidas em licitações da Petrobras nos próximos meses.

A empresa foi criada pelo P2 Brasil, o fundo de investimentos em infraestrutura criado por Pátria e Promon. Conforme o Valor apurou, a área onde o estaleiro será erguido tem 310 mil metros quadrados e já foi adquirida pelo preço de R$ 30 milhões. O terreno fica na cidade de Itajaí - litoral de Santa Catarina. O local é próximo a fontes petrolíferas e tem ampla mão-de-obra especializada - hoje, a cidade já tem quatro estaleiros em operação: Detroit Brasil, Estaleiro Itajaí, Navship e Keppel Singmarine Brasil.

A Prefeitura concedeu, em troca da instalação da empresa, isenção de 50% do Imposto sobre Serviços (ISS) e até 100% de isenção de outros impostos municipais, como alvarás e taxas de aquisição de imóvel.

O empreendimento da Oceana já recebeu licença ambiental prévia da Fundação do Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina em dezembro. Hoje, a companhia só aguarda a licença de instalação para construir o empreendimento. Essa licença estava prevista para sair, inicialmente, em abril - mas até agora não foi liberada. A empresa aguarda ter o documento nos próximos 15 dias.

Caso a expectativa se confirme, o início da operação deve ocorrer em 2013. A entrega das primeiras embarcações está prevista para 2015.

O Fundo de Marinha Mercante (FMM) incluiu o projeto dentre as prioridades para financiamento no fim do ano passado. Na época, foi determinado que o projeto poderia receber financiamentos de até US$ 138,4 milhões do fundo para sua construção. As quatro embarcações iniciais também foram incluídas, devendo receber até US$ 246,4 milhões em financiamentos. A empresa também já tem autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para operar por prazo indeterminado.

O estaleiro nasceu depois do diagnóstico, por parte dos controladores, de que as embarcações de médio porte e com alto teor tecnológico para apoio à indústria de óleo e gás são hoje predominantemente importadas. As primeiras unidades a serem fabricadas são do tipo PSV 4500 - mais da metade das unidades desse modelo que operam no país são de origem estrangeira.

Segundo o Valor apurou, mais embarcações podem ser incluídas nos projetos da Oceana caso haja demanda e novos modelos também podem ser fabricados.

A intenção dos controladores é que a companhia tenha duas subdivisões. Além da construção naval, atividade que será feita por meio da Oceana Estaleiro, ela atuará na operação das embarcações, por meio da Oceana Navegação. O objetivo da segunda companhia é oferecer o apoio logístico à indústria de produção e exploração de óleo e gás.

O comitê de gestão da empresa é composto por três membros, sendo que dois já têm experiência no setor de construção naval: Josuan Moraes Junior, ex-executivo do estaleiro Detroit a agora presidente da Oceana Estaleiro; e Divalmir de Souza, co-fundador do estaleiro ETP (no Rio de Janeiro) e atual presidente da Oceana Navegação. Além disso, participa do comitê Guilherme Caixeta, ex-executivo da Votorantim e atual diretor do P2 Brasil.

A Oceana é a terceira empresa a receber investimentos do P2. Criado em 2008 para administrar recursos em infraestrutura, o fundo captou US$ 1,15 bilhão e poderá investir cerca de US$ 5 bilhões (alavancados) em logística, óleo e gás e saneamento nos próximos anos.

Antes da Oceana, o fundo comprou 97% da NovaAgri especializada em logística de commodities agrícolas, e também criou a Hidrovias do Brasil - especializada em logística de transporte aquaviário. Procurada pela reportagem, a Oceana preferiu não comentar os investimentos.

Fonte: Valor Econômico

terça-feira, julho 24, 2012

Inepar fecha contratos de US$ 720 milhões para o pré-sal

Segundo fato relevante publicado hoje, o valor total dos negócios pode chegar a US$ 911,3 milhões se confirmada a opção de compra de outros oito módulos para mais duas plataformas

Rio de Janeiro (RJ) - A Inepar informou que vai fechar nos próximos dias contratos no valor de US$ 720,4 milhões com a Tupy BV e com a Guará BV (companhias que têm como acionistas Petrobras, BG Group, Petrogral e Repsol Sinopec). A empresa vai fornecer, por meio de sua controlada Iesa Óleo e Gás, 24 módulos de compressão para seis plataformas do pré-sal.

O prazo de entrega dos equipamentos é de 54 meses. A Inepar afirmou que a execução desses contratos será feita pela nova unidade da Iesa que está sendo construída em Charqueadas (RS), em um investimento de R$ 100 milhões.

A Inepar informou ainda que os módulos serão construídos com equipamentos produzidos na fábrica da Iesa Projetos, Equipamentos e Montagens, outra empresa controlada pela Inepar, localizada em Araraquara, no interior de São Paulo.


