sexta-feira, dezembro 28, 2012

Chevron anuncia duas descobertas de gás no oeste da Austrália

A presidente de exploração e produção da divisão Ásia-Pacífico da Chevron, Melody Meyer, afirmou em nota que as descobertas comprovam o potencial da região

São Paulo (SP) - A petroleira americana Chevron anunciou hoje que sua subsidiária australiana teve sucesso nas duas campanhas exploratórias no oeste do país, na área de Exmouth, na Bacia de Carnarvon.

No poço de Pinhoe-1 foi encontrada uma coluna de aproximadamente 60 metros de gás. O poço está localizado a cerca de 200 quilômetros da costa. Já no poço Arnhem-1, que fica um pouco mais distante, a 290 quilômetros da costa, foi encontrada uma coluna de 45,5 metros de gás.

A presidente de exploração e produção da divisão Ásia-Pacífico da Chevron, Melody Meyer, afirmou em nota que as descobertas comprovam o potencial da região. “Essas descobertas na área de Exmouth são importantes na medida em que foram realizadas em uma área distante das descobertas anteriores e indicam o potencial de desenvolvimento de uma região mais ampla na Austrália." A Chevron já anunciou 19 descobertas na Austrália desde meados de 2009.

A companhia é operadora de ambas as áreas onde foi encontrado gás e tem uma participação de 50% no bloco. A outra metade está nas mãos da Shell.


Fonte: Valor Online

Vale vende fatia em bloco de petróleo por US$ 40 milhões

No início de dezembro, o presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse que a companhia iria anunciar a venda de parte de seus ativos de petróleo dentro de algumas semanas

Rio de Janeiro (RJ) - A Vale anunciou nesta quarta-feira acordo para venda de sua participação de 25% da concessão BM-ES-22A, na Bacia do Espírito Santo, à Statoil por US$ 40 milhões à vista. A mineradora disse que a venda a isenta de obrigações de investimento de cerca de US$ 80 milhões até o fim de 2013, segundo comunicado.

"A estratégia da Vale de crescimento e criação de valor sustentável engloba múltipla opções, sendo a gestão ativa do portfólio uma ação importante para otimizar a alocação de capital e concentração dos esforços da administração", afirmou.

A mineradora informou no começo deste ano que colocaria à venda seus ativos de petróleo e gás, dentro de um plano de se desfazer de empreendimentos que fogem às suas atividades principais de mineração.

Fonte: Portal Terra

Brasil volta a ser o alvo de capital externo

Alexandre Gartner, diretor de pesquisa do HSBC: percepção de que ações do mercado mexicano ficaram caras em comparação aos papéis brasileiros

São Paulo (SP) - O fluxo de capital externo para a Bovespa no ano, até 20 de dezembro, totalizava pouco mais de US$ 630 milhões, o que enseja para 2012 o menor volume desde 2008. Os investidores direcionaram recursos para outros países como o México, mas a expectativa dos analistas para 2013 é de retorno dos estrangeiros para o Brasil. O rebalanceamento prevê a redução das posições em México, mercado agora considerado caro, e aumento das apostas nas ações brasileiras.

O Bank of America Merrril Lynch publicou relatório alterando a recomendação para Brasil para acima da média do mercado ("overweight") e do México para neutro. O HSBC está com indicação de "overweight" para Brasil e neutro para México. A americana BlackRock, maior gestora de fundos de investimento global, mantém posição comprada em Brasil em relação à média do mercado e está neutra em México nos portfólios voltados para América Latina.

"O Brasil representa cerca de 64% da nossa carteira, enquanto a participação no índice de ações da região está em 58%", afirma Will Landers, gestor dos fundos de renda variável para a América Latina.

Segundo calcula o diretor de pesquisa do HSBC, Alexandre Gartner, o mercado de ações mexicano está mais caro que o brasileiro. Enquanto a bolsa do México negocia a uma relação preço/lucro (indicador utilizado para medir o tempo de retorno de um investimento) de 17 vezes, o múltiplo da bolsa brasileira está em 10 vezes. "O múltiplo da bolsa mexicana sempre foi superior ao da bolsa brasileira, mas essa diferença se ampliou neste ano".

A bolsa mexicana acumula alta de 25,4% no ano, enquanto a brasileira cai 2,05% em dólar, considerando o fechamento de ambos os mercados ontem.
A previsão de um cenário mais positivo para a bolsa brasileira no ano que vem está relacionada à expectativa de crescimento maior da economia e, consequentemente, dos lucros das empresas. Na conta também está um cenário mais favorável de expansão da atividade econômica da China, que tende a beneficiar empresas brasileiras exportadoras de commodities. O HSBC, por exemplo, prevê crescimento de 8,5% para a economia chinesa em 2013.

O real mais desvalorizado também deve contribuir para o aumento das receitas das empresas exportadoras. Hoje o dólar é cotado na casa de R$ 2,05.

Além disso, o cenário internacional parece mais favorável no ano que vem. "A Europa tem mostrado sinais de que está indo bem e acredito que os Estados Unidos devem chegar a uma solução para a questão fiscal", diz Rodrigo Moliterno, diretor da Fator Corretora.

O corresponsável pela área de corretagem e análise de ações do Credit Suisse na América Latina, Emerson Leite, afirma que os investidores estrangeiros começam a considerar um aumento da alocação de recursos em ações brasileiras. "Temos visto alguns clientes estrangeiros interessados em comprar boas histórias na bolsa, inclusive em aberturas de capital." A corretora do Credit Suisse estima crescimento de lucro das empresas que fazem parte do Ibovespa entre 10% e 15% em 2013 e vê oportunidades em setores ligados à economia doméstica e no segmento de bancos, um dos que mais sofreram com a interferência do governo. A casa alterou a perspectiva para esses papéis de negativa para neutra.

Já a BlackRock vê oportunidades nas "blue chips" que, conforme calcula a área de gestão, estão com preços descontados. "Estamos com posição acima da média do mercado em Bradesco e também em Vale", diz Landers. Apesar da forte valorização neste ano, o gestor acredita que ainda há oportunidade no setor de varejo. Hoje, a maior posição comprada em ações brasileiras em relação ao índice é na concessionária de rodovias CCR. "Gostaria de ter mais investimento em infraestrutura no Brasil, mas faltam papéis", afirma Landers.

A decepção com o fraco desempenho do PIB brasileiro, que deve encerrar o ano com expansão de 1%, e a interferência do governo em alguns setores como bancos, petróleo e energia, fizeram com que os estrangeiros resgatassem parte dos recursos aplicados em ações brasileiras e em recibos de ações (ADRs, American Depositary Receipts) na bolsa americana. A aplicação líquida de estrangeiros nesses papéis estava negativa em US$ 301 milhões no ano, até novembro.

O volume financeiro médio diário com ADRs brasileiros caiu 26% em relação à media registrada no ano passado, passando de US$ 2,727 bilhões para US$ 2,015 bilhões, menor nível desde 2009. Isso fez com que o índice que acompanha o desempenho dos ADRs brasileiros acumulasse queda de 10,54% até novembro, terceira pior performance entre os índices de ADRs da América Latina.

Para o BofA Merrill Lynch, o barulho da intervenção governamental no Brasil deve diminuir, "ou ao menos já está precificado na maioria dos setores". O BofA acrescenta que, apesar de um forte 2012, espera outro bom ano para a infraestrutura. "À medida que os governos tentam estimular o crescimento, novos projetos devem começar a ser desenvolvidos e novas concessões devem ser positivas para ações no Brasil e no México" escrevem os analistas Felipe Hirai, Marina Valle, Stephen Suttmeier e Marcos Buscaglia em relatório.

O gestor da BlackRock também acredita que as medidas adotadas devem ter efeito positivo para a economia no final das contas, reduzindo o chamado "custo Brasil" e incentivar os investimentos. "A comunicação desses movimentos não foi feliz, mas a meta está certa", afirma Landers.

