sexta-feira, novembro 30, 2012

Cientistas encontram petróleo no espaço

Descoberta de hidrocarbonetos em nebulosa confirma que a região é uma espécie de refinaria cósmica.

São Paulo – Um grupo de pesquisadores do Instituto Max Planck de Radioastronomia (Alemanha) encontrou indícios de vastas reservas de petróleo na Nebulosa Cabeça de Cavalo. A descoberta pode ajudar a entender se esse tipo de óleo é realmente um composto fóssil ou tem origem mineral.

A Nebulosa Cabeça de Cavalo fica na Constelação de Órion, a 1.300 anos-luz da Terra. Por causa da forma peculiar e de fácil reconhecimento, essa nebulosa é um dos objetos celestes mais fotografados pelos astrônomos.

Os cientistas observaram a nebulosa com um radiotelescópio de 30 metros do Instituto de Radioastronomia Milimétrica (IRAM), na Espanha. Então, eles descobriram moléculas de C3H+, ou seja, hidrocarbonetos interestelares.

Hidrocarbonetos são um dos elementos fundamentais na composição do petróleo e do gás natural. Isso significa que a molécula C3H+ faz parte da estrutura de umas das fontes de energia mais usadas atualmente na Terra. Segundo os pesquisadores, a descoberta confirma que a região é uma espécie de refinaria cósmica.

Esse petróleo espacial é resultado da fragmentação de moléculas carbonáceas gigantes, chamadas PAHs (hidrocarbonos policíclicos aromáticos). Essas moléculas recebem luz ultravioleta e ficam ainda menores do que os hidrocarbonetos encontrados.

O mecanismo é mais eficiente em regiões como a Nebulosa Cabeça de Cavalo, onde o gás interestelar está exposto à luz de uma estrela gigante muito próxima. Os astrônomos acreditam que a Nebulosa contém 200 vezes mais hidrocarbonos do que a quantidade total de água na Terra.

Fonte: Vanessa Daraya, de Info

Opep deverá manter meta de produção de petróleo inalterada

O número isolado sugere que o excedente de produção da Opep pode subir no próximo ano e pode indicar que modestos freios são necessários

Os altos estoques de petróleo, a desaceleração do crescimento da demanda e a frágil economia global normalmente dariam à Opep razões para considerar cortes na oferta em sua reunião no próximo mês, especialmente quando alguns acreditam que podem estar produzindo mais do que o suficiente para atender a demanda.

Mas, com os conflitos no Oriente Médio mantendo o preço do petróleo em três dígitos, os delegados da Opep dizem que o grupo de 12 membros deverá manter a meta de produção de 30 milhões de barris por dia (bpd), acordada há um ano.

Eles também esperam que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) contenha as tensões recentes entre Irã e Arábica Saudita, uma vez que com sanções ocidentais contra Teerã os sauditas e aliados do Golfo Árabe, Kuwait e Emirados Árabes Unidos, a aumentaram suas produções.

As indicações são de que o Irã, sob aperto das sanções dos EUA da Europa sobre seu programa nuclear, está resignado a exportações dramaticamente mais baixas e ficará fora do radar na reunião do dia 12 de dezembro, em Viena.

"A Opep está enfrentando um difícil ano pela frente. A economia mundial está fraca e a oferta ficará abaixo da demanda, o que pode justificar um corte de cerca de 500 mil barris por dia", disse um delegado sênior da Opep, de país produtor do Golfo.

"Os fatores políticos, no entanto, vão evitar que a Opep tome qualquer ação formal."

Com as mudanças no teto de produção sendo improváveis, o gerenciamento do mercado de petróleo será guiado pelo líder produtor da Opep, a Arábia Saudita --único membro com significante capacidade ociosa-- com suporte dos Emirados Árabes e o Kuwait.

Riade já recuou das taxas de máxima de 30 anos, de 10 milhões de barris diários, produzindo cerca de 9,7 milhões de bpd em outubro. Isso ajudou a reduzir a produção geral da Opep em cerca de 700 mil bpd ante o pico atingido mais cedo no ano, de quase 32 milhões de bpd.

Os estoques de petróleo em países industrializados aumentaram para 59,6 dias de demanda futura em setembro, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), significativamente acima da média de cinco anos, pela primeira vez em 2012.

A Opep está produzindo cerca de 1 milhão de bpd acima do teto de 30 milhões de bpd. A demanda por petróleo do grupo deve cair no próximo ano em mais de 400 mil bpd, com os Estados Unidos, aproveitando o boom de energia de xisto, e outros países de fora da Opep, ampliando suas ofertas.

Fonte: Portal R7

“Petrobras deverá dobrar de tamanho até 2020″, afirma Graça Foster

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, afirmou hoje que a empresa deverá dobrar de tamanho até 2020. Durante Almoço-Debate promovido hoje pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), ela apresentou o planejamento estratégico da empresa para os próximos anos.

- A prioridade para a Petrobras é o petróleo. Nós entendemos que no futuro, entre 2050 e 2060, quando as energias não fósseis devem prosperar, a indústria fóssil servirá de modelo para as futuras energias – sustentou Graça Foster para uma platéia de 357 empresários convidados de João Doria Jr. sobre as “Perspectivas do Pré-Sal e das Energias Limpas”.

Questionada sobre quem vence a queda de braço de preços com o governo, Foster disse não haver isto, que a Petrobras trabalha com margem de refino positiva e que há trabalho técnico com os controladores, finalizando que não há prazo estabelecido para aumento da gasolina.

Sobre desabastecimento, a presidente da Petrobras garantiu que não haverá falta de combustível, lembrando que a empresa responde pelo suprimento e pela BR Distribuidora. Para Graça Foster, “etanol é uma grande solução, tem a cara do Brasil e sou uma das defensoras dele”. A presidente completou dizendo que o etanol é prioridade e que a empresa está investindo em pesquisa.

Sobre a divisão dos royalties do pré-sal, Graça Foster afirmou que não comenta a manifestação agendada para hoje no Rio de Janeiro ou sobre veto e não-veto.

- Como executiva da área, quero que seja com o menor desentendimento, com marco regulatório definido e conhecido e que não traga passivo, ou seja, é uma equação que precisa ser definida.

Perguntada se é possuidora de ações da Petrobras, a presidente da empresa afirmou não ter ações porque assim se sente “mais confortável nas decisões”.

- Se não tivesse este cargo, compraria ações da companhia”, garantiu, lembrando que a empresa tem alcançado “resultados esplendorosos no refino, melhoria significativa na produção, embora não pressiono a produção se não tivermos cumprindo todas as paradas de manutenção.

Para ela, o petróleo é um “produto delicado e que precisa funcionar 100%, como um carro”. Graça Foster disse compreender o quão aborrecidos estão os acionistas minoritários e lembrou que a empresa trabalha forte para aumentar a produção.

Fonte: Monitor Mercantil

quinta-feira, novembro 29, 2012

2013: Petrobras anuncia concurso para o segundo semestre

O processo seletivo era válido até o próximo mês, mas foi prorrogado por mais seis meses.

A Petrobras divulgou, no Diário Oficial da União da última semana, a prorrogação do prazo de validade da última seleção realizada para 1.521 oportunidades, além de formação de cadastro reserva, para cargos de níveis médio e superior em todo o país. O processo seletivo era válido até o próximo mês, mas foi prorrogado por mais seis meses, contados a partir de 8 de dezembro. Para os cargos de advogado júnior, inspetor de segurança interna júnior e técnico de perfuração e poços júnior o prazo passará a contar a partir de 25 de dezembro.

Com isso, um novo concurso deve ficar para o segundo semestre do próximo ano. A possibilidade de realização de um novo processo seletivo é grande devido à previsão, durante a apresentação do Plano de Negócios 2011-2015, realizada em 25 de julho do ano passado, da expansão do quadro de funcionários da empresa para 103.030 até 2015 (incluindo os servidores que atuam no exterior e de empresas subsidiárias).