Fonte: Valor Online

Relatório aponta falhas da BP e Transocean em vazamento nos EUA

A BP, empresa com base em Londres, era a dona e operadora majoritária do poço de Macondo, e a Transocean Ltd, baseada na Suíça, dona da plataforma que perfurava o poço

Houston (EUA) - As empresas BP Plc e Transocean Ltd não tinham regras claras para realizar importantes testes que garantissem que o malfadado poço de Macondo estava seguramente selado antes de sua ruptura, que causou o desastre ambiental de Deepwater Horizon em 2010, afirmaram investigadores de segurança norte-americanos.

O relatório preliminar da agência nacional sobre segurança de químicos dos Estados Unidos, a U.S. Chemical Safety Board (CSB, na sigla em inglês), que deve ser entregue nesta terça-feira durante uma audiência pública na cidade de Houston, devolve a atenção para erros destacados em investigações anteriores, com a BP potencialmente enfrentando sanções civis e até mesmo penais pelo incidente.

Mais de dois anos já passaram desde o desastre que aconteceu às 21h53 CDT em 20 de abril de 2010 (23h53 no horário de Brasília), quando uma onda de gás metano, conhecido pelos trabalhadores da plataforma como "pontapé", provocou uma explosão a bordo da sonda Deepwater Horizon, provocando a morte de 11 homens. A estrutura afundou dois dias depois.

A BP, empresa com base em Londres, era a dona e operadora majoritária do poço de Macondo, e a Transocean Ltd, baseada na Suíça, dona da plataforma que perfurava o poço de 1,6 km de profundidade no Golfo do México, na costa do estado norte-americano da Louisiana.

"(A BP e a Transocean tinham) diversas falhas de segurança no sistema que contribuíram com o incidente em Macondo", e segundo o relatório da agência federal, nenhuma das duas empresas tinham regras de segurança que focassem adequadamente no risco de acidentes graves.

O poço expeliu 4,9 milhões de barris de petróleo no Golfo do México por 87 dias seguidos, sujando os litorais de quatro estados no Golfo do México, no pior derramamento de petróleo no mar na história dos Estados Unidos. Maior ainda que o derramamento da Exxon Valdez no Alasca, em 1989.

Investigadores da CSB, que tem poderes de intimar testemunhas mas não de emitir multas ou citações, se focaram em averiguar testes cruciais conduzidos pelos operários de perfuração nos dias anteriores à explosão, a fim de determinar se o poço foi seguramente selado com cimento.

"A Transocean está comprometida com a melhoria contínua de ambos desempenhos pessoal e de procedimentos de segurança", afirmou o porta-voz da empresa, Brian Kennedy.

"Nós estamos ansiosos para revisar o relatório da CBS em sua totalidade para alcançar esse fim, assim como temos feito com diversos outros relatórios anteriores a esse."

Um porta-voz da BP disse que o acidente "foi resultado de diversas causas envolvendo diversos participantes", e que a empresa "tomou medidas concretas a fim de melhorar os gerenciamentos de segurança e risco", incluindo novas políticas sobre perfuração no Golfo do México, que excedem as atuais exigências regulamentares.

Fonte: Reuters

sábado, julho 21, 2012

Refinaria pernambucana da Petrobras caminha para ser a mais cara do mundo

Abreu e Lima pode custar mais de US$ 20 bilhões e superar projeto do Kuwait com capacidade quase duas vezes maior.




Um dos projetos mais ambiciosos da Petrobras nas últimas décadas na área de refino de combustíveis, a usina Abreu e Lima, que está sendo construída em Pernambuco, caminha para se tornar uma das refinarias mais caras do mundo. Orçada inicialmente em US$ 2,3 bilhões, a obra, que já foi paralisada algumas vezes pelo Tribunal de Contas da União por suspeitas de irregularidade, tem custo estimado, hoje, de US$ 17,1 bilhões. Apesar do incrível aumento de 643% no orçamento, a Abreu e Lima pode custar ainda mais. Estimativas da própria Petrobras dão conta que os valores podem superar a casa dos US$ 20 bilhões.

Até hoje, na história, nenhuma refinaria de petróleo, independente do combustível que irá produzir, custou tanto dinheiro. O recorde até o momento pertence à refinaria Al Zour, um projeto que ainda não foi tirado da gaveta pela estatal petrolífera do Kuwait (KNP, na sigla em inglês). Pelas estimativas da KNP, a refinaria está avaliada em US$ 19 bilhões. Já a refinaria mais cara já construída é a de Jamnagar, na Índia. Trata-se do maior complexo de refino de petróleo do mundo, com capacidade de processar mais de 1,2 milhão de barris por dia, cinco vezes a capacidade projetada para a Abreu e Lima.

Há quem diga, no entanto, que números absolutos não são os melhores indicadores para definir se uma refinaria é cara ou não. Em geral, o mercado usa a relação do custo da refinaria com o número de barris de petróleo que ela é capaz de processar. Usando esse parâmetro, a Abreu e Lima também é recordista. No projeto do Kuwait, o custo de processamento por barril é de US$ 30 mil. Na refinaria indiana, ele cai para US$ 10 mil. Na Abreu e Lima, o custo para se refinar um barril de petróleo já esta na casa dos US$ 75 mil e subindo.