Fonte: Valor Econômico

quinta-feira, dezembro 27, 2012

Petrobras colocará em operação seis novas plataformas em 2013

Capacidade das unidades é de 840 mil barris por dia. Produção vai compensar redução em outras plataformas

Rio de Janeiro (RJ) - A Petrobras colocará em operação no próximo ano seis plataformas, que acrescentarão cerca de 840 mil barris de petróleo à capacidade atual da companhia. Segundo a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, três delas – a P-63, P-55 e a P-61 – são de produção única da companhia. Outras três – Cidade de São Paulo, Cidade de itajaí, e Cidade de Paraty – serão instaladas em campos do pré-sal, na Bacia de Santos, e parte da produção será dos parceiros da Petrobras nos blocos.

— Vão entrar essas seis unidades novas de produção e a produção da Petrobras de terceiros vai aumentar bastante — disse Graça Foster.

Isso não significa, ela destacou, que todo esse volume será somado à produção atual de petróleio. A produção em cada plataforma vai aumentando de forma gradual, e também existe a queda natural da produção dos campos atualmente em operação.

Mas Graça Foster estima que, em 2013, a produção deverá ficar na faixa dos 2,022 milhões de barris diários, podendo ser 2% para cima ou para baixo.

A presidente da Petrobras explicou que, no próximo ano, a produção total da Petrobras, incluindo a parcela dos parceiros nos campos, principalmente no pré-sal, vai aumentar significativamente. Este ano, segundo Graça Foster,a Petrobras está produzindo, em média, 38 mil barris diários de petróleo de terceiros, além da sua própria produção.

No próximo ano, com o aumento das atividades no pré-sal, a Petrobras vai produzir cerca de 80 mil barris diários de petróleo dos parceiros. Graça Foster estima que, no fim de 2013, a parcela da produção da Petrobras de terceiros chegue a 100 mil barris diários.

— É petróleo de terceiros produzido pela Petrobras e esse muitos desconhecem isso. Vamos passar a mostrar esses dois valores, a da produção própria e a produção de terceiros — destacou graça Foster.

A primeira unidade a entrar em operação, já nos primeiros dias de 2013, será a FPSO (unidade que produz e armazena petróleo) Cidade de São Paulo, com capacidade total de produção de 120 mil barris diários. Ainda em janeiro, entrará também em operação a plataforma Cidade de Itajaí com mais mil barris diários.

Pela programação da Petrobras, em maio está prevista a Cidade de Paraty, com 160 mil barris por dia. Em julho, é a P-63 com 140 mil barris diários, e, em setembro, a P-55, com capacidade de 180 mil barris por dia. A última a entrar em operação será a P-61, com 140 mil barris diários.

Fonte: O Globo (Ramona Ordonez)

Investimento em petróleo na Bolívia ultrapassa US$ 1,5 bilhão

O investimento de 2011 foi de US$ 1,293 bilhão e o de 2010 quase não chegou a US$ 782 milhões, segundo dados oficiais

La Paz (Bolívia) - O investimento em petróleo na Bolívia realizado pelo Estado e empresas privadas se situou este ano em US$ 1,593 bilhão, 23% a mais que em 2011, informou nesta quarta-feira a estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB). O presidente de YPFB, Carlos Villegas, indicou em entrevista coletiva que a matriz dessa empresa e suas subsidiárias investiram US$ 986 milhões e as companhias privadas outros US$ 607 milhões.

Na Bolívia, operam, entre outras, a Petrobras, a espanhola Repsol YPF, a franco-belga TotalFinaElf e a britânica British Gas, algumas delas associadas com a YPFB. Desde maio de 2006, quando o presidente boliviano, Evo Morales, decretou a nacionalização de várias empresas e deu a YPFB o controle da cadeia produtiva, os investimentos estatais e privados somaram US$ 4,964 bilhões, frente ao US$ 1,855 bilhão do quinquênio prévio (2000-2005).

A chegada de capitais foi encorajada pela necessidade de ampliar a produção para sortir os mercados argentino e brasileiro. Para 2013, segundo dados da YPFB, se espera um investimento estatal e privado de US$ 2,168 bilhões, embora Villegas tenha dito hoje que o número definitivo será conhecido no próximo mês.

A YPFB realizou seus investimentos graças a empréstimos do Banco Central da Bolívia, mas hoje Villegas revelou que estuda junto ao Ministério da Economia e Finanças a possibilidade de emitir bônus internacionais. Além disso, o Estado obterá em 2012 uma renda recorde da parte do setor petroleiro de mais de US$ 4,2 bilhões, frente aos US$ 2,989 bilhões da gestão passada, acrescentou. Desde que em 2006 iniciou-se a nacionalização, a receita para o Estado por impostos, royalties, participações e patentes do setor somou US$ 16,778 bilhões.

Sobre as reservas de gás, Villegas anunciou que nos primeiros meses de 2014 será realizada uma nova certidão do volume dos reservatórios do país. Em abril do ano passado, o Governo reconheceu oficialmente que as reservas eram de apenas 9,94 trilhões de pés cúbicos, um terço do que se imaginava oficialmente, mas depois sustentou que, com novas descobertas, esse número poderia subir a 13 trilhões.

Fonte: Portal R7

O pré-sal e a educação

Há poucos dias, o BCG (Boston Consulting Group) lançou um relatório mostrando que o Brasil foi a nação mais eficiente do mundo em transformar riqueza em bem-estar nos últimos cinco anos. O avanço entre 2006 e 2011 foi equivalente ao de um país que tivesse expandido seu PIB per capita em 13,5% ao ano.

Esse desempenho do Brasil, obtido, em boa parte, numa conjuntura de grave crise internacional, não aconteceu por acaso, nem foi inspirado por conselhos “técnicos” de agências de risco. O Brasil apresentou esse desempenho porque o nosso país, contrariando a sua história econômica, tomou a decisão política de crescer distribuindo renda e oportunidades para todos.

O Brasil conseguiu implantar um novo ciclo de desenvolvimento, criar uma nova e volumosa classe média, reduzir substancialmente a pobreza extrema e construir um dinâmico mercado interno. Consolidamos a jovem democracia brasileira e suas instituições.

Mas isso não basta. Não se pode distribuir renda apenas com o concurso dessas políticas sociais.

Também não se pode crescer indefinidamente sem aumentar a competitividade da nossa economia, especialmente no campo industrial, e sem elevar expressivamente a nossa capacidade de produzir inovação tecnológica.

O grande desafio estratégico do Brasil é, pois, aproveitar as vantagens comparativas do país, como a abundância de recursos naturais, o enorme potencial ambiental, a estrutura produtiva razoavelmente integrada e diversificada, o perfil demográfico adequado e o acúmulo gerado por esse ciclo recente de desenvolvimento para construir uma economia verde e criativa.

Pois bem: o governo Dilma Rousseff tomou, nesse sentido, uma decisão histórica: destinar todos os royalties dos contratos futuros de concessão de petróleo à educação.

Não poderia haver decisão mais consistente. Com efeito, o investimento em educação, como bem reconhece o estudo do BCG, é o que mais repercute positivamente na sustentabilidade de longo prazo do desenvolvimento e em sua qualidade.

O relatório do BCG também reconhece claramente dois distintos grupos de países: aqueles que têm alta renda per capita e elevada capacidade de gerar bem-estar e aqueles que também têm alta renda per capita, mas baixa capacidade de criar bem-estar.

No primeiro grupo, está a campeã do nível de bem-estar atual, a Noruega. No segundo, estão os países exportadores de petróleo.

Mas a Noruega também é um grande exportador de óleo. Mas o país tomou uma decisão histórica que o fez seguir uma trajetória diferente daqueles outros países.

Em 1990, o Parlamento norueguês criou um fundo soberano para investir parcimoniosamente a renda do petróleo com critérios intergeracionais, partindo do pressuposto que o óleo é recurso finito e não renovável. A renda dele obtida é, assim, solidamente investida em seguridade social, educação, ciência e tecnologia.

Por outro lado, muitos outros países ricos em hidrocarbonetos preferiram gastar a renda do petróleo em consumo supérfluo de importados e na ampliação da máquina pública.

Com isso, desperdiçaram a oportunidade de diversificar a economia, distribuir renda e aperfeiçoar suas instituições políticas. Tornaram-se parasitas de um recurso não renovável.

Tornaram-se países que, mesmo quando conseguem atingir níveis altos de renda per capita, são incapazes de gerar bem-estar para todos.

