Testamos o smartphone de 449 reais feito para quem não desgruda do Twitter
Quando foi lançado, em 2008, o Android prometia baratear os smartphones, pelo menos no que dependesse de licença de software. Agora, finalmente, esse conceito de celular inteligente que não pesa no bolso parece estar se materializando. Um exemplo é o Motorola Quench, aparelho mais barato vendido no Brasil com o sistema operacional. Seu leque de recursos é menor que o dos modelos topo de linha, mas ele possui o básico: Wi-Fi, 3G, touchscreen e boa integração com redes sociais. Tudo isso por 449 reais, no plano TIM Infinity 120. Desbloqueado, passa a custar 889 reais.
A aposta da Motorola para fisgar o público jovem fissurado em Twitter e Facebook é a interface Motoblur, um tapinha no visual e na organização das informações dentro do Android. Quando liga o smartphone pela primeira vez, o usuário pode configurar suas contas, integrando contatos de e-mail, redes sociais e agenda telefônica. Também dá para atualizar tudo de uma vez por meio de um widget na área de trabalho. A ideia é boa, mas quem não fica o tempo todo conectado nessas ferramentas pode achar a solução caótica. Felizmente, é possível desabilitar o aplicativo.
O maior problema do Quench é a lentidão excessiva quando as redes sociais estão rodando em segundo plano. Abrir documentos com o QuickOffice, por exemplo, mostrou-se uma experiência nada agradável, em nossos testes. Quando a lerdeza for insuportável, é imprescindível usar um gerenciador de tarefas, como o Advanced Task Killer, para fechar manualmente tudo o que não estiver sendo usado. Caso o sistema operacional estivesse em sua versão mais recente, o problema seria amenizado. Mas ele ainda roda o Android 1.5.
Divertido de usar
A tela capacitiva de 3,1 polegadas do Motorola Quench reconhece multitoque e tem boa sensibilidade. O trackpad também é um ponto positivo para a usabilidade – ele é útil quando o usuário precisa clicar num botão muito pequeno ou corrigir textos, tarefa complicada para se realizar com a ponta dos dedos. Abaixo da tela, existem apenas os botões básicos do Android: home, voltar e opções, além de uma lupa, que serve de atalho para fazer buscas no Google.
No quesito diversão, o aparelho cumpre seu papel, embora não impressione. Ele toca alguns formatos de vídeo, como MPEG-4, e tem o visual padrão do sistema operacional para reprodução de músicas. Um programa para sintonizar rádio FM também está incluído. Já a câmera é uma verdadeira decepção. Ela tem 5 megapixels, mas a qualidade das fotos deixa a desejar, principalmente nos ambientes com baixa iluminação. O flash de LED tem boa intensidade, mas não resolve todo o problema.
Pequeno e com 1,2 centímetro de espessura, o smartphone não incomoda no bolso. Seu design não é a coisa mais linda do mundo, mas é funcional. Além disso, a carcaça tem bom acabamento e aparenta ser resistente. A bateria aguentou 12 horas, durante os testes do INFOLAB com chamadas de voz. É um bom resultado para a categoria, considerando que a tela de boa qualidade consome bastante, assim como o Wi-Fi ligado atualizando as redes sociais.
Fonte: http://info.abril.com.br/
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