Envolta em críticas, polêmicas e muitas denúncias, a refinaria pernambucana é quase um tabu na estatal brasileira. Procurada pela reportagem do iG, a Petrobras informou que não teria como se manifestar até a publicação desta notícia sobre a disparidade dos valores entre a Abreu e Lima e suas pares espalhadas pelo mundo.

Em seu favor, no entanto, a Petrobras pode argumentar que avaliar o custo de uma refinaria de petróleo e gás é um processo complexo. Essa é a tese corrente entre especialistas do setor. De acordo com eles, o valor final do investimento necessário varia de acordo com os produtos que serão produzidos (no caso da Abreu e Lima, principalmente óleo diesel) a densidade do petróleo (alta, no caso brasileiro, o que dificulta o refino) e quanto de enxofre e de impurezas precisarão ser retirados no processo de refino.

É uma conta complexa. “Às vezes é difícil comparar custos, porque cada grupo inclui diferentes itens em sua composição”, diz Dave Geddes, um economista e consultor de planejamento que trabalhou por mais de 20 anos em uma das maiores construtoras americanas, a Bechtel, avaliando a viabilidade econômica de projetos de refinarias nos Estados Unidos, na Ásia, no Oriente Médio e na América Latina. “De qualquer forma, é o valor mais alto que eu já vi”, diz, referindo-se a Abreu e Lima.

Hoje uma boa referência de relação entre preço de construção de refinarias e capacidade de processamento é justamente o da usina de Al Zour, na faixa dos US$ 30 mil. Para Tadeusz Patzek, professor e membro do conselho do departamento de petróleo e engenharia de geossistemas da Universidade do Texas, em Austin, um dos principais polos dessa indústria no mundo, o valor da usina do Kuwait tende a ser uma referência mundial. “Dificilmente veremos refinarias custando o que custavam no passado”, diz ele. O valor atual chega a ser o dobro do padrão predominante há poucos anos, de US$ 15 mil a US$ 20 mil. Ainda assim, está bem abaixo do que a Petrobras vem conseguindo em Pernambuco.

Até o final de abril, a Petrobras havia investido em Abreu e Lima US$ 8,35 bilhões, o suficiente para que pouco mais de 55% das obras fossem concluídas. O investimento total planejado, por ora, é de US$ 13,4 bilhões, até setembro de 2014. Mas o valor projetado e considerado realista, para conclusão em 2016, é de US$ 17,1 bilhões e pode aumentar em US$ 3 bilhões, caso sejam aceitas as solicitações de ajustes já feitas por epecistas (US$ 2 bilhões), e outras potencialmente identificadas pela Petrobras.

Em ocasiões passadas, a Petrobras alegou que os custos foram revisados para cima em função de uma série de fatores, de chuvas na fase de terraplanagem a incorporação de novas tecnologias para o tratamento de gases e a alta nos preços de serviços e equipamentos. Mas a própria Maria das Graças Foster, presidente da companhia, declarou na apresentação do plano de negócios da Petrobras para o período de 2012 a 2016, que a história de Abreu e Lima deveria ser escrita e lida para não ser repetida. É o que os contribuintes brasileiros e os milhares de acionistas da Petrobras espalhados pelo mundo esperam.

Fonte: IG (por Dubes Sônego)

Assinatura de contrato para construção das plataformas do pré-sal

Rio de Janeiro – Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobras informa que, juntamente com seus parceiros BG Group, Petrogal Brasil e Repsol Sinopec, e por meio de suas afiliadas Tupi-BV e Guará-BV, aprovou a assinatura de dez contratos, que somam US$ 4,5 bilhões, para a construção e integração dos primeiros seis módulos topside (planta de processo, utilidades e alojamento) das oito plataformas replicantes do tipo FPSO (unidade que produz, armazena e transfere óleo e gás). Essas plataformas estão sendo construídas no Brasil para o desenvolvimento dos projetos do pré-sal nos blocos BM-S-9 e BM-S-11, localizados na Bacia de Santos.

As seguintes empresas serão contratadas para os serviços: DM Construtora de Obras Ltda/TKK Engenharia Ltda, IESA Oleo e Gas S.A., Tome Engenharia S.A./Ferrostaal Industrieanlagen GmbH, Keppel FELS do Brasil S.A., Jurong do Brasil Prestação de Serviços Ltda e Mendes Jr Trading Engenharia S.A./OSX Construção Naval S.A. Os contratos serão assinados nos próximos dias.

Os FPSOs replicantes serão utilizados na primeira fase de desenvolvimento definida pelos parceiros dos blocos BM-S-9 e BM-S-11. O processo de contratação dos dois módulos de topsidese dos pacotes de integração restantes para os oito FPSOs replicantes deverá ocorrer nos próximos 18 meses junto às mesmas empresas.