Ora, a decisão de investir em educação nos coloca justamente numa trajetória semelhante à da Noruega, capaz de nos manter, no longo prazo, como o país que mais vem se destacando na conversão de crescimento econômico em bem-estar efetivo para toda a sua população.

Ela significa incluir o país e toda a sua população nas utopias do futuro, transformando campos de petróleo em campos de novas possibilidades e potencialidades.

É, em suma, a decisão de dar um segundo e definitivo salto de qualidade em nosso desenvolvimento socioeconômico.

LINDBERGH FARIAS, 42, é senador pelo PT-RJ e autor de “Royalties do Petróleo: as Regras do Jogo” (Agir)

Fonte: Folha de São Paulo – Lindbergh Farias

quarta-feira, dezembro 26, 2012

Renováveis e petróleo: os aliados improváveis

Uma das mudanças mais profundas em curso com os adventos do petróleo de águas profundas e o gás não-convencional (shale gas) é o aprofundamento da integração tecnológica entre as renováveis e os “novos” hidrocarbonetos.

A exploração petrolífera em offshore (mais onerosa do que a onshore), combinada com o crescimento da procura de energia a nível mundial, aumentou a necessidade de elevar o factor de recuperação dos poços, ou seja, aumentar o seu nível de extração de petróleo extraído. A consequência foi a criação de uma linha de tecnologias designada por Enhanced Oil Recovery (EOR).

Dentro desta tendência, em termos simples, uma das vias mais exploradas é a (re)injecção de CO2 nos poços para aumentar o factor de recuperação, já que este gás cria mais pressão no reservatório, causando uma maior libertação de hidrocarbonetos. O CO2 fica “sequestrado” no poço, diminuindo desta forma a intensidade carbónica da atividade de produção petrolífera.

Todavia, esta operação também exige maior consumo energético e um fornecimento sustentável de CO2, sendo este um dos maiores desafios no desenho logístico das plataformas de exploração petrolífera.

Usar o sol para extrair petróleo

Curiosamente, uma das soluções que está a ser utilizada por uma das maiores operadoras mundiais, a Chevron, é a aplicação de uma variante tecnológica da energia solar térmica para extrair petróleo. Os raios solares são concentrados em espelhos, que direcciona o calor para uma caldeira, onde o vapor gerado pela energia solar é injectado no poço, facilitando a subida do petróleo para a superficie.

E feitas as contas, a Chevron conclui que é mais barato o EOR com energia solar do que com gás natural. As empresas que receberam investimentos maçicos para desenvolver esta tecnologia são a Brightsource e a Glasspoint Solar, que o leitor pode consultar aqui.

O Gás Natural é o melhor amigo das renováveis

E nesta tendência de aliança tecnológica entre as renováveis e os hidrocarbonetos, outro sinal importante é a recente turbina criada pela General Eletric que permite utilizar de forma integrada gás natural e renováveis, de forma a compensar a volatilidade e aproveitar a diversidade destas últimas.

O insuspeito Rocky Mountain Institute, um dos mais respeitados think tanks de energias renováveis nos EUA (o seu presidente Amory Lovins é conselheiro de Obama), classificou esta tecnologia como sendo estratégica para aumentar a penetração de renováveis no mercado.

Complementaridade inteligente é competitividade energética

O que existe de comum nestas duas abordagens? O pragmatismo americano na política energética, plasmada na aproximação entre as renováveis e o petróleo e gás, criando soluções inteligentes que conseguem aproveitar as vantagens competitivas de cada uma

das fontes energéticas.

As comunidades científicas e políticas da área energética nos EUA, ao contrário das europeias, já compreenderam que a solução reside na complementaridade entre as fontes e não na substituição absoluta de uma por outra.

Fonte: Sapo PT

terça-feira, dezembro 25, 2012

FELIZ NATAL!!!


BLOG ADEILTON PRIMO PETRÓLEO E GÁS deseja a você os melhores votos de paz, saúde, felicidades, sucesso e boas festas.

Queremos que você continue sempre com essa alegria, com esse companheirismo e continue nos VISITANDO com sua preferência e atenção, pois só assim, teremos motivos para buscar sempre o melhor.

Que nesse final de ano você possa somar todas as alegrias e dividir seu entusiasmo de ser feliz.

Somos privilegiados porque contamos com sua amizade, apoio e confiança.

A nossa meta é oferecer sempre o melhor.

Aos leitores, amigos e familiares elevamos o nosso carinho, nosso muito obrigado por tudo e tenham boas festas.

Feliz natal e próspero ano novo.

Atenciosamente: Adeilton Primo.

Parceria entre países do Mercosul para setor de petróleo e gás

Mais uma atividade importante poderá ser feita em pouco tempo pela zona de livre comércio do Mercosul, pois o Brasil está avaliando se as exigências nacionais para o setor de petróleo e gás devam ser seguidas por todos os países membros da área.

No Brasil existe, desde o ano de 2003, uma política do setor que aumenta a participação do setor industrial local para o fornecimento de serviços e bens ao país.

O problema desta questão reside no fato de que a indústria brasileira não está conseguindo suprir as demandas do setor e, por isso, a idéia é aproveitar as instalações presentes nos outros países do Mercosul para atender às concessionárias brasileiras no setor de petróleo e gás natural.

Para a sua efetivação esta medida deve ser aprovada pelos outros países que serão envolvidos com a regra da reciprocidade determinando que as indústrias brasileiras também atendam a demandas vindas dos companheiros de Mercosul.

Fonte: Bolsa Valores por (Ana Camila Neves Morais)

Empresa construirá plataformas da Petrobras em São José do Norte

Previsão é de que empreendimento gere 4 mil empregos no município de 25 mil habitantes.

A empresa Estaleiros do Brasil (EBR) venceu a disputa de preços em uma licitação aberta pela Petrobras para dois navios petroleiros, a serem convertidos em plataformas de petróleo. O valor da encomenda pode atingir os R$ 3 bilhões e garante o início das operações da unidade da empresa em São José do Norte. Com o resultado, a companhia confirmou a montagem, no município da Metade Sul gaúcha, das plataformas P-74 e P-76. A abertura do envelope de preços foi feita nesta sexta-feira e e a assinatura do contrato com a estatal de petróleo pode ocorrer até o fim de janeiro.

A empresa deve investir US$ 500 milhões na construção do estaleiro. O projeto foi negociado pela Sala do Investidor, mecanismo criado pelo governo do Estado para atender as empresas dispostas a expandir instalações no Rio Grande do Sul. A unidade da EBR vai garantir a expansão do Polo Naval que já havia se instalado em Rio Grande.

A previsão da companhia é gerar 4 mil empregos diretos no município de 25 mil habitantes. A expectativa é de que as plataformas comecem a ser construídas em outubro, a partir de módulos, acoplados a cascos que virão do Rio do Janeiro.

Fonte: Rádio Guaíba

segunda-feira, dezembro 24, 2012

As Bacias brasileiras de óleo e gás

As bacias produtoras brasileiras

Empresa integrada de energia, a Petrobras atua em diversos campos.

Com suas plataformas buscam petróleo nas profundezas do oceano. Com as refinarias, oferecem produtos variados que reúnem praticidade, tecnologia e respeito ao meio ambiente.

Conheça a abaixo o perfil das bacias de onde sai o óleo e gás que movimenta a máquina Petrobras

Bacia de Campos

A bacia de Campos é a principal área sedimentar ja explorada na costa brasileira. Ela se estende das imediações da cidade de Vitória-ES até Arraial do Cabo, no litoral norte do Rio de Janeiro, em uma área de aproximadamente 100 mil quilômetros quadrados.

Nesse gigantesco laboratório a céu aberto a Petrobras testou as principais tecnologias offshore experimentadas no desenvolvimento de projetos de produção a profundidade d'água nunca testadas anteriormente no mundo.

O primeiro campo com volume comercial descoberto na Bacia de Campos foi Garoupa, em 1974, a 100 metros de profundidade. No ano seguinte a Petrobras descobriu o campo de Namorado e, em 1976, o de Enchova. Era o começo de uma longa série. O caminho era o mar.