Atualmente com mais de 85 mil empregados, seriam ofertadas mais 17.613 vagas. O anúncio referente às futuras contratações foi feito por José Sergio Gabrielli de Azevedo, então presidente da companhia. Para a Petrobras o planejamento de recursos humanos é um dos desafios corporativos, pois o objetivo é tornar a empresa referência internacional no segmento de energia e em gestão de pessoas. “Seremos, entre as empresas que produzirão petróleo de novas descobertas, a maior de todas”, destacou Azevedo à época.

A última seleção foi organizada pela Fundação Cesgranrio e envolvia os postos de técnico em diversas áreas, inspetor de segurança interna, administrador, advogado, analista ambiental, analista de comercialização e logística, analista de pesquisa operacional, analista de sistemas, bibliotecário, economista, engenheiro, geofísico, geólogo, médico do trabalho, profissional de comunicação social e psicólogo. As remunerações estavam na faixa de R$ 1.994,30 a R$ 6.883,05.

Fonte: 180graus
Uma reciclagem inédita que converte plástico velho em petróleo de excelente qualidade foi apresentada por uma empresa americana presente no Salão do Meio Ambiente, Pollutec, realizado em Lyon (centro da França). A técnica da Agilyx, empresa criada em Oregon (oeste dos Estados Unidos) há apenas seis anos permite tratar qualquer plástico, inclusive o mais velho ou o mais sujo.

“O que nos interessa não são os plásticos que são reciclados hoje em dia, mas os plásticos que ninguém quer e que costumam acabar no lixo”, explica Jon Angin, vice-presidente da empresa, que foi ao salão de Lyon.

Este plástico, primeiro triturado, é colocado em um grande “cartucho”, aquecido para se transformar em gás, e depois volta a ser esfriado na água. O petróleo resultante é separado ao emergir à superfície.

No fim, mais de 75% do peso original é transformado em petróleo cru, pronto para ser refinado como qualquer outro tipo da substância saudita ou russa. O resto da matéria fica dividida em gás e em resíduo final (menos de 10%).

Esta proporção significa que 10 t de plástico – cuja produção mundial foi em 2011 de 280 milhões de toneladas – fornecem cerca de 50 barris de petróleo, segundo a empresa, que informa, no entanto, que o equivalente a 10 barris de energia foram utilizados no processo industrial. “Produzimos assim cinco unidades de energia para cada unidade consumida”, resume Angin.

Esta tecnologia parece ter convencido vários no setor. Esta PME (pequena e média empresa) de 60 pessoas já atraiu para seu capital o líder americano dos resíduos Waste Management e o gigante petroleiro francês Total.

E não é preciso que o barril de petróleo esteja a US$ 200 para que esta tecnologia tenha saída. “Com a cotação atual do petróleo (em média a US$ 100 o barril), a Agilyx já é rentável”, ressalta François Badoual, diretor da Total Energy Ventures, filial de investimentos do grupo francês, que entrou no capital do americano no fim de 2010.

Angin prefere não falar muito do preço mínimo do barril necessário para que a empresa seja viável. “Estamos muito tranquilos, o preço do petróleo não vai cair abaixo deste nível”, assegura.

Em relação ao petróleo produzido, não deve nada em termos de qualidade ao que é extraído no mundo. O plástico já é um produto do petróleo refinado, e não tem muitas impurezas. “É um petróleo de boa qualidade que poderíamos classificar de leve, muitas vezes buscado pelas refinarias”, confirma Badoual.

A Agilyx viu vários competidores emergirem, como o britânico Cymar ou o americano Vadxx Energy, embora eles ainda não produzam.

É possível uma instalação na Europa? Embora o Velho Continente tenha uma certa vantagem sobre a América Latina em relação à reciclagem, a Europa também tem menos espaços para dedicar a lixões que Estados Unidos ou Canadá, ressalta Jon Angin.

Sua presença em Lyon é uma prova do interesse pelo mercado europeu: é a primeira vez que a empresa participa de um salão deste lado do Atlântico.

Fonte: AFP

Petrobras faz parceria com Senai para desenvolver tecnologia inédita de soldagem.

A Petrobras assinou termo de cooperação com o Senai, no valor de R$ 11,5 milhões, para implantação do Laboratório Brasileiro de Excelência em Tecnologia de Soldagem, no Rio de Janeiro (RJ). A estrutura atenderá às necessidades de pesquisa, desenvolvimento e qualificação de processos da área e será o primeiro laboratório deste tipo na América Latina.

O investimento em processos de soldagem caracteriza um grande avanço para a implantação de projetos do segmento de petróleo, já que a atividade é considerada essencial em diversas obras em construção no Brasil. As tecnologias desenvolvidas no laboratório contribuirão para o aumento da produtividade, impactando positivamente os custos e a entrada em operação de empreendimentos.

A infraestrutura inclui processos robotizados e tecnologia a laser de última geração que permitem desenvolver conhecimentos e técnicas inéditas de soldagem e montagem para dutos, equipamentos e chapas. Tais recursos possibilitarão ao Senai se posicionar entre os mais conceituados laboratórios de soldagem do mundo e dar suporte às demandas do mercado de óleo e gás com soluções antes desenvolvidas fora do país. Além disso, será possível multiplicar os conhecimentos acumulados com a formação de mão de obra especializada, cada vez mais demandada pelo mercado nacional.

Integrante do Programa Tecnológico de Transporte (Protran), da Petrobras, o laboratório será instalado no Centro de Tecnologia Senai Solda, no Maracanã. O início das atividades está previsto para o primeiro semestre de 2013.

O termo de cooperação, com duração de 36 meses, demonstra o esforço da Petrobras em promover o desenvolvimento tecnológico da indústria e o mercado de trabalho brasileiros, fortalecendo toda a cadeia produtiva de fornecedores da Companhia.

Fonte Da Agência Petrobras.

quarta-feira, novembro 28, 2012

ANP reabre inscrições do concurso para 152 vagas de nível superior

As remunerações variam entre R$ 10,4 mil e R$ 11,3 mil

Rio de Janeiro (RJ) - A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) reabriu o prazo de inscrições do concurso público para três cargos de nível superior, encerrado a princípio no último dia 19. O novo período começa amanhã e vai até 4 de dezembro, no site do Cespe/UnB. As taxas são R$ 80 (Analista) e R$ 100 (Especialistas). A lotação dos aprovados será nas cidades de Brasília (DF), Manaus (AM), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).

No total, são 152 vagas, das quais 11 reservadas a candidatos portadores de deficiência, além de cadastro de reserva. As vagas estão distribuídas entre os cargos de analista administrativo, especialista em geologia e geofísica do petróleo e gás natural e especialista em regulação de petróleo e derivados, álcool combustível e gás natural.

O cargo de analista administrativo exige graduação em arquivologia, ciências contábeis, comunicação social (habilitação em jornalismo ou relações públicas), administração ou cursos superiores com abrangência em informática, computação, sistemas ou tecnologia da informação. A remuneração inicial do cargo é composta por vencimento básico de R$ 9.623,20 e a gratificação de desempenho, cuja soma após a primeira avaliação pode chegar a R$ 10.429.

O cargo de especialista em geologia e geofísica do petróleo e gás Natural tem como requisito o curso superior de geologia, engenharia geológica ou geofísica. A remuneração inicial corresponde a R$ 10.019,20 de vencimento básico, acrescido de gratificação de desempenho, podendo chegar a R$ 11.374.

As vagas para especialista em regulação de petróleo e derivados, álcool combustível e gás natural exigem, a depender da área de atuação, graduação em qualquer área de formação ou graduações específicas, entre elas ciências econômicas, várias especialidades de engenharia, além de química, biologia, oceanografia ou graduações nas áreas de computação, sistemas e informática. A remuneração inicial também é composta de R$ 10.019,20 de vencimento básico, acrescido de gratificação de desempenho, podendo chegar a R$ 11.374,00.