Em paralelo, o consórcio do bloco BM-S-11 optou por iniciar o processo de contratação de pelo menos um FPSO adicional, a ser afretado e usado em áreas que necessitam de plantas de processo diferentes daquela adotada para os replicantes.

O consórcio do Bloco BM-S-11 é operado pela Petrobras (65%), em parceria com a BG E&P Brasil Ltda (25%) e Petrogal Brasil S.A. (10%). Já o consórcio do Bloco BM-S-9 é operado pela Petrobras (45%), em parceria com a BG E&P Brasil Ltda (30%) e Repsol Sinopec Brasil S.A. (25%).

Fonte: Agência Petrobras

sexta-feira, julho 20, 2012

Consultora esclarece dúvidas sobre os setores de petróleo e mineração

Segundo Denise Retamal, as vagas na Indústria estão nos estados de São Paulo, Bahia, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Amazonas e Rio de Janeiro.

Quem é profissional na área de técnico de segurança do trabalho tem chance nessas vagas
Gizzandra Dias

Segurança do Trabalho é uma carreira que pode ser construída a partir da formação em nível técnico, por meio do “Curso Técnico em Segurança do Trabalho”, cuja atuação pode se dar tanto na Indústria da Mineração como na Indústria do Petróleo & Gás.

Entretanto, algumas outras competências se fazem necessárias para a construção desta carreira nestes dois segmentos, tais como: domínio, pelo menos em nível básico e técnico, do inglês, conhecimento de softwares específicos, conhecimento do próprio segmento, capacitação e vivência , a partir de Programas de Estágio, nestas indústrias.

Na área ambiental, com formação de biólogo, tem algo promissor nessa área de mineração ou de petróleo e gás?

Fernanda Groth

O biólogo, que é uma profissão, e não uma carreira, pode construir uma carreira nas Indústrias da Mineração ou do Petróleo & Gás. A Biologia é o curso de graduação a partir do qual uma carreira poderia começar a ser construída nestes segmentos.

Na Indústria da Mineração, uma carreira ligada ao meio ambiente seria possível, uma vez que a Biologia traz conhecimentos em Ecologia, particularmente de meio ambiente e de gestão ambiental, e de Zoologia, particularmente de biologia reprodutiva, conservação e manejo da fauna, controle de pragas, taxonomia. A VALE, por exemplo, possui um Parque na região de Carajás: “Parque Zoobotânico de Carajás”, onde estes conhecimentos seriam muito bem-vindos, uma vez que a empresa se preocupa com o meio ambiente, com a revegetação de áreas mineradas e com a preservação dos animais nativos na região.

Na Indústria do Petróleo & Gás, uma carreira em meio ambiente é igualmente possível, e para o qual os conhecimentos em Oceanografia, por exemplo, são muito importantes: a biologia marinha.

Um técnico em construção naval tem possibilidade de um emprego na área de mineração ou de petróleo e gás?

Rafael Freitas

Um Técnico em Construção Naval pode atuar na Indústria do Petróleo & Gás com o desenho de estruturas e peças para as embarcações que apoiam as Plataformas de Petróleo, assim como na supervisão, instalação e manutenção de equipamentos, sistemas e máquinas marítimas, promovendo inspeções, ensaios, testes e reparos em embarcações e em seus componentes.

Por que a contratação apenas de quem tem 2 anos de experiências? Quero embarcar em Plataformas e já alguns requisitos necessários, como inglês fluente.

Andrey Furtina Bombinhas, SC

A contratação não é para aqueles que “têm, pelo menos, 02 anos de experiência de trabalho com vínculo CLT”, por exemplo. Mas sim de profissionais capacitados e que tenham escolhido e se capacitado para o exercício de uma Carreira nas Indústrias da Mineração ou do Petróleo & Gás. E para tal, será necessário inglês fluente, o que você já tem, a capacitação mais ampla, assim como a vivência, seja de estágio, ou de visitas técnicas, ou de alguma outra forma de atuação, nestes segmentos.

Curso Tecnologia em Petróleo e Gás e estou procurando emprego na área, mas não tenho experiência. Como poderei entrar nesse ramo?

Juliano Giordani

O curso de “Tecnologia em Petróleo e Gás” é apenas uma ferramenta para a construção de diversas Carreiras possíveis na Indústria do Petróleo & Gás. Inicialmente, você tem que escolher uma Carreira compatível com seu perfil individual e, acima de tudo, com forte demanda nos dias de hoje e com boas projeções futuras. A partir desta escolha, você deverá se capacitar, de forma mais completa, para o segmento e de acordo com a Carreira escolhida: idiomas, domínio de tecnologia, etc.

As seguintes Carreiras podem ser construídas a partir do curso de “Tecnologia em Petróleo e Gás”: “Controle de Qualidade”, “Logística de Distribuição”, “Processamento Industrial”, “Meio Ambiente”.

Estou no 2º semestre do curso superior em tecnologia do petróleo e gás. Há reconhecimento desta nova formação no mercado de trabalho?