Uma das inovações da Petrobras nesses campos foi a instalação do primeiro sistema de produção antecipada sobre uma plataforma flutuante. Com ele, reduziu-se o tempo de maturação de quatro a seis anos para quatro meses.

A Petrobras ganhou em agilidade, flexibilidade operacional e uma enorme economia de investimentos. Isso permitiu iniciar a produção de óleo enquanto eram construídas as plataformas fixas definitivas que seriam instaladas posteriormente.

Foi o desenvolvimento desses sistemas que permitiu, mais tarde, extrair petróleo de águas profundas e ultraprofundas.

Em 1985 a Petrobras descobriu o primeiro campo gigante no mar, Albacora, em águas além de 2.000m de profundidade. Mas tarde surgiram outros campos gigantes, como Marlim, Roncador, Barracuda e Caratinga.

Outros campos de grande porte foram descobertos na parte norte dessa bacia, ja no estado do Espírito Santo: Jubarte e Cachalote, área que ficou conhecida como "Parque das Baleias".

Bacia de Santos

Um pouco mais da metade da área explorada na bacia está em lâminas d'água profundas - acima de 300 metros - e ultraprofundas - acima de 1500 metros. E é na bacia de Santos que a Petrobras encontrou e superou o primeiro desafio de ultrapassar uma profundidade de 7.500 metros na perfuração exploratória dos campos do pré-sal.

A bacia é dividida em cinco pólos de produção no mar: Merluza, Mexilhão, Uruguá, Sul e Pólo Pré-sal.

As áreas do pré-sal ja identificadas na bacia são: Tupi, Júpiter, Iara, Carioca, Bem-Te-Vi, Guará, Parati, Caramba e Azulão.

Bacia do Espírito Santo

A produção dos campos de Camarupim, Canapu, Golfinho e Peroá são peças importantes para o fornecimento de gás natural nacional.

O campo de Fazenda Alegre, o maior volume terreste do Espírito Santo, foi descoberto em 1996. Depois dele, novas descobertas em terra: como Inhambu, em 2005, Tabuiaiá e Saíra, em 2006, e Jacutinga, em 2008.

A produção de óleo no mar iniciou em 1978 no campo de Cação, enquanto as descobertas de gás natural tiveram destaque com os campos marítimos de Cangoá, em 1988, Peroá, em 1997, e Canapu, em 2005.

A primeira reserva de óleo leve na plataforma continental capixaba foi descoberta nas águas profundas do campo de Golfinho, em 2002.

Bacias do Jequitinhonha, Camamu - Almada - Recôncavo - Tucano

O óleo e gás natural que a Petrobras produz nas bacias da Bahia, ao contrário do que se possa supor, ainda estão longe de esgotar. O volume dos reservatórios ainda é maior que a produçao acumulada desde a década de 1940.

Candeias, o primeiro campo comercial descoberto no país, em 1941, permanece em atividade. O mesmo caso para os campos João Terra, de 1947, e água Grande, de 1951.

O desafio da Petrobras ao trabalhar com campos mais antigos é o de encontrar constantemente novas tecnologias capazes de aumentar a recuperação dos campos e prolongar ao máximo sua vida útil.

Atualmente, a Petrobras explora, desenvolve e produz petróleo e gás em concessões situadas nas bacias sedimentares de Tucano, Recôncavo (terrestres), Camamu-Almada e Jequitinhonha (marítimas). Essa área se estende por cerca de 135.400 km².

Bacia de Sergipe e Alagoas

Se hoje a Petrobras é considerada referência em exploração e prudução de petróleo em águas profundas e ultraprofundas, deve-se muito à equipe pioneira do campo de Guaricema. Nele foram testadas as primeiras tecnologias voltadas aos campos marítimos.

Foi no campo de Guaricema que se produziu pela primeira vez na plataforma continental, em 1968.

Outro destaque é o campo de Carmópolis, o maior volume de reservas do país e o primeiro descoberto na bacia sedimentar de Sergipe-Alagoas, em 1963.

Em 2007, o campo de Piranema começou a produzir. Ele marcou uma nova fronteira para o Nordeste brasileiro: a produção de óleo leve e em águas profundas.

Uma inovação adotada para esse campo foi a instalação do primeiro sistema flutuante de produção, armazenamento e exportação de óleo redondo no mundo. O projeto visa minimizar os efeitos da oscilação das ondas do mar.

A produção no estado de Alagoas é básicamente terrestre, com destaque para a produção de gás. O único campo marítimo da bacia localizado nesse estado é o de Corupi.

Bacia Potiguar

Com campos em águas rasas e campos terrestres, a região de Rio Grande do Norte e do Ceará é a maior produtora de petróleo onshore (em terra) do Brasil . A Petrobras atua no Rio Grande do Norte desde 1951. O primeiro campo descoberto foi o de Ubarana, na costa de Guamaré, em operação desde 1976.

No Ceará a empresa começou suas atividades em 1967 e o primeiro campo descoberto foi Xaréu, em 1977.

O primeiro poço terrestre entrou em operação em dezembro de 1979 e permanece em atividade, com a diferenção de ser movido a energia solar.

Após uma sequência de descobertas de novas jazidas, o Rio Grande do Norte se tornou o maior produtor terrestre de petróleo no Brasil.

Canto do Amaro é o maior campo terrestre em produção no país e entrou em operação no ano de 1986.

Bacia do Solimões

Um santuário ecológico com a maior reserva provada de gás natural do país e que produz óleo leve com a melhor qualidade do mercado. Nesse cenário, a Petrobras encarou o desafio de explorar a produzir petróleo com segurança em plena floresta amazônica, respeitando o meio ambiente e as populações ribeirinhas.

Localizada a 650 quilômetros a sudoeste de Manaus-AM, a província petrolífera de Urucu, em Coari, é referência mundial de convivência harmoniosa entre a atividade de exploração e produção e o meio ambiente.

Para vencer o desafio de atuar nessa região, a Petrobras seguiu um conjunto de diretrizes relacionadas à proteção da biodiversidade, a ecoeficiência das atividades e operações, ao controle de contingências e à interface social, econômica e cultural das atividades de exploração e produção de óleo e gás na Amazônia, as quais incluem todo o suporte logístico necessário, como transporte aéreo, terrestre e fluvial, suprimento e infra-estrutura.

Fonte: Petrobras

domingo, dezembro 23, 2012

O Petróleo Eterno

Não há maior patrimônio para uma nação do que a boa formação educacional e acadêmica de seu povo


As imensas reservas de petróleo a serem prospectadas a partir de agora no Brasil, como ocorre com todas as jazidas desse combustível fóssil, irão esgotar-se um dia. No entanto, seu impacto sobre o desenvolvimento nacional será perene, a partir da decisão da presidenta Dilma Rousseff de conceder ao ensino todos os royalties e participações especiais arrecadados com as futuras concessões e 50% do Fundo Social integrado pelos recursos do pré-sal.

Não há exagero em afirmar que, em longo prazo, o país obterá ganhos ainda mais substantivos para seu desenvolvimento com o expressivo suporte financeiro à educação do que com a exploração e venda do petróleo e do gás propriamente ditas. Não há maior patrimônio para uma nação do que a boa formação educacional e acadêmica de seu povo. Hoje, por ainda não termos democratizado a qualidade do ensino básico gratuito e o acesso a boas universidades, estamos pagando um alto preço, na forma do chamado apagão profissional, com a carência de recursos humanos qualificados em várias áreas, para fazer frente à expansão de nossa economia.

É fundamental, portanto, que o Brasil saiba utilizar com eficácia e inteligência o vultoso montante financeiro que passará a contemplar a educação. Nesse sentido, uma das prioridades é a solução do maior problema do setor: a falta de incentivo aos professores, especialmente da Educação Básica, constituída pelo Ensino Fundamental e o Médio. Os seus salários, na média da realidade nacional, não são adequados.

Ademais, lhes faltam capacitação permanente e a respectiva avaliação periódica. Todos esses fatores têm impacto negativo na qualidade da educação ministrada às nossas crianças e jovens.