A seleção será por meio de provas objetivas, prova discursiva e avaliação de títulos, fases que serão aplicadas em Brasília (DF) e nas 26 capitais. Os habilitados para os cargos de Especialistas serão convocados para curso de formação. As provas objetivas e a prova discursiva estão previstas para 13 de janeiro de 2013.


Da Redação com informações do O Globo

Empresa estrangeira mapeia subsolo cearense em busca de gás, minério e petróleo

Chegaram ontem, segunda-feira, 26, ao município de Independência, localizado a 310 Km de Fortaleza, as primeiras máquinas da empresa norte-americana Global Geophysical Services, que realiza estudos do subsolo em busca de minérios, gás natural, petróleo e água. De acordo com o secretário de finanças da prefeitura, Coutinho Neto, os primeiros equipamentos e caminhões passaram por Independência na manhã de ontem.

Na semana passada, a empresa esteve em Crateús, a 350 Km da Capital cearense. Segundo o secretário adjunto da Prefeitura, Deoclídes Bezerra Machado, a Global já tinha realizado estudos similares no Piauí. “Eles provocam um pequeno tremor na terra, O trabalho não é demorado, mas o aparato de maquinário impressiona. Estão mapeando o subsolo da região através dessas ondas sísmicas. Querem saber se há gás, água ou petróleo”, disse.

Ele adiantou que as informações coletadas pelo levantamento da empresa deverão ser enviadas para a Petrobras. “Não há nada oficial, mas temos informações que esses mapas no subsolo vão ser encaminhados para Petrobras com intuito de contactar empresas por licitação de contrato de risco interessadas em explorar a área. Pelo que contam na cidade, mas não há nada oficial, é que encontraram gás e tem possibilidade de haver petróleo”. A Petrobras foi contactada, mas ainda não se pronunciou sobre o assunto.

Conforme a Prefeitura de Crateús, a Global presta serviços a vencedora do leilão dos lotes de terras com potencial para extração de petróleo e gás natural, que foi promovido pela Agencia Nacional de Petróleo, Gás Natural e Bicombustíveis (ANP).

“Estão sendo usados oito caminhões vibradores, que acham o minério em uma profundidade de 10 mil metros pelo som. Cada minério tem um som e os técnicos e engenheiros contratados pela Petrobras estão detectando a qualidade e a quantidade do minério”, informa a Prefeitura no seu site.

Fonte: Diário do Nordeste (CE)

terça-feira, novembro 27, 2012

BG continuará a investir no país

O campo de Lula é uma das cinco áreas nas quais a BG tem participação no pré-sal da Bacia de Santos.

Brasil - A britânica BG Group vai reinvestir no Brasil os R$ 3,4 bilhões (US$ 1,7 bilhão) obtidos com a venda da participação societária do grupo na Companhia de Gás de São Paulo (Comgás) para a Cosan. "O dinheiro da venda da Comgás será todo reinvestido no Brasil", disse Andrew Gould, presidente do conselho de administração da BG. A empresa é uma das principais parceiras da Petrobras no pré-sal da Bacia de Santos. Gould assumiu o cargo em maio e tem como desafio de curto prazo encontrar o substituto para o presidente-executivo da companhia, Frank Chapman, que se aposenta em 2013.

A venda para a Cosan dos 60% que a BG tinha na Comgás se insere em decisão estratégica global do grupo britânico de sair de ativos nas áreas de transmissão e distribuição de gás, bem como de geração elétrica. O movimento busca concentrar investimentos na exploração e produção de petróleo e gás, em especial no Brasil e na Austrália, países onde a BG concentra esforços. "Se todas as transações que anunciamos tiverem sido concluídas, teremos atingido nossa meta de [obter] US$ 7,6 bilhões até meados de 2013", disse Gould. Ele esteve no Brasil na semana passada para reuniões com a diretoria da BG Brasil e da Petrobras e manteve encontros com autoridades do governo, em Brasília.

Os US$ 7,6 bilhões serão usados, em grande parte, nos projetos do Brasil e da Austrália. Na Austrália, a empresa investe em gás de carvão para liquefação e foca na exportação. No Brasil, os investimentos estão voltados para a produção de petróleo. A empresa tem como meta produzir no Brasil 600 mil barris de óleo equivalente por dia (BOE) em 2020, quando planeja tornar-se a segunda maior produtora de petróleo do Brasil, atrás da Petrobras. Para atingir essa meta, a BG anunciou investimentos de US$ 30 bilhões até o fim da década, sendo que mais de US$ 5 bilhões já foram investidos. Em 2011, a receita do grupo BG foi de US$ 21 bilhões e o lucro líquido chegou a US$ 4,2 bilhões.

O crescimento da BG no Brasil também passa por analisar novas oportunidades. "Se houver nova rodada [de licitação] para exploração offshore, tenho certeza de que a BG teria interesse de participar", disse Gould. O investimento exigido em exploração e produção será garantido, em parte, com as vendas de ativos. Gould citou como exemplos de desinvestimento, além da Comgás, a venda do negócio de geração elétrica nas Filipinas, os ativos de transmissão e distribuição na Índia e um terminal de regaseificação no Chile. A BG também fechou acordo para vender sua participação na Gas Argentino, controladora da distribuidora de gás MetroGas. O programa de desinvestimento foi concluído, segundo Gould, com a venda de parte do projeto de gás natural em Queensland, na Austrália, para a chinesa CNOOC.

Mesmo com a venda da Comgás, existe possibilidade de a BG Brasil vir a fornecer gás natural do campo de Lula, na Bacia de Santos, para a distribuidora paulista de gás. Em nota, a BG afirmou: "A BG vem mantendo constantes entendimentos com a Comgás - bem como com outras distribuidoras - sobre a possibilidade de fornecimento de gás natural. Existem ainda incertezas quanto ao volume de gás natural oriundo de Lula que estará efetivamente disponível para comercialização. Esta incerteza advém do fato de que ainda estão em estágio inicial os testes para definição da quantidade de gás que será necessária para reinjeção no campo, visando otimizar a produção de petróleo. Esta informação é fundamental para que as partes possam progredir nos entendimentos."

O campo de Lula é uma das cinco áreas nas quais a BG tem participação no pré-sal da Bacia de Santos. As outras são Iracema, Sapinhoá, Iara e Carioca. Gould disse que a empresa não tem planos de vender ativos no pré-sal. Em 2011, surgiram rumores de que a BG iria vender ativos de exploração. Em resposta à pergunta se a hipótese de venda no pré-sal chegou a ser considerada, Gould afirmou: "Creio que nós talvez tenhamos testado o mercado, mas ninguém chegaria próximo do que nós achávamos que era o valor dos ativos. Portanto, nós retiramos [a ideia] do mercado. E no momento não há nenhum plano para vender qualquer dos ativos do pré-sal."

Fonte: Valor Econômico

Petrobras: produção no Brasil cresce 5,3% em outubro

A produção total de petróleo e gás natural da Companhia, que engloba os campos no Brasil e no exterior, atingiu, em outubro, a média de 2 milhões 581 mil barris de óleo equivalente por dia (boed)

Rio de Janeiro (RJ) - A Petrobras, informou há pouco que, a produção de petróleo no Brasil, em outubro, atingiu 1 milhão 940 mil barris por dia. Esse volume corresponde a um aumento de 5,3% em relação a setembro. A produção de gás natural dos campos brasileiros, sem liquefeito, alcançou 62 milhões 425 mil metros cúbicos por dia, volume 3,5% acima do produzido em setembro.

A produção total de petróleo e gás natural da Companhia, que engloba os campos no Brasil e no exterior, atingiu, em outubro, a média de 2 milhões 581 mil barris de óleo equivalente por dia (boed). Esse volume foi 4,4% maior que o produzido em setembro.

