Os computadores quânticos baseados em processos ópticos precisam de grande número de fótons emaranhados, nos quais as partículas de luz estão vinculadas de forma a que existam em dois estados possíveis simultaneamente.
LONDRES - A computação quântica de altíssima velocidade, uma das metas científicas mais almejadas, pode estar um passo mais perto depois da invenção de um novo dispositivo capaz de produzir a chamada luz "emaranhada" sob comando.
Cientistas do centro de pesquisa da Toshiba em Cambridge, Inglaterra, anunciaram ontem que o Entangled Light Emitting Diode (ELED), ou diodo emissor de luz emaranhada, abre caminho para a criação de chips semicondutores de altíssima potência.
Os computadores quânticos poderiam, em teoria, tentar múltiplas soluções para um problema ao mesmo tempo, e resolver em segundos problemas que as mais velozes máquinas atuais demoram anos para decifrar.
Mas é mais fácil falar do que fazer, no que tange a explorar os estranhos poderes da física quântica - que estuda o universo no nível dos átomos, fótons e outras partículas.
Agora, porém, Andrew Shields e seus colegas da Toshiba acreditam ter desenvolvido uma ferramenta essencial para a tarefa, na forma de um aparelho de fácil produção que pode ser conectado a uma bateria a fim de produzir luz emaranhada quando e como requerida.
"Trata-se de um grande passo porque significa que agora é possível começar a integrar diversos dispositivos em um único chip," disse Shields.
Até agora, a equipe da Toshiba não chegou ao estágio de realizar cálculos, mas Shields acredita que circuitos básicos de computação quântica que empregam essa tecnologia podem estar disponíveis dentro de cinco anos.
Os computadores quânticos baseados em processos ópticos precisam de grande número de fótons emaranhados, nos quais as partículas de luz estão vinculadas de forma a que existam em dois estados possíveis simultaneamente - algo que Albert Einstein descreveu como "fantasmagórico."
Até agora, produzir luz emaranhada só era possível com grandes aparelhos de laser. Mas o novo ELED da Toshiba utiliza tecnologia padronizada de semicondutores e é feito de arseneto de gálio, um material comum nos produtos eletrônicos ópticos.
Fonte: http://info.abril.com.br/
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