Iniciada em 1954, quando a Petrobras encontrou quantidades de petróleo sem potencial para comercialização nas cidades de Nova Olinda, Autaz Mirim e Maués, no estado do Amazonas, a exploração na região começa a entrar em uma nova onda de investimentos. Capitaneando este movimento está, novamente, a companhia estatal, que já têm duas descobertas no local e, agora, tem ao lado empresas privadas que arremataram concessões em leilões da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Em 2011, o consórcio entre HRT Oil & Gas e a Petra Energia irá colocar em funcionamento a primeira sonda na Bacia do Solimões. A primeira empresa possui 51% dos direitos de 21 blocos na região, em área de aproximadamente 49 mil quilômetros quadrados, com potencial estimado entre quatro e seis bilhões de barris de óleo leve. Esta é uma das característivas da produção na Amazônia: a presença de um petróleo de excelente qualidade.
Já a Petrobras, que mantém quatro sondas de perfuração na região, estima que a descoberta no bloco SOL-T-171 tem reservas de 180 milhões de barris. Esse mesmo bloco já teve um plano de desenvimento aprovado pela estatal junto à ANP. A atividade petrolífera irá promover também o desenvolvimento de cidades como Carauari, por exemplo, a 780 quilômetros de Manaus, que servirá de base para a exploração na porção oeste da Bacia de Urucu.
Características da exploração
Em comparação a outras áreas terrestres, a extração de petróleo na Amazônia apresenta mais dificuldades, principalmente de ordem operacional. São regiões remotas e cercadas de vegetação nativa, de difícil acesso, inclusive, que abrigam reservas indígenas e florestais, acarretando barreiras legais. As bacias apresentam idades variadas, que giram em torno de 490 milhões de anos. Por isso, elas possuem rochas muito duras, que aumentam o tempo e o custo de perfuração.
Um exemplo dos trâmites que envolvem a atividade de petróleo na Amazônia vem da parte equatoriana da floresta. Recentemente, o Equador optou por assinar um termo de compromisso com o Programa das Ações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), abdicando da exploração na região onde poderia produzir 846 milhões de barris. A área fica em uma zona de proteção ambiental. Em troca, o governo do país irá receber cerca de US$ 3,6 bilhões, pagos por nações ricas como Alemanha, Holanda, Noruega e Itália.
Fonte: http://www.nicomexnoticias.com.br/
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