Os campos localizados no Brasil produziram 2 milhões 332 mil barris de óleo equivalente de petróleo e gás, indicando um aumento de 5% na comparação com o mês anterior. Esse aumento de produção ocorreu mesmo com a parada programada para manutenção das plataformas P-7, P-43 e do FPSO Cidade de Vitória. Ele resultou, principalmente, do retorno à operação de outras unidades que estavam em manutenção em setembro e à entrada em produção do FPSO Cidade de Anchieta, na área denominada Parque das Baleias, no pré-sal da Bacia de Campos no Estado do Espírito Santo.

Produção do exterior

A produção total do exterior foi de 249.301 boed, correspondendo a um recuo de 0,2% em relação ao mês anterior. Desse total, 150.767 barris diários foram de petróleo, correspondendo a um aumento de 1,5% na comparação com o mês anterior, por conta da maior eficiência operacional no campo de Agbami, na Nigéria.

A produção de gás natural chegou a 16 milhões 741 mil metros cúbicos/dia, com declínio de 2,8% em relação a setembro. A diminuição ocorreu em função da menor produção de gás por conta do fechamento dos poços de Santa Cruz I e Santa Cruz II, devido a conflitos sociais na Argentina.

Produção total em metros cúbicos no Brasil

A produção total informada à ANP foi de 9.200.169,73 m³ de petróleo e 2.227.202,79 mil m³ de gás em outubro de 2012. Essa produção corresponde à produção total das concessões em que a Petrobras atua como operadora. Não estão incluídos os volumes do Xisto, LGN e produção de parceiros onde a Petrobras não é operadora.

Da Redação

segunda-feira, novembro 26, 2012

Equipe de Sonda

Gerente Operacional
Representa o operador que contratou a sonda, gerente geral das operações de perfuração/completação.
Responsável pelo cumprimento do programa do poço.
Responsável pela QSMS ( qualidade, segurança, meio ambiente e saúde)
Agiliza as operações na sonda (logística, etc.)

Superintendente
Representa o drilling contrato.
Gerente das equipes de perfuração, completação e completação.
Responsável pelo planejamento das operações de perfuração, completação e manutenção da sonda.

Tool Pusher
Chefe da equipe da sonda Planeja a execução das operações( diretrizes definida pelo engenheiro)
Agiliza as operações da sonda ( logística, etc.)
Encarrega do da Sonda.
Representa o drilling contratos.
Responsável pelo planejamento das operações de perfuração, completação e manutenção da sonda.

Sondador
Chefe da equipe da plataforma ( torrista, aux. de torrista e plataformista, etc.)
Executa e controla as operações do poço ( manobra, perfuração, descida de revestimento Etc.)
Opera o guincho de perfuração.
Mantém registro das operações de poço.
Responsável pela manutenção preventiva dos equipamentos da plataforma.

Torrista
Responsável pelo manuseio das seções de tubos localizados na torre de perfuração.
Responsável pela manutenção das bombas de lama.
Executa as ,manobras de válvulas de manifolds do sistema de circulação próximos das bombas.
Executa a adição de produtos químicos.
Controla propriedades básicas de fluido

Assiste de Torrista
Auxilia o torrista em todas as atividades citadas acima.

Plataformista
Auxilia a manobra da coluna manuseando chaves flutuantes, cunhas, colar de segurança, etc.

Faz inspeção da coluna durante a descida e retirada da mesma auxilia o torrista na manutenção da bomba no tratamento do fluido de perfuração

Homem de área
No idioma inglês (roustabout) no Brasil conhecido como arrasta balde, Serviço de limpeza e pintura em geral, Manuseio de carga no convés.

Sistema de circulação

– Sistema que realiza a introdução da lama de perfuração dentro do poço pelo interior da coluna de perfuração

Equipamentos utilizados

Bomba de lama, bomba centrifuga, mangueira de injeção, mangotes, coluna de perfuração, peneiras de lama, tanques de lama, agitadores, dissiltadores e desareadores

Bomba de lama – principal equipamento do sistema de circulação, tem como função bombear a lama de perfuração sob pressão pelo interior da coluna de perfuração até a broca

Bomba centrifuga – realiza a mistura ou a agitação do fluido, abastaecendo em seguida os desareadores, dessiltadores, e degaseificadores

Mangueira de injeção – equipamento que fica entre o tubo bengala e o swivel, normalmente composta por borracha de três camadas

Coluna de perfuração – equipamentos rígidos que penetram no poço, tendo em sua base a broca, a coluna de perfuração tem o mesmo tamanho do poço

Peneiras de lama – seu objetivo é retirar os cascalhos maiores que foram produzidos pela broca e encontran-se presentes na lama de perfuração

Tanques de lama – equipamento de extrema importância numa sonda de perfuração, eles garantem o armazenamento e ainda permitem a fabricação do fluido de perfuração

Agitadores – são equipamentos com hélices e pás agitadoras instalados acima do nível do tanque de lama

Desareadores e dissiltadores – aparelhos destinados à eliminação da areia contida no fluido de perfuração, funcionam através de decantação por gravidade e centrifugação

Desgaseificadores – sua função é retirar ou liberar o gás presente no fluido de perfuração

domingo, novembro 25, 2012

Transpetro e EAS lançam navio ao mar

Navio é o segundo petroleiro construído na Região Nordeste

Recife (PE) - A Transpetro e o Estaleiro Atlântico Sul (EAS) lançaram ao mar o segundo navio do Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef) construído na Região Nordeste. O navio foi batizado de Zumbi dos Palmares, em homenagem ao alagoano símbolo da resistência negra contra a escravidão no Brasil.

O petroleiro suezmax Zumbi dos Palmares tem 274 metros de comprimento, 51 metros de altura e capacidade para transportar um milhão de barris de petróleo, o equivalente a quase metade da produção diária nacional. É o segundo de uma série de 10 petroleiros idênticos encomendados ao EAS. O primeiro deles, João Cândido, está em operação desde o dia 25 de maio de 2012.

“O lançamento deste navio é mais uma prova da capacidade do trabalhador brasileiro. É um novo passo para a consolidação de um polo naval no Nordeste, que gera milhares de empregos dignos. Ao invés de exportarmos empregos para trabalhadores de outros países, estamos criando oportunidades aqui”, afirmou o presidente da Transpetro, Sergio Machado.

O lançamento ao mar é o penúltimo marco na construção de um navio, antes da entrega ao armador para operação. Após o lançamento, a embarcação passa pelos acabamentos finais no estaleiro e pela prova de mar, que verifica o seu desempenho em uma viagem de curta distância. O Zumbi dos Palmares tem como madrinha a gerente de gestão de efetivos da Transpetro, Vânia Lúcia Claudina Cardoso.

Três embarcações do Promef já estão em operação: os navios de produtos Celso Furtado e Sérgio Buarque de Holanda, entregues pelo Estaleiro Mauá (RJ), e o suezmax João Cândido, pelo EAS. Na próxima terça-feira (27/11), será lançado ao mar, pelo Estaleiro Mauá, o navio Anita Garibaldi, primeiro de uma série de quatro petroleiros panamax encomendados pelo Promef ao estaleiro.

Com investimento de R$ 10,8 bilhões na encomenda de 49 embarcações, o Promef garantiu as bases para o ressurgimento da indústria naval brasileira, permitindo a abertura de novos estaleiros e a modernização dos estaleiros existentes. Antes do programa, a indústria naval brasileira passou 14 anos sem entregar petroleiros ao Sistema Petrobras.

O Brasil já tem a quarta maior carteira de encomendas de navios do mundo. O setor, que chegou a ter menos de dois mil trabalhadores na virada do século, emprega hoje mais de 60 mil pessoas.

Da Redação

HRT possui 5,1 bilhões de barris de petróleo, diz relatório

O início da campanha de perfuração de até quatro poços exploratórios na Namíbia está previsto para o primeiro trimestre de 2013

Rio de Janeiro (RJ) - A petrolífera HRT informou novas estimativas de volumes de recursos em áreas de licenças exploratórias na Namíbia, com base em um novo relatório.