Juliana Santos Caraguatatuba, SP

Sim, há o reconhecimento. Mas este curso é apenas uma das ferramentas possíveis para a construção de uma Carreira na Indústria do Petróleo & Gás. Você deverá refletir e escolher, ainda durante seu curso, uma Carreira possível no segmento e começar, da forma mais rápida possível, a se capacitar, de forma completa, para a mesma.

Qual o caminho para profissionais de outras áreas que querem migrar para a mineração ou a área petrolífera?

Flávio Conceição Juatuba, MG


O caminho é a escolha consciente de uma Carreira nas Indústrias da Mineração ou do Petróleo & Gás e a capacitação, sob medida, para as mesmas, ou seja, conforme demandas e exigências dos segmentos em nível globalizado.

Onde realmente estão essas vagas e como fazer para ter acesso a elas?

Elinaldo Andrade Salvador, BA

As Posições na Indústria do Petróleo & Gás estão sendo requeridas, principalmente, nas cidades de Santos, em São Paulo, na Bahia, no Rio Grande do Norte, no Espírito Santo, no Amazonas e no Rio de Janeiro, particularmente para o COMPERJ.

Para ter acesso a elas, você poderá fazer contato com uma Consultoria de Recursos Humanos especializada no segmento, ou acompanhar sites especializados sobre a indústria, nos quais, usualmente

Petrobras deverá cobrar por serviço de logística

Rio – A Petrobras está montando uma estratégia para elevar seus ganhos em logística com a contratação em larga escala de equipamentos, passando a cobrar de empresas parceiras por serviços. Segundo fontes, a estatal quer adotar uma prática já comum no mercado, mas ainda não aplicada na companhia. No grupo EBX de Eike Batista, por exemplo, a empresa de logística LLX faz este papel. Por ter uma estrutura separada, consegue cobrar pelos serviços.

Na Petrobras, uma refinaria no Sul do País, a Refap, pode servir como veículo para esta espécie de terceirização. A proposta foi discutida na última reunião de conselho de administração da companhia. O conceito também faria parte do plano estratégico da empresa para o período 2012-2016.

A Petrobras quer aproveitar ao máximo o ganho de escala e descontos de preço obtidos com o volume gigante de suas operações, deixando de repassá-los automaticamente a parceiras sem se beneficiar por isso. A estratégia poderia ser usada, por exemplo, com sócias da Petrobras em campos de petróleo em que a estatal é operadora.

A Refap, uma unidade localizada na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, poderia ser usada por ser uma empresa controlada pela Petrobras, mas constituída como uma sociedade anônima (S.A.) em separado. A Refap sempre fez parte do Sistema Petrobras, desde que começou a operar em 1968 com o nome de Refinaria Alberto Pasqualini. Em 2001, foi criada uma S.A. para a entrada da Repsol, que passou a ter 30% do empreendimento. A parceria durou dez anos e, em 2011, foi formalizada a saída da Repsol da empresa, num negócio de US$ 850 milhões.

Com a estrutura da Refap novamente 100% Petrobras, mas ainda constituída como uma empresa em separado, seria possível implementar a estratégia para prestação de serviços logísticos a terceiros. O conselho de administração da refinaria, montado na época da parceria com a petroleira espanhola, também poderia ser dissolvido, reduzindo custos internos, segundo fontes.

A Refap se tornou a quinta maior refinaria do País depois de passar por um processo de ampliação que durou cinco anos e foi concluído em 2006, ao custo de US$ 1,281 bilhão. A capacidade foi elevada de 130 mil para 190 mil barris de petróleo por dia. Também foi ampliada a complexidade operacional para o processamento de petróleos mais pesados.

Hoje, a empresa atende aos mercados do Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina, dispondo de uma complexa malha logística, já estruturada, para o escoamento e armazenagem de diferentes produtos. Com a possível reestruturação, atenderia também a outros pontos do País. A Refap também conta com estrutura para exportação. Paraguai, Argentina, Uruguai e Bolívia recebem diesel produzido pela refinaria. A região do Caribe recebe gasolina.

A produção atual consiste, principalmente, em óleo diesel e gasolina, além de nafta petroquímica, propeno, GLP, querosene de aviação, óleo combustível e asfalto.

Fonte: Agência Estado (Por Sabrina Valle)

Chevron quer ser parceira em desenvolvimento energético

Na nota, a empresa também diz estar confiante de que sempre atuou de forma “diligente e apropriada” e em conformidade” com os planos de exploração e de emergência em Frade

Rio de Janeiro (RJ) - Oito meses depois do início do vazamento de petróleo no Campo de Frade, a Chevron confirmou que pretende retomar a produção de óleo no local e informou que espera ser “parceira do país no desenvolvimento de seu potencial” energético. A empresa petrolífera parou de produzir petróleo em Frade, na Bacia de Campos, em março deste ano.