Por isso, o Brasil está muito aquém dos índices razoáveis de aproveitamento, como se pode observar numa síntese dos problemas que enfrentamos nesse campo tão decisivo: ocupamos o 53º lugar, num universo de 65 países listados pelo Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), da 7ª série em diante, coordenado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE); apesar das políticas públicas que incentivaram a matrícula de 98% de crianças entre 6 e 12 anos, mais de 700 mil ainda estão fora da escola (IBGE); o analfabetismo pleno, mais o funcional, atinge cerca de 30% da população com m ais de 15 anos; 34% dos alunos que chegam ao 5º ano de escolarização não conseguem ler e 20% dos jovens que concluem o Ensino Fundamental e que moram nas grandes cidades não dominam a leitura e a escrita (Todos pela Educação); e elevado número de jovens fora do Ensino Superior.

Não podemos perder a oportunidade histórica de solucionar definitivamente essas questões graves, que se constituem em dos indicadores que nos separam das nações desenvolvidas. Se fizermos isso com sucesso e bons resultados, o nosso petróleo será o único do planeta a ser eterno, pois irá constituir-se no combustível do conhecimento.

*Custodio Pereira é o diretor geral da Associação Santa Marcelina, Mantenedora dos Colégios e da Faculdade Santa Marcelina (FASM).

Fonte: Último Instante - Custodio Pereira

Para compensar royalties, Alerj cria taxa de R$ 7 bi por ano

Imposto sobre atividade do petróleo depende de sanção de Cabral

Rio de Janeiro (RJ) - Para compensar perdas na arrecadação com os royalties do petróleo, a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou ontem projeto de lei que cria uma taxa de fiscalização sobre a atividade petrolífera no estado. Os deputados aprovaram, por unanimidade, o projeto de lei 1.877/12, do deputado André Ceciliano (PT-RJ), que cria a Taxa de Fiscalização de Petróleo e Gás (TFPG) para que o Estado verifique as atividades de pesquisa, lavra, exploração e aproveitamento de petróleo e gás. A fiscalização seria feita pela Secretaria de Meio Ambiente.

A taxa terá o valor de quatro Ufirs por barril e será cobrada das empresas na venda ou na transferência do barril de petróleo. Segundo estimativas, o Estado do Rio arrecadaria R$ 6,9 bilhões com a nova taxa, praticamente o mesmo valor arrecadado com os royalties.

O governador Sérgio Cabral tem 15 dias para sancionar o projeto. A lei foi inspirada na Lei 19976/11, em vigor em Minas Gerais, que criou a Taxa de Fiscalização de Recursos Minerais, paga por mineradoras, como a Vale.

— É uma lei constitucional que já está em vigor em outro Estado e é uma forma de o Rio compensar as perdas com os royalties. O governador pode sancionar a lei fixando por exemplo, um desconto de 95% na taxa — disse Ceciliano.

Cabral não comentou o assunto, alegando ser questão do Legislativo. A Petrobras não se pronunciou também.

Pelo projeto aprovado, 75% dos recursos ficarão com o estado e 25% com os municípios. A emenda que distribuiu 25% dos recursos para os municípios é dos deputados estaduais Clarissa Garotinho, André Ceciliano e Luiz Paulo. Do total para os municípios, 70% vão para os produtores, conforme proporcionalidade da exploração de cada cidade. Os outros 30% vão para todos os municípios, segundo o IPM (Índice de Participação dos Municípios).

O deputado admitiu que a lei é uma compensação pelo Estado não cobrar ICMS na produção do petróleo.

Molon busca negociação

Para o ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal, a discussão dos royalties perdeu clamor:

— A decisão dos royalties me parece que perdeu um pouco do seu clamor, do seu objeto, à medida que o próprio Congresso adiou para fevereiro — disse ele. — A corte está em recesso, só volta a funcionar em sua plenitude em fevereiro. O presidente não vai examinar uma liminar dada por um colega. Não é do meu estilo.

O deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ) declarou que pretende trabalhar por um consenso para resolver o impasse. O objetivo é evitar que o Congresso volte a analisar como votará o veto em fevereiro sem uma negociação. Molon avalia que devem ser tratados em conjunto a distribuição dos royalties, do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e de outros dilemas da pauta do Congresso.

— A proposta é tentar encontrar uma equação que contemple a todos sem mexer nos campos já licitados. É inevitável que o Congresso aprecie os vetos, mas, se tivermos uma solução pacificada, é diferente — disse Molon. — Nossa vitória deixou claro que, sem acordo, mesmo sendo minoria, conseguiremos atrasar muito a análise. Considerando o acúmulo de vetos a serem votados e se nós continuarmos na nossa tática de obstrução, é possível que demore mais de um ano para chegar nos royalties.

O senador Francisco Dornelles (PP-RJ) disse que o veto aos royalties não pode ser analisado antes dos precedentes e que precisa ser formada uma comissão mista de parlamentares para analisá-lo.

— Em decorrência do mandado de segurança concedido pelo Supremo, o veto parcial nº 38 não pode ser apreciado antes da análise de todos aqueles que o precederam, que, por sua vez, têm que ser votados de forma individual, respeitada ordem cronológica — disse o deputado.

Fonte: O Globo

Petroleiros temem acidentes, diz Sindipetro-NF

Sindipetro NF denúncia que além da insegurança, petroleiros enfrentam problemas com acomodações e alimentação

Rio de Janeiro (RJ) - O Sindipetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense) vem a público registrar um alerta sobre os constantes abusos cometidos pela Petrobrás, e por empresas do setor petróleo privado, contra os seus trabalhadores. A realidade divulgada por essas empresas em suas ações de marketing costuma ser a de que mantêm programas de responsabilidade social e que respeitam e valorizam os seus empregados. Mas esta não é a realidade.

O sindicato, neste final de 2012, se reuniu com a SRTE (Superintendência Regional do Trabalho e Emprego), no Rio, para, mais uma vez, formalizar denúncias sobre condições inseguras em áreas operacionais e pedir fiscalização em plataformas que conservam situações desumanas de alimentação e alojamento.

Parece inacreditável, mas a entidade recebeu ao longo do ano diversos relatos de trabalhadores embarcados sobre a existência de baratas (e outros vetores) em cozinhas e refeitórios, falta de itens de alimentação, superlotação de camarotes e sanitários interditados.

Somente para exemplificar, a denúncia recente do sindicato à SRTE inclui dois casos da Bacia de Campos: na P-20, o sistema de vácuo para dejetos apresenta defeito e impõe que a quase totalidade do vasos sanitários públicos e em camarotes não possam ser usados. Na P-32, há camarotes que abrigam até 20 petroleiros, quando a norma (Anexo II da NR-30) determina que cada camarote deve ter, no máximo, quatro trabalhadores.

Problemas semelhantes também ocorreram em 2012 em plataformas como P-27, P-09, PGP-1, P-54, entre outras.

Levantamento do Departamento de Saúde do Sindipetro-NF mostra ainda que, neste ano, aumentou o número de CATs (Comunicação de Acidente de Trabalho) nas unidades do Norte Fluminense. Foram 1680 comunicações até o último dia 18 — em 2011 foram1610. Amédia diária é de 4,8 casos. O maior número de vítimas de insegurança continua a vir do setor privado. Entre trabalhadores da Petrobrás, o número caiu de 372 para 298, mas entre os petroleiros de empresas privadas o número aumentou de 1207 para 1360, na comparação com 2011.

Estes números se referem apenas a acidentes registrados. O sindicato, no entanto, alerta para o fato de que são recorrentes as chamadas subnotificações — casos não registrados ou com dados que não abrangem a gravidade da situação. Para a entidade, o número de acidentes pode ser até três vezes maior daquele admitido oficialmente pelas empresas.

Em todo o país, de acordo com a FUP (Federação Única dos Petroleiros), 14 petroleiros perderam suas vidas no sistema Petrobrás em 2012. Na região, houve uma morte no local de trabalho e seis mortes no trajeto para a empresa.

Para o Sindipetro-NF, esta é uma realidade inadmissível para qualquer atividade econômica, e muito especialmente para o um dos setores mais lucrativos do mundo. A entidade exige que a excelência que a Petrobrás se orgulha de ter, fruto do suor e capacitação técnica dos trabalhadores, também se aplique aos cuidados mínimos dispensados à sua força de trabalho, assim como também aos petroleiros de empresas privadas.