Segundo comunicado, os novos dados elevaram para 7,4 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) o volume de recursos potenciais prospectivos médios no país africano, que representam um acréscimo de cerca de 500 milhões de boe ao portfólio da HRT relatado em 2011.

De acordo com o relatório elaborado pela consultoria DeGolyer & MacNaughton (D&M), são 5,1 bilhões de barris de óleo e condensado (bbl) e 2,3 bilhões de boe de gás associado e gás não associado.

"Este estudo foi realizado utilizando dados sísmicos 3D de excelente qualidade, que a HRT levantou e processou durante 2011 e 2012, possibilitando uma melhoria significativa na análise dos volumes anteriormente reportados pela D&M", afirmou a empresa em nota.

Da Redação

sexta-feira, novembro 23, 2012

GE investe em petróleo para avançar no Brasil

Apesar das atenções internacionais se voltarem para o México, como economia mais promissora para investimentos na América Latina, a GE segue apostando suas fichas no Brasil. O presidente do grupo na região, Reinaldo Garcia, disse ao Valor não ver alteração desse cenário nos próximos anos.
“Nós vemos o Brasil como país altamente estratégico em todos os aspectos. É um dos mais ricos no mundo em recursos naturais, além de ter um grande mercado interno”. De acordo com o executivo, o país responde por quase metade da operação industrial na região – o braço financeiro GE Capital tem pouca atuação no país.
Sobre investimentos, Garcia não fala em valores totais para a América Latina, mas garante que a fatia majoritária dos projetos está no Brasil. Somente na construção de um centro global de pesquisa no Rio de Janeiro, a empresa vai investir R$ 500 milhões. Será o quinto da GE no mundo. Outros quatro estão na China, Índia, Alemanha e Estados Unidos.
A divisão que vem recebendo mais aportes por aqui é a de petróleo e gás. Não à toa o centro global de pesquisa será instalado no Rio e com um laboratório específico para esse setor. Enquanto no mundo a área de petróleo responde por cerca de 10% do faturamento da GE, no Brasil esse percentual oscila entre 20% e 30%, diz Garcia.
Desde 2011, a companhia investiu mais de US$ 12 bilhões em aquisições na área de petróleo no mundo, além de investimento nas operações de Macaé (RJ) e Jandira (SP), que foram ampliadas. O presidente de petróleo e gás para América Latina, João Geraldo Ferreira, sinalizou que as aquisições teriam uma pausa. Mas Garcia diz ver a situação de forma diferente. “Não diria que a empresa parou, estamos confortáveis com o portfólio que temos, mas continuamos atentos às oportunidades.”
O executivo faz questão de ressaltar, contudo, que a GE vem reforçando todas as divisões no país. Ele citou a aquisição da fabricante mineira de equipamentos médicos XPRO. A transação – realizada neste ano, sem valor revelado – tem importância estratégica para a divisão de Healthcare, ao complementar o portfólio com produtos adequados ao mercado brasileiro. “É uma plataforma que adquirimos aqui no Brasil e que podemos levar ao resto do mundo.”
A GE está expandindo também a atuação em segmentos em que tinha participação menor no Brasil, como mineração – que ganhou importância na estrutura mundial da empresa, após ser elevada à condição de unidade específica de negócios – e iluminação.
Nesse segundo departamento, a GE havia se desfeito de uma fábrica de lâmpadas fluorescentes no Rio, em 2008. A estratégia agora é focar na tecnologia de LED e abrir uma nova linha de montagem no país. Garcia afirma que a empresa ainda espera sinalizações mais claras a respeito de futuras licitações para mudar o sistema de iluminação pública nas cidades. “É uma tecnologia muito superior e quando se fala isso para o setor público, todo mundo acha sensacional.”
O executivo afirma que uma definição sobre essa unidade certamente não acontecerá mais neste ano. “Mas em breve teremos mais novidades em outros setores”, afirmou, sem abrir mais detalhes. A companhia vem falando em possibilidades na divisão de transportes. Além da ampliação da capacidade em Contagem (MG), a GE tem estudado construir novas fábricas de locomotivas no país. Com forte presença mundial em soluções para transporte de cargas, a empresa enxerga o potencial de expansão logística no país.
“A falta de infraestrutura, dado o nível de atividade econômica, é um problema bom”, avaliou o executivo, fazendo alusão ao que foi discutido em evento promovido pela GE sobre a competitividade no Brasil. Ele avalia positivamente o esforço do governo federal em incentivar investimentos e reduzir custos produtivos. Mas pondera que as medidas seriam melhor implementadas se houvesse mais consultas com as empresas antes de serem definidas.
Mesmo com uma representatividade pequena ante o desempenho mundial da GE, o Brasil é chave na estratégia recente de crescimento do grupo. A receita global da GE vem caindo nos últimos anos: era de US$ 154 bilhões, em 2009, e ficou em US$ 147 bilhões em 2011. Ainda assim, a empresa conseguiu manter a elevação na linha final de seu balanço.
O caminho para alcançar esse resultado foi racionalizar as operações e avançar nos mercados em desenvolvimento. Enquanto o faturamento nos Estados Unidos, seu principal mercado, caiu de US$ 75,8 bilhões, em 2009, para US$ 69,8 bilhões em 2011, nas Américas, que se resume essencialmente à América Latina, o faturamento foi de US$ 11,3 bilhões para US$ 13,2 bilhões.
 
Fonte: Valor Econômico

Ambev passa Petrobras e é a empresa mais valiosa do Brasil

Com o fechamento do pregão a companhia de bebidas agora vale R$ 248,76 bilhões, enquanto petrolífera R$ 247,20 bilhões de valor de mercado.
SÃO PAULO – A Ambev (AMBV4) se tornou a empresa mais valiosa do Brasil nesta quarta-feira (21), passando a Petrobras (PETR3; PETR4) nos últimos minutos do pregão na BM&FBovepa. Com a alta de 1,61% das ações PN e de 1,47% das ações ON (AMBV3), a distribuidora atinge valor de mercado de R$ 248,76 bilhões – contra R$ 247,20 bilhões da petrolífera.
A Petrobras valia R$ 358,7 bilhões no começo do governo de Dilma Rousseff, mas perdeu forças conforme a política de preços enfraqueceu o desempenho das ações e levou a companhia a registrar seu primeiro prejuízo em mais de uma década. No último trimestre, a estatal voltou a ter lucros, mas ainda enfrenta temores do mercado por conta de sua política de conteúdo nacional e a volumosa quantia de investimentos necessários para explorar o potencial do pré-sal.
Já a empresa comandada por Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, viu seu lucro subir mais de 50% na última divulgação de resultado, atingindo R$ 2,5 bilhões. Comparada as ações com maior liquidez de cada empresa – PETR4 e AMBV4 -, a estatal já recuou 11,21% no acumulado do ano até esta quarta-feira, enquanto a empresa de bebidas subiu 30,20% – fatores que colaboraram para que uma passasse a outra.
Previsibilidade e MSCI
A empresa de bebidas conta com a vantagem de ter resultados previsíveis, fator levado em conta principalmente em épocas de crise, contra uma empresa que responde basicamente aos mandos e desmandos do governo, que prejudica sua rentabilidade no momento em que usa a política de preços para conter a inflação.
Aliado a isso, vale ressaltar que na semana passada as ações ordinárias da Ambev foram impulsionadas pela notícia de que elas seriam incluídas no MSCI, o índice de ações feito pelo Morgan Stanley e que serve como importante balizador para investidores estrangeiros. Com o ingresso de AMBV3 nesse índice, muitos fundos passivos com rentabilidade atrelada ao benchmark deverão incluir esses papéis em seus portfólios, colaborando para uma forte pressão compradora no papel.
 