Em nota divulgada pela assessoria de imprensa da empresa, a Chevron diz que está “trabalhando com a ANP [Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis] em relação a todas as questões referentes ao Campo de Frade, incluindo o retorno à produção”.

A multinacional informa ainda que respeita o relacionamento com o Brasil e espera “ser um parceiro do país no desenvolvimento de seu potencial como uma superpotência energética”. Na nota, a empresa também diz estar confiante de que sempre atuou de forma “diligente e apropriada” e “em conformidade” com os planos de exploração e de emergência em Frade.

A ANP informou que a Chevron deve oficializar até o final deste mês o pedido para que a produção de Frade seja retomada pela empresa. A agência também informou que deve divulgar esta semana o resultado das investigações sobre o vazamento de petróleo, com o valor da multa que será cobrada da empresa petrolífera.

Fonte: Agência Brasil

quinta-feira, julho 19, 2012

Ecopetrol fecha acordo para comprar fatia em blocos em Santos

De acordo com a legislação de petróleo brasileira, a transação está sujeita à aprovação da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

São Paulo (SP) - A Ecopetrol Óleo e Gás do Brasil, subsidiária integral da colombiana Ecopetrol, fechou acordo para adquirir 30 por cento de participação em três blocos de exploração na bacia de Santos, na costa brasileira.

Os blocos --BM-S-72 (anteriormente SM-1100), BM-S-63 (anteriormente SM-1036) e BM-S-71 (anteriormente SM-1035)-- foram adquiridos da Vanco Brasil Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural Ltda, subsidiária integral da PanAtlantic Energy Group.

"Após essa transação, a PanAtlantic, através de sua subsidiária brasileira, deterá 40 por cento de participação nas concessões e continuará como Operadora da campanha de perfuração de três poços, iniciada em 7 de julho de 2012 com a perfuração do poço Sabia-1X em BM-S-72", afirmaram as empresas em comunicado.

Participações adicionais são mantidas pela Panoro Energy ASA (15 por cento) e pela Brasoil Round 9 Exploração Petrolífera Ltda (15 por cento). O valor da transação não foi informado em comunicado. A Ecopetrol criou a subsidiária Ecopetrol Óleo e Gás do Brasil Ltda em 2006.

Os novos blocos da bacia de Santos serão adicionados ao portfólio brasileiro da empresa, que inclui participação nas atividades de exploração offshore em oito blocos localizados nas bacias do Pará-Maranhão, Bacia de Campos e Bacia de Santos.

"Estamos muito satisfeitos com o fato de que a Ecopetrol compartilha nossa visão da Bacia de Santos como estimulante região de exploração e se juntará a nós na campanha de perfuração de 2012", disse o diretor executivo da PanAtlantic, William T. Drennen.

A PanAtlantic tem ativos de exploração em águas profundas no Brasil, África ocidental e Mar Negro.

Fonte: Reuters

Com foco no pré-sal, a IBM busca expandir negócios em Macaé

A cidade, que está dentro do plano de expansão da empresa, tem no setor de O&G o principal atrativo para atuação

Rio de Janeiro (RJ) - De olho nas oportunidades de negócios existentes no pré-sal, a IBM Brasil está buscando estreitar contatos em Macaé, o principal pólo petrolífero do Brasil. A cidade escolhida faz parte do plano de expansão divulgada pela empresa e que tem como objetivo oferecer serviços de Tecnologia da Informação dentro da estratégia desenvolvida para atender países emergentes. “Macaé é o nosso mais recente foco. Há alguns meses estávamos buscando expandir a nossa atuação no estado do Rio de Janeiro e vimos que Macaé possui todos os aspectos necessários, pois passa por um período de prosperidade em razão do mercado de petróleo e gás”, conta Célia Zappa, líder de expansão regional da IBM Brasil, em entrevista concedida ao Portal Macaé Offshore, no Centro de Tecnologia da empresa, em Hortolândia, interior de São Paulo.

Segundo a executiva, a IBM ainda não está fisicamente em Macaé. Ela explica que a empresa desenvolveu um website no qual permitirá a interação com empresas locais e, assim, estabelecer parcerias. No portal, há informações de como a IBM deseja atuar para atender as demandas das empresas, sobretudo as médias e pequenas, que estão localizadas na cidade.“ Para atuar em Macaé, estamos operando num modelo integrado de prestação de serviços. Essa flexibilidade permite que os clientes sejam atendidos a partir de qualquer localidade”, conta.

Célia revela que a estratégia de expansão regional também tem o objetivo de identificar oportunidades que fomentem a economia local, o que inclui, além de revendas, desenvolvedores de software. “O setor de óleo e gás é bastante demandante por tecnologia. E essas empresas que antes não tinham esse contato, poderão, através do portal, tomar conhecimento dos nossos serviços, como, por exemplo, a computação nas nuvens (cloud computing), terceirização de infraestrutura, data center, servidores e softwares entre outros”, conta. Ela acrescenta que a a instalação física da empresa não está descartada e ela se dará conforme forem se desenvolvendo os contatos locais.