Nestas festas de final de ano, quando muitos estarão com as suas famílias, milhares de petroleiros estarão embarcados, enfrentando riscos e as condições adversas relatadas, para que não falte a energia necessária para impulsionar o País. A estes trabalhadores, que por dias se mantêm em situação de confinamento, o mínimo que se deve garantir é o que prevêem as normas de segurança e de habitabilidade.

Da Redação

sábado, dezembro 22, 2012

Petrobras nega risco de desabastecimento de gás

Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro havia emitido um alerta para o risco de desabastecimento de gás no fim do ano e no começo do ano que vem

Rio de Janeiro (RJ) - A Petrobras informou nesta quinta-feira, em nota oficial, que "está cumprindo rigorosamente seus compromissos de suprimento de gás natural aos mercados por ela atendidos e não há qualquer risco de desabastecimento aos seus clientes".

A nota responde ao posicionamento da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que alertou para o risco de desabastecimento de energia elétrica e de gás neste fim de ano e no início de 2013. A Petrobras ressaltou também que vem atendendo integralmente ao despacho térmico solicitado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

O consumo médio de gás natural neste ano, considerando a produção nacional e as importações da Bolívia e de gás natural liquefeito (GNL), ficou em 72 milhões de metros cúbicos por dia, contra uma capacidade instalada de 102 milhões de metros cúbicos/dia, informou a empresa. Em novembro, o pico do ano, o consumo foi de 97 milhões.

Apesar da pequena margem de diferença, estão afastados os riscos de desabastecimento, segundo o diretor de Gás e Energia da companhia, Alcides Santoro. Para o fim de 2013, há a perspectiva de a capacidade instalada chegar a cerca de 120 milhões de metros cúbicos/dia.

"Não há nenhum risco de desabastecimento de gás e de outros combustíveis que a Petrobras fornece, o óleo diesel e o óleo combustível, para geração termelétrica ou qualquer outro mercado, como o não térmico", afirmou Santoro, em entrevista à Agência Estado nesta quinta-feira.

Fonte: Exame

sexta-feira, dezembro 21, 2012

Empresa de petróleo e gás abre seleção para programa de trainee

O programa terá duração de dois anos e oferece como maior diferencial a experiência internacional

Brasil - A empresa britânica de petróleo de gás, BG Brasil está com inscrições abertas para o processo seletivo da 6ª edição anual do Programa Trainee Internacional, destinado a recém-formados em cursos de graduação e jovens profissionais com especialização.

As inscrições podem ser feitas no site do BG Group até 30 de abril de 2013. O programa terá duração de dois anos e oferece como maior diferencial a experiência internacional de no mínimo seis meses em um dos outros países de atuação do BG Group.

Para participar da seleção, os candidatos deverão ter bacharelado em engenharia (diversas especialidades), economia, administração, matemática, física e ciências contábeis. Há vagas também nas áreas de engenharia, perfuração, comercial e finanças. Os pré-requisito para participação no processo seletivo é ter concluído o curso até julho de 2013 e ter inglês fluente.

Os candidatos devem ter disponibilidade para residir fora do Brasil por longos períodos. O processo seletivo é feito em inglês com aplicação de testes online, entrevistas e dinâmicas de grupo. Os escolhidos serão informados em julho e iniciam o programa na companhia em setembro de 2013.

Da Redação

Eike Batista vai injetar R$ 20 milhões na EBX Brasil

Ação da Vale cai após acordo na Suíça para pagar US$ 233 milhões

São Paulo (SP) - O empresário Eike Batista vai injetar R$ 20,482 milhões na EBX Brasil, uma das suas empresas de investimento que possui participações na LLX Logística e na mineradora MMX. A operação foi divulgada após o fechamento da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

Analistas especulam que o dinheiro pode ser utilizado para financiar projetos das duas empresas, já que o atual caixa dessas empresas é considerado insuficiente.

A LLX Logística fechou o pregão de ontem em queda de 0,90%, enquanto MMX avançou 1,63%. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), fechou em alta de 0,89%, aos 60.998 pontos, no maior nível desde 24 de setembro.

Entre as principais contribuições negativas do Ibovespa, as ações preferenciais da Vale caíram 1,20%, enquanto as ordinárias recuaram 1,80%, depois que a mineradora anunciou que encerrou sua disputa tributária com as autoridades federais suíças e vai pagar os impostos adicionais reivindicados no valor total de 212 milhões de francos suíços (US$ 233 milhões). Pelo acordo, o pagamento será feito em parcelas, começando em janeiro de 2013. A última está prevista para 2015.

O valor é bem maior que o provisionado pela empresa até agora (US$ 37 milhões). A disputa fiscal estava relacionada à redução da carga tributária concedida à Vale International em 2006 e às diferenças em sua interpretação.

Com a resolução da disputa, a Vale renovou isenções de impostos federais para a Vale International até 2015.

No mercado de câmbio, o dólar comercial fechou em queda de 0,90%, a R$ 2,07. O Banco Central vendeu US$ 2 bilhões aos bancos em um novo leilão conjugado com recompra do mesmo valor em fevereiro de 2013. Na terça-feira, o BC mudou o compulsório para facilitar a aposta dos bancos na queda do dólar, o que contribuiu para a valorização do real.

Fonte: O Globo

quinta-feira, dezembro 20, 2012

Assinado contrato para uso de área do porto pelo Estaleiro EBR

A Superintendência do Porto de Rio Grande (Suprg) e a empresa Estaleiros do Brasil Ltda. (EBR) assinaram contrato na tarde desta terça-feira para uso temporário por parte da EBR de uma área localizada dentro da poligonal do porto organizado, no trecho 2 da zona portuária de São José do Norte. Trata-se de uma área de 134.436 metros quadrados, que consiste no espaço de cais de que a EBR necessitará para o estaleiro que irá implantar em São José do Norte. A empresa já tinha a retro área. Faltava regularizar a área de cais, que é de responsabilidade da Suprg, o que foi feito pelo contrato.

Conforme esclarecido no acordo, são terrenos da Marinha, ou seja, áreas de propriedade da União Federal, administradas pela Suprg por meio de convênio com o Ministério dos Transportes. O contrato vigorará pelo prazo de cinco anos. Após esse prazo, as partes poderão, se desejarem, firmar novo ajuste ou renová-lo. O documento foi assinado pelo superintendente do Porto de Rio Grande, Dirceu Lopes, e pelo presidente da EBR, Alberto Padilla.

A utilização temporária da área será remunerada pela EBR à Suprg. A empresa pagará pela área ocupada R$ 1,68 por metro quadrado e por mês. Pela movimentação de materiais e equipamentos para a construção naval, o equivalente a 50% do valor das tarifas previstas na tabela 3 (Serviços de Armazenagem) das tarifas da Suprg.

No decorrer do contrato, a EBR deverá apresentar à Superintendência estudo de viabilidade técnica e econômica visando o arrendamento da área por 25 anos, renovável por igual período. Dirceu Lopes disse que esse contrato vai regulamentar a ação do estaleiro e serve como guia para todos os demais empreendimentos navais da área do porto de Rio Grande.

Alberto Padilla observou que a falta de regularização do terreno para cais era o único empecilho que a empresa tinha, "Um estaleiro sem cais não funciona", explicou. A expectativa da empresa é começar as obras de implantação do Estaleiro EBR em São José do Norte em fevereiro de 2013. Agora, a EBR vai tratar da subcontratação de serviços de instalação de partes do estaleiro. Os preços das empresas interessadas devem ser recebidos no final de janeiro e em seguida ocorrerá a seleção destas. Por isso, o início das obras está previsto para fevereiro.

Padilha relatou que, para implantar todo o estaleiro, serão necessários 24 meses, mas que não será preciso esperar todo esse tempo para iniciar a operação. Ele acredita que parte do empreendimento deverá estar pronto em outubro de 2013 e se a EBR tiver conquistado contrato com a Petrobras, já poderá começar a operar. Segundo ele, a EBR está concorrendo para a construção de módulos e realização da integração das plataformas P-74 e P-76, e está aguardando a abertura dos envelopes de proposta comercial.