Fonte: InfoMoney Por (Felipe Moreno)

Plataforma de petróleo infla saldo da balança

Para evitar imposto, plataforma é exportada contabilmente para filial da Petrobrás na Holanda
 
Brasil - As exportações de três plataformas de petróleo estão ajudando a dar fôlego extra para a balança comercial. As operações representaram vendas externas de quase US$ 1,5 bilhão, mas, na prática, são apenas contábeis, porque as plataformas nunca deixaram o Brasil.
As plataformas de petróleo são adquiridas de fornecedores brasileiros pela subsidiária da Petrobrás na Holanda e depois internalizadas novamente no País como se estivessem sendo "alugadas" através do regime aduaneiro especial Repetro.
As operações são legais e obedecem a uma instrução normativa da Receita Federal. No jargão técnico, são exportações "fictas", que ocorrem apenas contabilmente. O objetivo é economizar no pagamento de impostos.
O Repetro permite que as petroleiras importem determinados bens livres de tributos por um determinado período de tempo. Ao utilizar o Repetro em vez de adquirir diretamente no Brasil, a Petrobrás economiza o pagamento de PIS, Cofins e IPI sobre as plataformas.
De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, foram exportadas plataformas nos meses de fevereiro, (US$ 405 milhões), outubro (US$ 382 milhões) e novembro (US$ 670 milhões). O valor total envolvido é de US$ 1,456 bilhão.
Não é a primeira vez que isso ocorre. No ano passado, também foram exportadas três plataformas de petróleo, que somaram US$ 1,043 bilhão. Em 2008, outras três entraram nas estatísticas por US$ 1,485 bilhão. Em 2009 e em 2010, não houve exportações desse tipo.
Por meio de nota, a Petrobrás diz que a exportação de plataformas para sua subsidiária na Holanda é "procedimento de rotina e uma condição para a aplicação do Repetro". A estatal diz que os valores "estão de acordo com os praticados pelo mercado".
Saldo. O problema é que essas operações inflam o saldo da balança. As plataformas de petróleo são registradas como exportações, mas, como voltam ao País como "admissão temporária de bens", não aparecem nas estatísticas de importação.
Até a terceira semana de novembro, o País registrou superávit de US$ 17,31 bilhões, queda de 35,2% em relação ao mesmo período em 2011. Sem as plataformas de petróleo, esse valor cairia para US$ 15,85 bilhões. Se também for descontado o atraso no registro de importações de petróleo, o superávit ficaria em apenas US$ 9,85 bilhões.
O Estado mostrou recentemente que cerca de US$ 6 bilhões em importações de petróleo e derivados feitas pela Petrobrás estavam com o registro atrasado até o fim de outubro. Após a publicação da reportagem, as importações de combustíveis tiveram um salto, o que pode compensar parcialmente esse valor até o fim do ano.
Fonte: Estadão

quinta-feira, novembro 22, 2012

Campos já passou seu ápice de produção, diz Petrobras

O gerente-geral da Unidade Operacional Rio de Janeiro, Eberaldo de Almeida Neto, comentou que as bacias maduras têm potencial declinante.


Rio de Janeiro – A gerente-executiva de Engenharia de Produção de Exploração e Produção (E&P) da Petrobras, Solange Guedes, afirmou nesta quarta-feira que “a Bacia de Campos (unidades mais maduras) já passou de seu ápice de produção, isso é fato”.

Já o gerente-geral da Unidade Operacional Rio de Janeiro, Eberaldo de Almeida Neto, comentou que as bacias maduras têm potencial declinante. Segundo ele, a eficiência representa o quanto se consegue extrair deste potencial. “Queremos melhorar a eficiência”, disse.

Segundo Solange, os US$ 710 milhões que serão investidos no Programa de Aumento da Eficiência Operacional (Proef) da Unidade Rio de Janeiro da Bacia de Campos gerarão retorno de até US$ 2,2 bilhões. De acordo com ela, é um investimento preventivo e de sustentação da produção que gera resultados.

A Unidade Rio de Janeiro responde por 47% da produção em áreas mais novas. A mais antiga tem 12 anos. A unidade tem 91% de eficiência e tem como meta chegar a 94% em 2016.

A Unidade Bacia de Campos, por sua vez, responde por 24% da produção em plataformas mais antigas. A partir de 2009, houve queda da eficiência, chegando a 70%. Com o programa, hoje a eficiência já subiu a 72%. O Proef, neste caso, visa recuperar a produção.

Manutenção

Segundo Eberaldo Neto, as paradas para manutenção da Petrobras vão acontecer a partir de agora a cada três anos. Antes, era avaliado caso a caso, e não havia cronograma estabelecido. Segundo ele, o objetivo é tornar as paradas mais previsíveis para a empresa e para o mercado, o que pode reduzir seu tempo. As paradas devem ser em média de 15 dias.

Fonte: Sabrina Valle, do ESTADÃO

Petrobras vai iniciar produção de etanol em Moçambique em 2014

A petrolífera brasileira Petrobras vai começar a produzir etanol em Moçambique a partir de 2014, anunciou terça-feira em Maputo o presidente da Petrobras Combustíveis, Miguel Macedo.

Falando em Maputo na conferência “Brasil e África: Opção pelo Desenvolvimento Sustentável”, Miguel Macedo disse que a empresa vai montar uma destilaria em 2013, para iniciar a produção de etanol em 2014.

“De acordo com o calendário aprovado, os pormenores do projecto deverão ficar concluídos até Dezembro, em 2013 será construída a destilaria e em 2014 iniciar-se-á a produção de etanol (álcool etílico)”, disse ainda o presidente da Petrobras Combustíveis.

Em Maio passado, Miguel Rosseto, presidente da Petrobras Biocombustível, havia afirmado que a empresa estava a receber cotações de preços dos equipamentos a serem instalados na fábrica de etanol (álcool etílico) a ser construída em Moçambique.

Rossetto disse ainda que a empresa iria investir inicialmente 20 milhões de dólares a fim de 20 mil metros cúbicos (20 milhões de litros) por ano para abastecer o mercado moçambicano.

“Já produzimos açúcar em Moçambique indo agora dar início à produção de etanol a partir do melaço”, disse Rosseto, no decurso de um encontro organizado pelo estatal Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) de apoio a investimentos brasileiros em África.

Rosseto revelou igualmente que os investimentos serão feitos através da Guarani, empresa associada à Petrobras Biocombustível, onde o grupo petrolífero Petrobras controla 45,7% do capital social desde a sua aquisição em 2010.

Fonte: Macauhub

quarta-feira, novembro 21, 2012

Petróleo deles e prejuízos nossos

Enquanto as jazidas do pré-sal brasileiro não forem sugadas na quantidade esperada, mesmo com os altos índices de produção própria, nosso País seguirá sofrendo com mais intensidade os efeitos das oscilações do preço internacional do petróleo.

Em verdade, mesmo quando a produção sonhada estiver jorrando, as variações do preço global do produto seguirão interferindo no valor cobrado aos brasileiros, pois mesmo abundante, não se justifica o populismo econômico. Até porque estamos tratando de um bem não-renovável e cujo uso deve ser balizado pelos valores reais de mercado como forma de evitar desperdícios, depreciações e coisas do tipo.

Mais pressões se ajuntam sobre a Petrobras, fazendo com que os prejuízos da empresa se ampliem. O saldo negativo da estatal já alcança a estratosférica marca de R$ 14,6 bilhões, segundo as contas do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). O motivo desse vermelhão, repetimos, é a diferença entre os valores que a estatal paga pelos produtos no exterior e os de venda interna. Detalhando esse prejuízo, de janeiro a setembro deste ano o estrago é de R$ 11,1 bilhões para os negócios com óleo diesel, e R$ 3,5 bilhões para a venda de gasolina. E, a partir de agora, tende a aumentar.

O agora multiplicador desse dano à Petrobras é o tradicional aumento de preço do petróleo quando estouram guerras no Oriente Médio. O recrudescimento da beligerância entre Israel e os palestinos sitiados na Faixa de Gaza é o fator turbinante da hora. Ora, mas nem Gaza nem Israel produzem petróleo, poderia redarguir alguma voz desavisada. Verdade. Mas quando israelenses e palestinos entram em batalha aberta, todo o mundo árabe sente-se ameaçado, e responde com sua arma mais eficiente: o aumento do preço do petróleo.