Além de Macaé, a IBM também está focando negócios em Maringá (PR) e região do Vale do Paraíba. “Com essas regiões, ampliamos para 38 o número de praças cobertas pela estratégia”, revela Célia Zappa. Esses movimentos respondem à estratégia global de expansão para economias de rápido crescimento, como Rússia, Índia e China, além de partes da África, Oriente Médio, Europa Central e Oriental, e América Latina. “Esses países fazem parte da unidade de Growth Market da IBM, que em 2011 representou 22% a renda da companhia. “A expectativa é que esses países contribuam com 30% da receita total da IBM até 2015”, afirma Célia Zappa.

EUA e Grã-Bretanha não permitirão que Irã feche rota de petróleo

Irã ameaça fechar Estreito de Ormuz, pelo qual passam 40% das exportações mundiais de petróleo

Rio de Janeiro (RJ) - Estados Unidos e Grã-Bretanha não permitirão que o Irã impeça a navegação pelo Estreito de Ormuz, entre o Golfo Pérsico e o mar de Omã, disseram nesta quarta-feira os ministros americano e britânico da Defesa em uma entrevista coletiva à imprensa no Pentágono.

"Os iranianos devem entender que os Estados Unidos e a comunidade internacional os considerarão diretamente responsáveis por qualquer perturbação da navegação que o Irã possa provocar na região", advertiu o secretário de Defesa americano, Leon Panetta. Washington tem meios militares para assegurar que qualquer tentativa de bloquear o estreito seja impedida, declarou o chefe do Pentágono.

A Marinha americana reforçou nas últimas semanas a sua presença no Golfo em resposta às repetidas ameaças do Irã de fechar o Estreito de Ormuz, por onde circula um terço do tráfego marítimo petroleiro mundial, caso seus interesses vitais sejam ameaçados por ataques a seus centros nucleares ou pelo embargo de petróleo ocidental.

Por isso, os Estados Unidos mobilizaram uma base naval para oferecer assistência técnica na busca e eliminação de minas e enviou helicópteros para a região.

O ministro britânico da Defesa, Philip Hammond, afirmou que seu país manterá seu papel "na manutenção da liberdade de navegação em águas internacionais do Golfo e do Estreito de Ormuz".

"Como já disse em Washington em janeiro, qualquer tentativa de bloqueio do estreito por parte do Irã é ilegal e não será tolerada pela comunidade internacional", alertou.

Fonte: Portal Terra

quarta-feira, julho 18, 2012

STX Promar vai contratar 500 pessoas em setembro

O estaleiro da STX Promar começa a ganhar forma na Ilha de Tatuoca, no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco. À medida que as obras avançam, aumentam as expectativas sobre os efeitos do projeto nos municípios do entorno. Um dos desafios é evitar erros cometidos pelo Estaleiro Atlântico Sul (EAS), também situado na Tatuoca. Em setembro, o STX Promar, controlado por noruegueses e brasileiros, vai contratar 500 pessoas de um total de 1,5 mil trabalhadores que devem ser empregados nos próximos anos. O início da produção está previsto para junho de 2013 a partir de investimentos de R$ 250 milhões.

O novo estaleiro pernambucano nasce com uma carteira robusta formada por oito navios gaseiros encomendados por US$ 536 milhões pela Transpetro, subsidiária de logística da Petrobras. Foi esse contrato que deu confiança aos acionistas, a STX OSV, da Noruega, com 50,5%, e a PJMR, do Rio, com 49,5%, para levar adiante a construção do estaleiro. Os gaseiros vão garantir trabalho para o estaleiro por mais de três anos, mas a partir de 2014 o STX Promar precisará ter novas obras. E a aposta está na construção de navios de apoio às atividades de petróleo e gás, especialidade da STX OSV.

A empresa é controlada pelo grupo coreano STX e tem operações na Noruega, Romênia, Vietnã e Brasil. No Brasil, a STX OSV faturou R$ 430 milhões em 2011, número que deve crescer 16% este ano e atingir R$ 500 milhões, prevê Waldomiro Arantes Filho, presidente da STX OSV no Brasil. Uma das vantagens do STX Promar é contar com o apoio de um estaleiro operacional pertencente ao grupo, o STX OSV, de Niterói (RJ).

As atividades da STX OSV no Brasil se dão em conjunto com a PJMR, cujos sócios criaram o estaleiro Promar, que terminou comprado pelos noruegueses. O grupo tem ainda outros dois projetos no país: um consórcio com o estaleiro Rionave, do Rio, que está começando a produção dos cascos dos dois primeiros gaseiros da Transpetro, e a construção de estaleiro de reparos para navios offshore em Quissamã (RJ).

O STX de Niterói está treinando 50 soldadores, maçariqueiros e outros técnicos recrutados na região de Suape. Em janeiro de 2013 outra turma com 50 trabalhadores pernambucanos vai desembarcar no Rio para um período de treinamento. No total, a STX OSV tem 1,8 mil trabalhadores, dos quais 1,6 mil em Niterói e 200 em Suape, onde o diretor é um norueguês que construiu outra unidade no Vietnã.

