Ilustração mostra as anãs marrons que a NASA pretende encontrar próximas ao nossos Sistema Solar: em amarelo, branco e vermelho claro, estão as estrelas conhecidas; as anãs-marrons previstas estão em vermelho vivo
SÃO PAULO – Utilizando o telescópio Spitzer, astrônomos encontraram o que parecem ser 14 das mais frias estrelas conhecidas no universo.
Chamadas de anãs marrons, elas são tão frias que seria impossível localizá-las com telescópios de luz visível.
A visão infravermelha do Spitzer encontrou esses corpos a centenas de anos-luz. Eles têm entre 177º C a 327º C, temperaturas que, apesar de parecerem altas, são muito baixas para os padrões de uma estrela. O Sol, por exemplo, possui cerca de 5500º C.
As anãs-marrons se formam como estrelas comuns, a partir do colapso de bolas de gás e poeira. No entanto, elas são muito fracas e nunca conseguem reunir massa o suficiente para fazer a ignição da fusão nuclear. As menores anãs marrons conhecidas têm cerca de 5 a 10 vezes a massa de Júpiter, o que as coloca com tamanho similar ao de alguns exoplanetas (que orbitam estrelas fora do Sistema Solar). De certa forma, elas são como planetas, porém isoladas, o que as torna um laboratório perfeito para estudar corpos com massa planetária.
A maioria das estrelas recém descoberta pelo Spitzer pertence à categoria mais fria das estrelas, conhecida como anãs T. Elas possuem menos do que 1.220. Um dos objetos encontrados deve ser tão frio que pode até mesmo ser uma anã-Y – uma categoria especulada, mas jamais encontrada. As estrelas mais quentes são classificadas como O; nosso sol é uma estrela G.
A existência desses objetos a centenas de anos-luz implica que existiriam mais como ela a menos de 25 anos-luz de nós. E são justamente esses corpos que a missão WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) tentará encontrar. Utilizando os equipamentos da sonda, a NASA vasculhará o céu com ondas infravermelhas em busca, entre outras coisas, de “vizinhas geladas”.
Fonte: http://info.abril.com.br/
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