Como a paz está cada dia mais distante das terras médias orientais e, além da matança em curso na Faixa de Gaza, as tensões sobre o Irã só aumentam, ulula a evidência de novos aumentos no preço internacional do óleo de pedra. E nós vamos pagar mais caro por esta conta brasileira que está sendo fechada errada desde antes.

Fonte: gazetaweb.globo.com

Brasil é uma potência tecnológica na exploração de pré-sal, diz Viana

Geólogo aponta os desafios tecnológicos no setor de O&G


Mais de um terço das descobertas mundiais em águas profundas e ultra-profundas nos últimos cinco anos é atribuída à Petrobras. Quanto ao pré-sal, a estatal esteve presente em 100% das descobertas. Desde 2010, o volume de reservas da Petrobras cresceu 8%. Mas, para conquistar maior autonomia energética, o país precisa continuar apostando em avanço tecnológico na área de exploração de petróleo e gás, segundo o geólogo e gerente de novas fronteiras exploratórias da Petrobras, Adriano Viana, responsável pela descoberta de pré-sal no poço de Tupi, na Bacia de Santos.

“O Brasil é uma potência tecnológica na exploração de pré-sal e já tem autonomia energética . Sem dúvida, em uma década o país estará produzindo plenamente no pré-sal”, avalia Viana, em entrevista ao NNpetro durante o Congresso Nacional de Oceanografia, no Rio de janeiro

O desafio – encarado pelo Brasil como uma grande oportunidade para aumentar a produção de óleo e gás e iniciar uma revolução tecnológica – é a exploração das reservas de hidrocarbonetos localizadas em águas profundas e ultraprofundas, podendo chegar a 5 mil metros de profundidade. É o caso do poço de Lula, também na Bacia de Santos, em que a extração do petróleo nessa formação de pré-sal brasileiro está nesta marca e chegou a profundidade máxima de 7,6 mil metros, recorde de perfuração brasileira. Além da complexidade geológica, Viana aponta outro desafio: a complexidade ambiental.

“Trabalhar em águas profundas e ultraprofundas é um desafio. A Petrobras já tem esta tradição na Bacia de Campos, que atua nesta área há mais de 20 anos, e é reconhecida mundialmente pela liderança em tecnologia. O desafio hoje é muito mais uma questão.

Indústria X meio acadêmico

A projeção de exploração das reservas brasileiras é de um total 15 bilhões de barris recuperáveis, com grande chance de superar esta marca, segundo Viana. Para alcançar este número, se faz necessário uma aproximação da indústria com o meio acadêmico. A companhia busca produzir 4,2 milhões de barris diários em 2020, tendo que duplicar a produção em menos de uma década.

“Indo para áreas de fronteira temos condições de explorar camadas de muito valor, além de melhorar o fator de recuperação de campos já descobertos. Para isso, precisamos de tecnologia de ponta, além de investir em capital humano. A demanda é tão grande que os fornecedores estão sobrecarregados. Nós exigimos muito deles. O desafio hoje é a indústria acompanhar o ritmo de demanda da Petrobras”, aponta o geólogo.

A companhia investiu fortemente em investigação e desenvolvimento (I&D) e em parceria com empresas de serviços e equipamentos, como a Schlumberger e a Baker&Hughes. A Petrobras é a quarta maior do seu setor que investe em I&D. Entre 2001 e 2010, a estatal cresceu 59% na área de recursos humanos em exploração e produção (E&P). “A exploração tem que estar pautada em custo, tempo e investimentos. Os desafios são na área de conteúdo nacional, competitividade aliada à sustentabilidade, além da simplificação e padronização”, finaliza Viana, lembrando que “este é o momento da Petrobras resgatar o seu investimento”.

Fonte: NN Petro

terça-feira, novembro 20, 2012

Poço de extensão em Júpiter confirma gás e condensado

A Petrobras confirmou que resultados preliminares da perfuração do poço 3-BRSA-967A-RJS (3-RJS-683A), informalmente conhecido como Júpiter Nordeste, confirmam a presença de gás natural e condensado, bem como a existência de um reservatório contínuo entre os dois poços. A área está localizada a 7,5 km do poço descobridor da área de Júpiter (1-BRSA-559A), na Bacia de Santos.

O novo poço, cuja perfuração, ainda em andamento, chega a 5.438m, está situado no bloco BM-S-24, em águas ultraprofundas, em uma profundidade de água de 2.161m, e distante 275 km do litoral do Rio de Janeiro.

Até o momento o poço 3-BRSA-967A-RJS identificou uma coluna de 176 m de petróleo em rochas com excelentes características de permeabilidade e porosidade.

A estatal afirma que o consórcio que detém a concessão do bloco dará continuidade às atividades e investimentos necessários para a avaliação da área, conforme o Plano de Avaliação aprovado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A perfuração do poço continuará em busca de objetivos mais profundos.


A Petrobras é operadora do consórcio (80%) em parceria com a Petrogal Brasil (20%).

Fonte: Redação Tn Petroleo

segunda-feira, novembro 19, 2012

Brocas de perfuração de poços de petróleo

Uma das atividades mais caras, senão a mais cara de todo o processo da cadeia produtiva da indústria petrolífera, a perfuração de um poço de petróleo é algo que demanda investimentos volumosos, um tempo curto, e uma chance de sucesso quase que de 50%, no melhor dos casos, diga-se de pasagem.

Nesse contexto de riscos, e altos investimentos para a perfuração de um poço de petróleo, a broca de perfuração é peça além de fundamental, deve ser muito bem escolhida na fase da perfuração, pois há tipos diferentes de brocas, para ocasiões diferentes e para perfurar diferentes camadas rochosas.

A seguir vamos entender melhor como funciona esse equipamento tão importante da perfuração.

As brocas tem por objetivo, promover a ruptura e desagregação das formações rochosas, sendo necessário para isso um estudo considerando sua economicidade, e seu desempenho.

As brocas são divididas em dois tipos básicos: brocas sem partes móveis e com partes móveis.

Brocas sem partes móveis

É um tipo de broca que por não possuir partes móveis e rolamentos, diminui a possibilidade de falha.

Broca integral de lâmina de aço – Conhecidas como rabo de peixe (fish tail)rimeiras a serem utilizadas na perfuração, perfuram por cisalhamento e sua estrutura cortante possui vida útil muito curta e praticamente não são mais utilizadas.

Brocas de diamantes naturais – Perfuram por esmerilhamento, e antigamente eram usadas em formações que a fish tail não conseguia perfurar (aí a necessidade de estudar qual broca tem melhor desempenho em determinada camada). Hoje são usadas em testemunhagem e em formações extremamente duras e abrasivas.

• As brocas com estrutura cortante de diamantes naturais constam de um grande número de diamantes industrializados fixados em uma matriz metálica especial.

• Brocas PDC (Pollycrystalline Diamond Compact): no final da década de 70 foram lançadas as brocas de diamantes sintéticos. A estrutura de corte é formada por pastilhas ou compactos montados sobre bases cilíndricas, instaladas no corpo da broca.

• Perfuram por cisalhamento, por promoverem um efeito de cunha, a pastilha é composta por uma camada fina de partículas de diamantes aglutinados com cobalto, fixada a outra camada composta por carbureto de tungstênio.

• As brocas PDC foram introduzidas para perfurar formações moles com altas taxas de penetração e maior vida útil, em formações duras o calor gerado durante a perfuração destrói a ligação entre os diamantes e o cobalto.

• Foram então desenvolvidos os compactos TSP (Thermally Stable Pollycrystalline) que por não possuírem cobalto, resistem mais ao calor.

Brocas com partes móveis – Possuem estruturas cortantes e rolamentos, podem ter de um a quatro cones, sendo as mais utilizadas as tricônicas pela sua eficiência e menor custo inicial em relação às demais.