Arantes diz que o estaleiro pernambucano, a ser instalado em área de 25 hectares, começará com mil empregados e chegará a 1,5 mil no pico da operação.

O STX Promar terá capacidade de processar 20 mil toneladas de aço por ano, 20% da capacidade do Estaleiro Atlântico Sul, de 100 mil toneladas. O EAS emprega também cinco vezes mais pessoas (o número de empregados hoje no estaleiro é de cerca de cinco mil funcionários). Mas o EAS chegou a empregar cerca de 11 mil trabalhadores, muitos dos quais originários da atividade canavieira dos municípios próximos de Suape.

Parte da mão de obra que foi treinada para trabalhar no EAS e depois dispensada poderá ser aproveitada pelo STX Promar. Outro contingente desses trabalhadores está empregado em grandes projetos como a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Suape, a transposição do Rio São Francisco e a implantação da ferrovia Transnordestina, diz Alberto Santos, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pernambuco (Sindimetal/PE).

Para Santos, é importante que no caso do STX Promar haja uma união de esforços entre empresa, Estado e sindicato para evitar problemas que ocorreram no EAS. “Não acredito em apagão de mão de obra.” Arantes, do STX OSV, diz que o estaleiro criou programa de treinamento e fez acordo com o governo do Estado de Pernambuco e com cinco municípios da região de Suape para focar em capacitação a partir do processo seletivo de trabalhadores que começa em setembro.

Existe avaliação segundo a qual o EAS, pelo seu pioneirismo, poderá contribuir, em termos de experiência, para reduzir erros em outros projetos de construção naval em Pernambuco. Dos R$ 250 milhões investidos no STX Promar, 70% serão financiados pelo Fundo da Marinha Mercante. A expectativa é de que o projeto se pague em 15 anos.

O investimento inclui o pagamento pela cessão onerosa de uso de uma área de 25 hectares, de um total de 80 hectares arrendados pelo estaleiro. O estaleiro trabalha agora para conseguir o “aforamento”, a formalização da transferência dessa área de 25 hectares feita pelo Estado de Pernambuco, junto à Secretaria de Patrimônio da União (SPU). Os restantes 55 hectares continuarão arrendados pelo STX Promar.

Fonte: Valor Econômico

Fundo da Marinha aprova projetos avaliados em R$ 1,02 bi

Entre os destaques está a prioridade aprovada a Pancoast para a suplementação para quatro navios tanques de 30.000 TPB, que integram o programa EBN, da Petrobras

Rio de Janeiro (RJ) - O Conselho Diretor do Fundo da Marinha Mercante aprovou prioridades de financiamento a 22 projetos de embarcações e estaleiros em reunião realizada no último dia 6 de julho. No total, os empreendimentos de 14 empresas totalizam R$ 1,022 bilhão. No encontro também foram alterados projetos que haviam sido aprovados na reunião de novembro do ano passado. Estaleiros, cabotagem, embarcações de apoio marítimo e portuário, além de navegação interior foram contemplados com a prioridade de apoio financeiro.

Os maiores recursos serão aplicados nos segmentos de apoio marítimo e cabotagem, respectivamente R$ 716,462 milhões e R$ 161,099 milhões. Para estaleiros, o montante chega a R$ 93,565 milhões. Projetos de apoio portuário e navegação interior totalizam investimentos de R$ 46,911 milhões e R$ 4,700 milhões.

Entre os destaques está a prioridade aprovada a Pancoast para a suplementação para quatro navios tanques de 30.000 TPB, que integram o programa EBN, da Petrobras. Dois deles serão utilizados para transporte de produtos claros e contarão com adicional de R$ 80,335 milhões. Os outros dois, destinados aos produtos escuros, terão suplementação de R$ 80,764 milhões. Outra empresa que recebeu prioridade foi o Estaleiro Rio Tietê Ltda. Com o financiamento de R$ 27,595 milhões, a companhia financiará a construção do empreendimento, instalado no município de Araçatuba, em São Paulo.

Alterações - O CDFMM também alterou as prioridades de apoio financeiro do Fundo da Marinha Mercante concedidas na 18ª reunião realizada no dia 30 de novembro do ano passado para três empresas. As principais alterações envolvem os projetos da Hidrovias do Brasil de balsas graneleiras e empurradores fluviais. O CDFMM também alterou o beneficiário e o valor de construção do estaleiro Quissamã, que será instalado no município de mesmo nome, no Rio de Janeiro. Na 18ª reunião do CDFMM, a unidade tinha como responsável a STX OSV Niterói e havia sido aprovada prioridade de apoio financeiro no valor de R$ 76,449 milhões. Agora o projeto é de responsabilidade da empresa Estaleiro Quissamã Ltda e o projeto contabiliza investimentos de R$ 127,822 milhões.

Fonte: Portos e Navios