Fonte: Jornal Agora (RS)/Carmem Ziebell

Petrobras anuncia Programa de contenção de gastos de R$ 8 bi

Denominado Procop, o programa é parte integrante do Plano de Negócios e Gestão 2012-2016 (PNG 2012-2016)
 
Rio de Janeiro (RJ) - Em comunicado divulgado há pouco, a Petrobras anunciou as metas do Programa de Otimização de Custos Operacionais (Procop), parte integrante do Plano de Negócios e Gestão 2012-2016 (PNG 2012-2016).
Segundo a empresa, esse conjunto de iniciativas permitiu o estabelecimento da meta de redução de R$ 8 bilhões, ou 19% dos gastos gerenciáveis sob escopo,calculados em R$ 43 bilhões. Em outras palavras, se todas as iniciativas tivessem sido implementadas em 2011, estes gastos teriam sido 19% menores naquele ano. "Esse potencial será agora capturado gradativa e progressivamente a partir de 2013, segundo ações detalhadamente planejadas, permitindo que a Companhia reduza o crescimento dos seus custos operacionais na ordem de R$ 32 bilhões no período de 2013 a 2016".
De acordo com a estatal petrolífera, o Procop possui três objetivos principais:fnanceiro, que visa aumentar a geração de caixa no horizonte do PNG 2012-2016; operacional, que busca aumentar a produtividade de suas atividades a partir de benchmarks internos e externos; e organizacional, que reforça o modelo de gestão voltado para a eficiência em custos.
"O escopo do programa abrange as atividades no Brasil, nas áreas de Exploração e Produção, Abastecimento e Gás e Energia, incluindo logística operada pela subsidiária Transpetro, também atuando nos processos de suporte às operações, como suprimento de materiais, estoque de peças e combustíveis e tecnologia da informação", afirma, em comunicado, a empresa.
A Petrobras informou que o programa foi conduzido em três fases, sendo que as duas primeiras, que correspondiam ao levantamento das áreas nas quais o programa seria inserido, e a terceira compreendeu a elaboração do plano de implementação do programa, consolidando as metas, responsáveis e marcos de cada iniciativa. Dessa forma, foram priorizadas 39 áreas de otimização nos processos produtivos e de suporte, que são diretamente relacionadas a uma base de custos de R$ 43 bilhões, ou seja, 70% do total de R$ 63 bilhões. Este valor refere-se a base de gastos da empresa em 2011.
Os itens de gastos não abrangidos pelo programa (R$ 20 bilhões) estão relacionados às atividades de P&D, Engenharia, Exploração, Comunicação, Responsabilidade Social, Área Financeira e outros processos de gestão, além de gastos referentes a transações internas ao Sistema Petrobras (eliminações entre empresas do grupo). "Desta forma as 39 oportunidades foram detalhadas e traduzidas em 515 iniciativas de otimização de custos, com metas operacionais e plurianuais, consolidadas em planos de trabalho detalhados para cada iniciativa", revela.
Da Redação

quarta-feira, dezembro 19, 2012

Governo britânico prioriza proteção ambiental para o setor de O&G offshore

Um aumento na frequência das inspeções de segurança offshore de 5 para 3 anos e um projeto de longo prazo multi-setorial estão entre as recomendações destacadas pelo ministro

Londres (Inglaterra) - O Ministério de Energia do governo britânico publicou estudo sobre como o desenvolvimento do setor offshore deve garantir a proteção ambiental e de segurança antes da concessão. "É vital que as nossas atividades de óleo e gás encontrem os maiores padrões de segurança possíveis",disse o ministro de Energia britânico, John Hayes.

Um aumento na frequência das inspeções de segurança offshore de 5 para 3 anos e um projeto de longo prazo multi-setorial estão entre as recomendações destacadas pelo ministro.

"Estou confiante que as respostas do governo e da indústria para as recomendações independentes do painel, junto com os trabalhos em marcha, assegurará a construção da indústria offshore britânica sobre os já existentes padrões de qualidade".

Fonte: Reuters

AIE prevê preço do barril de petróleo na casa dos US$ 100 até 2022

A AIE prevê que, em 2035 o Brasil estará produzindo cerca de 5,7 milhões de barris de petróleo por dia

Rio de Janeiro (RJ) - O economista-chefe da Agência Internacional de Energia (AIE), Fatih Birol, afirmou há pouco que a média do preço do barril do petróleo deve ficar em torno de US$ 100 nos próximos dez anos.

“Nós nunca vimos um preço tão alto para o petróleo como neste ano”, afirmou Birol, que esteve hoje no prédio da Universidade Petrobras para apresentar a publicação World Energy Outlook (AIE). Segundo Birol, foi uma “grande surpresa” ver os preços tão altos em um momento de crise econômica internacional.

Uma das principais explicações para a alta do preço do barril do petróleo, segundo Birol, é que os custos para novos empreendimentos de exploração e produção de óleo estão elevados - e, por isso, impactam preço da comercialização do petróleo no mercado internacional.

A AIE prevê que, em 2035 o Brasil estará produzindo cerca de 5,7 milhões de barris de petróleo por dia. Para atingir essa produção, o país precisará de investimentos por volta dos US$ 50 bilhões por ano, segundo Birol. “O importante é que esse dinheiro precisa ser encontrado”, disse Birol. Segundo ele, será um desafio para o governo e para a Petrobras estimular este volume de aportes. Birol afirmou que novas rodadas de licitações serão necessárias, assim como canais distintos de financiamento, e interesse do governo e da Petrobras.

Sobre energia elétrica, Birol afirmou que o Brasil já está bastante desenvolvido na construção de hidrelétricas. Agora, na análise do especialista, o país precisa desenvolver mais investimentos em gás natural, para produção de energia em termelétricas.

Fonte: Valor Online

terça-feira, dezembro 18, 2012

Chevron propõe pagar R$ 311 milhões por acidente no Rio

Do total R$ 90 mi seriam para a recuperação ambiental, e o resto, para melhorias que evitem futuros acidentes
 
Rio de Janeiro (RJ) - A Chevron propôs pagar R$ 311 milhões no TAC (Termo de Ajuste de Conduta) que está negociando com o Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, referente ao acidente ocorrido em novembro de 2011 que derramou 3,7 mil barris de petróleo (588,3 mil litros) na bacia de Campos (RJ).
Desse total R$ 90 milhões seriam destinados à recuperação ambiental e o restante em melhorias operacionais para evitar futuros acidentes, informou a empresa em audiência pública ontem no Rio.
Se fechado o acordo, serão extintos os dois processos cíveis movidos contra a multinacional, informou o MPF. Os processo criminais, porém, continuarão tramitando.
A Transocean, dona da sonda usada pela Chevron na época do acidente, também foi incluída pelo MPF no processo e terá que assinar o TAC junto com a Chevron, apesar de a ANP (Agência Nacional do Petróleo) argumentar que a empresa não teve responsabilidade no vazamento.
O superintendente de segurança operacional e meio ambiente da ANP (Agência Nacional de Petróleo), Rafael Moura, explicou que a Transocean não foi responsabilizada pois foi contratada pela Chevron e seguiu o plano da concessionária.
Ele argumentou que se a Transocean fosse impedida de atuar no Brasil, como havia requerido o MPF, o país deixaria de arrecadar em dois anos R$ 6,5 bilhões em Participação Especial e Royalties.
Segundo a procuradora da República Gisele Porto, que conduz o caso, nas próximas semanas, será apresentada uma minuta dos termos do TAC, que só abrangerá a ação cível contra as duas companhias e não interfere na ação criminal, que envolve 17 executivos da Chevron.
Consequências
Rafael Moura disse que cerca de 40 litros de petróleo ainda saem das fissuras abertas pelo acidente da Chevron na bacia de Campos, no campo de Frade, que tem como sócia a Petrobras.
O óleo residual vem sendo contido desde o acidente pela Chevron, que, em março deste ano, encontrou um novo vazamento pelas fissuras em outra parte do campo de Frade, que também vem sendo recolhido.
A Chevron foi multada em R$ 60 milhões pelo Ibama e em R$ 35,1 milhões pela ANP, que registrou 25 infrações.
Fonte: Folha de SP
Além do Brasil, Argentina, Colômbia, Paraguai e Uruguai descobriram novas reservas; desafio é exploração
 
Brasil, Argentina - Na última década, foram descobertas reservas estimadas em cerca de 100 bilhões de barris de petróleo na América do Sul, levando especialistas a acreditar que a região pode se tornar autossuficiente no setor.
 