• Estrutura cortante – Os elementos que compõem a estrutura cortante são fileiras de dentes montados sobre o cone que se interpõe entre a fileira dos dentes dos cones adjacentes, quando se aplica à rotação à broca.

• Quanto à estrutura cortante, são divididas em: Brocas de dentes de aços e Brocas de insertos.

• A ação da estrutura cortante das brocas tricônicas envolve a combinação de ações de raspagem, lascamento, esmagamento e erosão por impacto dos jatos de lama.

• Nas brocas projetadas para rochas moles o efeito de raspagem é predominante, em rochas duras onde a taxa de penetração é baixa e os custos de perfuração tendem a ser altos, o mecanismo de esmagamento provou ser o mais adequado.

Rolamentos

•Roletes e esferas não selados: não possuem lubrificação própria, sendo lubrificados pelo fluido de perfuração, apresenta menor custo e sua resistência ao desgaste também é menor.

• Roletes e esferas selados: Há um sistema interno de lubrificação que não permite o contato do fluido de perfuração com os rolamentos, aumentando a vida útil da broca.

• Mancais de fricção tipo journal: Os roletes são substituídos por mancais de fricção revestidos por metais nobres e possuem dispositivo interno de lubrificação. Possuem maior custo, mas são mais eficazes e as que apresentam baixo índice de falha.

Sondas põem meta do pré-sal em xeque

Pressionada a elevar sua produção de petróleo, a Petrobras corre contra o tempo para garantir a estrutura necessária ao seu plano de multiplicar por dez a produção do pré-sal até 2020. Mas atrasos na contratação de equipamentos, como sondas de perfuração e embarcações de modelos diversos, ameaçam comprometer as metas da companhia, já reduzidas em 2012, após oito anos sendo descumpridas.

O risco concreto de entrega de equipamentos com atraso em relação ao prazo contratual irrita a presidente da Petrobrás, Graça Foster, que externou publicamente sua preocupação e fez um alerta aos responsáveis pelo cumprimento dos prazos.

"O pessoal que trabalha comigo sabe que odeio atraso, nem penso em atraso", disse ela no último dia 29 em palestra a estudantes e professores de unidades de ensino tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Nove meses após comunicar o acordo com a gestora Ocean Rig para a construção de cinco sondas, os contratos ainda não foram anunciados pela Petrobrás. Ao todo, a companhia encomendou 33 sondas no Brasil, das quais 28 à gestora Sete Brasil. Os entendimentos que levaram à assinatura do contrato com a Sete Brasil, que tem a petroleira na composição societária, demoraram tanto que a construção dos equipamentos também atrasou.

A Petrobras contrata gestoras como a Ocean Rig e a Sete Brasil, que escolhem estaleiros para a construção das sondas. Preocupada com a série de atrasos a partir da gestão de seu antecessor, José Sergio Gabrielli, Graça, no cargo desde fevereiro, decidiu só autorizar os contratos entre gestores e estaleiros caso seja convencida da capacidade do fabricante de entregar o produto dentro do prazo.

A demora nos contratos para as 33 sondas representa um tempo precioso perdido, já que cada uma leva 48 meses para ficar pronta. A primeira sonda tem de ser entregue em 32 meses, prazo que expira em junho de 2015, e a última, em 2020.

Meta de produção

Graça quantificou o que a Petrobras precisa receber em equipamentos (50 sondas e 49 navios) até 2020 para conseguir alcançar a meta de mais que dobrar a atual produção de petróleo (dos atuais 2 milhões de barris diários para 4,2 milhões em 2020). Hoje, o pré-sal produz 205 mil barris/dia. Em 2020, conforme os planos da empresa, serão 2,1 milhões, o que equivalerá a 50% da produção total brasileira.

"O fato é que isso é uma loucura total. Ninguém pode dormir quando se tem de construir tanta coisa. E é fato consumado, porque sem isso você não produz petróleo. (...) Se não entrar (petróleo), eu não consigo atender à curva de produção", disse a executiva.

Os atrasos não são apenas da indústria naval, de acordo com ela. Na fala aos universitários e mestres, ela evidenciou que já conta com os atrasos, apesar de repudiá-los.

"Para a produção dos 4,2 milhões de barris de óleo em 2020 precisamos ter no Brasil 50 novas sondas de perfuração entre 2012 e 2020. (...) As contratadas no exterior, todas atrasaram. (...)Foram feitas na China, na Coreia porque não havia condição de preparar os estaleiros para que fossem feitas aqui. O fato é o seguinte: para atrasar lá fora, que atrase aqui. Porque lá fora somos mais um e aqui nós somos a Petrobrás. Então, aqui está gerando emprego, gerando renda, gerando aprendizado", disse.

Cada sonda, uma espécie de navio com tecnologia de ponta para extrair óleo das profundezas do pré-sal, custa cerca de US$ 800 milhões. Serão as primeiras fabricadas no Brasil. Graça quer saber exatamente onde serão feitas, por quem e como, para evitar a repetição dos atrasos que levaram a companhia a descumprir as metas de produção no passado.

"Nós acompanhamos sistematicamente, religiosamente. Eu acompanho todos os meses mais de 400 projetos. Vira uma guerra atrasar projeto para a Petrobrás. Não pode atrasar."

Até agora, só uma sonda começou a ser construída no Brasil, com o corte de chapa (primeira tarefa da fabricação) iniciado em junho no estaleiro Keppel Fels (RJ). Um sinal do atraso é o fato de o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), apesar de estar com o trâmite interno adiantado, só prever o início da liberação dos recursos no fim do primeiro semestre de 2013.

Em tese, ainda há tempo útil para recuperar o cronograma. Pelo menos um estaleiro envolvido na disputa da Ocean Rig garante encurtar a construção da sonda para 36 meses. Mas os prazos ficam cada vez mais apertados

Bahia é o maior polo brasileiro de investimentos em eólicas

Eu quero reforçar o compromisso do Governo do Estado com a energia eólica, disse o governador Jaques Wagner

Salvador (BA) -Com 10% do potencial nacional, a Bahia é o maior polo brasileiro de investimentos em energia eólica. O Brasil está prestes a se consolidar no mercado de energia eólica e, até 2014, serão implantados em todo o país mais de 7 GW em capacidade energética.

“Como o mundo inteiro busca energia renovável, nós iremos aproveitar esta mina de ventos que nós temos na Bahia e transformá-la na geração de empregos e na inclusão social que a gente vem fazendo. Vamos aguardar o posicionamento da Aneel em relação aos próximos leilões”, disse o governador Jaques Wagner. Na ocasião, ele participou de uma reunião com os empresários do setor.

“Eu quero reforçar o compromisso do Governo do Estado com a energia eólica. Temos trabalhado para, tanto em nível estadual quanto com o governo federal, para sermos facilitadores na implementação de novos parques”.

O presidente da Renova Energia, Mathias Becker, a maior investidora no estado, disse que, “mais do que o recurso natural, há ainda a parceria que nós estamos conseguindo fazer com Governo do Estado, que oferece a infraestrutura que precisamos para implantar os parques, além da receptividade das comunidades, que é a forma como a Renova gosta de atuar, sendo um vetor de desenvolvimento”. Para ele, a política do governo estadual, juntamente com a política de desenvolvimento da cadeia eólica no Brasil, propicia e incentiva que a cadeia completa se instale na Bahia, com a fabricação das torres, máquinas e pás.

Nordeste possui um dos melhores ventos do mundo

A presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEólica), Elbia Melo, disse que a principal virtude do Brasil para o segmento é este momento de investimento associado a um contexto internacional de tecnologia avançada e crise, que está dirigindo investimentos para o país. “É também, sobretudo, a natureza do Brasil, o potencial eólico que se concentra no Nordeste e no Sul do país. Recentemente descobrimos que o interior da Bahia tem um grande potencial. Um dos melhores ventos do mundo está no Nordeste e a Bahia tem crescido bastante em termos de investimento em energia eólica”.

Da Redação