O dado é do diretor executivo da Associação Latino-Americana de Integração Petroleira (ALIP), o engenheiro de petróleo Nicolás Honorato. A ALIP foi criada em 2009 para atender à crescente demanda de profissionais do ramo e para a troca de informações sobre o uso de tecnologia com o aumento das descobertas de petróleo na região.
"Quase todos os dias são anunciadas descobertas de petróleo na América Latina. E a América do Sul vive um momento histórico, porque além das descobertas convencionais surgiram o pré-sal, no Brasil, o gás de xisto, na Argentina, e o aumento impressionante de descobertas e produção de petróleo (convencional) na Colômbia", disse Honorato à BBC Brasil.
O grosso das novas reservas, 80%, vem do pré-sal brasileiro. Os restantes 20% estão nos subterrâneos de países como Colômbia, Argentina, Bolívia, Equador, Uruguai e Paraguai.
Autossuficiência
Na avaliação de Honorato, tais descobertas poderiam levar a região perto de se tornar autossuficiente.
Tal opinião é compartilhada pelo ex-secretário de Energia da Argentina, Daniel Montamat, e o ex-vice-ministro da Bolívia, Carlos Alberto López.
Além das descobertas de novos campos, eles também creditaram a previsão otimista à estabilidade econômica e política da região, apesar de anúncios recentes de nacionalização de empresas estrangeiras, como foi o caso da YPF, controlada pela espanhola Repsol, na Argentina.
Segundo Honorato, prova do potencial da região é o interesse recente demonstrado pelas empresas estrangeiras.
 Para o especialista, muitas delas têm mirado a América do Sul já que a produção em outras regiões do planeta, como no Mar do Norte, está em queda.
"Todos os olhares do mundo petroleiro estão voltados para a América do Sul e para a América Latina em geral por ser uma das regiões que mais tem anunciado a descoberta de reservas estimadas de petróleo", destaca.
Para Honorato, grande parte do sucesso da região poderá vir do Brasil.
Segundo ele, caso as reservas do pré-sal brasileiro - estimadas por ele em 80 bilhões de barris de petróleo e pelo governo brasileiro entre 70 a 100 bilhões de barris - sejam realmente confirmadas, o Brasil passaria a ser o sexto país com as maiores reservas da matéria-prima no mundo, atrás de alguns países do Oriente Médio e da Venezuela.
Atualmente, o Brasil tem reservas estimadas em aproximadamente 13 bilhões de barris, de acordo com a agência de energia dos Estados Unidos (EIA, na sigla em inglês), e ocupa a 14ª posição mundial.
Tecnologia
 Para López, da Bolívia, o segredo da exploração do ouro negro está no uso da tecnologia cada vez mais avançada.
"A aplicação de novas técnicas e condições geopolíticas nos permitem dizer que ser uma região autossuficiente já não é mais apenas um desejo. Só não sabemos quando ocorrerá", afirmou.
Montamat concorda e diz acreditar que a tecnologia será "decisiva" para que a região passe a ser uma potência petroleira.
"A região como conjunto não é potência de petróleo e de gás porque as reservas ainda precisam ser desenvolvidas", explica.
"Mas a Venezuela, por exemplo, por si só, já tem mais reservas provadas do que a Arábia Saudita", acrescenta.
Dados de 2011 da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) indicam que a Venezuela possui reservas estimadas em 297,5 bilhões de barris, enquanto as da Arábia Saudita alcançariam 265,4 bilhões de barris.
Recentemente, lembraram os especialistas, Uruguai e Paraguai também anunciaram ter encontrado petróleo em seus territórios, apesar de o quadro ser ainda embrionário.
Estabilidade
Honorato também lembrou que a estabilidade política e econômica conquistada pela América do Sul nos últimos anos ajudou a atrair o interesse de empresas estrangeiras do ramo do petróleo e gás.
"Empresas, principalmente, da Europa e do Canadá estão se orientando para a América do Sul e este movimento começou antes do pré-sal", disse.
Apesar de ter mencionado o atraso nos leilões do pós-sal e do pré-sal no Brasil, Honorato afirmou que a situação hoje na região é muito mais favorável ao capital estrangeiro do que antigamente.
Um dos exemplos, segundo ele, foi a Lei do Petróleo no Brasil, que acabou com o monopólio da Petrobras e, assim, permitiu a exploração de campos por empresas estrangeiras.
Honorato mencionou também que, em 2005, a Colômbia mudou seu marco regulatório, despertando uma espécie de "corrida ao ouro negro" do país.
A expectativa é de que o país deixe de ser importador e passe a ser exportador de petróleo e, assim, como ocorre com a Venezuela e o Brasil, passe a desfrutar as maiores receitas geradas pelo combustível.
Segundo ele, o Equador também mudou seu marco regulatório e aumentou a chegada de investimentos no setor petroleiro.
Já o Peru, na sua avaliação, é um país que "ainda não decolou" e registra uma produção abaixo dos 50 mil barris diários. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
Fonte: Estadão

segunda-feira, dezembro 17, 2012

NR 17 - ERGONOMIA

Esta Norma Regulamentadora visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente

As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de trabalho e à própria organização do trabalho.
 
Desde os tempos do Homem das Cavernas, a Ergonomia já existia e era aplicada. Quando se descobriu que uma pedra poderia ser afiada até ficar pontiaguda e transformar-se numa lança ou num machado, ali estava se aplicando a Ergonomia. Quando se posicionavam galhos ou troncos de árvores sob rochas ou outros obstáculos, como alavanca, novamente ali estava a Ergonomia.
Portanto, a Ergonomia é a ciência aplicada a facilitar o trabalho executado pelo homem, sendo que se interpreta aqui a palavra “trabalho” como algo muito abrangente, em todos os ramos e áreas de atuação.
 O nome Ergonomia deriva-se de duas palavras gregas: ERGOS (trabalho) e NOMOS (leis, normas e regras). É uma ciência que pesquisa, estuda, desenvolve e aplica regras e normas a fim de organizar o trabalho, tornando este último compatível com as características físicas e psíquicas do ser humano.
CONCEITO IMPORTANTE:
 
A ERGONOMIA TEM POR OBJETIVO ADAPTAR TUDO COM QUE O SER HUMANO SE RELACIONA ÀS CARACTERÍSTICAS DO PRÓPRIO SER HUMANO, A FIM DE PRESERVAR SUA SAÚDE FÍSICA, EMOCIONAL E PSÍQUICA.
 Para que isto seja possível, uma infinidade de outras ciências são usadas pela Ergonomia, para que o profissional que desenvolve projetos Ergonômicos obtenha os conhecimentos necessários e suficientes e resolva uma série de problemas identificados num ambiente de trabalho, ou no modo como o trabalho é organizado e executado.
 
Exemplos:      FISIOLOGIA E ANATOMIA
                         ANTROPOMETRIA E BIOMECÂNICA
                         HIGIENE DO TRABALHO E TOXICOLOGIA
                        DOENÇAS OCUPACIONAIS
                        FÍSICA
Oficialmente, a Ergonomia nasceu em 1.949, derivada da 2ª Guerra Mundial. Durante a guerra, centenas de aviões, tanques, submarinos e armas foram rapidamente desenvolvidas, bem como sistemas de comunicação mais avançados e radares. Ocorre que muitos destes equipamentos não estavam adaptados às características perceptivas daqueles que os operavam, provocando erros, acidentes e mortes.
Como cada soldado ou piloto morto representava problemas seríssimos para as Forças Armadas, estudos e pesquisas foram iniciados por Engenheiros, Médicos e Cientistas, a fim de que projetos fossem desenvolvidos para modificar comandos (alavancas, botões, pedais) e painéis, além do campo visual das máquinas de guerra. Iniciava-se, assim, a adaptação de tais equipamentos aos soldados que tinham que utilizá-los em condições críticas, ou seja, em combate.

Fonte: Apostilha de estudos...